As Aparências Enganam escrita por Kuchiki Manu


Capítulo 21
Capítulo 21 - Amor? Ou será Mentira?




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/27400/chapter/21

CAPITULO 21

- Você tem certeza que não quer que eu ligue para um restaurante? - indagou Ichimaru encostado na porta com o seu tipico sorriso no rosto – Eu poderia pedir alguma coisa. Sem problemas. - cruzou os braços.
- Já disse que não precisa. - respondeu Rangiku com o livro de receitas na mão – Por acaso você está com medo da minha comida?
- Não. Claro que não – correu os olhos pela cozinha – É que tá parecendo... - nunca havia visto aquele ambiente daquele jeito. Dava graças por não morar mais com o tio.
- Depois eu limpo tudo. - falou ao ver a expressão dele; mas valia a pena toda aquela bagunça, não era? Apesar de não saber cozinhar muito bem, achava que com um livro na mão poderia se sair melhor – Você poderia pegar alguma coisa para bebermos, Gin.
- Claro. - assentiu indo até o pequeno bar que havia na sala. Sabia que quando Rangiku pedia algo para beber, em outras palavras, ela era sakê. Uma das coisas que eles tinham em comum, porém, as vezes ela exagerava tanto que era necessário mandar parar. - Está aqui. - disse colocando os dois copos sobre a mesa – Mas vê se não exagera. Não quero ter que te carregar depois.- sorriu, mas quando não estava?
- Até parece, nunca fiz isso perto de você. - resmungou naquele seu jeito divertido. A única pessoa que já havia passado por aquilo ao seu lado era sua querida amiga: Orihime. O fato era que se controlava um pouco quando estava perto de Gin. Um pouquinho. - Sabia que eu adoro o seu apartamento!?
- Uma das cortesias que recebo do meu tio por ajuda-lo. - levou o copo aos lábios.
- Eu gostaria de conhecer o seu tio.
- Cof! Cof! Cof! - se engasgou após ouvir aquilo.
- Gin! - correu para socorre-lo – Gin! Você está bem?

- E-Estou. - disse enquanto recuperava o fôlego. Conhecer o Aizen!? Isso não era...
- O que aconteceu? - perguntou Rangiku inocentemente.
- Nada, apenas a bebida que é muito forte. - voltou a mostrar aquele sorriso único. Sorrir era a melhor maneira para esconder as emoções do seu íntimo.
- Sério? Porque eu jurava que era por causa do que eu falei e...- sentiu um cheiro estranho de queimado – Que cheiro é esse?
- Acho que era o nosso jantar. - respondeu no seu tom irônico. Sabia que aquilo iria acontecer. “Rangiku na cozinha. Perigo a vista!”
- Essa não! - exclamou a mulher de seios fartos correndo até a cozinha.
- Como já tinha falado, vou ligar para o restaurante. - salvo pela comida. Que coisa, não!?

~o~o~o~

Mas porque raios ele não estava atendendo aquele telefone? Depois daquele clima tenso e toda aquela conversa para convencer Byakuya, o desgraçado do Ichigo ainda não atendia a droga do telefone para receber a noticia!? Mas o que estava acontecendo?

-

- O que você está me dizendo, Rukia? - indagou Byakuya. - Aquele moleque? - apesar de não estar com o tom de voz exaltado, dava para perceber a sua irritação.
- Nii-sama, eu lhe garanto que foi tudo um mau entendido. - engraçado que então pouco tempo, ela já havia se acostumado com a palavra “Nii-sama”. - O Ichigo me esclareceu tudo, ele...
- Eu não confio nesse moleque, Rukia. - a olhava seriamente – Mesmo que ele tenha se arrependido, como me disse; nada vai negar o fato de que ele desrespeitou você. - uma certa raiva surgia dentro de si ao se lembrar do que Rukia passou.

- Eu sei, mas... - por um momento desviou o olhar, mas a melhor maneira era o continuar fitando. Então voltou a atenção ao Kuchiki – Nii-sama... Eu o amo. - Byakuya arregalou os olhos – Apesar de tudo o que aconteceu, eu resolvi... Resolvi dar mais uma chance a ele. - deu um leve sorriso – Eu confio no Ichigo. Eu sei que ele me ama, tanto que está disposto a conversar com o senhor. - os seus olhos tinham um brilho diferente ao falar daquele moleque – Por favor, Nii-sama, ao menos... Converse com ele.

Byakuya deu de ombros, retomando a sua tipica feição. Não gostava disso. Não gostava daquele moleque. Não gostava dessa relação. Mas mesmo assim... Mesmo assim era o que Rukia queria.

Deveria dar uma chance? Ao menos deveria falar com aquele moleque? Quem sabe assim ele não se afasta dela ou então convence-lo a aceitar essa relação? Esse era o seu medo... Mas fazer o que?

- Tudo bem. - disse com sua voz gélida – Eu aceito conversar com aquele moleque.
- Serio? - Rukia mal podia acreditar no que havia acabado de ouvir. Estaria sonhando? - Obrigada, Nii-sama. Muito obrigada! - num impulso, abraçou Byakuya, que ficou meio desconcertado com tal ato. Era verdade. Não estava sonhando. Não estava.


-

Tá que esperava que Byakuya botasse a mansão à baixo ao saber da noticia. Mas até que a reação dele foi bem “relax”. Talvez foi o que disse a ele sobre o que sentia por Ichigo que o fez mudar de idéia? Ou talvez ele só quisesse vê-la feliz? Não sabia.

Só queria naquele momento dar a noticia ao amado, mas aquela cabeça de cenoura não atendia o celular. Sendo que não havia dado o telefone de sua casa, provavelmente com medo de que ela falasse com Ishin.

Mesmo que já fosse um pouco tarde, sabia que Ichigo não era de dormir cedo. A prova disso foi as vezes que ele lhe ligou tarde da noite. Que dia estranho, não? Passou o dia todo sem falar uma palavra com o morango, sem ao menos vê-lo. Isso já não era mais comum... Será que...?

Bom, no momento não deveria pensar besteira. O melhor era parar de ficar ligando tanto. Ele iria viajar, não ia? Então provavelmente Ichigo iria lhe ligar para avisar, ou então para sairem antes... É. Ele não ousaria viajar sem falar com ela. Não ousaria.

~o~o~o~

Parece que as ligações haviam parado. Era melhor assim, não queria falar com ela agora. A dor da traição ainda estava recente no seu coração apaixonado. Muito recente. E o pior de tudo, ela ainda trazia a tona várias sentimentos a tona, como: raiva, rancor, magoa... remorso?

Sabia que apesar de tudo, apesar de ter visto a sua nos braços de outro homem; por que um certo remorso emanava em seu coração ao se lembrar do que havia feito. Por que? Ele estava devolvendo na mesma moeda, não era? Deveria estar feliz por ter feito isso, e não ficar se sentindo como... Como um infiel.

Tinha que parar com isso. Ele era Kurosaki Ichigo. O homem que foi traído pela única mulher que amou. Que irônico, não!?

- Merda! - exclamou pegando o celular ao seu lado e o tacando no chão. - Rukia... - murmurou para si, deixando transparecer o que estava sentindo somente pelo modo como falou aquele nome.

Parece que aquela viajem havia chegado em boa hora. Agradecia mentalmente por isso.

~o~o~o~o~o~o~o~o~

- Como assim ele viajou? - exclamou Rukia – Você tem certeza, Hinamori?
- T-Tenho, Rukia-san. - respondeu cautelosamente. Por que ela estava desse jeito? - O Ichigo-sama viajou hoje pela madrugada como Urahara-sama. Pode perguntar pra Yoruichi.

Arregalou os olhos ao ouvir aquilo. Então ele viajou sem se despedir. O que havia acontecido? Porque ele fez isso? Eles não haviam combinado de fazer alguma coisa antes? Como ele pode...

- Aquele morango azedo! - cerrou os punhos enquanto os seus olhos mostravam a raiva que sentia. Com certeza ele iria ver quando voltasse. Áh se ia!
- Mas porque você está desse jeito, Rukia-san? - questionou Hinamori – Você e o Ichigo-sama não tem nada... Ou tem? - ergueu uma sobrancelha ao dizer a última frase.
- Hã? - era verdade. Ainda não havia dito sobre o Ichigo para Momo, já que haviam decidido manter segredo. Mas já que o próprio Byakuya sabia, por que não sua melhor amiga? - Eu tenho algo para lhe falar, Hinamori.
- O que? - juntou as mãos olhando atentamente a amiga a sua frente.
- Eu e o Ichigo estamos juntos novamente.

~o~o~o~

- O que você tem, Kurosaki-san? - indagou Urahara, escondendo parte do seu rosto com o seu famoso leque – Ainda está chateado com a viajem. - aquela voz cantarolada dele estava irritando já.
- Não tem nada haver com essa viajem. - respondeu mau-humorado apoiando a cabeça com as mãos.
- Então você não gostou da comida do hotel? - insistiu. Ichigo nada respondeu. - Acho que já está bem grandinho para ficar reclamando. - uma veia saltou da testa do ruivo.
- Idiota. Claro que não é isso! - suspirou, pelo jeito ele não iria desistir antes de ter uma resposta convincente, conhecia Urahara Kisuke. - É um assunto pessoal. - respondeu simplesmente.
- Oh! Pessoal... - murmurou – Se é pessoal, acho que só você pode resolver então. - desviou o olhar para um ponto imaginário - Mas não se esqueça, Kurosaki-san. Antes de fazer qualquer coisa, não deixe se levar pela emoção. Procure analisar bem os fatos. - deu uma breve olhada para o ruivo – Não queira cometer mais um erro.
- O que? - sussurrou Ichigo espantado. Como ele poderia lhe dizer isso? Como? Por acaso ele havia lido os seus pensamentos?
- Bom, vamos nos apressar. Teremos uma reunião daqui a uma hora. - voltou a atenção para o café a sua frente enquanto Ichigo ainda mantinha aquela expressão. O fato era que Urahara Kisuke era assustador.

Mas de tudo o que ouviu, será que era verdade? Deveria ter analisado mais os fatos...?

Não. Os seus olhos não o estavam enganando. Havia visto Rukia aos beijos com Kuchiki Byakuya. Os seus corpos tão próximos. E o pior era que... “Argh! Mentirosa.”

Aquele amor era uma mentira, não era!?

~o~o~o~o~o~o~o~o~o~o~

Passaram-se duas semanas desde a viajem de Ichigo. Já que era uma viajem de negócios, era normal essa demora. Procurou focar a mente somente no trabalho, apesar de que sempre uma certa baixinha invadir os seus pensamentos. Em nenhum momento ligou para ela, não deu nenhuma noticia de como estava... Naquele momento era o que queria. Distancia.

Mas parece que teria que enfrentar aqueles olhos novamente. Uma hora o outra teria que enfrentar. Na verdade, ela teria que lhe enfrentar. Essa era a verdade.

~o~o~o~

- Ah, eu estou tão empolgada, Rangiku-san! - falava Orihime com um grande sorriso no rosto – O Kurosaki-san vai voltar hoje está chegando hoje de viajem. Não é emocionante!?
- Hime, Hime...- suspirou Rangiku. - Depois de tudo o que você me contou, você ainda ta correndo atrás do Kurosaki? - não agüentava mais aquela situação. Na verdade, a muito tempo não suportava.
- Não se preocupe, Rangiku-san. Naquele dia o Kurosaki-san estava meio chateado... Mas acho que ele vai está bem melhor agora. - ainda tinha esperança apesar de tudo. Afinal, ela era Inoue Orihime. - Talvez a gente posso sair como antigamente! - provavelmente tudo iria voltar o normal, não era?
- Tá! Agora pare de pensar no Kurosaki. - Rangiku cortou o assunto – Você tem uma sessão agora, deve está relaxada amiga! - riu.
- É verdade. - concordou a peituda abrindo a porta do estúdio.

Porém, ao adentrar a sala, ficou meio confusa. Onde estava Renji? A única pessoa que estava vendo ali era alguém que nunca havia visto. Quem era aquele “cara pálida”?

- Onde está o Abarai-san, por favor? - perguntou ao rapaz enquanto entrava - Acho que terei uma sessão hoje e não gosto de atrasos. - estava com aquele seu tom irritante.
- O Abarai não virá. - respondeu ele sem desviar a atenção do que estava fazendo.
- Como assim ele não vem? - disse num tom irritado - Acho que já disse que vou ter uma sessão e...
- Você está correta, mulher. - interrompeu com a sua voz gélida – Mas serei eu quem irá fazer a sessão - pela primeira vez voltou a atenção a ela. Porém, mesmo assim, o seu olhar parecia esta tão longe... - Sou Ulquiorra Schiffer.
- Ulquiorra?
- Ah! Então é você. – se entrometeu Rangiku – O Renji já tinha me falado que você viria. Seja bem vindo. Sou a Matsumoto Rangiku. - apontou para amiga ao lado – Essa aqui é a Orihime. - sorriu.
- Hum... - não mostrou nenhuma reação, aquela expressão pálida permaneceu. Será que ele tinha alguma doença?
- Eu não vou fazer a minha sessão de fotos com você. - falou Orihime – Vai que você é um inexperiente e estraga as minhas fotos! - cruzou os braços virando o rosto – Acho bom ligar para o Abarai-san agora para que ele...
- Calada mulher. - disse Ulquiorra seriamente.
- Mulher? - o olhou espantada. Quem ele pensa que era para chama-la desse jeito? Ela tinha um nome... - Escuta aqui, não me cham...
- Já disse para ficar calada. - interrompeu-a mais uma vez – Não temos tanto tempo assim para ficar levando conversa fora. E além do mas, eu não tenho que lhe falar nada... - deu de ombros – Por isso, vá se trocar imediatamente.
Orihime cerrou os punhos. Aquele cara já estava passando dos limites. - Eu não vou...
- Ele está certo, Hime. - disse Rangiku tocando o ombro dela – Vamos logo começar isso, assim você fica logo livre. - sorriu – Vamos que eu estou louca pra tomar um sorvete de chocolate com cenoura.
- Argh. - meio contrariada, aceitou a sugestão da mulher de decote. O problema era aquele tal Ulquiorra... Ai que ódio!

~o~o~o~

Realmente a vida de presidente era difícil. Mal havia chegado e já tinha que voltar para a empresa. Nell, como sempre, o recebeu com vários documentos na mão para analisar. Que droga!

Suspirou e resolveu se levantar um pouco daquela mesa entediante. Voltou a atenção para a ampla vista da cidade que tinha do seu escritório. Ouviu alguém bater na porta, provavelmente era Nell com mais algumas papeladas. Que saco!

- Pode entrar, Nell. - ordenou sem ao menos olhar na direção da porta – O que é você trouce agora para... - se virou para fitar a esverdeada, porém, não era ela que avia entrado em sua sala... - Rukia? - murmurou debilmente.

A garota tinha um leve sorriso no rosto e começou a andar em sua direção. Parecia tão bem... Ele não moveu nenhum músculo se quer, apenas a ficou olhando.

Mas o que menos esperava aconteceu, quando Rukia ficou a sua frente, repentinamente lhe deu um belo soco no rosto.

- Rukia!? O que você pensa que está... - tentou argumentar irritado, porém ela o interrompeu.
- Seu idiota!! - estava com um tom autoritário e chateado – Como você viaja sem se despedir e ainda por cima não manda noticias!! - deu mais um tapa na cara dele.
- Ai! - colocou a mão encima do machucado. Aquela mulher estava louca... - Sua louca! Para com essa...
- Cala boca!! - ordenou. Parecia um capitão falando com o seu subordinado. - Meu telefone está tocando!! - franziu o cenho pegando o celular do bolso que tinha um pingente de coelho pendurado. Certamente a sua cara.
- Como assim cala a boca!? - Ichigo insistia em ficar resmungando – Sua...
- Shhh! - disse Rukia antes de atender o celular – Alô? Olá Nii-sama. - a voz dela ficou em um tom suave – Claro que eu adoraria almoçar com o senhor. - sorria. - Nós poderíamos ir naquele restaurante que o senhor adora...

Ichigo a ficou olhando com o cenho franzido. Como ela conseguia mudar de emoção tão rápido? Aquela voz irritante surgia tão facilmente e... Pera lá! Será que tinha ouvido direito? Quem é “Nii-sama”?

 

Continua...



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom gente! Mais um capitulo!
Desculpem a demora, o capitulo já estava pronto só que eu viajei e cheguei hoje, por isso estou postando agora!

Sovre os fatos.:
— Ichigo ignorou a Rukia o tempo todo, só que agora que ele ouviu a palavra "Nii-sama", será que ele vai descobrir o mal entendido? õÔ
— Byby aceitou falar com Ichigo, poderia aceitar o romance entre o casal IchiRuki?
— A chegada de Ulquiorra! Já chegou botando moral né!? hauhauhaua
— Gin e Rangiku fofos né!? *-* Mas por que o Gin não quer que ela conheça o Aizen? õO

Bom... Isso será revelado no decorrer do capitulo!
Estou muito satisfeita em saber que estão gostando da fic e também porque ela está andando conforme o planejado!

Muito obrigada a todos que estão acompanhando!
E não se esqueçam d review tá!? ;P



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "As Aparências Enganam" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.