Life Changes escrita por Paige Sullivan


Capítulo 11
Capítulo 11 - Perdendo o bom Senso


Notas iniciais do capítulo

Epa... Demorei um pouquinho para aparecer aqui não é?
Mais um capítulo para animar vocês....
Enjoy it!
Plágio é crime hein?!!!!!!!!! sauhhhusahhuhuas



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/275282/chapter/11

PAIGE PDV

            Quase um mês se passou desde aquele final de semana. As meninas – leia-se Debby e Úrsula – agora ficavam com medo de deixá-lo comigo, e sinceramente não sei porque, mas Emy pediu para que não me estressasse. Afinal eram elas que queriam vingança, então elas que deviam pedir minha ajuda, não me afastar mais dele.

Emy acabou se aproximando mais de mim (sendo que já éramos amigas) e sempre aparecia no apartamento para sairmos e coisas do tipo. Quando não ocupava meu tempo com ela, e os meninos não estavam em casa, eu pintava. Arranjei um espaço no quarto ou então na área de serviço para espairecer um pouco a cabeça. Timoty diminuiu as perturbações e eu que o procurava mais quando me sentia sozinha. Nenhum cara que eu conhecia realmente me interessava, e quando contava isso pro Tom ele morria de rir.

            Emy tinha ido à casa dos pais, Úrsula tinha viajado com as amigas lideres de torcida e Tom foi resolver uns problemas pendentes com o pai. Estava na área encarando um quadro novo e pensando o que pintaria, mas a inspiração não vinha. Nem sabia onde Jake estava e fiquei um pouco preocupada porque ele realmente se ocupou com as namoradas e quase não dava as caras em casa. Tom ainda perguntava para ele o que aconteceu, mas ele se fazia de desentendido.

JACOB PDV

            Estava estacionando o carro no prédio e quando o parei, encostei a cabeça no banco e fiquei pensando. Tom tinha me ligado avisando que sairia porque era provável que o pai dele o alugaria por uns dias. Então a Paige estaria em casa sozinha. Respirei fundo e as lembranças dos últimos dias vinham na minha cabeça. O pouco que eu ficava em casa, ou ela estava com o Timoty ou estava andando com a Emy, fato esse que me deixava com a pulga atrás da orelha, mas ela parece ser bem mais cínica do que eu.

Tom me contou que ela saía com uns caras, mas nunca estava feliz, tanto que sempre reclamava com ele. E nunca mais tocou no assunto do final de semana, e eu sei que em parte eu tenho culpa nisso. Eu fui muito frio com ela antes de voltarmos para casa.

Eu estava me sentindo mal por ela? O que é isso?

O pior, eu ficava com as meninas, mas nunca estava satisfeito. Elas não eram mais o que eu precisava. Faltava algo... Subi e quando entrei no apartamento estava um silencio estranho. Geralmente ela fazia algum barulho ou estava escutando musica quando estava em casa. Tirei a camisa e fui direto para a área largar a roupa suja. Mas fiquei estático assim que a vi de costas cantarolando uma musica e pintando mais um quadro. Talento esse que eu não sabia que ela tinha, até ver os que chegaram.

Ela prendeu o cabelo e não notou a minha presença ali admirando-a. O coque desleixado deixava umas mechas caindo pelo seu pescoço e quando ela desceu os braços, o robe dela caiu de lado. Lembrei automaticamente do final de semana e do nosso pequeno momento que nunca mais se repetiu. Ela continuava cantando e eu olhava mais atentamente para o seu pescoço, as curvas de seu corpo, a forma como ele se mexia de acordo com seus movimentos... Lembrei-me dos beijos que dei, do cheiro que senti e fiquei louco...

- Sabia que se continuar me vigiando eu posso me desconcentrar? – ela falou tão calmamente que me assustou.

- Como sabe que estou aqui? – falei surpreso e ela se virou com um sorriso encantador.

- Senti o seu cheiro, só você usa esse perfume aqui nessa casa. – ela olhou para mim e reparou que eu estava sem camisa – Agora vai ficar se despindo pela casa?

- Não há nada aqui que já não tenha visto. – falei malicioso e ela voltou a olhar para o quadro.

- Verdade. – ela continuou pintando e por impulso fiquei atrás dela e encostei-me a suas costas. Acabei abaixando o outro lado do robe e comecei a fazer massagem nela.

- Não estou tensa para receber massagens. – ela fechou os olhos e encostou a cabeça no meu tórax.

- Mas está gostando... – fui chegando mais perto do ouvido dela e depositei um beijo bem no cantinho de sua orelha – Aproveita... – falei num sussurro quase inaudível, como se eu estivesse dizendo isso mais pra mim mesmo do que para ela.

- Jake... – ela estava reagindo ao meu toque quando de repente abriu os olhos...

PAIGE PDV

            MAS O QUE EU ESTOU FAZENDO? Parece que agora funciona assim, alem de estar preocupada com ele, deixo que me seduza de uma maneira que nunca deixei outro homem fazer.

- Espera! – levantei e me afastei dele e quando notei estava encostada na maquina de lavar – O que está fazendo?

- Pensei que estivesse precisando de uma inspiração para pintar. – ele foi chegando mais perto e eu o parei com as mãos.

- Não venha tentar me seduzir, já tivemos a nossa chance.

- Chance de que? – ele alterou a voz?

- Como assim?

- Sinceramente não agüento mais isso! – ele realmente se alterou e se sentou onde eu estava e colocou as mãos na cabeça.

- Do que esta falando? – dessa vez eu realmente estava perdida.

- Agora tudo está claro na minha mente... Como eu fui estúpido! – ele balançou a cabeça, me olhou entre os dedos da mão e levantou – Desculpa...

            Ele saiu da área de serviço e eu fiquei sem entender nada. Bêbado ele não estava, então que diabos ele estava fazendo? Sentei novamente e olhei para o meu quadro quase pronto. A situação de duvida me deu inspiração para continuar pintando... Mas sempre me pegava olhando para a porta esperando que ele aparecesse para dar satisfação do que tinha acontecido.

JACOB PDV

            Eu não devia nem ter chegado perto dela... Olha agora o que aconteceu, tudo o que eu fugi todo esse tempo, simplesmente eu tropecei e cai em cima. Fui tomar um banho gelado para pensar, mas cada vez que fechava os olhos a imagem dela aparecia na minha cabeça.

Que inferno, eu queria ela pra mim! Senti-la nos meus braços todos os dias, seus beijos, seu sorriso, sabendo que era para mim. Quando eu a via com o Timoty ou com qualquer outro cara que ela conhecia eu não gostava nenhum um pouco. E a rejeição dela agora me corroeu por dentro. Isso não pode realmente estar acontecendo, não posso ter me apaixonado assim por ela, nem a conheço direito.

APAIXONADO?

 Saí do banheiro e me deitei na cama, minha cabeça começou a doer e vi que a única solução seria no mínimo tomar uma cerveja. Sai do quarto e fui para cozinha. Péssima decisão, ela estava vindo da área de serviço com aquela camisola mínima e me olhando estranho. Fui direto para geladeira. Sim, direto para a geladeira, quase que colocando minha cabeça no freezer.

- Será que agora você poderia me explicar o que aconteceu na área de serviço? – ela me seguiu e não estava nada contente.

- Aquilo foi um erro, já pedi desculpas! – desculpa nada, eu queria mesmo, mesmo que no momento inconscientemente.

- E por que saiu correndo de lá como se tivesse feito a maior cagada do mundo? Pensei que seriamos amigos, que não haveria nenhuma situação constrangedora entre nós dois.

- Olha Paige, não há situação constrangedora entre a gente, eu tive um colapso nervoso, fiz besteira e acabou. Será que dá pra esquecer isso? – falei meio alterado e ela recuou.

- Se você diz...

            Fui para o quarto e o resto do dia passou lento. Voltei a cozinha para comer e ela já tinha feito a janta e estava comendo sozinha. Engoli em seco e preferi assistir televisão. Ela me olhava atentamente e eu tentei quebrar o clima que tinha se instaurado.

- Quer ver algum filme comigo?

- Vai ter colapso nervoso de novo? – ela abaixou a cabeça e eu ri.

- Prometo que não.

            Ela se sentou ao meu lado com o prato na mão e me obrigou a pegar um pra mim também.

- Você cozinha muito bem sabia? – falei quase comendo o prato.

- Que bom que gosta... Que filme vamos ver?

- Eu ainda não sei, estou pensando em comprar um na TV a cabo, mas eu estou na duvida.

- Bom vamos ver ai o que temos...

            Enquanto eu comia disfarçadamente na cozinha e ela escolhia o filme, pensei novamente em usar o vinho como desculpa para conversarmos melhor.

- Trouxe vinho, quer? – ela me olhou meio assustada e disse que não com a cabeça.

- Desculpa, mas eu estou meio mal, não queria beber. – ela olhou para televisão e acabou com a minha diversão – Mas olha, achei um filme bom.

- Então, vamos ver.

            Resolvemos assistir “Se beber, não case!”, e riamos muito. Ela ficava falando que achava um dos atores “lindo de morrer”, e eu não gostei disso. Ate mesmo porque se tivesse uma mulher muito da gostosa e eu falasse isso ela ficaria reclamando. Passado o filme, resolvemos continuar assistindo televisão enquanto não tínhamos sono. Eu principalmente, porque tinha comido tudo que tinha direito.

Algumas horas depois e filmes de canais como TCM, ela dormiu no meu ombro. Quando olhei, ela parecia estar num sono profundo, então preferi carregá-la até o quarto. Ao chegar lá, coloquei-a na cama e de repente fui puxado pelo braço e acabei caindo ao lado dela.

- Dorme comigo.  – ela falou bem baixo, mas eu pude ouvir. Mesmo não estando com sono, acabei ficando um tempo deitado ao lado dela. E adormeci...

            Horas depois, ela se mexeu na cama e ficou de frente para mim. Acordei novamente e tomei um susto pensando em como fui parar lá. E lembrei que o único que tinha bebido, tinha sido eu. Ela parecia uma visão na minha frente. Seus cabelos jogados uniformemente no travesseiro e seus traços relaxados. As mãos eram finas e perfeitas, e tudo o que eu queria era poder beijar aqueles lábios rosados. Acariciei o seu rosto e ela se moveu um pouco. Com medo de acordá-la, levantei devagar e rumei para o meu quarto. Deitei na minha cama e novamente o sono tinha ido por água abaixo. E mais uma vez uma coisa ficou clara na minha mente. Eu a queria pra mim. E a partir daquele momento, estava decidido de uma coisa: Faria de tudo para conseguir!

PAIGE PDV

            Acordei no outro dia e levantei meio aturdida. Sentia como se alguém tivesse passado pelo meu quarto. Foi então que senti o cheiro do perfume dele na minha cama. Não me lembro de termos ficado, então porque o cheiro dele estava ali? Será que eu já estava ficando maluca, sentindo o perfume dele em tudo que era lugar? Ai que a visão de eu mesma pedindo a ele que dormisse comigo, veio a minha mente... Realmente, estou ficando louca. Vou ficar neurótica com isso.

Tomei um banho e fui me trocar. Fui para o closet procurar uma roupa legal, queria passear, já que estava um dia lindo lá fora.

JACOB PDV

            Fui me assegurar de que ela ainda estava dormindo e deixei o café fazendo. Quando cheguei ao quarto, ela não estava mais na cama, e a vi no closet. Novamente aquela cena dela de costas me deixou louco. O cheiro do perfume do shampoo dela impregnou por todo o quarto e estava me deixando tonto. Ela estava apenas enrolada na toalha e tudo o que eu queria era eu mesmo ir lá e arrancá-la. Para de pensar nisso, ela ainda vai ser sua! Saí de fininho...

PAIGE PDV

            Quando eu ia deixar a toalha cair no chão, senti uma presença próxima e me segurei. Olhei para trás e não vi ninguém. Troquei de roupa e tentei tirar da minha cabeça a possibilidade de vultos no apartamento.

Cheguei a cozinha e o café da manha já estava pronto. Jake estava todo feliz fazendo as omeletes e me deliciei com as formas dele, com o sorriso e como a blusa que ele usava que realçava ainda mais aquele corpo dele perfeito. O cabelo estava molhado e meio desleixado e ele olhava atentamente para a omelete.

- Sabia que há todo um ritual para que a omelete fique perfeita? – ele me tirou dos meus devaneios e riu – Depois sou que eu tenho problemas com pensamentos.

- Eu acabei de acordar, tenho um desconto quanto a isso... – dei a língua e ele apontou com a cabeça para que me sentasse a mesa.

- Tudo bem, eu te perdôo. Aqui estão os seus.

- Como sabe o jeito que gosto das omeletes?

- Vi você fazendo outro dia. – ele me viu fazendo? Desde quando ele repara?

- Ah obrigada. - começamos a tomar café e ele falava do fato de eu ter dormido no colo dele e de ter me levado para o quarto.

- Por acaso pedi para dormir comigo? – falei meio envergonhada e ele riu.

- Pediu... Por quê? Costuma fazer isso?

- Às vezes, principalmente quando eu tinha namorado. É um sentimento de carência.

- Bom, eu não ligo para isso. – ele me olhou malicioso – Quando quiser superar carência comigo eu não vou me importar... – acabei rindo. O que eu faço? Não posso mais dar um fora porque ele já ficou comigo.

- E então, está pensando em fazer algo hoje? – mudei de assunto.

- Ainda não sei, fui abandonado também.

- Poderíamos passear não acha? – falei de um jeito bem carente e ele me olhou torto.

- Não vai me fazer sair pra comprar roupa não é?

- Não Jake... – bufei e ele riu.

- Vê se tem algo de bom para fazer - fui ao computador e procurei alguma coisa. Tinha peças de teatro, passeios no lago, shows comunitários, cinema...

- E então? – ele apareceu atrás de mim e não sabia o que falar.

- Não sei, tem tanta coisa pra fazer.

- Então, vamos resolver no caminho.

            Saímos do apartamento e caminhamos um pouco na rua. Resolvemos deixar os carros de lado, qualquer coisa pegaríamos um táxi. Chegamos numa praça próxima e as crianças estavam pedindo aos pais que os levassem ao Observatório Griffith. Olhei para o Jake e ele fez uma careta.

- Não gosto dessas coisas não...

- Poxa, mas eu sempre quis ir lá e nunca tive a oportunidade, que tal?
- Escolhe outra, por favor...

- Então... – olhei no parque e tinha uma lista de lugares para se visitar em Los Angeles – Faz assim, fecha os olhos e aponta para onde vamos. E não adianta reclamar depois. – ele me olhou desconfiado, mas fez o que eu pedi. Ele apontou para o Hollywood Masonic Temple e quando abriu os olhos fez cara de entediado.

- Estou me sentindo em passeio escolar...

- Engraçadinho. – passamos por lá e vimos que tinha uma peça em cartaz.

- Que tal virmos mais tarde para ver?

- Pode ser, peças eu gosto.

            Entramos no prédio e vimos filmes e quadros de peças antigas de teatro, da historia do cinema em Hollywood e coisas do tipo.

JACOB PDV

            Impressionante como uma pessoa fica maravilhada com as coisas antigas. Parecia que ela estava no paraíso.

Me prendi diante de uma foto de “Gone with de Wind”. Odeio esse filme e acho muito chato, mas a foto de Vivien Leigh me impressionou. Como ela era bonita e tinha traços delineados no rosto.

- Sabia que a cor dos olhos dela é exatamente igual a sua? – Paige chegou perto de mim e olhou para a foto também.

- Não acho, parecido até pode ser... Mas o olhar dela lembra muito mais o seu.

- Sua personalidade parece com a do Rhett Buttler.

- Só porque ele é inteligente e determinado?

- Diria safado e apaixonado. – ela falou de brincadeira só pode.

- Está me provocando? – falei tentando me conter.

- Estou brincando Jake, tirando o “safado”, vocês se parecem. Essa forma apaixonada de vida de vocês, é muito intrigante.

- Por quê?

- Não sei responder, sinceramente, mas me intriga. – ela saiu de perto e foi para dentro de um sala escura que mostrava exatamente o filme que estávamos falando.

- Não sei o que as pessoas acham de bom nesse filme.

- Também não gosto, mas na época era o único que retratava piamente o sofrimento do povo do Sul na Guerra da Secessão.

- E sempre tem que ter um romance para melhorar o enredo.

            Chegamos a ver algumas cenas e quando comecei a bocejar ela me puxou para fora da sala. Continuamos passeando por outros lugares da cidade e depois de muita insistência ela me convenceu a ir no tal Observatório. Haja dinheiro de taxi para isso.

Ate que foi divertido. Fomos para a sala do Globo e vimos alguns documentários mostrando fotos do espaço. Voltamos para o apartamento, já que íamos nos arrumar para assistir a tal peça e quando chegamos vimos Emy e Tom conversando.

- Ora, ora, estavam passeando não é? – Emy levantou e me deu um beijo e logo depois um abraço em Paige.

- Vocês abandonaram a gente no final de semana, arranjamos algo para fazer. – Paige se fez de abandonada e rimos.

- E então se divertiram? – Tom estava sentado e falou de lá. Sentei ao lado de Emy e Paige ao lado dele.

- Lógico que sim, foi bem divertido. – ela disse.

- O que fizeram?

- Fomos ao Hollywood Masonic Temple e depois fomos ao Observatório Griffith. – falei mostrando insatisfação.

- Mas os carros de vocês ficaram aqui...

- Nem fala, idéia dela de sair sem carro.

- Paguei os táxis ta? – ela bufou e eu ri.

- Não ligo para isso, mas poderíamos ter economizado tempo.

- Isso é verdade. – Emy falou e me deu outro beijo.

- Enfim, estávamos pensando em ir a uma peça no Temple... Que tal se fôssemos todos?

- Posso levar uma amiga minha?

- Vem cá Tom... – Emy chegou mais perto – Quantas “amigas’ você tem? – rimos da pergunta e ele fez que não entendeu.

- Que eu posso fazer se não tenho namorada? Paige não me quis...

- Ei, nem vem, você sabe que não daríamos certo.

- Eu sei. – ele beijou a testa dela e a abraçou.

- Então se é assim, vou chamar o Timoty.

Por que aquele infeliz tem sempre que estar enfiado entre a gente?

- Pensei que não ficasse mais com ele.

- Só nessas situações. – olhei bestificado – Que foi Jake? Não vou ficar segurando vela não...

Uma hora e meia depois estávamos todo na porta do nosso prédio e decidindo em qual carro iríamos. Não é que ela o chamou mesmo?

PAIGE PDV

            Quando chegamos ao teatro, senti os olhos de Jake o tempo todo em mim. Ele parecia que ia me engolir, mas no bom sentido.

- Emily, ele não para de me olhar. – falei meio incomodada.

- Isso é bom não é?

- Acho que sim.

- Esquece isso Paige...

            Compramos os nossos ingressos e a única coisa que eu queria era que a peça começasse logo. Não aguentava mais o Timoty reclamando em meu ouvido que eu o tinha deixado pra trás.

- Me poupe Timoty, até parece que você realmente se importa. – falei na raiva e ele se esquivou.

- Como assim, lógico que me importo, senão não teria ficado com você logo quando te vi de novo.

- Esquece isso, por favor. – falei quase implorando e ele resolveu deixar pra lá.

- Por hoje tudo bem, mas vamos conversar ainda. – até parece que ia conversar alguma coisa com ele depois.

            Depois da peça e de rirmos bastante, fomos a um restaurante e jantamos. Emy e eu tentamos manter o clima entre o Jake e o Timoty, mas nada que não pudesse ser controlado. O problema foi a volta. Timoty não perdoou e ficou reclamando no pé do meu ouvido que eu não dava mais atenção a ele.

- Você quer saber porque eu não estou te tratando como antes? – já estávamos na porta do prédio e ele estava me olhando nervoso.

- Acredito que eu tenha começado essa discussão exatamente para isso.

- Porque eu estou tentando arrumar uma maneira de me livrar de você. Não tem noção de como me arrependi assim que te dei trela de novo.

- O que? – ele me olhava incrédulo.

- Pensa que eu não sei que quando namorávamos você me traia com outra mulher? – quase gritei e o porteiro já estava parado na porta.

- Do que está falando?

- Da sua querida e amada Rose. – falei com descaso – A pobre ficou perplexa quando eu passei na casa dela e ela me contou que vocês tinham um filho! Um filho Timoty, difícil de acreditar não é? – cuspi as ultimas palavras.

- Paige, eu posso explicar – ele veio para perto de mim e dei uma tapa na cara dele.

- Sabe há quanto tempo eu esperei por isso? Eu não podia acreditar que você tinha sido capaz de enganar nós duas. Estávamos juntos há muito tempo e ela engravidou quando você estava comigo! – agora realmente eu estava gritando.

JACOB PDV

            Eu estava estacionando o carro na rua porque ia voltar para o apartamento da Emily. Já estava revoltado que a Paige resolveu ficar com aquele infeliz. Ninguém merece, ainda não sei o que ela viu nele. Assim como o Tom fala, reconhecemos quem não presta já que se parecem conosco. Quando parei o carro vi os dois discutindo e fui ver se algo iria acontecer. O pior é que ouvi toda a conversa.

- E mesmo sabendo disso tudo você ficou comigo de novo?

- Não está reclamando do jeito que te trato? Pensa que eu não sei que seus amiguinhos disseram que você esta apaixonado por mim e não sai com mais ninguém? Que não consegue entender porque eu não fico com você? Eu sei que a Rose não está mais namorando você, ela mandou a foto dela com o menino. Ficamos bem amigas sabia?

- E desde quando... – ela o parou com a mão e continuou...

- Só revidei na mesma dose. O jeito como te trato agora é o mesmo que você me tratava quando namorávamos. – ela apontava o dedo para ele e eu vi o porteiro pronto para segurá-la, porque parecia que um pescoço ia ser estrangulado ali.

- Desculpa, Paige, eu não... Eu fui irresponsável, mas eu te amo! – ela deu outra tapa na cara dele. Foi tão alto e forte que doeu até em mim. Mereceu, imbecil!

- Engole esse amor, assim como eu tive que engolir o meu! – ela adentrou o prédio e Timoty encostou-se ao carro. Entrei pelos fundos e consegui pegá-la no elevador.

- Paige, espera...

            Assim que entramos no elevador e as portas se fecharam, ela escorregou pela parede e começou a chorar. Não me restou outra opção a não ser sentar ao lado dela e puxá-la para mim...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eitaaa... Parece que muitas coisas se revelaram nesse capítulo hein?????
O que será que irá acontecer????



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Life Changes" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.