- Não vais dizer nada? - Perguntou Caroline. 
- Sabes o que me apetece dizer? 
- Não. É o quê? 
- Dizer não, mas fazer, há uma coisa... 
- Sim... Estou à espera Dylan. 
- Apetece-me beijar-te. - Caroline deu uma gargalhada e depressa corou. - Não precisas de corar, estava apenas a brincar contigo. - Dylan sorriu. 
- Estavas a brincar? Então isso quer dizer que não tinhas mesmo a intenção de me beijar? 
- Claro que tinha, mas tu tens namorado. Logo, não ia fazer isso. A não ser que queiras, o que não me parece que seja o caso. 
- Então e se eu te disser que quero? 
- Han? Não estou a perceber Caroline. 
- E se eu te disser que quero que me beijes? 
- Se me disseres que queres, então eu beijo-te. 
- Então e estás à espera do quê? Eu quero que me beijes, por isso, beija-me. 

Dylan foi-se aproximando cada vez mais dela, até que o seu nariz roçou no nariz de Caroline. Dylan sentia o coração de Caroline a bater rápido, e sentia a sua respiração. Sentia-a nervosa. Ele foi-se aproximando cada vez mais, e quando os lábios dele estavam prestes a tocar nos dela, Caroline meteu-lhe a mão no peito. 

- O que foi? - Perguntou Dylan. 
- Não faças isso. 
- Mas tu disseste que querias que te beijasse. - Dylan ficou confuso. 
- E queria sim, mas... 
- Mas... 
- Mas não consigo deixar de pensar no Michael. 
- Gostas mesmo dele, não gostas? - Dylan saiu de cima dela, e sentou-se no sofá. 
- Gosto, Dylan. - Caroline ajeitou-se e sentou-se também. 
- Humm, estou a ver... 
- E se nos beijarmos, vou estar a traí-lo novamente. 
- Lá está, novamente. 
- Não percebi essa... 
- Se já o traíste antes, qual é o problema de repetires? 
- O problema, Dylan, é que da primeira vez traí-o contra a minha vontade, e se eu desta vez deixasse que me beijasses, ia ser de livre vontade. Não quero magoar-me a mim mesma, e muito menos quero magoá-lo a ele. 
- Magoares-te a ti mesma? 
- Sim. Ao traí-lo, vou ficar com remorços, vou ficar a sentir-me mal comigo mesma. Ou seja, vou magoar-me. 
- Ah. Em relação ao facto de o magoares, ele não precisa de saber. 
- Está tudo ligado, Dylan. Vou traí-lo, vou estar a magoá-lo. Vou estar a magoá-lo, vou ficar mal comigo mesma, vou magoar-me. Percebes? 
- Eu percebo, mas acho que devias deixar-te disso. Tu sabes lá se ele não te anda a trair lá onde está. Calma, não te passes, deixa-me acabar. Não estou com isto a dizer que ele te anda a trair, mas tu realmente não sabes. Tu não estás lá com ele. Imagina, agora estás a dar-me uma barra, e estás toda preocupadinha com ele, enquanto que neste momento ele pode estar com outra rapariga na cama. Sabes lá. 
- Tu até podes ter razão, Dylan, mas eu não quero pensar nisso. 
- Eu compreendo-te muito bem, mas não devias deixar de fazer as coisas por causa dele. É só isso que eu acho. Desculpa se estou a ser bruto, se te estou a magoar ou se estou a ser insensível. Não é essa a minha intenção. 
- Não faz mal, tonto. Agradeço e aceito a tua opinião. - Caroline deu-lhe um beijo na bochecha e foi ao quarto.