Fear And Light escrita por Barbara Soares


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

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A manha tinha aparecido gelada e o resto do dia não foi diferente. De noite, finalmente começou a cair alguma neve do lado de fora.

Percy e Annabeth estavam se preparando  para sair e passar a ceia de natal na casa de Sally, era o primeiro natal que eles passavam no apartamento novo e estavam todos muito felizes.

Como de costume o trânsito estava terrível e havia piorado depois que começou a nevar. Havia ainda muitas pessoas nas ruas tentando comprar as ultimas coisas para os preparativos da noite de natal. Por sorte, Annabeth já tinha tirado a licença e tinha comprado tudo adiantado.

A mãe de Percy havia dito que não se preocupassem com presentes, mas Annabeth havia comprado mesmo assim, claro.

Eles seguiram pela segunda avenida e pararam no congestionamento.

- Liguei para o meu pai essa manhã – Annabeth começou a dizer.

 – Confirmada pra amanha, certo? – Percy disse.

- Certo. Ele chegará aqui antes do meio dia. – Ela disse – Quer me ver antes do bebê nascer.

Percy riu, mas na verdade estava nervoso. Estava quase chegando a hora, Annabeth estava de 6 meses e uma barriga gigante. E eles ainda nem tinham escolhido o nome do bebê. Ele anotou mentalmente para lembrá-la disso.

Finalmente o carro seguiu a estrada e em 15 minutos chegaram ao prédio.

Foi Paul que abriu a porta.

- Hey, Feliz natal! – ele disse ao ver os dois, abraçou-os e os empurrou para dentro.

O apartamento novo de Sally e Paul era o dobro do tamanho do antigo, tinhas as paredes claras e as janelas como uma incrível vista para a times square. Mudar de casa era a prioridade de deles depois que o livro de Sally foi lançado.  Era um livro de auto-ajuda que ela se empenhou por quase três anos. Foi realmente o único livro que Percy conseguiu ler inteiro e ele se orgulhava de sua mãe por ter passado por tudo que passou desde que seus pais morreram e Percy nasceu.

Percy foi encontrar sua mãe enquanto Paul encostava o ouvido na barriga de Annabeth e conversava com o bebê. Annabeth enviou um olhar para ele como se falasse “me salve”, mas Percy apenas riu e foi para a cozinha.

Sua mãe estava no balcão temperando uma salada. A cozinha tinha sido especialmente planejada para ela. Era espaçosa, clara e cheia de enfeites com temperos e talheres. Percy tinha até vontade de cozinhar num lugar daqueles.

Sua mãe o viu e veio até ele. Deram um abraço longo.

- Feliz Natal! – ela disse, soltando o abraço – Como vai Annabeth e o bebê?

- Vão bem – Percy disse simplesmente, mas percebeu que sua queria ouvir mais.

Ela o olhou com as sobrancelhas juntas e começou a rir.

- Eu não acredito que você está com medo, Percy – a mãe o conhecia muito bem – já o vi derrubar monstros do tamanho de postes, mas um simples bebê o apavora?

Ela riu novamente.

- sim – Percy não ria, mas sua mãe tinha muita razão. Ele estava morrendo de medo.

- Não fique nervoso querido, estarei aqui se precisar de mim, você sabe, agora chame Paul para me ajudar aqui, Susan deve estar quase chegando

Susan era a irmã mais nova de Paul. Ela morava em Washington com o marido e era a única família restante de Paul. Eles nem sempre passavam o natal juntos.

Essa seria a primeira vez que Percy iria vê-la, pois na maioria das vezes em que ela vinha, ou ele estava no acampamento, ou em missões ou sem memória dormindo por ai.

Tudo que Percy sabia era que ela tinha um filho chamado George de 6 anos. Percy gostava de crianças, mas sempre que pensava em seu “primo”, lembrava da cobra do caduceu de Hermes, o que não ajudava em nada.

Ele saiu da cozinha e se sentou no sofá com Annabeth, passou o braço pelo seu ombro e ela se encostou ao seu peito. Os dois ficaram em silêncio por certo tempo, só observando a árvore de natal que piscava no canto da sala.

Era nesse momento família que Percy pensava em todos os seus amigos que se foram. Hera um dia disse a ele que a lealdade aos amigos era seu erro fatal e Percy não discordava nem um pouco. Era difícil não se lembrar daqueles amigos que morreram. Foram tantos. Essa era a vida de um semideus afinal, se você sobrevivesse, teria que ver os outros partirem.

- Annabeth? – Percy disse – Ainda não escolhemos o nome do bebê, não é?

- Aham – ela disse.

- Que tal homenagearmos, algum dos nossos amigos mortos? –Percy disse.

Annabeth empalideceu, ela achou que Percy iria sugerir que o filho chamasse Luke. Por mais que gostasse do amigo que foi dominado por Cronos, ela não se sentia confortável.

- Estava pensado em Charlie. – Percy disse – Você sabe, Beckendorf teve a morte mais heróica que eu já vi, e ele salvou minha vida uma porção de vezes.

Annabeth olhou para seu marido e sorriu, seria uma ótima homenagem, pois Charlie era seu amigo também.

- Charlie. Acho perfeito – Annabeth disse e Percy beijou o topo da sua cabeça.

Quando Susan e sua família chegaram, Sally serviu a ceia.

- Percy, estávamos ansiosos para conhecê-lo – disse o marido de Susan, Will – Paul fala de você o tempo todo.

Percy ficou intrigado, será que Paul falou coisas que não devia?

- Ah, não falo nada de mais – Paul disse, lançando um sorriso de aviso a ele – Percy é um garoto muito especial.

Percy relaxou, não sabia até quando os mortais poderiam entender o que realmente se passava em sua vida. Alguns não eram como Paul, que entendeu rapidamente, apesar de ainda fazer perguntas estranhas que Percy na maioria das vezes não sabia responder.

- E não acreditei quando disse que iria ser avó, Sally – Susan disse – Vocês terão uma família maravilhosa.

Todos comeram muito bem e distribuíram os presentes como de costume todos os natais.

Quando teve uma folga de abraços e de presentes, Percy puxou Annabeth até a sacada onde podiam ver a neve fina caindo vagarosamente.

- Não faltou nada não? – ele perguntou.

Annabeth riu.

- O que engraçadinho?

Então ele a beijou, ao som da música natalina que vinha da sala e com neve caindo na rua.


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Notas finais do capítulo

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