Passou a aula de matemática, química e nada de Miguel chegar, a aula sem ele foi super chata e entediante, Luna tentava puxar papo comigo, mas hoje eu não estava nada bem pra conversas. Assim que a aula de química terminou fui pra casa, quando cheguei lá liguei pra Miguel, e nada de atender ao telefone.

A semana foi passando se arrastando, tive todas as aulas todos os dias, já tinha um monte de trabalhos pra fazer, tive minhas duas fisioterapias e nada de Miguel dá as caras, eu estava ficando realmente preocupada, comecei a pensar que ele não queria mais me ver por nós dois termos ficado juntos uma noite, mas a gente só dormiu juntos, não rolou nada. Mandei mais uma mensagem pra ele e não sei por que fiquei ansiosa pela resposta se algo dentro de mim me dizia que ele não responderia e foi isso que aconteceu eu dormi, acordei e nenhuma mensagem e nem ligação de Miguel.

O tempo hoje estava horrível, o céu preto as arvore pareciam que iriam cair de tanto que balançavam com o vento, dava pra escutar as ondas quebrando daqui, fechei minha janela porque já tinha voado todas as minhas fotos do meu mural umas trezentas vezes, desisti de arruma e fechei de uma vez. A saudade de Miguel aumentava cada vez mais, queria ele de novo, os toques macios de suas mãos, seu sorriso tão maldoso e tão inocente, sua feição de anjo e seus olhos azuis me fazendo ficar hipnotizada. Um vento gelado percorreu pelo meu quarto e tive a leve impressão de ver uma sombra na parede, olhei pra trás e não tinha ninguém, as janelas estavam fechadas, como explica o vento e a sombra? Acariciei meu braço esquerdo que estava todo arrepiado e sentei na cama me sentindo tonta, fechei os olhos e no que eu fechei veio a imagem de duas asas lindas e brancas na minha frente, abri-os e nada estava ali, senti minha boca se formando em um sorriso triste e me joguei pra trás.

- Como eu sinto sua falta meu anjo. - falei sussurrando olhando para o teto. “Sinto a sua também”, olhei novamente pelo quarto todo e não encontrei ninguém, to ficando maluca ou ouvi a voz de Miguel na minha cabeça, esfreguei meus olhos e balancei a cabeça, acho que os remédios estão mexendo com minha cabeça.

Desci e comi um bom prato de caldo verde, estava maravilhoso e minha vontade de comer deixou mais gostoso ainda. Acabei deixando o prato sem nem um vestígio que havia um caldo verde ali antes.

Estava sozinha em casa e triste, resolvi ligar pra Luna para que ela viesse pra cá, subi correndo e peguei o celular digitando seu numero rápido.

- Amiga, oi, tudo bem?- perguntei sem animo, ela tossiu.

- Oi, não muito, to doente. - falou com a voz fraca.

- Ah, que merda, ia chamar você pra vim pra cá, to sozinha, minha vó viajou pra casa de uma amiga em Miami e me deixou sozinha. - falei com a voz triste.

- Ah, desculpa Isa, não dá, ainda mais com esse tempo horrível.

- Tudo bem, melhoras, beijo. - falei e desliguei o celular, me taquei na cama e dormi.

O dia passou se rastejando como todos, depois de Miguel ter sumido, passava cada dia mais triste e sem graça. Ate que as segundas feiras começaram a me animar, o professor de matemática que não nos deixava chama-lo de senhor ou pelo sobrenome, fazia questão que todos nós o chamássemos pelo nome, lindo e maravilhoso nome Caíque. Cada segunda-feira ele fazia uma atividade diferente com a gente e era sempre divertido, o jeito que ele olhava e sorria pra mim me deixava muito bem e eu estava começando a ficar caidinha pelo meu professor de matemática, a falta de Miguel e Enzo me deixa carente, e ele me olhando assim e sorrindo assim faz com que eu pense que um dia vou ter algo com ele, e não sei por que acho que isso não está longe de acontecer.

Havia se passado um mês que não tinha noticia de Miguel, meu cabelo agora que antes era cacheado e totalmente preto, estava ondulado e com as pontas loiras, e tinha uma franjinha que cobria toda minha testa e parava embaixo da minha sobrancelha eu estava surfando com Segunda e quarta e sexta depois da escola e aos poucos fui descobrindo mais dele, ele era um cara muito gente boa e nós não tínhamos ficado, ainda, hoje em plena segunda-feira estou numa carência enorme e com muita vontade de ficar com alguém, quem sabe não é o professor gostosão?

Quando acabei de tomar meu banho sai e fui enrolada na toalha pro meu guarda-roupa, peguei uma saia jeans curta, uma blusa regata branca e por baixo ao invés de botar a calcinha e o sutiã botei o meu biquíni de cortininha branco, arrumei o cabelo peguei a mochila rosa pink e sai em disparada para a escola, encontrei Luna no portão dando pulinhos de felicidade ao me ver e me abraçou como um urso.

- OI amigaaaaaaaa. - ela gritou ainda pulando, ah esqueci de mencionar que Luna tinha ido passar o fim de semana na casa do namorado dela, o Dom.

- Conta tudo. - falei precisando saber de tudo, ela estava com aquele sorriso lindo no rosto e isso dizia que algo tinha acontecido.

- Amiga você quer detalhes?- ela perguntou abrindo mais ainda o sorriso e ficando com os olhinhos brilhando de ansiedade para que eu dissesse que sim.

- Claro. - falei e queria mesmo.

- Acredita que os pais dele não estavam lá? Ficamos sozinhos o final de semana inteiro. - ela deu ênfase no inteiro. - Nós transamos o final de semana inteiro.- ela sussurrou rindo no meu ouvido, minha boca abriu num O imenso e minha amiga corou feito um camarão na minha frente eu sorri pra ela e ela me devolveu.

- Conta tudo como foi, detalhes são tremendamente importantes. - falei sorrindo.

- Não. - ela simplesmente falou e saiu andando.

- Que?- gritei. - como assim não? Você precisa me contar. - falei segurando seu braço.

- Isadora você me contou esses dias que não era mais virgem e que perdeu com Enzo que morreu a mais de um mês. - ela disse ficando com a cara triste. - e não me conta nada de Miguel a muito tempo, parece que não é mais minha melhora amiga não me conta nada, esquece de mim, agora por que eu tenho que te contar da minha vida?- ela falou e estava certa, mas no funda ela queria contar, eu estava sendo muito má com minha melhor amiga então resolvi que esclareceria tudo a ela.

- Tudo bem, hoje na minha casa às 14h30min, e te conto tudo, com detalhes. - eu ri e mordi os lábios. - Por favor, pro favor, por favor, não me deixe curiosa. - falei implorando.

- Na sua casa te conto, tem gente de menor por aqui que não pode ouvir essas coisas. - ela disse e gargalhamos juntas da piadinha idiota.

Fomos pra sala de braços dados e entramos gargalhando, Caíque já estava lá, e nós estávamos adiantadas, a sala não tinha ninguém a não sermos nós três.

- Do que as senhoritas riem tanto?- ele disse sorrindo e se levantando.

- Nada não, profes...

- Caíque. -ele interrompeu Luna, que deu um sorrisão pra ele e apertou suas mãos imensas. Caíque chegou perto de mim e me deu um beijo na bochecha, pra não dizer cantinho da boca, olhei Luna que fez um uau com a boca e sorriu, dei um sorriso encantador pra ele e ele se apoiou na mesa, eu e Luna fomos para os nossos respectivos lugares.- Então Luna vai com a gente hoje surfar depois da aula?- Caíque a convidou, abri um sorri enorme, que ótima ideia porque não pensei nisso antes?

- Isso amiga, você ia lá pra casa mesmo, a gente vai juntas pra praia, depois vamos pra casa e terminamos nosso papinho.- disse olhando pra ela que parecia adorar a ideia, Luna agora amava sair e se divertir.

Dom apareceu lá na sala e raptou Luna da gente, ficamos apenas eu e Caíque conversando.

- Então minha melhor aluna, o que quer fazer hoje?- perguntou pegando minhas mãos e me puxando pra perto de si na mesa, fiquei entre suas pernas que estavam penduradas enquanto ele sentava na ponta da mesa, apoiei minhas mãos em suas coxas.

- Não sei o que meu professor quer me ensinar?- perguntei sorrindo e fazendo um biquinho, é hoje que pego o professor gostosão, ele me puxou pra mais perto de si e ficou com as mãos em minha cintura.

- Sabe que não falo de matemática né.- ele disse sussurrando em meu ouvido e depois dando uma mordida de leve em meu lóbulo.

- Sei.- falei sussurrando com a boca em seu pescoço.- Está falando do surf.- beijei ali onde tinha acabado de falar e passei as unhas em suas costas o arranhando um pouco, ele riu.

- Com certeza não é o surf também, mas pode ser lá na agua.- ele disse descendo as mãos para as minhas coxas, subindo e descendo, no que ele subia levantava um pouco a saia, sorri maliciosamente e olhei pra ele, tirando meu rosto do seu pescoço.

- Ou pode ser aqui e agora.- sorri chegando perto dele e beijando seu queixo, a boca dele se abriu num sorriso.

- Não acha perigoso demais mocinha?- falou ainda sorrindo, desci meus beijos pro seu pescoço e ele jogou a cabeça pra trás para que eu pudesse beija-lo melhor, suas mãos dançavam nas minhas costas e uma delas escorregou pra minha bunda, ele apertou devagar e então ele começou a me torturar, me puxou pra cima do seu colo, beijando meu pescoço, mordendo minha orelha, depois beijou minha clavícula, voltou pelo mesmo caminho, mordeu e sugou meu lábio inferior, gemi baixinho e não aguentei mais, precisava beija-lo, enrolei meus dedos no seu cabelo e o puxei pra mim, ele me correspondeu como eu queria, seu beijo era quente e gostoso, tinha urgência e perigo, afinal estávamos na sala de aula, uma das mãos dele veio pra frente e levantou minha blusa, ficou fazendo círculos no meu mamilo enrijecido por cima do biquíni, depois sua mão foi descendo até chegar à minha saia, me encostei mais nele e rocei meus lábios pelo pescoço dele deixando-o arrepiado, as suas mãos estavam quase debaixo da minha saia quando ele ia tocar meu intimo, ouvimos o sinal, olhei pra ele de olhos arregalados, e ele me botou no chão.

Corri pro meu lugar e prendi o cabelo, que agora estava uma bagunça, ele estava sentado na sua cadeira, e sua mão estava no bolso, ele não parava de meche-las e eu bem sabia por que, olhei pra ele e lhe mandei um sorriso safado, ele me olhou e mordeu a boca mexendo nos cabelos e olhando pra porta que entrava um monte dos meus colegas de classe, ele respondeu a todos, o “bom dia professor” e eu dei o meu melhor sorriso pra todos que viam falar comigo, mas não conseguia parar de pensar no que quase aconteceu tudo bem, eu gostei e muito, mas era errado e Miguel? Onde fica nisso tudo? Bem... Sumido, mas mesmo assim, não podia mais acontecer isso comigo e com Caíque.