Na manhã seguinte, Dylan acordou e não se conseguia mesmo mexer. Quando olhou para o lado, viu Caroline deitada ao lado dele. E, foi aí que ele se lembrou do que tinha acontecido na noite anterior: Caroline tinha ficado com medo por causa do filme, e esse era o verdadeiro motivo para ela estar ali ao seu lado. Dylan olhou para ela, e passou a mão no seu rosto, sorrindo espontaneamente. Foi-se levantando com calma, para não a acordar. Ajeitou os lençóis, destrancou a porta e foi tomar banho. Demorou cerca de 15 minutos, e depois foi-se arranjar. Vestiu as suas calças cinzentas, a sua t'shirt azul escura da element e calçou os seus ténis preferidos da Nike. Foi à casa de banho novamente, para ajeitar o cabelo. Desceu até à cozinha, para tomar o pequeno-almoço. Fred já lá estava, sentado num dos bancos altos, com uma tijela de cereais à frente. Dylan pegou no pacote de leite, na embalagem dos cereais, tirou uma tigela do armário e preparou o seu pequeno-almoço. 

- Bom dia puto... - Fred estava admirado por Dylan ainda não lhe ter dado os bons dias. 
- Bom dia Fred. 
- Dormiste bem? 
- Dormi. E tu? 
- Eu também, claro. Por falar nisso... Não te vi em lado nenhum. Onde é que dormiste? 
- Dormi n... - Fred interrompeu-o. 
- Espera, espera. Antes de responderes, devíamos ir ao quarto da Caroline. A porta está trancada, pode ter acontecido alguma coisa! Temos de ir lá ver o que se passa. 
- Não é preciso. Ela está bem, está tudo bem com ela. 
- Como é que sabes? - Eu dormi lá com ela. 
- HAN?! Conta-me tudo já! 
- Calma oh, não foi nada disso Fred! Dormi com ela, porque ontem estivémos a ver um filme de terror, e ela não conseguia dormir. 
- Dormiram na mesma cama? 
- Sim. Ela quis que dormíssemos na mesma cama, para se sentir mais segura durante a noite. 
- Mas já é um começo. 
- Pára com isso. 
- Tu não gostas dela? 
- Gosto. Quer dizer, eu sei lá se gosto. 
- Tu não sabes? Então puto? 
- Sei lá, gosto de estar com ela. Gosto de falar cruzeiros com ela, gosto de quando ela me dá abraços e beijinhos, gosto, mas tenho medo de estar a confundir sentimentos. 
- Mas não podes desvalorizar esses promenores. Se calhar estás mesmo apaixonado, Dylan. 
- Oh sei lá. O que tiver de ser, será. 
- Tens razão, tens razão. Não vais acordá-la? - Perguntou Fred à medida que se ia levantado e se dirigia ao lava-loiças para pôr a tigela. 
- Vou lá agora. A minha irmã? 
- Ainda está a dormir, também vou lá agora para a acordar. 
- Até já então. - Dylan pôs a sua tigela dentro do lava-loiças. 
- Até já Dylan. 

Dylan entrou no quarto que Caroline e Emma estavam a partilhar, e Fred entrou no quarto dos pais de Dylan, onde tinha passado a noite com Emma. Quando Dylan entrou no quarto, Caroline já não estava deitada na cama. Dylan, que ficou preocupado, saiu do quarto e correu pela casa toda, mas não a encontrou em lado nenhum. Não havia sinal dela. Voltou até ao quarto, e sentou-se no puff, virado para a estante dos livros, a folhear o livro preferido da sua irmã. Entretanto, ouviu a porta da casa de banho a abrir-se. Olhou para trás. 

- Caroline?! - Levantou-se e pousou o livro em cima da secretária. - Não fazia ideia de que estavas aí. Andei à tua procura por todo o lado! 
- Fui tomar banho. Estavas preocupado comigo? 
- Não, apenas queria saber se tinhas dormido bem. 
- Não estavas preocupado comigo? Ah, obrigadinha, sim? - Caroline sentou-se na cama, amuada. 
- Oh, tu percebeste o que eu quis dizer. 
- Claro que percebi. - Caroline levantou-se da cama e deu-lhe um calduço. - Estava a brincar contigo. 
- O calduço era desnecessário. 
- Não era nada. - Piscou-lhe o olhou. 
- Mas diz lá, Carol. Dormiste bem? 
- Sim, dormi. Obrigada por me teres aconchegado e por me teres feito sentir segura. - Dylan corou ao ouvir tais palavras. 
- Não tens de quê, sempre às ordens. 
- Oh Dylan, tu não digas isso muitas vezes. 
- Porquê? 
- Porque eu ainda aproveito. 
- Estás à vontade. - Dylan e Caroline sorriram um para o outro.