Fui para a cozinha preparar o jantar. Damon logo chegaria. Enquanto preparava o macarrão fiquei pensando no bilhete, quem será que havia mandado aquele bilhete? Ouvi um ruído vindo do quarto de Soph, fui até lá e quando entro ela está em pé no bercinho, ela sorria pra mim.

-Onw minha pequena! Já quer andar é?

Eu sorri e a peguei no colo. Ouvi a campainha tocar. Fui atender e lá estava Stefan parado na minha porta.

-Stefan?

Eu disse surpresa.

-Oi.

Ele disse sorrindo.

Eu não estava com raiva dele, já fazia tempo e antes de Stefan ser meu namorado, ele sempre foi meu melhor amigo desde a escola.

-O que você está fazendo aqui?

Perguntei.

-Eu na verdade estava passando por aqui e quis te fazer uma visita.

Ele disse. Eu senti um cheiro de queimado.

-Droga! O macarrão!

Joguei Soph nos braços de Stefan e corri pra cozinha, tirei a panela no fogão.

Ele logo apareceu na cozinha com minha filha no colo.

-Me desculpe Stef, é que eu esqueci e...

-Não se preocupe Lena, sua filha é um princesa.

Ele disse ainda sorrindo. Eu sorri também.

-Bom, ta tudo queimado.

Eu disse sorrindo derrotada, Stefan deu uma gargalhada. Meu celular tocou, pronto, só faltava essa!

-Alô?

-Oi amor, eu vou ficar até mais tarde no trabalho.

-Ah! Ta bom Dam.

Eu disse desapontada. Desliguei o telefona.

-O que foi?

Stefan perguntou.

-Damon não vem pra jantar.

Eu disse.

-Hm, que tal uma pizza?

Ele disse sorrindo.

-Ótimo!

Eu disse, peguei Soph e dei de mamar pra ela e depois a coloquei pra dormir. A pizza chegou e Stefan foi pagar e eu preparei a mesa e o vinho. Nos sentamos e começamos a comer.

-Nossa, ta com uma cara ótima!

Eu disse.

-É, quase consigo ouvir sua barriga roncar!

Stefan disse, e eu gargalhei. Comemos e conversamos muito, tomamos o resto do vinho todo. Já eram dez horas e Damon não chegava. Liguei para o escritório dele.

-Alô?

Uma mulher atendeu.

-Quem está falando?

Perguntei.

-Katherine.

Ela disse. Ah, qual é! Essa vadia ta fazendo o que lá?

-Eu quero falar com o Damon.

Eu disse já sentindo vontade de chorar. Ela deu uma risadinha insossa.

-Bom, ele está ocupando procurando as roupas, sabe como é, homens!

Ela disse. Senti uma pontada, não consegui mais dizer nada, desliguei o telefone e comecei a chorar.

-Ei Elena! O que aconteceu?

Stef veio até mim.

-Era ela! A vagabunda da Katherine, eles estão juntos!

Eu disse sentindo o ódio me invadir, será que era a meta da vida daquela vagabunda? Tomar tudo o que eu amava? Fui até o quarto, peguei uma mala e soquei, literalmente soquei as roupas de Damon dentro dela.

-Ei Lena, tente se acalmar ok?

Stefan tentava em vão me consolar.

-NÃO STEFAN! Quando nós estávamos juntos, ela me roubou você! Eu odeio ela! Odeio!

Eu disse alto.

-Me desculpe.

Ele disse e me abraçou, eu o abracei de volta. A porta da sala se abriu, fui até lá com a mala de Damon e joguei no chão na frente dele.

-O que significa isso?

Ele perguntou.

-Vá perguntar ´pra sua amante!

Eu disse nervosa.

-O que? Do que você está falando Elena?

Damon perguntou confuso.

-Vai me dizer que você estava trabalhando até uma hora dessas?

-Mas eu estava!

Ele disse.

-Ah tá! Trabalhando no corpo da vadia da Katherine.

Eu disse e antes que ele tentasse falar algo.

-VÁ EMBORA, EU NÃO QUERO MAIS VOCÊ AQUI.

Eu disse. Stefan se posicionou ao meu lado.

-O que ele está fazendo aqui? Foi ele que fez sua cabeça contra mim, não foi?

Damon disse com raiva.

-Claro que não Damon!

Stefan disse ainda calmo.

-Eu vou quebrar a tua cara!

Damon partiu pra cima de Stefan, mas eu me coloquei na frente dele.

-Você não vai encostar um dedo nele!

Eu disse. A surpresa tomou conta da face dele e depois a raiva.

-Tudo bem, eu vou embora.

Damon disse, pegou a mala e saiu de casa. Eu me sentei no sofá é tudo que eu conseguia fazer era chorar.

-Como eu posso ser tão burra?

Eu disse.

-Ei, você não é burra, e apesar de eu não poder falar nada, mesmo assim, eu vou dizer. Se Damon realmente ficou com ela é por que ele é muito burro, assim como eu fui em te perder.

Stef disse.

-Obrigada Stef.

Nós nos abraçamos e ficamos assim por um tempo.

-Vou fazer um chá pra você.

Ele disse.

-E desde quando você sabe fazer chá?

Eu disse.

-Há muitas coisas que você não sabe sobre mim Leninha.

Ele disse sorrindo. Stefan fez o chá e eu tomei e me senti um pouco mais calma. Eu também estava meio tonta por conta do vinho. Fui pra minha cama e me deitei. Stefan sentou ao meu lado.

-Eu já vou, você vai ficar bem?

Ele perguntou.

-Não. Você sabe que não.

Respondi.

-Quer que eu fique?

Ele perguntou docemente. Acenei que sim com a cabeça. Stefan se deitou ao meu lado e me abraçou e depois disso adormeci, um sono profundo e sem sonhos, tudo o que eu precisava.