You Brought Me Back To Life escrita por cleithyjane


Capítulo 14
Capítulo 13




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O restante da aula foi normal, eu consegui acalmar o meu ciúme e passei a me divertir com o grupo. Tirando o idiota do Hudson, o restante do pessoal era bem legal. Cada um tinha uma personalidade diferente, mas isso meio que os completavam.

Santana era a latina louca e estressada;

Brittany era a pessoa mais inocente, doce e fofa que eu já conheci na minha vida;

Sam tem uma boca estranhamente grande e é um nerd que ama avatar e star wars;

Mike era um ótimo dançarino;

Sua namorada Tina era a mais quieta do grupo;

Artie era muito inteligente e divertido;

Mercedes era uma completa diva, mas muito divertida e carinhosa;

Kurt era um garoto gay, completamente viciado em moda que praticamente teve um orgasmo quando viu as marcas das minhas roupas e das da Rach;

Blaine é o namorado do Kurt, tem uma voz muito bonita e é mais quieto que o namorado;

Noah era um completo tarado que deu em cima de mim descaradamente, mas desistiu quando descobriu que eu sou lésbica.

Devo acrescentar que esse fato causou espanto a todos do grupo, eles ficaram muito surpresos quando souberam que eu gostava de garotas e quase caíram para trás quando descobriram que a Rach também era do time colorido.

Nós havíamos chegado em casa já faz algumas horas, estávamos assistindo um dos meus filmes favoritos ‘O iluminado’. Esse filme era incrível eu não me cansava de assistir, eu estava deitada no colo da Rach e ele é muito confortável devo acrescentar.

POV. RACHEL

Eu estava com fome. Digo, eu havia me alimentado á poucos dias, mas mesmo assim estava com fome. O sangue da Quinn ultimamente tem me parecido mais apetitoso do que quando ela era apenas uma criança e ter passado muito com tantos humanos hoje, não ajudou nem um pouco.

Nós duas estávamos sentadas no sofá, bom na verdade, eu estava sentada e a Quinnie estava deitada no meu colo. Estávamos assistindo o filme ‘O iluminado’ um dos filmes favoritos da minha pequena, apesar de amar musicais, ela tem certa paixão por filmes de terror antigos.

“Estou com fome”. Ela falou me tirando dos meus devaneios. Ouvi seu estomago roncar confirmando o que ela havia dito. Não me controlei e ri enquanto ela corava.

“Quer que eu prepare alguma coisa para você?”. Perguntei sorrindo assim que consegui me controlar.

“Não precisa, eu vou fazer um sanduiche”. Levantou-se ainda vermelha.

“Tem certeza?”.

“Claro”. Sorriu. “Eu já volto”. Me informou, pausando seu precioso filme e indo em direção a cozinha.

Deitei no sofá e fechei os olhos fortemente, tentando acalmar a ardência da minha garganta.

Eu preciso caçar urgentemente.

“Ai”. Escutei a Quinn exclamar da cozinha depois de alguns minutos em silêncio, me fazendo correr até lá.

“O que aconte...”. Eu não consegui terminar a frase, pois o cheiro do seu sangue me inebriou totalmente.

“Eu me cortei com a faca”. Ela falou segurando a mão machucada. “Rach?”. Quinn me chamou, mas eu não tirava meus olhos da sua mão. Minha boca estava salivando.

Não consegui me segurar, eu juro que tentei.

 Ao mesmo tempo em que vi o sangue escorrendo pela sua mão, minha garganta queimou e não foi possível segurar. O cheiro era forte demais para mim.

Meu instinto falou mais alto.

Rapidamente me vi indo em sua direção, na minha velocidade. Só tive tempo de ver seu rosto assustado assim que parei em sua frente. Eu sabia que meu rosto estava transformado, pois eu sentia minhas presas pressionando os meus lábios. Meus olhos voltaram para o corte e eu sorri pegando a sua mão e a levantando próximo ao meu rosto, fechando os olhos para apreciar seu cheiro. Estava prestas a morde-la, quando escutei...

“Rachel, por favor”.  A voz assustada da Quinn me tirou do meu transe. Eu soltei sua mão o mais delicado e rapidamente que consegui e me joguei contra a parede do outro lado do cômodo prendendo minha respiração, eu queria fugir dali. Eu me sentia como o pior monstro que poderia existir. E eu era.

Eu não podia acreditar no que eu fizera. Eu a ataquei. Eu não podia ter feito isso, deveria ter me controlado. Eu corri o mais rápido possível escadas acima, precisava ficar sozinha para pensar. Quando cheguei ao meu quarto, eu pulei a janela e sai de casa, era melhor me afastar um pouco.

Eu precisava caçar.

POV. QUINN

O que foi isso que acabou de acontecer? Ela iria mesmo me morder? Ela parecia tão assustada, tão perdida quando caiu em si e se afastou de mim.

Quando consegui acalmar a minha respiração, lavei a minha mão na pia e fiz um pequeno curativo com o kit de primeiros socorros que ficava na cozinha, já que o corte não era grande. Limpei algumas gotas de sangue que haviam sujado o chão e queimei os panos que estavam com sangue para que ela não sentisse mais o cheiro dele.

Subi as escadas parando em frente à porta do seu quarto, eu precisava ver se ela estava bem. Respirei fundo e bati.

“Rach”. Chamei batendo na porta, mas ela não me respondeu. Tentei abrir a porta e vi que ela estava destrancada, estrei no quarto, mas ele estava vazio.

Ela deve ter ido caçar. Pensei deitando em sua cama para espera-la, mas ela deve ter demorado, pois acabei adormecendo, só acordei quando escutei um barulho vindo da janela.

“Rach”. A chamei sonolenta me sentando na cama. Ela se virou em direção a cama com uma expressão surpresa no rosto.

“Quinn?”. Perguntou se sentando no beiral da janela. “O que faz aqui?”. Perguntou cautelosamente.

“Achei que deveríamos conversar sobre o que aconteceu”. Respondi a fazendo suspirar.

“Quinn eu... eu sinto muito pelo o que eu fiz hoje com você, eu juro que não queria te machucar, mas quando você cortou a mão o cheiro era tão forte, a minha guarda estava baixa e foi tudo muito rápido e...”. Ela estava começando a se desesperar.

“Calma Rach, esta tudo bem. Você não tem que se desculpar, eu estou bem”. Falei e ela riu sem humor.

“Você sabe que eu poderia ter acabado com você em questão de segundos né”. Falou arqueando uma sobrancelha.

“Você não seria capaz”. Afirmei sorrindo tranquilamente.

“Eu poderia ter te matado”. Sussurrou com a voz quebrada escondendo o rosto entre as mãos, ela estava decepcionada com ela mesma.

“Hey, você não tem culpa Rach”. Me aproximei sentando ao seu lado. “Isso poderia acontecer algum dia”. Afirmei tranquilamente

“Você pode estar certa, mas mesmo assim você me perdoa?”. Me direcionou um pequeno sorriso, mas seus olhos ainda estavam tristes.

“Eu sempre estou certa”. Falei a fazendo rir baixo, mas verdadeiramente e isso me fez suspirar aliviada. “E não tem nada para perdoar”. Sorri e ela retribuiu. Ficamos alguns minutos em silencio apenas nos olhando.

“Já é madrugada, esta na hora de você dormir já que amanha tem aula”. Falou quebrando o silencio se levantando, eu olhei para o relógio e ele marcava 3h da manhã. Estava realmente tarde. “Vamos?”. Eu estava feliz por tudo ter se resolvido.

“Vamos sim”. Eu respondi e ela pegou a minha mão, mas foi exatamente a que estava machucada. “Ai”. Reclamei.

“Desculpa”. Ela exclamou soltando minha mão imediatamente.

“Tudo bem”. Respondi olhando a minha mão para ver se estava tudo bem com o curativo.

Levantei os olhos e me surpreendi com a proximidade de nossos corpos. Não havia percebido o quanto nossos rostos estavam próximos um do outro. Aproximei meu rosto do seu não conseguindo me conter e logo nossos lábios estavam próximos demais para que eu pudesse voltar atrás. Eu podia sentir seu hálito sobre meus lábios.

Juntei meus lábios nos seus, colocando minhas mãos em seu quadril tentando nos aproximar mais e passei a língua sobre seus lábios pedindo passagem para aprofundar o beijo. Ela parecia indecisa, pois demorou a corresponder-me, mas o fez, colocando uma mão em minha cintura e a outra na minha nuca. O beijo era calmo e suave, seu beijo tinha um gosto diferente de qualquer outro, era viciante. Seus lábios eram mais macios e mais atraentes do que de qualquer outra garota que já beijei.

Eu estava no céu.

Mas o encanto acabou antes que eu pudesse aproveitá-lo ou se quer pensar no que diria depois disso. Rachel se separou completamente de mim, eu não entendi a sua reação. Ela mantinha alguns passos de distancia agora e me encarava.

“Quinn, isso não deveria ter acontecido ok?”. Ela falou fechando os olhos fortemente e os abrindo novamente. “Foi um erro”.

Não respondi nada. Na verdade, fiquei sem reação com sua fala.


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Notas finais do capítulo

comentem :D
...e não matem kkkkkkkkkk