Não tropeçamos nas grandes montanhas, mas nas pequenas pedras.
Augusto Cury

– Capítulo Oito –

Cedendo

Lúcio e Narcisa Malfoy se deliciavam com um belo café da manhã e conversavam harmoniosamente, quando Gina apareceu com uma carta de Hogwarts nas mãos.

- Bom dia querida. – disse Narcisa cordial – E Draco?

- Trancado no escritório como sempre. – disse Gina girando os olhos – Ele parece obcecado com alguma coisa.

- Algum problema? – disse Narcisa olhando para a carta.

- Acabou de chegar uma carta de Hogwarts. – disse Gina abrindo a carta – Eu já até imagino o que seja.

- Imagina? – perguntou Lúcio.

- Pedi para Neville me mandar uma carta para dizer qual casa o... – a expressão de Gina mudou quando ela leu o conteúdo – DE NOVO NÃO! – Gina esbravejou.

- O que houve? – perguntou Lúcio se levantando de um salto para pegar a carta de Gina. – Por Merlin! Eu não acredito que o garoto foi para a Grifinória.

- Eu não estou falando disso Lúcio. – disse Gina indignada – Melanie já pegou detenção. DRACO!

***

Draco mais uma vez se encontrava no seu escritório fazendo algumas anotações e olhando algumas fotos antigas, quando ouviu um grito vindo da sala.

- De novo não!

- Gina está gritando “de novo não” e eu não estou por cima dela? – disse Draco balançando a cabeça – Tem alguma coisa muito errada nisso.

- Draco!

- Ao menos ela está gritando o meu nome. – disse Draco com um sorriso de canto.

- Draco você não me ouviu? – perguntou Gina entrando abruptamente no escritório.

- Ouvi sim querida. – disse Draco cínico – É que quando você fala, eu me perco no som da sua doce voz.

- Você vai perder esse seu sorriso quando eu te contar o que aconteceu. – disse ela cruzando os braços.

- O que houve?

- Tenho uma notícia boa e outra ruim. – disse Gina – Qual quer ouvir primeiro?

- Supondo que a notícia ruim vai fazer com que nós dois percamos longos minutos de discussão, quero ouvir a boa, primeiro. – disse Draco calmamente.

- A notícia boa, é que Andrew entrou para a Grifinória. – disse Gina orgulhosa.

- Você tem certeza que essa é à notícia boa? – disse Draco se levantando da cadeira – Como pode um Malfoy na Grifinória?

- Eu fui da Grifinória. – disse Gina girando os olhos – Eu sou da família Malfoy.

- Mas quando você foi da Grifinória você ainda era uma Weasley. – disse Draco indiferente – Ainda não havia dado tempo de você manchar o nome da nossa família...

- Como você é irritante Draco. – disse Gina aborrecida – Olha só. A notícia ruim é que Mel, já pegou detenção.

- Essa notícia não chegar nem perto da desgraça de ter um Malfoy na Grifinória.

- Draco isso é sério. – disse Gina chateada – O que vamos fazer com ela? Parece que ela tenta me desafiar o tempo todo. Eu peço para a Mel fazer uma coisa e ela faz outra, pelo jeito nem ameaçando tirá-la do time a afetou.

- Tenho certeza que ela não fez de propósito. – disse Draco.

- Pelo que diz na carta o monitor a dar a detenção foi Joshua Hammes. – disse Gina – Josh não daria uma detenção a melhor amiga a toa. Ela estava andando pelo castelo à noite com um colega. De quem ela puxou essa rebeldia toda? E o problema com as matérias, principalmente poções a adivinhação?

- Se Potter pertencesse a sua família eu diria que foi dele. – disse Draco debochado e Gina lhe lançou um olhar mortal – Mas o seu irmão Ronald, também era péssimo em poções e ele e Potter viviam ganhando detenção por estarem fora da cama depois do horário.

- O cansei de parecer à mãe má. – disse Gina chateada – Mas tenho que começar a cumprir as minhas ameaças ou ela nunca vai entender e você tem que me apoiar.

- Sabe que a Mel é a minha princesinha. – disse Draco – Assim como o Andrew é o seu principezinho, eu não conseguiria tirar da Mel o que ela mais gosta naquela escola.

- Mas ao menos o Andrew obedece, é educado, um verdadeiro cavalheiro de onze anos. – disse Gina encantada.

- Gina a sua ingenuidade é fascinante. – disse Draco com um sorriso cínico – Você acredita mesmo que aquele sorriso inocente é dele? Querida, Andrew não é flor que se cheire.

- Porque está falando isso do seu próprio filho? – perguntou Gina indignada.

- Acredite, não é por maldade. – disse Draco – Mas, eu conheço Andrew perfeitamente, porque o garoto é igualzinho a mim. Foi eu quem inventou aquele sorriso inocente.

- Do que você está falando?

- Sempre que eu aprontava alguma coisa, logo eu me fazia da bondade em pessoa e sempre diziam “Não foi nada é apenas o Draco, ele não faria isso”. – disse Draco sonhador.

- Então porque ele não foi para a Sonserina, já que vocês são parecidos? – disse Gina indignada.

- Ele pode ter pedido para o chapéu. – disse Draco balançando a cabeça.

- Ok. – disse Gina jogando as mãos para o alto – Eu não quero mais discutir isso. O que vamos fazer com a Mel?

- Vamos dar mais uma chance a ela. – disse Draco se aproximando de Gina para abraçá-la – Solta um pouco as rédeas.

- Eu só quero o melhor pra ela. – disse Gina retribuindo o abraço – Tenho medo de ter errado.

- Ninguém errou, mas, vamos deixá-la sentir que você está do lado dela ok?

- Tudo bem. – disse Gina olhando para a escrivaninha de Draco e reparando nas fotos – E essas fotos?

- Nada demais. – disse Draco virando Gina rapidamente pra ele – Vamos tomar café, estou morrendo de fome.