Life Changes escrita por Paige Sullivan


Capítulo 27
Capítulo 27 - Dando Chances


Notas iniciais do capítulo

Ah... A história está quase acabandooooo... =/
Nooo... Que pena! Mas já adianto que ainda tem é coisa vindo por ai...



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JACOB PDV

            Seria tudo mais fácil se meu pai deixasse que eu o ajudasse. Apesar de que eu estava tão ansioso que nem sabia o que estava fazendo no trabalho direito. Toph ficou um pouco estressada porque eu não a correspondia direito, mas preferiu acreditar que eu estava assim porque meu pai ia casar. Mas é claro que não era só por isso que eu estava assim. Eu ia revê-la. E ia fazer de tudo para tê-la de volta. Custe o que custar!

PAIGE PDV

            Cheguei ao restaurante programado com o Giulio e como perfeito cavalheiro que ele era, estava me esperando na porta do restaurante e me ajudou a sair do táxi. Tenho que admitir que era um homem muito bonito e mesmo com seus quarenta e tanto tinha um charme muito especial.

- Sabia que está linda? – ele me deu um sorriso malicioso e descobri naquele momento, coisa que já devia ter me tocado pelas flores, que ele estava realmente interessado em mim.

- Você também esta muito bonito.

- Que isso, são os seus olhos – ele estendeu o braço para mim e pude sentir o seu perfume. Dolce & Gabbana. Muito sexy para um homem daquela idade. Aceitei o convite e entramos lado a lado no restaurante.

(Piano – La Solitudine)

            Logo depois que sentamos, o camariere chegou e ele pediu um vinho enquanto eu dava uma olhada no menu.

- Por favor, um La Tâche de Romanée. – o camariere anotou o pedido e continuou. Enquanto isso eu catava na cartela de vinhos, qual era.

- Qual safra?

- 2003.

- A garrafa?

- Sim, por favor.

            Ok, para tudo! Um vinho de US$ 4.650,00 a garrafa? Ele me olhou divertido enquanto eu mantinha os olhos esbugalhados para o menu.

- Não se preocupe, essa é uma noite especial, gosto de tomar esse vinho. E acho que você merece. – engoli em seco.

- Mas como o descobriu. É muito caro.

- Estamos em um restaurante italiano. Gosto de me sentir em casa, às vezes.

- Tinha percebido que não era daqui mesmo. Nasceu onde?

- Toscana.

            Realmente um homem daquele, com aqueles olhos e charme, com certeza deveria vir de lá. Falei charme de novo? Bom, aquele homem tinha de dar e sobrar. Ele continuou me olhando enquanto eu tentava escolher algo para comer e o olhei.

- Já que disse que é uma noite especial e é nativo de lá, porque não dá dicas de uma comida boa para hoje?

            O camariere voltou com o vinho e nos serviu, deixando a garrafa na mesa. Enquanto isso eu pude prestar atenção na musica de fundo, o pianista era muito bom.

- Já que insiste, deixe-me ver. – ele se encostou mais na cadeira e pude ver que ele também era um homem bem forte. Respirei fundo – Funghi alla Piemontese.

- Cogumelos, muito boa pedida.

- Gosta? – ele me olhou extasiado.

- Sempre gostei.

            Continuamos degustando do vinho. Conversamos sobre nossos países e ele me contou que nunca teve muita sorte no quesito relacionamento. Namorou muitas mulheres, mas nunca achou a que ele realmente queria.

            O momento realmente era muito agradável, porque mesmo co mais de 15 anos de diferença, não conseguia ver diferença. Era algo surreal. A comida estava maravilhosa e a música nem se fala. Ele me olhava com um misto de mistério e curiosidade e eu queria muito entender qual eram suas intenções reais comigo, já que até aquele momento, mesmo num restaurante muito romântico e com aquele vinho que custa os olhos da cara, ele continuava me tratando como amiga.

(Piano – Vivo per Lei)

- Pois bem, deve estar se perguntando por que a convidei aqui. – agora ele lê pensamentos? – Enfim, acho que já deu para perceber que minhas intenções não são apenas de amigo. – sorri sem graça e acabei corando.

- Bem, como disse era uma noite especial.

- Isso mesmo! – ele deu um sorriso torto e sem querer acabei lembrando o Jake. Ate quando eu estou finalmente não me lembrando dele, ele aparece na minha cabeça. Bufei mentalmente – Além de achar que é muito talentosa, acabei me interessando muito por você. Só que sou mais velho e sei que ainda esta tentando se recuperar de algum relacionamento.

- Experiência que o diga! – dei mais um sorriso sem graça e ele deu aquele sorriso de canto de boca novamente.

- Eu não quero que fale sobre seu passado, se não quiser, mas quero que saiba que mesmo a conhecendo a tão pouco tempo, não posso desistir de você. Mesmo sendo bem mais nova do que eu, eu espero todo o tempo do mundo para que você me dê uma chance.

            Chega arfei. Ele realmente fez aquela declaração para mim? Direto ao ponto pelo menos.

- Bom Giulio, como você mesmo disse, ainda estou tentando me recuperar de um relacionamento. E não acho que seria certo te prender por algo que não sei se sou capaz de corresponder. – fui sincera – Você realmente é muito atraente, inteligente e elegante. Só que...

- Escuta Paige, eu aprendi que na vida precisamos aproveitar as oportunidades. E sei que você é uma na minha vida, não tenho mais condições de perder nada. Mesmo que no final as coisas não saiam da maneira que eu planejo, espero que você pelo menos me deixe tentar.

            Respirei fundo. Ele era muito direto e decidido. Quem sabe realmente ele era tudo o que eu precisava para esquecer o Jake? Idade? Quem liga, o homem é um arraso. Lindo demais! E todo aquele e repito charme, era de deixar qualquer mulher tonta. Meu telefone tocou e pedi desculpas.

- Prima, desculpa interromper, mas eu preciso saber quem você vai levar ao casamento.

- Eu não vou acompanhada do Jake? – falei meio de rabo de olho e Giulio me olhou confuso.

- Ele vai com a namorada. A não ser que queira ir sozinha mesmo, eu coloco aqui seu convite.... – olhei novamente para o Giulio e tive um estalo.

- Não, acho que tenho alguém em mente para levar sim.

- Não vai me dizer que é aquele quarentão lindo que estava com você na galeria.

- Isso mesmo!

- Ai meu Deus, era com ele que estava jantando. Ele está ai?

- Aham. – tentei me manter calma, mas as perguntas já estavam me deixando nervosa.

- Tudo bem? – ele perguntou apreensivo e eu assenti com a cabeça.

- Como ele está vestido? Deve estar lindo de morrer, não tanto como o pai do Jake, me conta mulher!

- Cris, depois eu falo com você. – desliguei na cara dela e olhei alarmada para o Giulio.

- Aconteceu alguma coisa? Quer que eu a leve para algum lugar?

- Aconteceu sim, mas nada que você precise se preocupar. E gostaria sim que me acompanhasse a algum lugar, isso se quiser, claro. – infelizmente meu lado “joguinho” não tinha morrido depois de tantos anos.

- E onde seria isso? – ele se apoiou mais perto de mim e acabei rindo.

- Ao casamento da minha tia. Estou sem acompanhante. – fiz cara de criança carente e ele riu.

- Oportunidade perfeita!

- Não foi você que disse que temos que aproveitar as oportunidades? – ele quase gargalhou.

- E você aprende rápido.

- Muito.

            Ok, tudo parecia normal ate eu chegar ao hotel. Ele não me beijou na boca, mas o fez em minhas mãos. Cavalheiro e muito educado, abriu a porta da limusine dele e me deixou no prédio. Só que quando eu subi o elevador, senti uma dor no peito e algo me dizendo que isso no final das contas não ia dar certo.

            Mas quem se importa? O Jake não seguiu com a vida dele? Por mais que as frases de todo mundo vindo a minha cabeça dizendo que ele me amava estivessem bem vivas na minha mente, eu sentia bem lá no fundo que insistir nisso não seria saudável, já que acabaria sofrendo no final.

JACOB PDV

            No outro dia fui para o apartamento do meu pai e estava tudo de pernas pro ar.

- Alguém vivo depois da guerra? – comecei a rir e Cris apareceu toda esbaforida.

- Nem fala, a empregada não veio arrumar, estou tendo que resolver tudo sozinha, o carro que deveria pegar a Paige no hotel não vai mais, tudo bem porque pelo menos ela tem com quem ir, minha mãe ainda não foi fazer a prova do vestido....

- Epa calma ai, a Paige vai com quem? – sai interrompendo e ela me deu aquele sorriso safado.

- Sabia não, com aquele gato que estava com ela na galeria no dia da exposição, Giulio alguma coisa... A Ane que os apresentou.

- Quem é Ane?

- A assessora dela.

- Você disse isso apenas para me deixar com uma raiva enorme de você não é futura irmãzinha?

- Lógico, futuro irmãozinho. – ela me imitou – Eu só quero que você veja que se não correr atrás vai perdê-la de vez. Ele é esperto, e bem parecido com seu pai...

- Como sabe disso?

- Conheço homens assim, meu amor! – o telefone dela tocou e ela saiu da minha frente rapidinho.

            Safada, fala as coisas, me deixa com a pulga atrás da orelha e me deixa aqui a ver navios. Comecei a socar o ar desesperadamente quando meu pai chegou.

- Cris, a Sofia já foi experimentar o vestido, fica calma. Jake? – ele me olhou e percebeu meu nervosismo – O que houve?

- Mal ela chega aqui no país e já arruma acompanhante.

- Contou para ele Cris? – ela continuou rindo e fitei incrédulo para o meu pai.

- Sabia que ela ia com outro?

- Lógico, eu tenho que saber quem vai ao meu casamento.

- E desde quando permite que elas entrem com alguém com mais de quarenta? – bufei irritado e ele riu do meu comentário.

- Só rindo mesmo filho. Escuta, não posso interferir, afinal não sou o pai dela. Nem a Sofia pode falar nada, afinal eu já namorei a Cris, e ela não falou nada. Enfim, a Paige já é muito adulta para saber o que faz.

- Eu acho que ela só está fazendo isso, porque é a chance dela te esquecer. – Cris apareceu na sala sem o telefone.

- Não posso deixar isso acontecer! – falei irado.

- E nem deve. Afinal ele é um charme. – olhamos acusadores para ela e ela se fez de desentendida – Que foi? Estou falando a pura verdade. O homem é puro charme. E esta encantado por ela. Chega mandou flores, eles jantaram juntos...

            Meu pai sentou no sofá e abaixou a cabeça enquanto eu me levantava exaltado.

- E ela aceitou sair com aquele... aquele... cara? – falei entredentes e meu pai passou as mãos no rosto.

- Cris, será que você não muda não? Não poderia ter ficado quieta?

- Ah me poupem vocês dois. Eles dois vão começar a trabalhar juntos e ele fez o certo. Não sabe de nada que esta acontecendo e a meu ver ela esta disponível. Uma hora ou outra você ia descobrir mesmo Jake!

- Não precisava ser assim...

- Olha, se quer mesmo tê-la de volta, acho que no mínimo deveria terminar com a Toph.

- Complicado demais terminar com ela, assim logo em cima do casamento.

- É só você chamá-la e fala: Toph eu te amo, mas não do mesmo jeito que você me ama. Eu quero dizer que foi muito bom ficar com você, mas agora é tudo diferente...

- Acha que é fácil assim? – bufei mais uma vez e perdi a conta de quantas vezes fiz isso.

- Não to dizendo que é fácil, mas também não é impossível.

DIA DO CASAMENTO. (n/a: roupa homens)

            Estava apreensivo, nervoso, agitado, ansioso, sei lá mais o que. Minha mente não parava de funcionar e já tinha tomado varias xícaras de café.

- Prontinho! – Toph desceu as escadas e estava linda demais. Não tinha tido coragem de terminar com ela, a consideração que tinha por ela era tão grande, que não sei... Complicado demais.

- Está linda! – ela me beijou, mas não consegui corresponder da mesma maneira.

- Tudo bem? – ela me olhou desconfiada e dei um sorriso amarelo.

- Só estou nervoso, afinal a Sofia vai se tornar minha madrasta né?

- Claro – ela não engoliu isso nada bem, mas fingiu que estava tudo bem.

            Fomos para o clube onde seria o casamento e a festa. Era à noite, e a cerimônia seria bem na hora que meu pai pediu a Sofia em casamento, no mesmo clube.

PAIGE PDV

            Dessa vez o carro do Giulio era menos chamativo do que a limusine, mas em compensação era lindo. Ele abriu a porta para mim e entrei. Muito confortável. Conversamos durante o caminho para o clube e minhas mãos estavam suando, eu estava quente e fria ao mesmo tempo, queria chorar porque sabia que o veria de novo e as lembranças do dia da chuva não queriam sair da minha cabeça, era tudo ao mesmo tempo, minha respiração descompassada.

- Fica calma, não é você que vai casar. – Giulio segurava a minha mão e finalmente eu pude prestar atenção nele. Estava lindo, com aquele perfume maravilhoso, o cabelo arrumado, mas não parecia um intelectual. Imagina entrar com um homem desses no casamento.

- Eu sei, é que é minha tia e bem... – parei de falar e olhei pela janela do meu lado.

- Não quer falar sobre isso?

- Seria bom que não.

- Seu ex-namorado vai aparecer não é?

- Digamos que sim. – para de adivinhar as coisas, por favor!

- Tudo bem, não quer falar, não vou insistir.

JACOB PDV

            Cheguei de carro com a Toph e sai do carro primeiro. Outro carro encostava atrás do meu e vi o tal cara saindo dele. Em seguida, ela saia com as mãos nas dele e completamente maravilhosa. Aqueles cabelos dela sempre soltos, mas dessa vez com cachos mais arrumados. O vestido deixava suas curvas bem acentuadas e mostrava o quanto ela era linda. Que inferno! Era comigo que ela devia estar chegando. Toph estava terminando de passar o batom pelo vidro do carro e nos fitamos por alguns segundos. Senti que ela engoliu em seco e abaixou a cabeça.

PAIGE PDV

            Poderia ser pior? Ele lá lindo de morrer com a namorada. Como pode? Ele cortou o cabelo de novo? E com aquele terno.... Parecia que eu conseguia sentir o seu perfume bem perto de mim, aquelas mãos na minha cintura, os beijos... PARA PAIGE!     

            Desviei o olhar dele e entrei no clube com Giulio. Meus pais não entenderam nada quando nos viram, mas preferiram ficar quietos. Meus primos estavam por ai com as novas namoradas e Cris estava quase tendo um infarto porque minha tia cismou com uma linha de expressão que tinha aparecido no rosto.

            Fomos as três para o quarto onde ela estava para resolver o problema.

- O que está acontecendo Sofia? – minha mãe já chegou nervosa.

- Não vou mais casar! – ela começou a chorar e nos desesperamos.

- O QUE? 


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Notas finais do capítulo

Casamento sempre gera uma nostalgia com relação a relacionamentos.... Será que agora Jake e Paige se acertam de vez?



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