Life Changes escrita por Paige Sullivan


Capítulo 16
Capítulo 16 - O que é confiança?


Notas iniciais do capítulo

Olha ai... Mais um capitulo chegando....



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PAIGE PDV

- Eu vou querer saber o que você quer conversar comigo? – estava nervosa, parecia que meu coração ia sair pela boca, e eu tinha uma leve impressão de que ele iria terminar comigo. Se bem que nem tínhamos começado.

- O que você quer falar comigo? – ele estava mais apreensivo do que eu.

- Fiquei preocupada, você simplesmente saiu sem me dar explicações e voltou a essa hora.

- Falei que precisava fazer uma coisa, mas te explicaria.

- E fez muito bem, porque esta cheirando a perfume de outra pessoa, e está todo amarrotado! – agora me irritei.

- Eu terminei com a Debby! – ele falou rápido e eu tomei um susto.

- E pelo visto dormiu com ela para aproveitar a ultima vez não é? – falei mais irritada ainda, parecia que o ciúme ia me consumir por dentro.

- Eu não pude evitar ok? Ela me agarrou e eu não tive como fugir! – ele sentou e fez cara de pobre coitado, o que me deixou mais enfezada.

- Então eu vou te ensinar uma pequena palavra, de repente quando você se encontrar numa situação dessas de novo, aprende: diga NÃO! – gritei perto do ouvido dele, e ele deu um salto do sofá.

            Fui andando e ele veio atrás de mim. Fechei a porta com tanta força que chegou a bater no nariz dele. Bem feito, para deixar de ser safado. Encostei a testa na porta e coloquei as mãos apoiadas nela. Senti lágrimas escorrerem dos meus olhos. Tudo o que eu não queria era chorar e vi que aquilo era inevitável.

(Camila – Todo Cambio)

JACOB PDV

            A porta fechou com tanta força na minha cara que pensei que tinha quebrado o nariz. Engoli o urro de dor e encostei a testa na porta. Passei as mãos por ela, como se fosse uma maneira de passar as mãos no rosto dela.

- Paige. – vi o vulto encostado na porta – Eu não sei se pode me ouvir. – claro que eu sei, ela está encostada na porta – Mas eu entendo se não quiser ficar mais comigo. Eu fui um idiota mesmo e mereço seu desprezo. Eu não me perdôo pelo que fiz, não queria te magoar. Estava feliz só de pensar que você finalmente estaria comigo como minha namorada. E se isso não acontecer eu vou entender...

            Ouvi um barulho, parecia que ela queria engolir o choro.

PAIGE PDV

            Parei e ouvi tudo o que ele me falava... Engoli o choro e tentei fazer o menor barulho possível. Foi o suficiente para querer chorar mais.

-... Só espero que você entenda que eu... – ele hesitou e ficou mudo do outro lado.

JACOB PDV

            A ficha caiu. Eu a amava. Nunca fiz isso por mulher nenhuma na minha vida, e eu estava completamente fascinado por ela.

- Eu te amo! – falei finalmente e depois de alguns minutos sem resposta me afastei da porta. Fui para o meu quarto.

PAIGE PDV

            Eu não acredito! Ele disse isso mesmo? Minha respiração descompassou de repente e vi que o vulto dele se afastou da porta. Acho que ele desistiu, já que eu não dei nenhuma resposta. Escorreguei pela porta e minha cabeça parecia que ia explodir. Arrastei-me pela cama e deitei um pouco. Precisava me recuperar de tudo.

****

            Algumas horas depois ouvi uma musica ao fundo e ajeitei o cabelo. Quando sai do quarto, pétalas de rosas mostravam o caminho ate a sala. Estava tudo iluminado a luz de velas e tinha uma caixa de veludo no chão envolta em um coração enorme de pétalas. Involuntariamente peguei a caixa e abri. Era um bracelete coral, varias pedras diferentes e pelo visto muito cara.

- Gostou? – Jake apareceu de barba feita, parecendo um menino. Lindo! Mas eu ainda estava anestesiada pela revelação passada.

- Muito bonita. – falei sem graça.

- Para você! – ele falou sorrindo e devolvi a jóia.

- Não precisa me dar presentes assim Jake, pode ficar. – ele me olhou surpreso e depois soltou um sorriso. Doido.

- Ele era da minha mãe. Ela falou que eu deveria dar para a mulher que eu realmente me apaixonasse. A mulher da minha vida.

- Co...Co...Como? – estava gaguejando.

- Você ouviu quando eu disse que te amava não é? – ele foi chegando mais perto de mim, puxou a minha mão, me girou e começou a dançar comigo no meio da sala.

- E o Tom...

- Já cuidei disso... Agora me responde.

- Ouvi...

- Me perdoa? – ele estava tão carinhoso e sincero que apenas assenti.

- Eu também te amo. – pronto, falei o que já estava entalado e que não conseguia mais aguentar.

            Ele deu um sorriso que me fez derreter toda, e colocou a pulseira no meu pulso.

- Agora você vai sempre carregar uma parte de mim com você. – ta, ele podia ser menos perfeito?

Continuamos dançando e nos embalando pela musica ao fundo. Nunca pensei que ele gostasse desse tipo de musica, mas para o momento era perfeita.

            Nossos olhares se cruzaram e calmamente nos beijamos. Era intenso, mas apaixonado. Como se tentássemos mostrar o nosso amor um para o outro através daquele beijo. Aos poucos ele foi me puxando para o quarto dele e aproveitamos mais ainda do nosso momento....

****

            Um tempo depois estava abraçada a ele e olhando para a pulseira.

- Quais pedras são essas exatamente?

- Topázio azul, ametista, citrino e outras...

- Sua mãe tinha muito bom gosto. – estava fascinada.

- Verdade.

- Esse presente é meu mesmo? – olhei desconfiada e ele deu uma gargalhada.

- Não, eu aluguei e tenho que devolver amanhã. – dei um soco no ombro dele e ele riu mais.

- Engraçadinho.

- Vem cá, vem... – ele me abraçou e acabamos dormindo assim. Ele parecia tranqüilo e eu acabei ficando acordada admirando aquele bracelete.

JACOB PDV

- Sabia que você parece uma criança? – acordei com ela se remexendo na cama e olhando igual a uma boba para o bracelete.

- Tenho que admirar o meu presente.

***

            Algumas horas depois, levantei e fui preparar o café. Quando sai do quarto, Tom estava entrando no apartamento e olhando estranho para o chão.

- Parece que a festa foi divertida ontem hein!

- E você? – mudei de assunto.

- Estou namorando! – ele falou todo orgulhoso.

- Então somos dois.

- Fomos fisgados hein amigão!

- Parece que sim. – respondi contente. Era outro que estava parecendo um bobão, mas não estava nem ligando.

PAIGE PDV

            Levantei e vi que Jake não estava na cama. Coloquei uma camisa dele e sai do quarto de fininho, ia fazer uma surpresa pra ele. Quando sai dei de cara com o Tom.

- Eita que a festa foi boa mesmo rapaz! – dei a língua para ele e ele riu.

****************

            O mês se passou rapidamente e tudo parecia um mar de rosas. Ou pelo menos de fachada, porque eu ainda sentia uma ponta de desconfiança dele. E me sentia culpada por estar escondendo a verdade.

- Cheguei! – Emy apareceu no apartamento para me buscar. Íamos nos encontrar com os meninos para um passeio de barco com os pais dela.

- Emy, to pensando aqui...

- Lá vem suas desconfianças... – sentou parecendo exausta.

- Eu sei, maluca, mas acho que isso é porque eu ainda me sinto culpada pelo que aconteceu antes.

- Paige isso já passou. – ela foi à estante e pegou um dicionário.

- O que você está fazendo?

- Confiança: fé que se deposita em alguém, dar crédito, esperança firme. – ela leu o dicionário mesmo? – Você tem tudo isso pelo Jake?

- Esperança firme é difícil já que eu tecnicamente manipulei a situação para que ele apaixonasse por mim. E se ele descobrir isso, tudo acaba.

- É um lado... Porém, se você não tivesse fé de que ele mudaria mesmo, não teria ficado com ele. Você se apaixonou por ele, portanto acabou dando crédito para o relacionamento de vocês. Senão, teria contado logo a ele a verdade e não estaríamos aqui. Ou seja, você tem esperança firme de que tudo de certo. No final das contas pelo menos...

- E toda essa conclusão que não deixa de ser plausível é para dizer que confio nele?

- Sim! – ela falou toda saltitante e eu ri.

- Você leu e ensaiou tudo isso né?

- Tudinho, ainda tinha mais coisa para falar, mas você tem um raciocínio muito bom, então não precisei falar mais nada. – ela piscou.

- Ai meu Deus, por que ainda te ouço? – esbocei um sorriso e levantei – Vou me arrumar...

            Encontramos com os meninos e fizemos um passeio maravilhoso no barco do pai dela. Eles eram muito simpáticos e simples, e como não me conheciam, não tinha o problema de perguntarem algo comprometedor para nós duas. Apesar de que a mãe dela desconfiou, mas não se pronunciou.

- Viu como é bom velejar de vez em quando? – Jake e eu estávamos abraçados, sentados bem próximo a proa enquanto Tom e Emy estavam na cabine, preparando algo para comermos, quando o pai dela não percebeu que estava passando próximo a corais e destruiu a parte da quilha do barco.

- O que aconteceu pai? – eles saíram correndo de lá de dentro e fomos para perto do leme para saber o que aconteceu.

- Não sei, de repente travou e não consegui desviar dos corais.

- Parece que vamos ter que ficar naquela ilha ali por via das duvidas. – Tom apontou para uma ilha bem perto.

Todos concordaram e o barco conseguiu chegar até lá. Era perceptível que era uma ilha particular, já que tinha uma mansão ao fundo. E estava tendo uma festa.

Por algum motivo aquilo não me fez bem. Não era deserta, então teria alguém que nos acolhesse e nos ajudasse. Ou não?


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Notas finais do capítulo

Finalmente os pombinhos se declararam.... AIAI!
Nessas horas queria um Jake na minha vida, mas como sei que ele veio de minha mente pensante, fico deprimida... sahusahusahusahusahuashshushu
Mas é isso ai, finalmente eles dois se acertaram... Só vamos ver como vai ficar isso, já que como ela mesma disse, ele não sabe de nada né?
O que acharam?



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