As Cobras Não São Más escrita por JessyFerr


Capítulo 36
Capítulo 36 A Única Certeza...


Notas iniciais do capítulo

Bom dia meus lindos. Quero agradecer a todos os reviews fofos que recebi de vocês, e também queria dedicar esse capítulo a leitora Grazie, que percebi pelos reviews dela que ela sempre esperou por esse capítulo. Finalmente chegou, linda! Espero que todos gostem.
Bjos♥



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Até que o sol não brilhe, acendamos uma vela na escuridão.

  Confúcio        

– Capítulo Trinta e Seis –

A Única Certeza...

Melanie e Andrew atravessaram juntos a barreira para a estação 9 ¾, ali já se formava uma multidão de alunos querendo guardar suas coisas e embarcar na locomotiva. Mas logo Melanie se viu sozinha com os malões dela e de seu irmão na estação, Andrew havia saído correndo para dentro do trem na direção de dois amigos. Enquanto Mel reclamava do irmão ter a deixado sozinha, ela empurrava um carrinho com o seu malão e puxando o de seu irmão atrás de si.

  - Andrew! – ela gritava para que o irmão voltasse e pegasse sua mala – Cadê você, peste?!

  - Já vou! – Melanie ouvira a voz de Andrew gritar de volta, mas não sabia ainda onde o irmão estava.

  Ela já estava prestes a abandonar as coisas de Andrew quando um garoto apressado, atravessando a passagem da plataforma 9 ¾   teve a desventura de bater seu carrinho no que Melanie puxava, derrubando alguns dos pertences de Andrew no chão, inclusive alguns papéis.

  - Perdão! – disse o garoto se abaixando para ajudar Melanie a pegar as coisas no chão, ela não respondeu, apenas se abaixou estressada, recolhendo as coisas de seu irmão.

  Entre livros e alguns doces estavam algumas cartas, ainda seladas, Melanie as pegou e se assustou quando leu: “Para Melanie Malfoy, De Josh Hammes”. Ela ficou momentaneamente indignada e só pensou o que faria com Andrew quando o pegasse. Melanie guardou as cartas que estavam endereçadas a ela no bolso do casaco. Seu irmão era uma peste mesmo, esconder as cartas de Josh dela, era à prova de que seu irmão morria de ciúmes. Agradeceu a ajuda do garoto que havia trombado no carrinho quando Andrew se aproximou gritando:

  - Você não consegue nem cuidar de um malão, Mel?! – disse Andrew indignado, enquanto Melanie lhe lançava um olhar assassino.

Melanie preferiu não comentar sobre as cartas, ela queria encontrar o momento certo para encurrala-lo e fazê-lo confessar. Ela entregou seu malão para um ajudante para que o guardasse e entrou no trem procurando a cabine de sempre.

- Demorei? – perguntou Melanie entrando na cabine.

- Como sempre. – respondeu um Josh sorridente, por ver a amiga.

- Como foi na sua casa com a Sarah? – perguntou ela se jogando ao lado de Josh e depositando um beijo em sua bochecha.

- Foi... legal. – respondeu Josh sem muito ânimo.

- Josh Hammes, o que aconteceu? – perguntou Melanie desconfiada – Você e a Sarah brigaram? Seus pais não gostaram dela? É impossível não terem gostado dela...

- Sarah disse que me amava – disse Josh muito rápido e Melanie o encarou confusa – Você melhor do que ninguém sabe dos meus sentimento, não é Mel?

- É... eu sei. – disse ela aborrecida – Sei que você deve estar se sentindo mal por não conseguir corresponder, mas, eu pensei que você chegaria a gostar dela.

- Como Melanie? – perguntou Josh chateado – Como gostar dela se eu não consigo... deixa pra lá – disse ele se levantando – Eu já volto, você quer alguma coisa?

Melanie apenas negou com a cabeça e Josh saiu em seguida, ela respirou fundo pensando no problema do amigo, querendo ou não ela se sentia mal por ele, Josh sempre foi seu melhor amigo e ela odiava vê-lo mal. De repente Melanie se lembrou das cartas que Andrew roubara, mas, decidiu ler na escola, ela fechou os olhos e adormeceu em seguida.

***

- Sabe do que eu gosto? – dizia Allan a Blake enquanto se deliciavam com o jantar em Hogwarts – Quando meu irmão fica interessado numa garota, ele fica bem mais legal quando ta todo bobo, eu to achando que dessa vez é a Mey... Blake, você ta me ouvindo?

- É impossível não te ouvir, você não cala a boca nem pra respirar. – resmungou Blake brincando com a comida do prato.

- Porque ta irritadinho? Brigou com a loira? – perguntou Allan indicando Melanie com a cabeça, esta que conversava qualquer coisa com Josh a uns três lugares à frente.

- Não. – respondeu Blake – Sabe aquela escola de música que eu quero entrar?

- Sei. – respondeu Allan – Você não para de falar nela.

- Eu tinha me inscrito pra fazer a prova. – explicou Blake – E eles me mandaram uma carta informando o dia da prova.

- Isso é bom não é?

- Bom é. – disse Blake em voz baixa – Mas a data que a prova foi marcada eu estarei em Hogwarts. – Agora ele abaixara mais a voz – Eu preciso dar um jeito de ir e voltar sem ninguém perceber.

- Não é mais fácil pedir autorização para o diretor Longbottom? – perguntou Allan com se fosse a coisa mais obvia do mundo.

- Se eu pedir pra ele, ele terá de comunicar aos meus pais. – disse Blake – E eu não quero o Sr. Zegers atrapalhando os meus planos.

- A gente pensa em alguma coisa. – disse Allan – Nem que eu tenha que tomar a Poção Polissuco para me passar por você.

- Valeu.

O restante do jantar foi tranquilo, Melanie se despediu de Josh que resolveria alguns problemas de monitoria da sala da Profª Silverstone e depois faria a ronda. Então Blake se uniu a ela na volta ao salão comunal da Sonserina.

- Blake eu estive pensando em uma coisa... e gostaria que você me ajudasse. – disse Melanie quando voltavam.

- Pode pedir qualquer coisa. – disse Blake.

- Bom. – ela começou – Eu queria ficar mais próxima da sua família, porque, eu me senti tão bem com eles que... me deu vontade de conhecê-los mais e participar... das coisas que vocês... fazem.

- Mel, você me deixou muito confuso. – disse Blake coçando a cabeça.

- Blake, eu quero aprender a tocar... algum instrumento. – disse Melanie – Por favor, não ria de mim.

- Porque eu iria rir de você? – perguntou Blake atônito – Isso é maravilhoso, Mel!

- Sério? – perguntou ela desconfiada – Então você vai me ajudar?

- Claro que vou, é só você me dizer de qual instrumento você se identifica mais e pronto.

- Pode me ajudar nisso também? – perguntou Melanie sem graça – Eu não entendo nada disso, mas, eu só sei que quero, de verdade.

- Não se preocupe com isso. – disse Blake a abraçando pela cintura quando entraram no salão comunal.

- Obrigada. – disse Melanie dando um longo beijo em Blake.

- Eu recebi a carta da escola de música. – disse Blake depois que se separaram.

- Sério? – disse Melanie empolgada.

- Sério, mas, a prova foi marcada para antes das férias de verão. – explicou ele.

- E como você vai fazer pra ir, sem o seu pai saber?

- Ainda não sei, mas, Allan disse que vai me ajudar.

- Eu também posso te ajudar se quiser. – disse Melanie.

- Não. – disse Blake – Eu não quero ver você metida em encrenca.

- Blake Zegers! – disse ela indignada – Eu te conheci no meio da encrenca, ou acaso se esqueceu que pegamos detenção juntos?

- Loirinha, deixa que eu resolvo, tudo bem? – pediu ele.

- Ok. – disse Melanie respirando fundo – Eu vou deitar.

- Mas já...?

- Acordei muito cedo para pegar o trem. – disse ela.

- Mel. – disse Blake arqueando uma sobrancelha – O trem só saiu às onze da manhã.

- Enfim, é cedo demais. – disse ela e Blake sorriu.

- Querendo ou não eu também tenho que me deitar. – disse ele – Allan e eu temos que fazer uns trabalhos extras pra recuperar a nota em algumas matérias, então eu vou acordar cedo e fazer na biblioteca.

- Então boa noite. – disse Melanie dando mais um beijo em Blake e subindo em seguida para o dormitório feminino.

Chegando ao dormitório, Melanie pensou em ler as cartas que Josh havia mandado nas férias. Ela se quer havia comentado com o amigo o ocorrido, pois se esquecera, enquanto a conversa corria bem na mesa da Sonserina. Enquanto encarava a carta a segurando, percebeu que estava indisposta e deixaria para ler na manhã seguinte.

  Melanie acordou e sem ver as horas, foi direto para o banheiro tomar banho, assim que se vestiu, começou a separar seus materiais para o dia. Ela olhou para a cama das suas colegas de quarto e nenhuma ainda havia levantado, olhando em seu relógio no criado mudo percebeu que havia acordado um tanto cedo demais. Sentou-se na sua cama e fitou as cartas no criado mudo, então começou a ler, uma por uma. Melanie se divertia com os acontecimentos de verão de Josh, e também com os acidentes culinários da mãe dele, vez ou outra, citados. Mas a última carta, não foi de todo um riso.

 Querida Mel,

Antes de tudo, feliz aniversário! Te desejo felicidade, amor e te desejaria também o melhor, porém, de acordo com você, você é o melhor. Não haveria sentido te desejar você mesma neste dia, não é mesmo? Queria poder te dar um abraço pessoalmente hoje, mas seria complicado... você sabe.

Dessa vez eu não vou te perguntar como foram as férias, se sua prima Rose te encheu muito o saco ou se seu irmão andou ouvindo suas conversas atrás da porta. Eu preciso te contar umas coisas.

Quando nos conhecemos, no primeiro ano, ficamos muito próximos. Desde então você foi a minha melhor amiga, você sabe disso. No primeiro ano éramos só nós dois, no segundo também, no terceiro ano acabamos nos  enturmando quando você entrou para o quadribol e no quarto eu também entrei. Também foi no quarto ano que você teve aquele seu primeiro namoradinho, Anthony Harper, nosso capitão no time de quadribol hoje. Eu não sabia por que, mas, quando eu vi vocês juntos, de mãos dadas em Hogsmeade, trocando gestos de afeto, eu me senti um monstro. Eu queria matar o Anthony. Ciúmes de amigos?

Você e Anthony terminaram rápido, então veio o maldito batedor do Foster. Ele era do sétimo ano e você se sentia nas nuvens. Um pouco antes do ano letivo terminar você descobriu que ele tinha um caso com a Hillary Scott e você decidiu dar o troco usando o irmão dela, James. Sei que você não teve nada de realmente importante com James, só uns amassos nos corredores, mas eu tive ciúmes dele também e um ódio profundo de Foster, que além de te namorar e roubar nossos tempos juntos, também te traia.

No quinto ano você saiu com o novo artilheiro do time, o Banks, mas foi o Patel que me tirou noites de sono. Vocês já estavam juntos há um mês quando eu percebi o que estava acontecendo comigo, embora eu ainda negasse para mim mesmo. Foi no meio do ano que eu não tinha mais como negar.

A fase de amor por Patel acabou e você já tinha namorado todo o time de quadribol, a não ser você mesma e eu. Quando eu me peguei torcendo pra que eu fosse o próximo na sua já grande listinha, quando eu me peguei torcendo pra ser o próximo e o último, foi que eu percebi que não adiantava eu me enganar. Eu estava apaixonado pela minha melhor amiga e quem seria mais qualificada para dona do meu coração? Eu tive meus casos também, mas mesmo quando eu estava com elas era em você que minha cabeça estava. E eu não conseguia pensar em alguém melhor do que você para mim.

Sendo assim, nessa carta e nesse dia especial eu decidi que deveria te falar sobre o meu sentimento especial. Esse meu amor que tenho por você. 

Eu entenderia se você simplesmente agisse como se essa carta nunca tivesse chegado a você. Mas meu maior desejo é que, no fim dessas férias, possamos ser mais do que já somos. Mais do que melhores amigos, mais do que batedora e apanhador... Mas que no fim dessas férias você seja minha.

De quem agora você sabe que te ama...

...Josh

Não poderia ser verdade, e se fosse Melanie deveria se matar por isso. Como nunca percebera o que Josh sentia por ela? Que tipo de amiga deixa uma coisa dessas passar? Deveria ser uma brincadeira de seu irmão, ah seria!

Pegou sua bolsa a jogando nas costas e a carta que ela recebera em seu aniversário saindo correndo do dormitório em direção ao salão comunal. Foi o tempo perfeito, Josh estava saindo do salão quando ouviu Mel o chamar:

  - Josh! Josh!

Ele se virou sorrindo percebendo a voz de Mel e abriu os braços para um abraço de bom dia quando viu que ela corria em sua direção, mas não houve abraço, apenas notou os olhos marejados de Melanie, que havia parado a sua frente mostrando uma carta a ele.

  - O que foi, Mel? – perguntou preocupado.

  - Eu achei isso nas coisas do meu irmão ontem. Me diz que é mentira Josh, me diz que isso é mais uma das piadinhas dele.

  Josh observou atentamente a carta que Melanie o mostrava. Ele não tinha dúvida do que era, havia passado horas analisando essa carta antes de resolver envia-la.

  - Mel... – ele começara ensaiar pra dizer – Eu pensei que você... – Mas não conseguira terminar.

  - Então é verdade? – uma lágrima escorreu do rosto de Melanie. Josh assentiu – Porque você não me disse, Josh?

  - Mas eu disse! Digo... pela carta! – Josh tentou explicar – Eu achei que você já sabia e... só não queria falar disso comigo!

  - E desde quando eu não quero falar de algo com você, Joshua?! – Melanie explodiu deixando mais lágrimas caírem sobre seu rosto vermelho, alguns alunos que estavam na sala olharam para eles.

  Josh engoliu em seco, tentou se aproximar da amiga e enxugar suas lágrimas, mas Melanie desviou o rosto. Nem ela sabia por que, mas continuar ali, ao lado de Josh estava cada vez mais desconfortável. Josh tentou limpar as lágrimas da amiga mais uma vez, ela permitiu que ele a tocasse e ele a fez olhar para ele.

  - Se acalme, por favor. – ele pediu, mas não foi atendido.

  - É por isso que você brigou com... – a luz finalmente havia chegado à mente de Melanie, esclarecendo toda a situação. Deu um passo para trás fitando Josh que abaixara a cabeça. – Por Merlin... Blake.

  Melanie saiu apressada do salão comunal, deixando Josh que pensou em chamar pela amiga, mas não tinha certeza se deveria fazer isso. Apenas a deixou ir.

- O que foi exatamente isso? – perguntou Anthony se aproximando de Josh.

- Ela não sabia. – disse Josh com a voz falha – Ela não sabia.

- O que ela não sabia?

- As cartas que eu mandei pra ela nas férias. – explicou ele – O irmão da Mel as escondeu e...

- Ela nunca chegou a receber. – terminou Anthony. – O que acontece agora?

- Eu não sei. – disse Josh sério – Você percebeu se ela parecia balançada?

- Não. Ela parecia bem assustada. – disse Anthony – Josh, eu não quero que você crie novas esperanças com ela. Está bem claro que ela ama o Blake.

- Você acha que nada vai mudar?

- Nada mudou enquanto você pensava que ela não sabia. – disse Anthony – Você está bem com a Sarah... pelo menos eu acho que está. Sinceramente eu pensei que a Mel ia largar o Blake no segundo mês, mas, eu acho que ela realmente gosta dele, então... você já devia tê-la esquecido.

- Você fala como se fosse fácil. – reclamou Josh.

- E você fala como se fosse impossível. – rebateu Anthony.

Josh não disse nada, apenas encarou o amigo preocupado a sua frente e pensou se realmente nada mudaria.

***

  Mel sabia que o namorado havia acordado mais cedo para fazer um trabalho extra com Allan e recuperar sua nota em algumas matérias. Ela correu até a biblioteca, onde encontrou Blake sentado anotando algo em um pergaminho e Allan procurando algum livro entre as prateleiras.

  - Blake, preciso falar com você. – Ela disse de pé ao lado do namorado que não tirou os olhos do pergaminho

  - Estou um pouco ocupado agora, loirinha...

  - Blake, por favor... É serio.

  - Tudo bem... – Blake se rendeu colocando a pena no tinteiro e finalmente olhando para Melanie, que estava com os olhos mais fundos do que nunca – Que aconteceu?! – Blake se exaltou pegando seu casaco de cima da mesa e guardando rapidamente todas as coisas em sua mochila. – Allan, depois a gente continua! – A bibliotecária encarou Blake com censura, mas ele a ignorou. Apenas abraçou Melanie pela cintura e a guiou para fora da biblioteca a passos largos. – Vamos pra torre de Astronomia, você pode me dizer o que precisar lá.

Melanie abraçou Blake e se recolheu embaixo do braço dele. Não demoraram para chegar à torre de Astronomia no ritmo em que Blake caminhava.

  - Pronto, Mel. Pode falar, o que houve? – Blake disse quando Melanie já se mostrava mais calma.

Melanie secava os olhos com as mãos ainda soluçando, mas tentando respirar fundo. Quando finalmente conseguiu olhar para Blake, que a fitava preocupado, tirou do bolso a carta de Josh e entregou a ele.

  - Eu encontrei ontem nas coisas do meu irmão... Achei que fosse uma brincadeira, mas Josh disse que ela é... verdadeira.

Blake pegou a carta com cuidado, Melanie mantinha um olhar preocupado sobre a carta e Blake, mas não deixaria as lágrimas voltarem. Assim que os olhos de Blake pousaram sobre o conteúdo da carta, ele se apoiou de costas no parapeito da torre. Melanie andava em círculos tentando manter a calma enquanto Blake lia a carta. Ele precisou reler alguns trechos, como se não entendesse o que estava escrito ou o que Josh queria dizer, mas ele sabia muito bem. Ele fechou os olhos, respirando fundo. Talvez a sua visão tivesse um começo agora, talvez aquela parte da história terminasse ali e as coisas começassem a conspirar pra que a visão se concretizasse. Abriu os olhos quando sentiu o perfume floral e então percebeu que Melanie havia se aproximado. Respirou fundo e entregou a carta para a loira ao seu lado.

  - Então você não sabia? – ele perguntou se virando, apoiando os cotovelos no parapeito da torre e laçando os dedos.

  - E você sim? – Melanie se assustou olhando para Blake que afirmou com a cabeça e passou a olhar o horizonte – Quem mais sabe?

  - Não sei... talvez a escola inteira, Mel. Eu só me declarei pra você sem problemas, porque achei que você tinha dado um fora nele em alguma parte do relacionamento de vocês dois...  Em todas aquelas nossas conversas, eu esperei que você deixasse claro o que tinha com ele pra que eu pudesse dar qualquer passo. – Os dois ficaram quietos por mais alguns segundos – Olha, se você quiser dar um tempo, ou até... sei lá. Eu vou entender.

  - Eu nunca terminaria com você...

  - Eu não quero que você fique comigo sem ter certeza de que é isso que quer Mel...

  - Mas parece que você é a única certeza que eu tenho agora.

Blake sorriu aliviado trazendo Melanie para mais perto de si. A abraçou respirando fundo e deixou um beijo em seus lábios. Não seria hoje que a vida começaria a conspirar para suas visões. Por um segundo até pensou que poderia não acontecer, mas a verdade era simples e clara em sua mente. Aconteceria, a qualquer momento, querendo ele ou não. A abraçou mais forte e a beijou de novo, porque teria que aproveitar sua felicidade agora, enquanto podia.


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews???



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