Depois de acabar com as evidencias de que Quinn poderia estar viva, peguei todos os documentos que estavam relacionados a pequena, como certidão de nascimento, carteirinha de vacinas, queimei a casa e coloquei a pequena no meu carro, indo em direção ao meu apartamento.

Mais ou menos duas horas depois, a pequena Quinn acordou.

“Gostou da casa Quinnie?”. Eu falei depositando um beijo na sua testa, de repente ela começou a chorar, OMG, será que eu a machuquei?

“Quinn, o que foi?”. Perguntei como se ela fosse me responder. Eu sou muito idiota.

Será que era a fralda? Não, ela não estava cheirando mal. Ela esta com sono? Não, ela ficou um tempão dormindo. Fome? Ops... Eu acho que me esqueci de alimenta-la, coloquei uma roupa básica e fui em direção ao mercado, com ela sempre no meu colo, depois de um tempo ela desistiu de chorar e adormeceu com os olhinhos cheiros de água.

Comecei a procurar pelas coisas que ela precisaria, mas descobri que não sabia o que ela iria precisar, parei em frente à sessão de fraldas, chupetas, mamadeiras, essas coisas e fiquei pensando, era só eu pedir informação, aproveitei que tinha um homem com uma criança ali e fui pedir ajuda.

“Er... Com licença”. Eu chamei a atenção do cara, enquanto segurava um carrinho de compras vazio com uma mão e com a outra segurava a Quinn. Ele me olhou de cima a baixo e sorriu maliciosamente.

“Posso ajudar?”. Ele perguntou sorrindo.

“Bom, é que eu estou em duvida do que preciso comprar para ela”. Eu falei.

“Oh, claro”. Ele começou a me explicar o que era melhor, e eu ia colocando no carrinho tudo que ele falava, até que paramos em frente às fraldas. “Bom, essas são as melhores, mas são muito caras”. Ele falou indicando um pacote.

“Dinheiro não será problema”. Eu falei e ele me olhou sorrindo.

“Qual é o seu nome?”. Perguntou ainda sorrindo.

“Rachel”. Respondi a contra gosto.

“Eu sou Eduardo”. Se apresentou, mesmo sem eu pedir.

Depois de um tempo ele parou de andar e falou como devia ser feita a mamadeira, e por incrível que pareça mesmo com uma criança pequena, ele tentou se jogar nos meus braços, mas nesse momento a Quinn começou a resmungar.

“Calma Q, nós já vamos pra casa”. Eu falei quando ela ameaçou chorar. “Não chora, não chora, eu estou aqui”. Eu falei e comecei a balançar o corpo de leve, quando ela olhou pra cima, acabou soltando um risinho e esticou a mão para os meus cabelos, que começaram a ser puxados de leve por ela.

“Ela é linda”. O homem olhou pra Quinn. "Talvez você precise de ajuda para cria-la, eu posso ajudar se você quiser”. Falou passando a mão pelo meu braço.

“Muito obrigado pela ajuda, mas acho que já esta na minha hora”. Eu falei friamente.

Passei todas as compras e paguei, coloquei tudo nas sacolas com uma mão e fui em direção ao meu carro. Coloquei a Quinn na cadeirinha que havia acabado de comprar e fui para o banco do motorista, acelerei e logo cheguei em casa, tirei a Q da cadeirinha e fui esquentar o leite.

Aproximei a mamadeira dos seus lábios, e por incrível que pareça, ela quase voou nela, desesperada pelo leite. Logo não tinha mais nada na mamadeira, fiz um malabarismo louco para tentar faze-la arrotar e a ajeitei em meu colo para que a pequena ficasse mais confortável

Comecei a observa-la mais atentamente, seu rostinho era como deveria ser o de um anjo. Os cabelos loirinhos, os olhos de um verde profundo.

Ela sorria pra mim mostrando a gengiva. Ainda não tinha dentinhos. As mãozinhas miúdas brincavam com os meus cabelos. Devia ter no mínimo quatro meses. Parecia estar fascinada comigo.

Estranhamente fascinada.

Depois de alguns minutos ela adormeceu e eu a levei para o meu quarto a deitei na minha cama, coloquei alguns travesseiros ao redor dela para protegê-la e sentei ao seu lado a assistindo dormir tranquilamente.

Aonde eu fui me meter? pensei divertida enquanto a olhava.