Beautiful Soul escrita por Maitê Guimarães


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Oi amores, tudo bem? Eu tô mais ou menos, ontem fiquei sabendo do acontecido com os Estados Unidos e fiquei bastante triste.. Apesar deles poluírem muito o meio-ambiente algumas pessoas/animais de lá não mereciam. Orei muito pra esse furacão passar logo e parece que deu certo, ele perdeu a força e virou tempestade, juro que quando eu soube pude respirar mais aliviada, sempre amei os EUA, queria muito morar lá, acho que todo mundo tem esse sonho. O jeito é desejar boa sorte e força pra eles, não é?
Enfim, mais um capítulo pra vocês, mudei um pouco as coisas e vai ficar mais complicadinho pra Lia agora que a Ju vai voltar a ser amiga dela.. nos vemos lá no final.
Boa leitura.



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Lia se remexeu algumas vezes no local apertado, o corpo quente de Dinho estava praticamente colado no dela, a garota esfregou as pálpebras e se sentou fazendo Dinho acordar um pouco sonolento.

— Bom dia. - Ele saudou, a garota olhou meio confusa e se acostumando com a cena.

— Bom dia. - Respondeu procurando as peças da sua roupa com as mãos; assim que achou as vestiu sem pressa alguma sob o olhar radiante de Dinho.

— Você acabou comigo. - Dinho disse sorrindo um tanto pervertidamente.

— Eu? Tô com dor em cada músculo do meu corpo, Adriano. - Ela se espreguiçou meio sem jeito.

— Que hora é? - ele perguntou curioso mudando o assunto.

— Eu tenho cara de relógio por acaso? - Lia indagou irônica, penteando os cabelos com os dedos na tentativa de desembaçá-los um pouco.

— Você não vai largar o jeito marrenta não?

— É minha marca registrada. - Ela piscou e foi abordada por um selinho do garoto, a menina riu da atitude tão inesperada mas não reclamou, ela amava tudo aquilo.

— A gente combinou de ver o pôr-do-sol. - Ele relembrou enquanto também vestia suas roupas, ela assentiu e saiu da barraca logo vendo o menino vir atrás, os dois caminharam pela areia enquanto o sol começava a lançar de si seus pequenos raios alaranjados. Dinho se sentou na areia branquinha e macia logo recebendo Lia em seus braços, a garota se aconchegou junto dele e os dois começaram a fitar o horizonte, as ondas se rebatiam serenamente e a brisa era suave.

— Eu poderia ficar assim pra sempre. - Confessou Lia contornando um caminho imaginário pela barriga do menino distraídamente quando desviou o olhar do céu/mar.

— Parece sonho. - Ele acariciou os cabelos dela, sorrindo.

— Mas é real.

 — Até quando? - abordou Dinho fazendo Lia levantar um pouco a cabeça na tentiva de conseguir enxergar melhor seu rosto.

— O quê? - indagou com interesse em uma explicação.

— Até quando vamos ficar assim? Ou seria melhor a pergunta.. Quando vamos poder assumir nosso amor pra todos? 

— Shhhh. - Pediu a menina, fazendo Dinho se deitar na areia, os lábios dela encostaram nos dele e logo sua língua pediu passagem, o que foi concedido sem mais delongas. O beijo era calmo e o silêncio não era tenso ou amedrontante, era sereno e transmitia a ideia de que eles não precisavam estar sempre falando um com o outro para se entenderem, cada parte de seus corpos se encaixava perfeitamente, tudo neles combinava. A cada segundo que se passava o medo de que aquele momento acabasse predominava. Dinho então parou o beijo com alguns selinhos demorados.

— Você tá me surpreendendo cada vez mais. - Ele disse fazendo Lia esboçar um sorriso bobo no rosto mas logo foi desmanchado com o pensamento de que ela teria de enfrentar a família assim que chegasse em casa.

— Meu pai.. vai me matar. - Ela levantou bruscamente fazendo Dinho levantar logo em seguida.

(...)

Lia chegou em casa tentando fazer o menor barulho possível mas foi abordada por Paulina logo na entrada.

— Lia? 

— Hãnm?! Oi!? - Ela disse confusa e com um medo enorme percorrendo cada pedacinho do seu corpo.

— Voltou mais cedo da casa da sua amiga? - Paulina perguntou sorrindo sincera, Lia agradeceu mentalmente por Fatinha ter pensado em tudo e assentiu tentando ser bem convincente, a garota avisou que ia tomar um banho pra ir logo pro colégio. Ela sabia que talvez Dinho iria faltar então não correria o risco de deixar ninguém desconfiado, iria ir na aula mesmo que chegasse atrasada. Ela tomou um banho super rápido tirando a areia e o suor do corpo e vestiu uma roupa bem do estilo dela, assim que estava pronta foi praticamente correndo pra escola. Chegando lá ela esbarrou com alguém e quando firmou o olhar para olhar a pessoa deu de cara com Dinho.

— O que cê tá fazendo aqui? - Ela perguntou incrédula.

— Achei que ia ficar suspeito se nós dois faltássemos. - Ele explicou, a garota contou que pensou a mesma coisa. Eles sabiam que estavam atrasados mas não puderam conter o desejo de se agarrar ali mesmo, então quando eles estavam em meio à um beijo um tanto selvagem ouviram alguém chamar atenção.

— Cof cof.

Eles se soltaram de uma maneira super engraçada, Lia chegou a derrubar a bolsa no chão logo pegando meio desastradamente.

— Fatinha?! - Dinho perguntou mesmo vendo a menina na sua frente, ela sorriu maliciosa.

— Ér... Eu.. Eu tô atrasada. - Lia disse passando a mão pelos cabelos claros fazendo com que os fios bagunçassem numa medida limitada, ela saiu apressada do local tropeçando em tudo que via pela frente.

— Achei que pelo menos eu merecia um obrigada. - Fatinha ironizou colocando as mãos na cintura, Dinho riu e abraçou a amiga agradecendo mil vezes por tudo. Os dois foram pra aula e Fatinha lançou um olhar engraçado pra Lia que evitou se importar. Alexandre já estava falando da simulação que ele estava fazendo quando todos os alunos finalmente se posicionaram em seus lugares.

— Já que tem tantas reclamações resolvi cancelar a simulação, vocês reclamam demais! Vamos voltar com as reformas na pracinha. - Ele informou todos comemoraram mentalmente e alguns "Até que enfim" foram ouvidos brevemente. Os alunos sabiam da importância da prevenção na adolescência e sabiam o quanto isso era importante também, mas ficar "perdendo tempo" numa simulação escolar era demais pra ficar... adolescente deles. - Quero todos amanhã preparados pra uma reforma geral e sem transferência na praça,ok? Enquanto isso acho que vamos ter que fazer outra atividade.. 

— Qual atividade? - Rafa perguntou, todos prestavam atenção nas palavras do "professor".

— Hum.. Um show de stand up? - Ele sugeriu, os alunos ficaram meio surpresos, e Mocotó sem reação. Ele não era professor, ele não sabia como realmente agir ali, mas ele queria continuar, porque por menos tempo que ele tivesse ali naquele colégio havia um vínculo criado entre os alunos e ele. - Ok, então que tal um teatro?

— Acho legal e bem interessante. - Morgana disse, Mocotó animou-se.

— Qual peça seria? - Lia perguntou. Dinho prestou atenção nas palavras dela deixando um único pensamento tomar conta de si: Como pode ser tão perfeita?

— É, boa pergunta.. - E enquanto Mocotó pensava em alguma peça clássica Belinha entrou na sala logo depois do pedido de licença. Mocotó sabia que ela era professora e suspirou aliviado e comemorando.

— Ahhhh, Belinha! Você caiu do céu! - Comemorou Mocotó deixando a professora mais confusa ainda.

(...)

Algum tempo se passou e depois da explicação sobre a simulação e a peça Isabela conseguiu compreender e topou ajudá-los com a atividade, ela ficou contente.— Eu achava a ideia da simulação mais legal. - Um aluno falou.

— Já pensaram em adaptar um romance de Shakespeare? - Isabela sugeriu pensativa. De repente a porta se abriu e adentrou o local um Mathias furioso, visivelmente irritado.

— SENHOR ALEXANDRE, PODERIA ME ACOMPANHAR? - Mathias foi claro e exato com as palavras deixando Isabela, Mocotó e todos os alunos assustados com tal atitude.

— Óh diretor, tô no meio da minha aula e... 

— Sem "e's", ou você quer que eu fale a verdade que acabei de descobrir aqui? Pra todos os alunos? 

— Mathias, acho melhor você ficar mal calmo.. - Isabela tentou amenizar a situação mas foi igual a não fazer nada.

— Desculpa, professora Isabela, mas o assunto aqui é entre eu e esse impostor! - Disse Mathias, mantendo o controle ao máximo que podia, Isabela não argumentou e deixou os dois sairem da sala para se resolver.A professora ficou conversando com os alunos tentando diminuir a tensão. Lia sentiu uma mão tocar seu ombro e olhou rapidamente, ela se assustou ao ver que era Ju, a garota virou-se curiosa.

— Ju?

— Posso falar com você? - Ju perguntou quase esboçando um mínimo sorriso em rosto.

— Ahn... Ah... Claro! - Lia levantou-se um pouco afobada indo para um lugar da sala onde fosse menos movimentado e que as duas pudessem conversar. Lia sentou na mesa (N/A: Sim, foi na mesa mesmo, não pensem que eu errei a expressão) ainda um pouco dolorida pela noite, huh, mal dormida. Ju observou ansiosa para começar a falar, assim que teve a chance não desperdiçou-a.

— É.. Lia.. Eu.. tô sentindo sua falta.. Bom, como eu posso falar isso sem travar?... É que... eu queria te pedir desculpas! Eu sei que, hum, você errou.. Mas eu também. Eu sei que fizemos um juramento, e não queria quebrá-lo.. Na verdade, impossível dizer como meu orgulho foi tão grande.. Eu queria ter falado isso antes.. - Juliana disse, meio sem jeito. Lia ficou muito surpresa com aquela atitude mas não disfarçou a felicidade.

— Oh meu Deus, Ju! Eu também senti muito sua falta! Teve tanta coisa que eu queria te falar, tanta.. - Lia abraçou a amiga, Ju sorriu sinceramente e apertou o abraço.— Eu não queria ter brigado com você por causa de um garoto. Mas você sabe, eu estava apaixonada. 

— Estava do verbo passado? - Lia tentou conter a curiosidade, mas foi praticamente impossível.

— Hum.. Não sei, ainda gosto dele.. Mas isso não é assunto pra conversar agora, precisamos deixar esse assunto morrer antes de matar nossa amizade. - Ju afirmou, convicta. Lia sentiu uma ponta de remorço e assentiu mal lembrando das palavras da amiga, a atitude de Juliana havia mesmo deixado-a feliz mas lembrar do que ela tinha feito sem sentir culpa era praticamente impossível.As duas conversaram um pouco em paz já que Belinha estava mais preocupada em saber o que acontecia com Mocotó do que com os alunos. Na sala, Mathias metia a maior bronca no comediante.— Você não tinha o direito de fazer isso, sabe muito bem. - Ele falou já mais calmo.

— Hum... Eu precisava mesmo acabar os serviços logo, eu sei que errei, mas eu te peço Mathi...Diretor Mathias, não avisa ninguém o juiz. - Mocotó suplicou, totalmente tenso. Depois de alguns minutos implorando e explicando Mathias pareceu entender o que o homem passava, então, uma das primeiras vezes em sua vida ele teve um bom coração.

— Tudo bem, eu não costumo fazer isso.. Mas você me convenceu, além de ter divertido e ensinado algumas coisas para as turmas é educado, um pouco claro. Eu quero te propor uma coisa. 

— O quê? - Perguntou o homem radiante, tamanha alegria que mal cabia nele. Pensar na ideia de ser revelado ao juiz era amendrontante.

— Quero que fique aqui no Quadrante como inspetor, ajudando Robson. - Mathias disse sério, Mocotó pulou da cadeira e começou a despejar beijos pela cabeça do diretor, fazendo-o gritar um "Alexandre!" bravo.

— Eu não tenho como agradecer!!

— Apenas faça bem seu trabalho, agora pode ir avisando os alunos do acontecido.


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Notas finais do capítulo

Acho que vocês já puderam ver que vai ficar hiper complicado pra Lia agora né? Dinho também vai ficar confuso, mas pelo menos a Ju teve uma atitude adulta, ao contrário das que ela tem na novela! puta que pariu, cada diz pego mais raiva dela. ¬¬ E o beijo Lidinho? cara, que fofura!! Podia surtar mas eu não quero prolongar muito essas N/F pra não ficar cansativo.
É muito legal controlar as decisões dos personagens, sério! muahaha -q
Beijos e até a próxima, espero que esteja gostando.