As Aparências Enganam escrita por Kuchiki Manu


Capítulo 28
Capítulo 28 - Ferida do Coração.


Notas iniciais do capítulo

Oi! 8D
Quanto tempo, heim? Essa fic já estava crianda teia de aranha? O.O - Espero que não! >.
Enfim, desculpem a demora, gente! Espero que este capitulo compensse (apesar de não sair como eu esperava). Vou mudar um pouco a estrutura também, para melhorar a forma de leitura. Vou postar primeiro aqui dessa vez, então...! =)

Boa Leitura! ^^



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    CAPITULO 28

 

As luzes do palco ainda não haviam acendido. A ansiedade era presente em muitos, mas para a futura mamãe a sua era saciada pelo desejo. Saboreava um bom sorvete de chocolate com cenoura e mel, o que já era o bastante para ficar parada. Onde encontrou um sorvete daquele jeito em meio a um desfile de moda? Somente o seu maravilhoso primo poderia achar.

     

    - Hmm, isso é muito bom! - falou Rangiku lambendo os bessos.

 

Hitsugaya, que estava ao seu lado, não respondeu. O rosto fechado e os braços cruzados não se movimentaram. Parecia que ninguém havia falado com ele.

     

    - Primooo...! - a mulher cantarolou se aproximando dele – Ainda está chateado comigo?

    - O que você acha? - falou entre os dentes.

    - Oh, primo! Eu já lhe disse o meu motivo! E não é tão mal assumir a minha princesinha... - fez bico.

    - Não enche, Matsumoto!

    - Ah, é...?! Então fica com raiva! Eu não vou mais falar com você. - virou o rosto emburrada.

 

Ele olhou para ela, soltando um suspiro após alguns segundos.

     

    - Não se preocupe, Matsumoto. - falou – Eu estou do seu lado. Apesar de você me meter em situações que eu não tenho nada haver...! - cerrou os punhos com força, mas suavizando em seguida – Eu não vou deixar aquele canalha chega perto de você e do seu bebê. Eu prometo.

 

Ela voltou a olha-lo, analisando o rosto dele por um tempo, e deixando escapar um sorriso doce.

     

    - Obrigada, primo. - agradeceu – Mas... Eu posso te pedir um outro favorzinho?

    - Não! Já chega! Sabe o quanto eu andei pra encontrar esse sorvete!? - falou indignado – Nem pense em abrir a boca para pedir outra coisa, ouviu!?

    - Calma! Não é isso, tá?! - riu.

 

A diversão da loira era tão chamativa, que acabou chamando a atenção de alguns em volta. Inclusive o par de olhos estranhos, que há um tempo já admirava suas feições.

 

~o~o~o~

 

O clima parecia impenetrável. Estava entre dois contrastes. Entre o passado, e o presente. O sorriso da vitória e o medo da perda. Eram esses dois extremos onde Ichigo estava, mas naquele momento só um importava.

Rukia permanecia em sua frente. O encarava, e aquilo aumentava o seu temor. Queria dizer algo, mas o que? Como se defender em circunstancias que o apontavam com culpa por todos os lados?

     

    - Eu compreendo agora. - ela finalmente falou, e as palavras dela chegaram como um impacto até ele. Transmitiam dor. – Você... Você... - as palavras ficaram presas em sua garganta.

 

Rukia fechou os olhos com força, meneando a cabeça para os lados, como num ato de tentar acordar daquele pesadelo. Se convencer que nada era verdade, mas não conseguia negar o real.

     

    - Rukia... - Ichigo tentou se aproximar em sua debilidade. Não raciocinava direito, mas estendeu a mão, sendo o único jeito que seu corpo se manifestou.

    - NÃO ME TOQUE! - ela se afastou bruscamente, afastando as mãos dele com força.

 

Ichigo arregalou os olhos em choque, e mais ainda ao ver os olhos de Rukia marejados.

     

    - Kurosaki-kun? O que está fazendo? - Orihime falou atrás dele – Não vamos festejar o nosso filho?

    - CALA A BOCA, INOUE! - virou o rosto para ela em fúria. Inoue se assustou com o tom de voz – Cala a droga dessa sua boca!

 

De repente o som de passos chegou aos ouvidos dele. Quando se virou, viu que Rukia já andava em direção a porta. Não pensou duas vezes ao segurar o braço dela, impedindo que continuasse.

     

    - Rukia, por favor, me escute! - as palavras escapavam – Eu tentei falar com você! Eu tentei!

    - Me solta. - disse entre os dentes.

    - Apenas me escute! Deixa eu explicar!

    - Eu disse pra me soltar!! - se virou bruscamente, depositando um soco no rosto de Ichigo.

 

Forte.

Ele caiu para traz graças ao ato de fúria. Massageou o rosto em dor, enquanto ergueu o rosto para olha-la.

     

    - Nunca mais se aproxime de mim, ouviu?! - Rukia disse apontando pra ele – Nunca mais! - virou-se novamente, saindo pela porta em rapidamente.

    - Kurosaki-kun! - Inoue foi até ele para ajuda-lo, mas o agradecimento que recebeu foi Ichigo empurrando suas mãos.

 

Ele se levantou, indo em direção ao lugar por onde Rukia passou, sem ao menos se importar em olhar para traz. A sua vida estava á frente.

Ichigo sumiu do foco de visão de Inoue. Apesar dos gestos e reações dele – nada alegres ou gentis pela noticia -, um leve sorriso brotou em seu rosto. Ele tem que voltar! - Não havia escapatória.

 

~o~o~o~

 

Rukia andava olhando para todos os lados. Estava em um aglomerado de pessoas, ao qual empurrava sem importância para ganhar passagem. Apertava os bessos com força, já sentindo o gosto de sangue. Aquilo era para segurar as lágrimas. Impedir o sangramento do coração ferido.

Sentia-se insegura. Sentia-se ferida. Estava perdida.

Para onde poderia ir? Como iria conseguir apoio para permanecer de pé e impedir o seu desaparecimento?

Então viu o seu suporte. A sua única segurança naquele momento. Correu ate ele, não ligando se seria educada naquela situação. Queria segurança.

     

    - Vovô! - o abraçou rapidamente. Afogou o peito no rosto do seu avô, não conseguindo mais segurar as lágrimas presas.

    - Mas o que...? - ele falou ao olhar para baixo.

 

Ginrei ficou surpreso. Sentiu alguém lhe abraçar tão rapidamente, que outra pessoa teve que segura-lo para não cair. Essa pessoa foi Byakuya.

     

    - Vovô, me tira daqui! Por favor, me tira daqui!

    - Rukia? O que aconteceu com você? - Byakuya se aproximou. O rosto mostrava uma preocupação, nunca vista por aqueles que estavam em volta.

    - Me tira daqui! Por favor! - ela estava abalada, não distinguindo as palavras dirigidas a ela.

 

Isso deixava os dois Kuchikis mais surpresos. Ginrei limitou-se a abraça-la em resposta as aflições, enquanto Byakuya parecia olhar para os lados procurando encontrar o motivo que feriu sua irmã.

Quem? Homem? Mulher? Quem fez isso com sua protegida?

Aquela ação de Rukia começou a ser percebida por algumas pessoas em volta. Não somente essa, mas também os bruscos empurrões que alguns recebiam. Em meio a tanta gente, outra individuo queria passar.

     

    - Rukia! - Ichigo finalmente conseguiu alcança-la. A viu abraçada com o avô, parando em frente a eles.

 

Byakuya imediatamente dirigiu o olhar até ele, chegando a conclusão do motivo das lágrimas de sua irmã e poucos segundos.

     

    - Você. - o Kuchiki falou entre os dentes.

 

Ichigo antes tinha o olhar em Rukia, mas acabou dirigindo a Byakuya ao ouvir a acusação.

Uma troca de olhares se fez. O olhar em raiva do Kuchiki contra o olhar trêmulo do Kurosaki.

     

    - Yare, yare. - Urahara era uma das pessoas próximas, percebendo o conflito e se colocando entre os dois de imediato – O que aconteceu...? Rukia-san? - falou ao vê-la.

    - Leve Rukia até o carro, Ginrei-sama. - Byakuya falou, sem desviar o olhar de Ichigo – Já estou indo até vocês.

 

Ginrei olhou para o neto, tomando o mesmo olhar de Byakuya e confirmando com um simples movimento com a cabeça.

     

    - Venha, minha querida. - o Kuchiki mais velho disse, dando de ombros levando Rukia consigo.

 

Ela não falava ou agia por si só. Parecia um robô controlado. Obedeceu o avô de imediato.

     

    - Rukia! - Ichigo deu um passo a frente, na verdade, quase correu.

    - Não ouse. - Byakuya o impediu.

-

    - Que horas esse desfile vai começar, heim? Já estou ficando entediado. - murmurou Hisagi.

    - Eu também. O que acha de irmos até o camarim ver o que ta acontecendo? - sugeriu Keigo, rindo malicioso.

    - Isso se você quiser ser preso por abuso, idiota!

    - Ei, o que é aquilo ali? - Izuro disse em meio a conversa, apontando para um certo ponto do lugar.

 

Logo os amigos seguiram o seu foco de visão. Keigo subiu na cadeira para ver o que era, arregalando os olhos surpreso.

     

    - É O ICHIGO E O KUCHIKI!

    - Caramba! O morangão ta fazendo barraco de novo!? - falou Renji abismado.

    - Vamos até lá!

-

Ichigo cerrou os punhos ao perder Rukia de vista. Não teve outra alternativa, a não ser olhar para Byakuya. Franziu o cenho.

     

    - Deixe-me passar, Byakuya.

    - Não. - ele respondeu em voz firme.

    - Eu preciso falar com a Rukia! - se exaltou – Saia da minha frente, agora!

    - Acalme-se,Kurosaki-san. - Urahara tentou acalma-lo.

 

Flashes já estavam em direção a eles. Os repórteres, responsáveis pelo desfile, não perderam a oportunidade de ver um pequeno conflito entre os presidentes das empresas mais poderosas na industria da moda.

     

    - Por favor, pensem antes de agir. - Kisuke parecia ser o único consciente em meio a eles – Há muitas pessoas hoje aqui, então...

    - Apenas mantenha esse moleque afastado, Kisuke. - Byakuya o interrompeu – Para a própria segurança dele.

    - Sai da minha frente, Kuchiki Byakuya! - Ichigo falou mais uma vez.

 

Byakuya não respondeu ou se moveu.

     

    - AGORA! - dessa vez suas palavras vieram acompanhadas da ação.

 

Ichigo começou a andar até o lugar por onde Rukia sumira de seu olhar, mas foi impedido ao receber um outro soco. Dessa vez foi Byakuya, e percebeu que a força de Rukia se comparava a dele. Não pode evitar de cair no chão.

     

    - Fique longe dela, Kurosaki Ichigo. - finalizou Byakuya, dando de ombros.

 

Ichigo viu ele se afastando. Os flaches embaçaram sua visão. No entanto, levantou-se rapidamente, limpando um fio de sangue que escorreu de sua boca. Resolveu segui-lo mesmo assim.

     

    - Kurosaki-san, fique parado! - Urahara não deixou ele continuar.

    - Até você, Urahara!? - falou indignado – Sai da minha frente! Eu tenho que ir falar com a Rukia! Eu não posso perdê-la mais uma vez!

    - O que aconteceu? Porque...

    - A Inoue está grávida, Urahara! Grávida de um filho meu! - um desgosto saiu de sua voz.

 

O espanto tomou conta do rosto do vice-presidente. Urahara pela primeira vez não sabia o que falar.

     

    - Você entende agora!? - Ichigo continuou – Eu preciso ir até a Rukia! Eu tenho que explicar pra ela que...!

    - Não se preocupe, Ichigo. Nós levamos você! - uma voz conhecida disse atrás de si.

 

Ichigo se virou para ver quem era, dando de cara com os seus quatro amigos.


    - Para o “Keigomóvel”!

 

~o~o~o~

 

    - É para a esquerda, Keigo! ESQUERDA! - falava, ou gritava, Ichigo ao lado do amigo.

    - Eu sei! Eu sei!

    - Então vira, idiota! - falou Renji, se inclinando do banco traseiro para pegar no voltante.

    - Ei! Quem está dirigindo sou eu! - Keigo se defendeu.

    - Melhor trocarmos! Deixa que eu dirijo! - Hisagi resolveu interferir também, empurrando Renji para ganhar espaço.

    - Não dá pra trocar agora! - Izuro lembrou, com o rosto mostrando um medo pela confusão em meio ao trânsito. As buzinas dos outros carros só piorava a situação.

    - Essa lata velha não anda mais rápido, não!? - Ichigo reclamou.

    - Não sou rico que nem você, Ichigooo! - choramingou Keigo, tirando as mãos do voltante para ir em direção ao ruivo.

    - Não tira a mão do voltante!! - Kurosaki o afastava bruscamente.

    - Cala a boca, papai! Não atrapalha ele! Que morrer por acaso!? - advertiu Renji para o Kurosaki.

 

Ao ouvir a palavra 'papai', Ichigo agiu no impulso, dando uma cotovelada no rosto do amigo tatuado.

     

    - AI! AI! - Renji levou as mãos a boca, soltando o voltante conseqüentemente.

    - Essa não! Alguém segura o voltante, por favor!! - Kira se viu em desespero.

    - Eu seguro!! - Keigo se manifestou, voltando a dirigir novamente. O carro andava em “zigue-zague” pela falta de coordenação.

    - Não tira a mão daí, Keigo! NÃO TIRA! - Hisagi batia na cabeça do pobre ao mesmo tempo que falava.

    - É ali! - Ichigo anunciou ao olhar para a ... - É a Mansão Kuchiki!

    - É enorme! - Keiogo se viu deslumbrado.

    - Mas tem um portão que dá jus ao tamanho. Não acho que os seguranças iram nos deixar passar. - lembrou Kira ao colocar o rosto para fora da janela.

    - Então vamos arrombar!

    - O QUE!?

    - Ficou doido, Ichigo!? - disse Hisagi – Estamos lhe ajudando, mas não é pra tanto! Eu tenho amor pela minha vida!

    - Deixem de falar besteira! O carro nos protege! - Ichigo colocou a mão no volante, guiando junto com Keigo. - Acelera!

    - Não! Não!

    - Eu vou pular desse carro! Eu vou pular! - Renji já se preparava.

    - Eu vou morrer! EU VOU MORRER! - Izuro levou as mãos a cabeça.

    - ACELERA ESSA DROGA, KEIGO! - Ichigo conseguiu colocar um dos pés no acelerador, fazendo com que o carro andasse mais rápido.

 

O portão de ferro começou a ficar mais próximo.

Perto. Perto! PERTO!

     

    - AAAHHH!!

 

Graças a velocidade, o carro conseguiu atravessar o grande portão sem problemas. O impacto foi tão forte que um dos lados do portão caiu. Continuando em movimento, o carro parou em cima do gramado da mansão Kuchiki, em frente a porta da casa.

Ichigo saiu de imediato.

     

    - Temos que conversar sobre o limite da nossa amizade. - murmurou Hisagi abrindo a porta do carro.

    - Se o Kuchiki não matar o Ichigo, eu mato! - Renji cerrou os punhos.

    - Só espero que a conta do portão vá pra ele, porque eu não vou pagar! - estavas prestes a sair, mas ao ver... - Keigo, Kira, vamos.

    - Acho que o Keigo não está bem. - disse Kira ao olhar para ele.

 

Keigo tremia enquanto segurava o volante.

     

    - Anda, Keigo! Nós já paramos! - Hisagi o empurrou levemente.

    - Não é assim que se faz, Hisagi. - Renji estalou os dedos.

 

Em poucos segundos, Keigo foi jogado para fora.

     

    - Aiii! - ele falou, colocando as mãos na cabeça.

    - Viu? É assim que se tira um maluco do volante. - o tatuado sorriu vitorioso.

    - Tudo bem. Agora que estamos aqui... - dizia Kira com as mãos no queixo, olhando para os lados e vendo que... - E os seguranças estão vindo em nossa direção. O que vamos fazer!?

    - Vamos nos defender! - Shunhei cerrou os punhos confiante – Peguem uma pedra, rápido!

    - Pedra? Eles tem armas, sabia!?

    - Onde está o Ichigo quando precisamos dele!? - Renji olhou para os lados o procurando, até que avistou o amigo.

    - Rukia! - o jovem Kurosaki se encontrava na porta, gritando em direção a janela do quarto da pequena. Sabia que ela estava lá. - Rukia! Por favor, eu preciso falar com você! - nada estranho aconteceu. Nenhum sinal de vida. - Rukia!

    - Acalme-se, Ichigo. - Abarai ficou atrás dele – Não tente chamar mais atenção. Ela virá.

    - Rukia! - ele ignorou. Nada em volta importava – Droga, Rukia! Eu preciso falar com você! - Nada – RUKIA!!

 

Finalmente a porta da mansão se abriu. Uma expressão mais suave tomou o rosto de Ichigo, como uma manifestação de esperança de poder vê-la e tentar explicar. Um pequeno fio de esperança...

     

    - Rukia? - ....que foi cortado ao ver que não era ela.

 

Byakuya foi quem surgiu. O seu olhar – mais empenetrante do que nunca – estava em direção a um certo alaranjado. A intenção de mata-lo poderia ser interpretada em seu olhar.


    - Byakuya? - Ichigo o viu. Ficou confuso, mas logo tomou uma expressão séria – Eu preciso falar com a Rukia, Byakuya. E nem você, nem ninguém, vão me impedir. - falou determinado.

    - Eu sei disso. - ele disse diante a afirmação – Por isso irei tomar providências. - e os olhos de Ichigo ficaram em choque, diante o que Byakuya fez em seguida.

 

Nas mãos do Kuchiki havia uma arma. Pequena, mas ainda uma arma. Ichigo ficou estático. Poderia ele...!?


    - Vá embora, Kurosaki Ichigo. - Byakuya apontava para ele – Se não serei forçado a atirar contra você.

 

Ichigo nada respondeu. Os seus amigos olharam a situação e se virão no intuito de orienta-lo.


    - Ichigo... - Renji notou o perigo – Vá com calma. É melhor nós irmos embora.

    - Eu não vou. - ele retrucou com o olhar determinado, sem desvia-lo de Byakuya.

    - Eu não estou brincando, Kurosaki Ichigo. Uma vez lhe disse que não iria me responsabilizar pelos meus atos caso você ousasse magoar Rukia novamente. Está é a conseqüência. - franziu o cenho – Vá embora.

    - Não.

 

Outra pessoa se fez presente ao lado de Byakuya. Apesar de ser mais velha, o que tinha em mãos mostrava mais perigo. Kuchiki Ginrei possuía um rifle, comum para aqueles que praticavam a caça como esporte. Este também direcionado a Ichigo, que ficou surpreso.


    - PUTZ, O VELHO TEM UMA ARMA! - o ruivo ouviu a voz de Keigo atrás de si.

    - Calado, Keigo! Vai que ele aponta pra gente! - ouviu também o som de uma pancada, acompanhado da voz de Hisagi.

    - Eu lhe darei três segundos para sair daqui, rapaz. - Ginrei parecia ser mais severo que Byakuya – Pela ultima vez, tire os seu pés da casa de meu neto.

 

Ichigo ficou em silêncio. Mesmo assim, o seu olhar transmitia o seu desejo. Iria ficar ate falar com ela.


    - Um... Dois...

    - Espere, vovô. - uma mão delicada tocou as do ancião – Eu falo com ele.

    - Rukia? - Ginrei olhou a neta – O que você está dizendo? Depois de tudo o que esse...

    - Não se preocupe, vovô. Ele não irá sair daqui até que eu fale com ele. É melhor-

    - Eu não aprovo isto, Rukia. - Byakuya declarou, ainda com o revolver em direção a Ichigo – O fato dele respirar o mesmo ar que você é repugnante. Não deixarei ele se aproximar um centímetro.

    - Por favor, Nii-sama. - ela tocou as mãos de Byakuya, abaixando o revolver enquanto olhava em seus olhos – Eu irei terminar isso.

 

Byakuya não disse nada, olhava-a seriamente, até que suspirou contrariado.


    - Como quiser, Rukia.

 

Ela sorriu para ele após  a aprovação. Sendo assim, Rukia começou a andar em direção a Ichigo, que parecia estar em um estado de choque, misturado com emoção... esperança? Poderia sentir isso ainda?


    - Rukia... - falou debilmente.

    - Venha. - ela disse séria, se começando a andar para um lugar afastado.

 

Ele a seguiu.


    - Pronto! O Ichigo foi falar com a namorada dele... - Keigo olhou em direção a porta da mansão – E os “antes e depois” ainda estão aqui na nossa frente... COM UMA ARMA!

    - Acho que eles não vão fazer nada com a gente. - Izuru tentou se manter calmo – Nós só ajudamos o Ichigo, mas ele é nosso amigo; mesmo assim, nós não fizemos nada com a...

    - Foram vocês que danificaram a entrada? - Ginei falou de repente.

 

Os quatro arregalaram os olhos.


    - Sujo. - murmurou Renji.

    - Ichigooo!

 

~o~o~o~

 

Mesmo afastados de toda confusão, o clima parecia ser pior entre eles. Era como se uma barreira estivesse entre os dois, impedindo qualquer contato. Ainda que trocassem palavras, que pudessem ouvi-las; a impressão de distancia só fazia aumentar.

Em um momento Rukia parou, fazendo com que Ichigo fizesse o mesmo. Ao olhar ao redor, viu que estavam no jardim.

Silêncio profundo.

Ichigo resolveu dizer algo. Achava o certo. Ele iria tentar se justificar.


    - Rukia... - começou – Eu...

    - Cale a boca. - ela cortou – Aqui você não dirá nada. Eu não preciso de suas palavras. - se virou para ele – Então ouça.

 

Ele notou. Os olhos ainda com resquícios de lágrimas. Olhos que possuíam uma cor chamativa, agora sem vida. Rukia estava neutra.


    - Não vou entrar em detalhes. - ela continuou com a voz fria com gelo - Não preciso falar muito para que você saiba que acabou.

    - Rukia, deixe-me explicar. - não conseguiu ficar calado – Eu quis falar com você. Eu tentei! Eu...

    - Você escolheu isso, Ichigo. - interrompeu firme – Você escolheu a Inoue desde o inicio. Eu não percebi, mas é a verdade. Desde quando nos conhecemos.

    - Não. Não! Eu escolhi você! É com você que...!

    - Você terá um filho, Ichigo! - ficou mais séria. Franziu o cenho em desgosto. Uma voz autoritária tomou conta de sua boca – Não aja como um moleque! Cresça! Encare o que fez! Assuma!

    - Não. Não... - ele falava sem sentindo. O olhar abalado.

    - Essa criança não tem nada haver com os seus erros. Ela merece ser feliz, e eu não vou atrapalhar essa felicidade. Não sou assim. - deu de ombros – A partir de hoje... Não me procure mais.

    - O que? - sussurrou.

    - Aja como se eu não existo, pois é assim que você será para mim. - começou a andar de volta para a mansão – Não me procure.

 

Ela continuou a andar e Ichigo se viu incapacitado de segui-la. Poderia quebrar a barreira da distância corporal, poderia se aproximar; porém, a barreira emocional estava firme. O gelo entre eles estava forte, e naquele momento, ele não sabia como derrete-lo. O seu corpo parecia sem vida, perdendo todo o calor.

Não sabia como ultrapassar.

Em desequilíbrio emocional, não raciocinava direito. Perdeu a capacidade de respirar ou permanecer em pé. Sendo assim, não conseguiu evitar de cair de joelhos no chão, olhando para o nada.

     

    - Ichigo! - a única coisa que destingiu foi a voz de Renji, se aproximando cada vez mais.

 

Ao erguer levemente o olhar, viu que os quatro estavam a sua frente.

     

    - Ichigo! - o tatuado se se ajoelhou para encara-lo nos olhos – Ei, cara. O que aconteceu? Você conseguiu...?

    - Eu a perdi, Renji. - sussurrava – Eu a perdi de verdade. Eu... - os olhos ficaram marejados.

 

Os quatro se entreolharam. Hisagi deu um suspiro, ficando ao lado de Ichigo.

     

    - Se acalme, Ichigo. - passou um dos braços dele sobre os ombros. Renji fez o mesmo, assim reerguendo o ruivo juntos – Vamos.

 

E foram em silêncio. O fato de ver um dos companheiros machucado, era algo que atingia a todos. Sempre faziam o possível para resolver, para voltarem a rir juntos. Compartilhar a alegria de cada um, tornando-a uma felicidade conjunta.

Mas como voltar ao normal? Como voltar o sorriso? Como curar uma ferida do coração?

 

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

Desculpe se não saiu como esperavam. Eu achei mais ou menos, e tambem foi meio dificil de escrever por causa das confusões. (Que essa fic tem muitas! O.O) - Bem, eu achei um tempo para escrever, e também para relaxar, já que vou fazer uma prova amanhã do vestibular! (Pensa em alguém nervosa! >.