Eu e ele escrita por Caroles


Capítulo 4
Capítulo 4 - Uma lembrança marcante


Notas iniciais do capítulo

Um capitulo Big



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-Como assim ele pegou ela? –perguntei, não acreditando o que a July tinha me falado. Foi assim. Não deu um minuto que cheguei em casa, o celular começou a tocar. July estava me ligando, resolvi atender. Jurei que tinha a ver com a social, mas enganei. Matt pegou uma menina e a Luana deu flagra. –Oh Jesus, e ela? Deve ter saído de lá chorando né ?

-Que nada. Ela sorriu e saiu.

-Como assim sorriu e saiu?

-Não entendi também essa parte. Mas enfim, você deve está querendo ir pra casa dela ou ligar para ela, mas não faz isso, ela vai descontar em você. Amanhã você fala com ela, pode ser? –Queria fazer isso mesmo, mas como a July a conhece muito mais que eu, preferi obedecer ela.

-Aqui vou desligar agora era só isso. –despediu e desligou.

É. Amanhã na escola vai ser bem feio. Acho.

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Desci no ponto de ônibus. Estou torcendo para que não haja brigas. Não vi ninguém conhecido na escola. Entrei na sala e fiquei com a cabeça abaixada. Alguns segundos depois, ouvi vozes.

-Barbara, tudo bem? –Aquela é a voz da July. Mantive a cabeça abaixada e levantei as mãos e fiz um sinal de joia indicando que estava bem. Sentindo aquela dor no coração de quando está sozinha, veio uma lembrança:

Estava caminhando na rua da casa da Lorrane. De longe. Estava tocando Glad you came. Continuei caminhando e vi a casa dela cheia de pessoas com bebidas, a música vinha da casa dela. Hoje era o aniversário dela. De manhã tinha dado um presente á ela. Um short com rasgos. Ela adora roupa assim. Lo era minha amiga. Uma grande amiga. Contava segredos para ela, todas as vezes que ficava mal, ela passava lá em casa e me consolava. Porém afastamos um pouco, não sei o porque disso.

Entrei na casa dela, fiquei procurando por ela. Encontro ela, conversando com umas meninas que eu não gosto e que ela também não gostava. Mas parece que eu me enganei. Andei até onde ela estava.

-Oi Lorrane. –disse sínica. Ela vira pra mim e fica toda sem graça. Por que? Vocês devem está perguntando isso. Simples, ela não me convidou para seu aniversário.

-Barbara! –disse gaguejando.

-Feliz aniversário.  –Sorri e saí. Ela veio atrás de mim, e me segurou pelo braço. Olhei para ela, esperando ela soltar meu braço.

-Desculpa. É que as meninas dis-.

- Não precisa se desculpar. Nunca fui sua amiga mesmo, você só estava com pena de mim. – disse interrompendo-a  e saindo de lá

-Barbara, espera. –gritando e me puxando de novo.

-Me solta. Eu não quero estragar a sua festa. Divirta se. Você merece. – disse gritando de volta, todos ao redor tinham parado de dançar para ouvirem nossa ‘’conversa’’. Saí de lá e fui embora, mas antes, ouvi ela gritando que a festa de acabado e expulsou todos de lá.’’

Uma lembrança marcante.

-Barbara! Barbara! –Fingi que não ouvi. –Barbara!-Gritou mais alto e foi aí que percebi que a voz era do professor Rogério, um resmungão. Levantei a cabeça.

-Aqui não é lugar para dormir, se quiser dormir, por favor, sai da sala e vai para coordenação. Pensei em pedir desculpa ou sei lá o que. Mas as meninas virão tirar satisfação e eu não estou a fim de falar com elas. Se eu for para coordenação, provavelmente vou levar advertência e minha mãe vai ter que vir aqui me buscar. Vou levar bronca e ficar de castigo. Todos da sala direcionaram o olhar para mim, esperando uma reação. Peguei a mochila e saí da sala. Professor me chamou para voltar. Obedeci né.

- Vou te levar para coordenação. Assenti e ele me levou até a coordenação, explicou tudo para diretoria. Deu aquele sermão todo e levei advertência e chamou minha mãe, como imaginava.

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-Está de castigo! Sem computador por uma semana e sem celular. Pode entregar o seu celular.

-Fala sério.  –Revirei os olhos entregando o celular. – Estou indo na casa do James.

-Está cedo.

-Vou passar na sorveteria antes, tchau beijos. – Saí rapidamente, antes que ela faça mais perguntas.

 Passei na sorveteria e pedi um milk shake de baunilha.

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-Entra. –Entrei e fomos para o quarto sem dizer uma palavra sequer. Ainda bem.

-Então você pesquisou o que você vai falar? –Pergunta, me encarando com aqueles olhos claros.

-Sem computador. –disse revirando os olhos, ele começou a rir. –Mas como você é muito legal, vai deixar eu, mexer no computador.

-Não, não. Você vai jogar vídeo game comigo. –Cruzou os braços.

-Tudo bem. Vamos pesquisar o que eu vou dizer.

Nunca pensei que o trabalho fosse tão difícil, não achava nada no Google. Ficamos exatamente  1h30 sem achar nada.

-Não tem nada no seu caderno que fala sobre isso, James?

-Não sei, vou pegar o caderno. –Ele foi até sua mochila e pegou o caderno de 20 matérias; e começou a folhear, até achar matéria. –Achei.  E me mostrou.

''Ilusão de óptica - aplica-se as todas ilusões que "enganam" o sistema visual humano fazendo-nos ver qualquer coisa que não está presente ou fazendo-nos vê-la de um modo erróneo. Algumas são de carácter fisiológico, outras de carácter cognitivo.

As ilusões de óptica podem surgir naturalmente ou serem criadas por astúcias visuais específicas que demonstram certas hipóteses sobre o funcionamento do sistema visual humano. Imagens que causam ilusão de óptica são largamente utilizados nas artes, um exemplo nas obras gráficas de M.C.Escher.

A explicação possível das ilusões óticas é debatida extensamente. No entanto, os resultados da investigação mais recente indicam que as ilusões emergem simplesmente da assinatura do modo estatístico e empírico como todos os dados perceptivos visuais são gerados’’.

-Perfeito! Vamos ensaiar! – disse eufórica

-Você vai falar isso tudo? – Pergunta com os olhos arregalados, assenti sorrindo.

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Ficamos ensaiando por um longo tempo, até conseguir decorar completamente.

-Decorei, agora vamos jogar vídeo game. Larguei o caderno. - Peguei a caixa onde estavam os CDs. Ele já foi ligando o Xbox. –Esse. –Escolhi o UFC.

(...)

-Ganhei. –gritei rindo dele. Fiquei fazendo dança ridícula. E ele só rindo.

-Eu deixei você ganhar. – Mostrei o dedo pra ele. –Olha o que você faz menina. –Ri dele  e dei de ombros.

-Vou ter que ir está tarde. –Ele fez cara triste. –Sem drama vai, amanhã nós vamos se ver de novo.

-É que estava legal, mas ok. Vou te levar no ponto de ônibus. –Fiz cara de tédio. -Nem vem, vou te levar você querendo ou não. James pegou a chave, trancou a porta, e caminhamos indo na direção no lugar desejado. Nós despedimos e entrei no ônibus e fiquei ensaiando mais um pouco.

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Sabe o James não tocou no assunto, nenhuma vez o que aconteceu no colégio. Achei estranho. Mas ok.

Bem hoje é meu trabalho, eu estou morrendo de sono, acabei de acordar. Ontem, me diverti muito com James. Porém, também estou nervosa. Se eu esquecer? Se todos rirem de mim?

Para esquecer, nada melhor do que um bom banho. (...)

Estou usando uma saia longa florida, uma blusa rosa e um cinto para combinar com a roupa. Fiz um coque no cabelo e passei apenas um batom cor nude. Levei apenas uma maçã para  comer no caminho.

-James. –Gritei ao descer do ônibus. Estava nervosa. –Esqueceu nada né? Será se eu vou me sair bem? Ou eles vão rir de mim? Se dar branco aqui?

-Calma...Respira fundo. –Fecho os olhos e inspiro. –Agora solta devagar...Acalmou?- Assenti.

Entrei e vi as meninas ao meu encontro.

-Babi! – Que apelido. Cumprimentei cada uma delas e começamos a conversar. Parecem que elas esqueceram. Ufa!

(...)

-Barbara e James, agora é de vocês. –Olhei para James e ele sussurrou um ‘’calma’’. Assenti e começamos a distribuir as folhas.

Fechei os olhos e comecei a falar:

- Ilusão de óptica aplica-se a todas ilusões que "enganam" o sistema visual humano fazendo-nos ver qualquer coisa que não está presente ou fazendo-nos vê-la de um modo erróneo. Algumas são de carácter fisiológico, outras de carácter cognitivo.-Olhei para baixo, tentando lembrar. Droga! Lembrei. –As  ilusões de óptica podem surgir naturalmente ou serem criadas por astúcias visuais específicas que demonstram certas hipóteses sobre o funcionamento do sistema visual humano. Imagens que causam ilusão de óptica são largamente utilizados nas artes, um exemplo nas obras gráficas de M.C.Escher.A explicação possível das ilusões óticas é debatida extensamente. No entanto, os resultados da investigação mais recente indicam que as ilusões emergem simplesmente da assinatura do modo estatístico e empírico como todos os dados perceptivos visuais são gerados’’.

Consegui. Meu coração está a mil. Olhei para James, ele sorria para mim. Sorri de volta.

-Muito bem. Podem se sentar. Mas antes queria dizer que essas imagens são muitos interessantes. Faz um efeito bem legal – Disse a professora Karen. Agradecemos e sentamos. Teve mais 2 apresentações. E bateu sinal para o segundo horário.

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-Tchau pra vocês! –me despedi de todos

-Não vai esquecer da festa hein? – Alex fala antes de eu partir.

Foi tanta coisa que esqueci contar o que está acontecendo entre Matt e Luana.

Matt está implorando perdão para Luana, mas ela nem quer saber. Ele até fez uma declaração mais romântica que já vi. E sabe que ela disse?

“ Você gastou essas palavras á toa.” E saiu da escola e foi embora, pulando o muro.

Não faço mínimas ideias do que vai acontecer com eles. Mas posso dizer uma coisa:

Eles não voltam tão cedo.


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Notas finais do capítulo

Mais um capítulo *-*
As coisas acontecerão mesmo um pouco mais tarde.
Mas enfim espero que gostem.



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