As Cobras Não São Más escrita por JessyFerr


Capítulo 47
Capítulo 47 A Origem Se Revela


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores, finalmente o capítulo mais pedido kkk.
Quero dedicá-lo a todas as minhas lindas leitoras em especial a
Foxnissone que deixou um review muito fofo. Espero que gostem.
Bjos♥



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Tomei a decisão de fingir que todas as coisas que até então haviam entrado na minha mente não eram mais verdadeiras do que as ilusões dos meus sonhos.

René Descartes

– Capítulo Quarenta e Sete –

A Origem Se Revela

- Quem é a senhora? – perguntou Draco educadamente.

- É a minha mãe, Rosely Hammes. – disse o Sr. Hammes – Será que vocês podem ir agora?

- Pai. – disse Josh – Eu quero saber o que está acontecendo.

- Não a nada para saber, Josh. – disse o Sr. Hammes – Vai para o seu quarto, por favor.

- Como à senhora conhece o elfo vovó? – perguntou Josh ignorando seu pai.

Ela olhou todos os presentes na sala e respirou fundo.

- Quem são os senhores? – perguntou ela se sentando ao lado da mãe de Josh.

- Perdão. – disse Draco – Eu sou Draco Malfoy e esse é Harry Potter.

- Malfoy... Potter... – disse ela como se tivesse recordado de algo – O mundo é tão pequeno, mas, eu sabia que isso aconteceria quando meu neto recebeu a carta da escola, mais cedo ou mais tarde... todos iriam saber.

- Mãe. – disse o Sr. Hammes pedinte – Não.

- Saber o que? – perguntou Josh.

- Arturo, meu filho. – disse ela – Acho que já está na hora.

O Sr. Hammes ficou em silêncio, todos os demais presentes se entreolhavam, o nervosismo naquele momento parecia palpável.

- Alguém, por favor, pode me dizer o que está acontecendo! – gritou Josh de repente.

O Sr. Hammes ficou surpreso com a explosão do filho, mas, não tinha mais como ele esconder, como sua própria mãe acabara de dizer, mais cedo ou mais tarde todos saberiam.

- Filho eu... eu não sou trouxa. – disse o Sr. Hammes como se aquilo tivesse preso em sua garganta há muito tempo e fosse simplesmente proibido de sair.

- O que...? – disse Josh descrente – Mas, como?... Por que...?

- Como você não tem cadastro no ministério? – perguntou Harry abruptamente.

- Porque, eu sou um aborto. – respondeu ele.

- Até mesmo, abortos são cadastrados no ministério. – disse Draco.

- Mas ninguém sabe da existência dele. – disse a avó de Josh – Porque eu o escondi e criei como trouxa.

- Sra. Hammes. – disse Draco amigavelmente – Precisamos saber da história.

Ela assentiu e fechou os olhos por um momento se recordando de quando era mais nova, se recordando da casa em que morava com seus pais, do jardim, do balanço...

- Eu era jovem – ela começou calmamente – Havia acabado de completar meus dezoito anos. Mas na vila onde eu morava, havia um rumor de que pessoas estavam sendo mortas nas cidades vizinhas e ninguém conseguia identificar o motivo. Meus pais estavam assustados decidiram que seria melhor se fossemos embora dali, alguns vizinhos tiveram a mesma ideia. – ela parou como se estivesse puxando na lembrança e continuou – Eu me lembro que era uma noite muito chuvosa, eu sempre tive muito medo de trovões, e eu não consegui dormir aquela noite. Foi quando eu ouvi um estrondo no andar debaixo, como se tivessem arrebentado a porta, papai entrou correndo no meu quarto e disse para que eu me escondesse no armário, de repente ele sumiu, eu ouvi gritos da mamãe no andar de baixo... e depois, tudo silenciou. Eu estava desesperada, mas, tomei coragem e sai do armário, ouvi vozes e passos subindo a escada, então voltei correndo para o armário. Dois homens conversavam, lembro que um disse para o outro ver se tinha mais alguém nos quartos, e alguém entrou no meu quarto em seguida. – ela parou.

- O que aconteceu? – perguntou Draco a incentivando a falar.

Flash Back On

Rosely, estava encolhida dentro do armário se limitando a respirar para não fazer barulho, enquanto o homem verificava cada canto do quarto. Ela mal acreditou quando ele ia saindo sem olhar dentro do armário onde ela estava escondida, mas, seu alívio se esvaiu quando ele voltou para dentro do quarto e seguiu em direção ao lugar onde ela estava.

A porta foi aberta, mas, o medo ou a surpresa era tanta que ela nem conseguiu gritar ao ver o homem parado a sua frente. Suas vestes negras e compridas lhe dava um ar sombrio, seus cabelos negros e olhos de um tom de cinza muito bonito chamara a atenção de Rosely, mas, o que mais lhe prendeu atenção foi que o homem lhe apontava um pedaço muito fino de madeira.

Eles se entreolharam por um momento, o homem pareceu hesitar ao olhar pra ela, ele abaixou a varinha e guardou no bolso das vestes, ele finalmente parecia querer falar alguma coisa, quando ouvira passos fora do quarto, Rosely voltou a entrar em desespero, o homem apenas fez sinal para que ela ficasse quieta, Rosely assentiu e ele voltou a fechar a porta do armário.

- Os outros cômodos não tem mais ninguém. – disse um homem loiro que acabara de entrar no quarto.

- Aqui também não.

- Tem certeza? – perguntou o loiro – Parece que alguém estava dormindo aqui.

- Está duvidando de mim? – o loiro pareceu ficar incomodado – Segue o seu rumo com os outros eu vou em seguida.

O homem loiro assentiu e saiu do quarto, depois que se passaram alguns minutos, o salvador de Rosely voltou a abrir a porta do armário, ele ofereceu uma mão a ela e a ajudou a sair de lá.

- Qual o seu nome? – perguntou ele, sua voz fria e misteriosa fez até os últimos pelos do pescoço de Rosely se arrepiarem.

- Rosely... Rosely Hammes, senhor – respondeu ela com a voz baixa.

Ele se aproximou dela, e tirou os cachos castanhos da frente de seu rosto, deixando a amostra, lindos olhos azuis que ela possuía.

- Rosely. – ele repetiu sem emoção alguma – Seus pais estão mortos.

No mesmo momento ela começara a chorar em desespero pela dor da perda dos pais e odiou aquele homem que estava a sua frente, pois, ele estava ali diante dela anunciando a morte daqueles que ela mais amava na vida, sem o mínimo respeito e sentimento.

- O que vai fazer agora, senhor? – perguntou ela numa mistura de dor e raiva – Vai me matar também? Por que não o fez logo?

- Se eu quisesse te matar, você não acha que eu já o teria feito? – perguntou ele em resposta.

- O senhor é algum maníaco? – perguntou Rosely com mais coragem – Algum psicopata? Quer me torturar?

- Não me chame de senhor. – disse ele sério – Não sou tão mais velho que você.

- Como devo chamá-lo? – perguntou ela – Meu futuro assassino deve ter um nome.

- Acha que pode confiar em mim?

- Como confiar no homem que matou meus pais? – perguntou ela com a voz embargada pelas lágrimas que voltaram a cair.

- Eu não matei os seus pais. – disse ele – Mas não nego a minha culpa, por ter vindo aqui com esse intuito, mas, eu sou o único que pode te proteger agora.

Rosely apenas assentiu, era certo que confiar em um estranho não era bom, mas, ela não sabia por que, mas, sentiu que precisava confiar nele. O homem pediu que arrumasse as suas coisas, o que ela fez muito rápido. Em seguida ele foi até o parapeito da janela do quarto dela, voltou a pegar a varinha e apontou para o alto.

- Morsmordre. – disse ele voltando para perto dela.

- O que...?

- Shh. – disse ele segurando na mão dela e pegando na mala em seguida.

Flash Back Off

- Ele disse que me levaria para um lugar seguro. – disse Rosely – Disse também que não sabia ao certo porque estava me ajudando, mas, eu confiei nele. Arrumei minhas coisas e ele segurou em minha mão, foi então que algo incrível aconteceu, eu senti um incômodo muito grande, mas, nós aparecemos em outro lugar... ele me transportou.

- A senhora foi aparatada? – perguntou Josh com uma voz que nem parecia a dele.

- Isso! – disse ela com mais ânimo – Foi isso que ele disse. Nós paramos perto de uma hospedaria, e entramos em seguida, ele pagou a dona do lugar com umas moedas estranhas e depois me levou para um quarto.

Flash Back On

- Você ficara aqui por enquanto. – disse ele colocando a mala no chão – Não se preocupe você ficará segura.

- Vai me deixar sozinha? – Rosely perguntou assustada.

- Eu volto logo. – disse ele sério – As pessoas daqui são de confiança.

- Como viemos parar aqui? Quero dizer, como fez aquilo? – perguntou ela – Porque eu estou fugindo?

- Eu preciso mesmo ir. – disse ele firme – Mas prometo que quando eu voltar, respondo todas as suas perguntas. Você só precisa saber que coisas estranhas podem acontecer nesse lugar, mas, não precisa se assustar. Tudo bem?

- Porque está me ajudando senhor? – Rosely perguntou quando ele ia saindo do quarto.

- Eu não sei.

Flash Back Off

- Eu fiquei naquele quarto durante alguns dias. – disse Rosely calmamente – Eu tinha muito medo de sair, mas, a dona da hospedaria sempre levava algo para comer, ela também dizia que eu tinha muita sorte de ter a proteção dele. Então ele voltou para me ver.

Flash Back On

- Você devia sair. – disse ele depois que entrou no quarto, encontrando Rosely deitada na cama – Soube que você não saiu um dia para tomar sol.

- Eu fico na janela. – disse Rosely se sentando, e se surpreendeu ao perceber que sorria ao olhar para ele – Pensei que havia se esquecido de mim.

- Precisava resolver umas coisas. – disse ele se sentando em uma cadeira que estava de canto – Como você está?

- Sozinha. – respondeu Rosely com um sorriso fraco – Será muito cedo para que tire as minhas dúvidas?

- O que quer saber?

- Porque os meus pais foram mortos...? Porque estou fugindo? – perguntou ela.

- Primeiro você teria que saber o que eu sou. – disse ele sério – Você acredita que possam existir bruxos?

Flash Back Off

- Ele me contou tudo sobre o mundo dele. – disse Rosely sorrindo – Fiquei fascinada com cada detalhe, menos com...

- Com o que? – perguntou Josh que ainda se encontrava encostado na parede, ele parecia meio perturbado.

- Um bruxo que se autonomeava Lord Voldemort. – disse ela – Queria dizimar pessoas como eu... trouxas, como vocês dizem. Meu protetor era de um grupo chamado Comensais da Morte. Quando minha casa foi invadida, também era para eu ter morrido, mas, ele me protegeu. Ele sempre vinha me visitar e algumas vezes ele levava presentes ou chocolates, eu contava os dias para que ele voltasse, porque a sua presença me fazia falta. Quando dei por mim, estava completamente apaixonada. – ela deu uma pausa e respirou fundo – Mas ele também havia se apaixonado, e talvez se ele não tivesse se apaixonado por mim... ele ainda estivesse vivo.

- Voldemort descobriu? – perguntou Harry.

- Não. – respondeu ela chorosa – Eu engravidei.

Flash Back On

- Não consigo esconder a felicidade de saber que está grávida. – disse ele angustiado – Mas eu também me preocupo, com a sua segurança e a do nosso filho.

- Mas o que vamos fazer?

- Rosely, minha querida. – disse ele segurando em suas mãos – Há pouco tempo descobri algo sobre Voldemort, algo que se eu conseguir encontrar e destruir, pode ser o fim dele, e então ficaríamos livres para ficarmos juntos.

- E se ele descobrir, pode ser perigoso...

- Eu preciso correr o risco. – disse ele – Eu abri uma conta num banco trouxa pra você... você e nosso filho vão poder viver com conforto pelo resto da vida se quiser...

- Está dizendo que você vai nos abandonar?

- Não. – respondeu ele – Estou dizendo que eu posso morrer.

Flash Back Off

- Ele saiu numa missão suicida atrás de uns objetos. – disse Rosely com a voz embargada – Monstro me avisou que ele encontrou um deles... um medalhão, mas, ele não voltaria mais... ele não resistiu...

- Sinto muito. – disse Harry.

- Peguei minhas coisas e procurei um lugar sossegado e que parecesse longe do perigo para viver com o dinheiro que ele me deixara. – ela continuou – Meu filho nasceu e eu coloquei nele o mesmo nome do pai... Arturo.

- Qual era o nome completo dele? – perguntou Draco olhando de relance para Josh que parecia incrivelmente abalado.

- Era o meu amado... Régulo Arturo Black.


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Notas finais do capítulo

Então, parabéns Sanchess você adivinhou!
Espero muitos reviews hein?!
Bjos♥



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