Die escrita por Ane
Notas iniciais do capítulo
Hoje é niver da minha mãe. o/
Chizuru estava completamente chocada com o que acabara de ouvir, a Yui morta? Mas como? Por quê?
–Mas o que diabos aconteceu para ela estar morta?
Nagaie Chizuru era muito querida por Miwa e Yui, era quase uma pessoa da família.
As três brincavam muito quando crianças; sempre foram vizinhas, até que Chizuru se mudou e elas nunca mais se falaram. No primeiro ano do colegial, enquanto o professor fazia a chamada, Chizu ouviu um nome conhecido: Miwa Umisei, seria mesmo a Miwa que a garota conhecia? Olhou ao redor da sala e viu uma garota familiar sentada em uma das cadeiras da frente , cabelos vermelhos curtos, estatura baixa; ela não havia mudado nada. Pouco tempo depois as duas já eram amigas novamente. Ou melhor, as três.
Pegou um casaco velho que se encontrava próximo á ela e abriu a porta, seus olhos já não conseguiam segurar as lágrimas e suas bochechas estavam molhadas:
–Eu preciso saber o que aconteceu…- pensou.
Começou a correr, a distância estre a casa das duas nunca pareceu tão longe, será que estava tudo muito devagar pois estava tudo dando errado? Por mais que ela corria parecia que a casa mais longe ficava. Decidiu andar, se continuasse correndo não iria mais ter forças e com certeza iria parar no meio do caminho. Enquanto ela dava passos apressados ela tentava se acalmar e esvaziar completamente a mente, senão ela enlouqueceria.
A mesma começou a acelerar cada vez mais, até que finalmente avistou a casa da amiga, um portão que parecia mais uma cerca, uma casa com apenas um andar com paredes bege, um jardim com várias flores que as duas irmãs plantaram juntas e alguns enfeites de origami pendurados perto das janelas.
Ela chegou perto e viu que o portão estava aberto, ela entrou rapidamente e andou por um caminho de pedras que havia até chegar a porta, puxou a maçaneta para baixo, e quando viu aquela cena sentiu ânsia, fechou os olhos por alguns minutos e se sentiu tonta:
–C-Chizu!
Chizuru não conseguiu responder, sua respiração estava pesada e ela tinha a visão embaçada. Ela ficou alguns segundos em silêncio; quando finalmente se sentiu menos chocada ela falou baixo:
–C…Como foi que ela morreu?
–Ela… Ela estava aqui com o “namorado” dela, então, ele veio pra cá e eu não sei o que aconteceu mas…- ela iria começar a chorar de novo- E…Eu cheguei, já estava assim… Chizu, se eu não tivesse saído… Se eu tivesse ficado, ela… Ela estaria viva, isso é tudo culpa minha, só minha…
–M-Miwa-chan, não diga isso!- Nagaie abraçou a amiga.- A culpa não é sua… A culpa não é de ninguém!- ela também já chorava.
–Mas…- ela desfez o abraço- temos outro problema…
–Qual? O do cara ter se matado? Temos que chamar a polícia!
–Não faça isso.
–P-Por quê?
–Fui eu quem o matou.- ela olhou para Chizuru com um olhar vazio.
–COMO? MIWA, VOCÊ TEM NOÇÃO DO QUE VOCÊ FEZ?
–Eu tive que defender a minha irmã e além de que esse homem queria me matar.- Os olhos castanhos de Umisei penetravam bem no fundo da alma de Chizuru, ela sempre pensou que Miwa era uma garota tranquila, que não tinha o intuíto de matar ninguém. Como ela arranjara coragem para matar alguém?
–O-O que faremos então?- Chizuru pegou seu grande cabelo loiro e o prendeu em um elástico. Ela estava tão nervosa que não tinha controle de suas mãos e elas não paravam de tremer.
–Ligue para o Akasaki-kun. Ele deve saber o que fazer.
***
–Então Hiro… A Nodoka anda com aquela psicopatia de novo…
–Entendo, entendo…- bocejou- Eu estou com sono…
–Me diga quando você não está com sono.- sentiu seu aparelho vibrar no bolso, olhou no visor: “Nagaie Chizuru”- Ué, a Nagaie me ligando? Alô?
–Akasaki… Você… Você poderia vir na casa da Miwa?
–É que eu estou com o Hiro agora… Ele pode ir junto?
Alguns minutos de silêncio permaneceu entre as linhas telefônicas:
–Sim… Mas venham rápido. É urgente.- a voz dela soava estranhamente desesperada, logo depois ela desligou.
–Shota… O que ela queria?
–Temos que ir para a casa da Umisei o mais rápido possível… Segundo a Nagaie é urgente.
Os dois começaram a correr, eles não estavam muito longe da casa da amiga. Cerca de dez minutos depois eles já estavam no portão, abriram e o deixaram meio entre-aberto; logo depois abriram a porta.
–M…Mas… O que aconteceu aqui?- Shota também se sentiu tonto.
–Akasaki! Sakazawa!- Gritou Chizuru.
–Esse homem matou a minha irmã e em defesa à mim mesma, eu o matei.
Silêncio total. Shota e Hiro não acreditavam que Miwa poderia matar alguém, sempre tão calma. Eles estavam tão chocados que nem conseguiram dizer nada.
–A gente não sabe o que fazer… Vocês teriam como nos ajudar? Por favor…- Chizuru parecia implorar, só faltava ela ficar ajoelhava beijando os pés dos dois rapazes.
–Mesmo que nós ajudássemos- argumentou Shota- o que faríamos?
–Temos de esconder os corpos primeiramente.- Hiro finalmente conseguiu falar.
–Sim. Mas onde?- Miwa perguntou.
–Vocês não tem um jardim lá fora?
–Sakazawa, você é louco? Os vizinhos perceberiam, dois corpos sangrentos dentro de alguns plásticos não passariam em branco.
–Pff… Sendo assim, vamos deixá-los aqui soltos então.- ele encarava Miwa.
–Você está me testando?- prendeu os olhos no rapaz.
–Não. Talvez. Quem sabe?
Miwa tirou a faca do meio do peito de Kanashiro. Ela se levantou e deixou a faca bem a frente de Hiro, por fim falou:
–Eu acho que sei o que você esconde atrás das costas, se está pensando ligar para a polícia é melhor parar. Eu não tenho medo de matar você também.
O garoto colocou seu celular em cima da mesa; como ela sabia que ele estava tentando ligar para a polícia?
–E mais uma coisa. Se a polícia vier atrás de mim, eu vou saber que foi por causa sua. Eu sei aonde você mora, e eu tenho milhões de armas escondidas nessa casa. Antes de fazer algo contra mim, é melhor pensar duas vezes. Entendeu? – deu um sorriso irônico.
–C…Claro Umisei.
Chizuru olhava para aqueles dois chocada. Shota refletia consigo mesmo, a Umisei havia se tornado uma psicopata de dia para a noite; ela havia matado alguém; se ele ligasse para a polícia estaria morto e eles teriam que esconder dois corpos.
–Bom… O jeito é deixar os dois corpos aqui mesmo.- Shota concluiu.
–Mas… Eu MORO nesta casa. Eu não ficarei aqui com dois defuntos. Eu não conseguirei dormir!- Miwa reclamou.
–Verdade. O que faremos então?- perguntou Chizuru.
–Ei, vamos enterá-los no jardim dos fundos! Lá há um muro bem grande e ninguém vai conseguir ver, além de que os vizinhos não tem sacadas voltadas para lá. É perfeito!- Miwa exclamou.
–Então eu irei pegar a pá.- Chizuru foi até a cozinha e abriu a porta que tinha ali, logo depois estava no jardim dos fundos, era como Miwa havia dito. Sem olhares curiosos, escondido, realmente, perfeito!
–Hiro, você pega a Yui e eu pego esse cara.- Shota falou.
–Olha o trabalho que vocês me dão…- eles pegou Yui em seus braços e foi até o jardim. Chizuru já estava cavando um buraco bem amplo e fundo. Logo depois vieram Shota e Miwa, ele com Shiro sendo puxado pelo colarinho da camisa e Miwa indo ajudar Chizu, poucos minutos depois havia um buraco que cabiam dois defuntos.
–Nunca pensei que eu enterraria alguém que não conheço.- Shota colocou o homem dentro daquele buraco de terra, Hiro colocou Yui lá e Miwa e Chizuru começaram a jogar terra por cima. Minutos depois o trabalho estava feito.
–Ele te disse alguma coisa Miwa?- perguntou Shota curioso.
–Me pediu pra tomar cuidado, há muito deles entre nós.
Hiro se sentiu pressionado.
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Beijos beijos o/
Desculpem os erros, muita pressa >