Orihime finalmente lia Romeu e Julieta.Estava meia abatida antes,mas achava que devia a leitura rápida á Ulquiorra.Hoje era a noite do Teatro,ela estava deitada na cama,espalhada.Pensava no que estava acontecendo com Ulquiorra,mas logo se censurou.Shakespeare era uma leitura difícil e merecia atenção.

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Ulquiorra parecia indiferente,mas não estava em seus melhores dias.Nunca pode imaginar que ir naquele teatro sem Inoue seria difícil assim,aliás,nunca imaginara que realmente se apaixonaria.Hum,mas que saco!

Zombou de apaixonados pela vida inteira e,assim do nada,se tornava um.

Ele olhava para o chão enquanto devagava,Loly estava agarrada em um de seus braços.Aquilo era deveras incomodante.Não gostava de contato físico e Loly Airvine parecia apaixonada pelo moreno.Por algum motivo,ela era importante para ele.Não conseguia simplesmente falar para ela se afastar,que nada queria com ela.

Nossa,Ulquiorra nem se sentia mais o mesmo.Se sentia um completo estranho,olhando-se no espelho.

Finalmente chegaram em uma pracinha.Ela era simples,mas essa era a sua beleza.Enquanto todas as praças eram cheias de flores,estátuas e ás vezes parquinhos,essa era constituída por apenas árvores.Mas não eram simples árvores,eram árvores majestosas,lindas e fortes.Na praça,havia alguns banquinhos rústicos e a iluminação destacava mais ainda as árvores.

Na frente dessa praça,havia um enorme teatro.Ele tinha uma cor creme,parecia feito na época das colônias,pessoas se reuniam na entrada.Ulquiorra avistou o cartaz de Romeu e Julieta de longe.

-Chegamos. -falou para Loly.

A morena esboçou um sorriso e eles entraram.

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Um dia chuvoso,perfeito para dormir.Mas sempre existe uma coisa para atrapalhar e,dessa vez,se chama escola.

Os alunos,tontos de sono,guardavam seus guardas-chuvas perto da porta.O professor não chegava,foi á um velório de um parente.

Loly Airvine estava alegre,a única.Aparentemente a chuva desanimava á todos.Aquele teatro havia sido um passo importante no seu relacionamento com Ulquiorra,o primeiro encontro dos dois.

Orihime variava entre ler e olhar a chuva,pensativamente.

Se eu fosse a chuva, eu seria capaz de me conectar ao coração de alguem, da mesma forma que a chuva pode unir o céu e a terra, que são eternamente separados?'

Diferente dos outros,Inoue não odiava a chuva.Gostava muito dela,só preferia o sol.Aquela luz a trazia felicidade,mas a chuva a enebriava em um estado pensativo.

Com certeza,amava os dois.

Ichigo era o sol de sua vida,mas Inoue ficou pensando se Ulquiorra não seria a chuva.

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O som estava alto,Matsumoto estava sentada no sofá.Estava ouvindo Nomy,You Better Die Young.

"Ei menina a caminho da sala de aula

Amada por todos por ter essa bunda

Os olhos mais bonitos e o maior sorriso

Por um ano, por um tempo, por pouco tempo"

O som era verdadeiro.Deixou seus ouvidos se inebriarem com um música verdadeira e não de um romance qualquer.

O telefone tocou.

Para a sua surpresa,não era Gin.Era Hitsugaya Toushirou,seu chefe.

-Matsumoto -sua voz soou no telefone -Eu vou pra aí.

-Oi também,chefe -brincou Matsumoto.

Ele estalou a língua.

Rangiku pegou um pote de sorvete de chocolate da geladeira,sentou-se novamente no sofá e começou a comer.

-Mas como assim você vem pra cá? -Matsumoto perguntou finalmente.

-Lembra que eu queria abrir uma filial da empresa em Karakura há algum tempo?

-Sim -falou Matsumoto,antes de enfiar uma colher de sorvete na boca.

-Então eu comprei um prédio por aqui e vou fazer -respondeu simplesmente Hitsugaya.

A mais velha derrubou a colher de sorvete na regata branca,manchando assim a escrita:"Gostosas de Plantão"

-E nem me avisou?

-Avisei agora,oras!

Matsumoto tentou limpar o sorvete da camiseta inutilmente.Apenas espalhou mais.Só um som de irritação saiu de seus lábios.

-Enfim!Apareço aí amanhã e te explico melhor. -Hitsugaya exclamou,impaciente.

Matsumoto já ia falar algo mais,só que foi cortada pelos tu... tu... do telefone.

-Há,esse pirralho desligou na minha cara!

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–Quando? -perguntou Rukia.As mãos estavam na cintura,ela olhava diretamente nos olhos de Kurosaki Ichigo.

–Sei lá -Ichigo encostou-se na parede e cruzou os braços -Escolha você.

–Você pode vir na minha casa,hm... -a morena depositou a mão no queixo,pensativamente -Segunda.

–Beleza.Mas aonde fica?

–Nem precisa se preocupar.Uma limosine te busca.

–Nem humilha!