Sentimentos Ocultos: O Começo escrita por Vick Yoki


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Tava inspirada. Vamos ver o que vocês acham...



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Procurei entre a floresta o garoto mas para a minha decepção eu não o encontrei. Vaguei pela floresta a fim de conhecer este imenso lugar. Pelo caminho, encontrei várias estátuas de deuses da mitologia grega e pensei: “Que lugar era aquele?”. Logo encontrei algo inusitado: Era a estátua de Hades. Na mão da estátua havia um pergaminho que não era de gesso e sim de papel. Tive a curiosidade de pegar aquele pergaminho até que ouvi uma voz dizendo: “Não pegue!”. A voz era exatamente igual a voz de Filipe, até que comecei a pensar que ele estivesse ali também. Então resolvi me virar e dei logo de cara com o garoto misterioso.

- Posso perguntar por quê?

- Porque este pergaminho está amaldiçoado. Ele pertencia a Hades e ainda pertence. Se você pegar ou ler ficará amaldiçoada.

- Porque há tantas estátuas aqui?

- Aqui é uma espécie de cemitério de estátuas. Foi construído em 1230 com o propósito de ter por perto os deuses gregos. Poderia usar isso para meu trabalho de história.

- Então, onde estamos? Porque sempre que eu venho aqui eu me sinto como se estivesse sonhando.

- Você está sonhando e sua imaginação está te ajudando a conhecer outros lugares.

- Quer dizer que isso é tudo da minha cabeça e que eu estou criando tudo isso?

- De certo modo, sim e não. Quero dizer que isso tudo foi uma maneira que você encontrou de fugir da sua realidade. Foi uma maneira de fugir dos seus sentimentos. Ele estava certo.

- Nossa! Eu...

- Você tem que encarar a sua realidade e ser forte. Você já deu um passo. Você conseguiu se relacionar com o Valentim. Mas ainda falta algo.

- O que?

- Você sabe a resposta. Agora vá ou você irá se atrasar! Foi neste momento que eu me lembrei da lanchonete.

- É mesmo, como pude me esquecer? Mas antes me diga seu nome!

- Meu nome é Consciência!

- Desculpe o meu atraso.

- Você atrasou cinco segundos, mas tudo bem. Vou lhe deixar um aviso, é melhor você ir se acostumando com os horários.

- Pode deixar. Não vou mais cometer este erro.

- Ok, pode ir.

Chegando a cozinha me deparei com um grupo onde havia duas mulheres e três homens. Eles riam muito exceto um que estava de lado. Resolvi me apresentar.

- Olá! Eu sou Morgana e sou nova aqui.

Eles olharam pra mim com descaso e voltaram a rir. Naquele momento me senti pequena e inútil até que ouvi uma voz grave e calma.

- Olá!

Me virei e vi que era o rapaz isolado. Educadamente, respondi.

- Oi!

- Eu sou Benjamim, já ouvi falar de você.

- Benjamim Wilker?

- Sim.

- Prazer.

- O prazer é todo meu. Lá em casa só se ouve falar de você.

- Oh!

- A Theresa e o meu pai disseram que você é muito educada e é verdade.

- Muito obrigada.

- Só estou sendo sincero. Filipe também fala de você...          Ele deu uma pausa.

- ...Porém ele é mais discreto.

O que será que ele fala de mim?

- Bom, espero que sejamos amigos. Posso te chamar de Benny?

- Claro!

Benny soltou um sorriso.

Não era largo como o de Theresa mas também não era tão tímido quanto o de Filipe.

Cheguei em casa após um dia muito movimentado. Já era 20h 31min. Minha mãe chegava as 18h. Valentim estava dormindo e Rita estava fazendo chá. Subi e resolvi tomar um banho morno. A água descia sob meu corpo e eu comecei a me recordar daquele dia que estava acabando. Me recordei do quase beijo entre eu e Filipe, me recordei da conversa com Valen, me recordei das minhas ilusões, me recordei da palavras de Benjamim. Tudo parecia um Flash Back. Mas eu ainda tinha dúvidas sobre Filipe. Ele era lindo mas não era isso que me encantava nele. Era essa a dúvida! Eu estava apaixonada? E se eu estivesse, ele iria saber? Porquê nós nos sentíamos bem quando estávamos juntos? Porque eu tinha dificuldades em me expressar? Porque eu era tão covarde? Porque eu não era como minha mãe? Porque? Porque? Porque? Eu estava cheia de dúvidas, como sempre. Resolvi sair do chuveiro antes que toda a água fosse embora. Vesti um moletom e desci para tomar o chá com minha mãe.

- Você não acabou com toda água, não é?

- Não.

- Você nunca larga essa mania de ficar refletindo a vida no chuveiro.

- Desculpe.

Me virei e estava prestes a subir as escadas.

- Volte!

- Sim?

- Como foi o primeiro dia?

Hesitei um pouco em responder.

- É... Foi... Estranho.

- Estranho?

- É. Eu tentei ser legal.

Me apresentei para eles porém só o Benny me deu atenção.

- Benny?

- Benjamim Wilker.

- Mais um Wilker.

- Você não gosta deles?

- Não é questão de gostar, é que cada dia que passa você esta mais envolvida com eles.

- Eu não estou envolvida com ninguem.

- Pode não estar agora mas e depois? Eu não confio naquela família.

- Você quer que eu continue assim, sem amigos, sem ninguem. Você quer que eu continue presa num mundo imaginário esperando a coragem brotar dentro de mim para conseguir me libertar!

- Não grite comigo!

- Eu não estou gritando.

É você quem sempre grita. Gritou com meu pai, gritou comigo, gritou até com o vizinho! Você sempre se julgou estar certa e nunca parou pra ver que estava magoando as pessoas enquanto gritava.

Segurei para não chorar. Acho que fui muito dura com ela.

- Me desculpe, não queria ser tão má com você, mãe.         Subi as escadas correndo. Entrei no quarto e comecei a chorar, sozinha.


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Notas finais do capítulo

Deixem reviews... Please... Vai me dar vontade de continuar publicando..



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