–Sasuke!

A mesma voz gritou novamente, mas em tom controlado. Curiosa, Sakura foi até a janela, afastando a cortina, e pôde vê claramente o rapaz do lado de fora, com os braços pendurados no portão e a cabeça baixa.

–É seu amigo? – perguntou virando-se para Sasuke, e o encontrou chegando ao topo da escada.

Ela sentou-se no sofá, ao lado da mochila dele, e resolveu esperá-lo.

–Quantas vezes tenho que dizer para não berrar na frente da minha casa?

Escutou Sakura, chegando a olhar a escada pensando que Sasuke falava com ela.

–Olha quem fala!Você também tá berrando!

Agora ela ouvia a voz do amigo barulhento de Sasuke, e sentiu uma enorme vontade de conhecê-lo.

–Como podem ser amigos? – perguntou-se escancarando o sorriso.

–Eu já estou indo.

–Por favor, não demore mais!

Sakura sorriu novamente, imaginando qual seria expressão de Sasuke naquele exato momento.
Sabendo que ele logo desceria, ela preparou-se para acompanhá-lo e sentiu-se no direito de pegar a mochila dele. Quando esta foi erguida e inclinada até seu ombro, um celular despencou do bolso lateral. Assustada com a falta de atenção agachou-se para apanhar o objeto, que na queda, seu visor acendeu. Ela estava prestes a pegá-lo quando o rosto de uma garota muito bonita lhe tirou o foco.
Inconscientemente Sakura deixou o celular no chão, ainda com a mão estendida para pegá-lo, e pouco se preocupou com o flagrante que Sasuke daria.
A curiosidade a venceu, e ela se viu concentrada na imagem do rosto daquela garota, que sorria abertamente, com suas madeixas cor do sol caindo no rosto e olhos incrivelmente azuis espertos.
De repente ela se viu confusa, sentindo que algo estava errado; era como se seu coração começasse a cobrar algo.

–Sakura? – ela assustou-se com a voz de Sasuke chegando por detrás dela, e isso a incentivou a pegar o pequeno objeto. –Está tudo bem?

–Sim. – respondeu entregando a mochila a ele. –Estava te esperando.

–Vou beber um pouco de água. – ela balançou a cabeça, livrando-se da mochila. Quando Sasuke sumiu de suas vistas, ela deixou o celular no seu devido lugar.

‘’Namorada... Então ele tem namorada, e muito bonita por sinal’’

–Está pronta? – perguntou ele levando a mochila ao ombro.

–Sim. – respondeu observando-o bem, tentando entender o que estava acontecendo com ela.

Chegaram ao portão, e encontraram o loiro berrante de cabeça baixa. Sasuke cutucou o ombro de Naruto, despertando-o, fazendo que ele desgrudasse do portão.

–Por que tirou o vestido?Pela demora achei que ficaria perfeito.

Sasuke rolou os olhos enquanto Naruto debochava, e ao abrir o portão deu passagem para Sakura, que ficara à espera de uma brecha entre eles.

–Essa é Sakura, e ela está morando com a gente. – apresentou Sasuke, observando a cara de bobo do amigo. –Sakura, esse é o idiota que você ouviu gritando.

Simpática, ela sorriu prendendo o cabelo que o vento soprava com força. –Como vai?

–Melhor que nunca! – respondeu cheio de convicção, para o azar de Sasuke que soltou um suspiro repleto de tédio. –Meu nome é Naruto. E... seja bem-vinda!

–Obrigada. – Sakura olhou os lados, depois para frente, avistando a estação que não estava muito longe. –É impressão minha ou têm gente demais indo para o mesmo lugar que nós?

–Não é impressão. – respondeu Naruto. –Logo, logo você se acostuma.

Sakura andava mais à frente, Naruto e Sasuke estavam mais atrás. Enquanto ela se deslumbrava com prédios gigantescos, vendedores ambulantes, barracas, e o vai e vem de pessoas, Naruto se concentrava nela.

–Ei, Sasuke. – cochichou cutucando Sasuke, que parecia tranquilo ouvindo música.

–O que é? – consideravelmente ele abandonou o fone de ouvido e lhe deu atenção.

–Querendo parecer tranquilo...

–Por que eu estaria agitado? – rapidamente Naruto apontou para Sakura, ainda distraída. –Qual é o seu problema?

–Não se trata do meu, mas o seu! – cochichou abraçando Sasuke pelo ombro, com a intenção de falar o mais baixo possível. –Você disse que ela é bonita, mas esqueceu de dizer que ela é uma gracinha.

–Por que tanto drama?Você deve está cansado de dizer isso.

–Não que eu seja um badboy metido a gostoso, mas eu tenho meu valor quando o assunto é garotas. E essa é perfeita! – Sasuke empurrou-o sem exagero, apenas tentava se livrar de toda aquela irritação. –Tem ideia de como é difícil encontrar garotas exóticas aqui? – convencido de que Naruto estava certo, Sasuke também observou Sakura. –Quando ela me olhou, senti que seus olhos me diziam alguma coisa.

–Talvez: caramba!Que garoto feio! – disse Sasuke rindo das próprias palavras.

–Estou falando sério! – quase gritou. –Vai dizer que aqueles olhos não são inocentes?

–Tá legal! – suspirou derrotado. –Ela tem olhos inocentes, mas não se deixe enganar tanto.

–Wow! – exclamou Naruto fingindo está indignado. –Agora você me assustou.

–Depois de tudo o que aconteceu, decidi ser mais realista. – Naruto calou-se, esperando as últimas palavras dele até chegarem à estação. –Não que ela seja como Karin, mas...

–Mas?

–Mas é melhor não confundi as coisas. – as palavras saíram pesadas, como se ele estivesse condenando-as, e sem que percebesse a conversa o obrigou a avaliar seus sentimentos.

–Quantas estações são até lá? – perguntou Sakura despertando Sasuke que rapidamente a olhou.

–Quatro. – respondeu Naruto, impedindo o moreno de tirar suas dúvidas. –Ansiosa?

–Um pouco.

No centro de toda aquela aglomeração, Sakura se exprimia entre Naruto e Sasuke, à espera do metrô que, pelos cinco minutos que se passou ali, ela se convenceu de que este estava atrasado.
O lugar passou a ficar mais cheio. As pessoas ao fundo, que chegavam, empurravam as pessoas da frente, obrigando-as a bater ombros, cotovelos, cabeças... E foi exatamente em um momento desses que Sakura colou nas costas de Sasuke.

–Desculpe. – disse ela afastando-se, pensando na reação da namorada dele se os vissem tão perto.

–Fique na minha frente. – sem se preocupar com a opinião dela, Sasuke segurou-a pelo braço, e sem protesto deixou-a na sua frente. –Fica mais fácil vê-la daqui.

–Tenho estatura média, o problema é que você é alto. – Sasuke olhou o topo da cabeleira rosa dela, e sorriu sem deixar que Naruto percebesse. Ela tinha um cheiro muito bom, suave e doce como as cerejeiras.

–Se você não tivesse demorado tanto Sasuke, não estaríamos exprimidos agora. – reclamou Naruto, de olho no metrô que se aproximava. –Não sei qual é seu problema em ir de ônibus.

–Demoraríamos o dobro do tempo para chegarmos lá. – explicou Sasuke sendo empurrado pela multidão ao entrar no vagão.

–Aquela não é Ino? – disse Naruto apontando em direção as pessoas do lado de fora.

O nome da garota que Naruto se referia chamou a atenção de Sakura, que até então estava ao lado de Sasuke, ambos encostados na porta do lado esquerdo.

–Não vi. – respondeu sem muita emoção, sentindo que Sakura observava-o.

Chegaram à escola que ainda recebia seus alunos, apesar da demora absurda para saírem de casa. Sakura automaticamente se lembrou da época do terceiro ano do Ensino Médio; quando seus poucos amigos esperavam-na no portão da escola, e sua mãe lhe dava tchau da janela do carro enquanto seu pai dirigia, com a promessa de pegá-la de volta no fim do dia.

–Nos vemos na sala. – cheio de pressa, Naruto acenou para um grupo de pessoas ao lado do portão que, aparentemente, pareciam esperá-lo.

–É tudo tão estranho para mim agora. – comentou Sakura cruzando o portão ao lado de Sasuke, percebendo que por onde eles passavam alguém cochichava, apontava ou levantava a cabeça para vê-los. –Parece que foi ontem que me despedir dos meus pais, encontrei meus amigos de frente ao portão e cruzei o pátio indo à sala. – Sasuke olhou-a e Sakura retribuiu o gesto. –Mas nem tudo é semelhante a minha vida de antes, pois, pela primeira vez, estou sendo vista ao lado de um garoto popular.

–E quem te disse que sou popular? – perguntou provocativo.

–Tem gente atropelando outro para nos ver passar, e não sou eu quem está causando isso.

–Isso é bom ou ruim? – provocou ele fazendo-a sorrir.

–Nem uma coisa, nem outra.

Chegaram à sala juntos com outros alunos, e os olhares não paravam de crescer.
Sakura ficou de pé à porta, observando Sasuke sentar ao fundo, na última mesa da fileira do canto esquerdo, ao lado da janela. Ao lado dele sentou-se Naruto, que logo abriu seu caderno e pediu algo a Sasuke, que fazia o mesmo cheio de preguiça.

–Você está atrapalhando a passagem.

Sakura virou-se para trás, e quase bateu de frente com a garota que lhe chamou a atenção abruptadamente.
Ela parecia àquelas garotas líderes de torcidas; que usavam roupas coladas. Dirigiam carros conversíveis. Escolhiam amigos, e mandavam em toda a escola. Era mais alta que ela, tinha olhos castanhos provocativos, e cabelo vermelho como fogo.

–Desculpe. – disse Sakura afastando-se para ela passar, percebendo que todos os olhares estavam voltados para ambas.

–Você é a aluna nova, não é? – perguntou uma senhora de aparentemente sessenta anos.

–Sim, senhora. Sakura Haruno.

–Sou sua professora de física. Por favor, procure um lugar e acomode-se. - Sakura fez o que ela pediu, gentilmente, mas em tom autoritário.

Ela vasculhou a sala novamente, procurando um lugar, já envergonhada de ser o centro das atenções, e sem querer cruzou seu olhar com Sasuke.
Facilmente Sakura pôde perceber que ele mantinha as aparências, agindo como se não a conhecesse ou insinuando que a conhecia, mas não se preocupava. Agindo como ele, ela sentou-se na primeira fileira do lado direito, na segunda mesa. Estranhamente aquele lugar estava vazio.

–Oi. – falou ela cutucando o ombro da garota à sua frente, que parecia está mais preocupada com seu cabelo, preso em um rabo de cavalo. –Por acaso senta alguém nesse lugar?

–Sim. Meu namorado. –respondeu a pergunta virando-se para trás.

Sakura não deixou de se surpreender em nenhum momento, pois jurava ter gravado a imagem daquele rosto para sempre.
Ela era a garota que estampava o visor do celular de Sasuke; exaltando o brilho dos seus olhos que ficara mais evidente. E não havia um só detalhe que fugisse daquela certeza, principalmente a expressão superior, demonstrada a cada movimento que ela insinuava está ajeitando o cabelo.

–Pode sentar aí se quiser, ele não vem hoje. – e foi nesse tom de aviso que ela virou-se para frente, ignorando Sakura sem fazer o mínimo esforço de ser receptiva.

X*X*X*X*X*X

Fazia algum tempo que ele estava ali, debaixo daquela árvore, observando o vai e vem de alunos no intervalo, espalhados por todo o canto, com um cigarro aceso entre os dedos.
Gostava de se isolar de todos, principalmente dos berros infernal que os inspetores soltavam pelos corredores. E, embora ouvisse Naruto dizer todos os dias que gostava de aventuras, ele o mantinha longe das suas, alegando que, na maioria das vezes, elas não passavam de enrascadas.

–Você não se cansa desse lugar?

Sasuke sorriu, olhando para o lado, surpreso por Ino está ali.

–Esse lugar me traz boas lembranças.

–E a mim também. – como de costume ela ajeitou algumas folhas, depois se sentou sobre elas. –É o único lugar que consigo ter sossego. – Sasuke a olhou.

–Uma garota feliz como você não diria isso.

–Você não sabe de nada. – tomou o cigarro dele e o levou à boca. –Ninguém é feliz, cem por cento, nessa droga de vida.

–Oh!Então agora você percebe isso? – Ino o olhou.

How many times do I have to try to tell you

Quantas vezes eu tenho que tentar dizer-lhe

That I'm sorry for the things I've done

Que sinto muito pelas coisas que fiz

But when I start to try to tell you

Mas quando eu começar a tentar dizer-lhe

That's when you have to tell me

É quando você tem que me dizer

Hey...this kind of trouble's only just begun

Ei… esse tipo de problema está apenas começando

–Não é por sua causa. – Sasuke sorriu, sinicamente, tomando o cigarro dela. –Às vezes é fácil compreender o que somos. Que importância tem o que fazemos, e o que somos capazes de fazer.

Sasuke deu a última tragada no cigarro, e o jogou fora. Perguntava-se desde quando Ino levava um cigarro à boca, e o porquê de ela está tão depressiva.

–Vai me dizer o que está acontecendo? – gentilmente ele acariciou o rosto dela. –É para isso que servem os amigos, não é? – ironizou ele.

I may be mad

Eu posso ser louco

I may be blind

Eu posso ser cego

I may be viciously unkind

Eu posso ser viciosamente indelicado

But I can still read what you're thinking

Mas ainda posso ler o que você está pensando

What you're thinking

O que você está pensando

What are you thinking?

O que você está pensando?

–Você vai se indignar se eu começar a falar, e eu não ficarei à vontade. – ela procurou recuar seus sentimentos, mas não sabia até quando.

–Ino, se você está aqui para me cobrar algo, é melhor que fale de uma vez.

–Que ideia é essa?De onde você tirou isso?

–Na estação... – começou ele observando-a atentamente. –Eu vi você me observando...

–E fingiu o tempo todo. Quem é a novata?O que ela faz aqui?

And I've heard it said too many times

Eu ouvi isto ser dito muitas vezes

That you'd be better off

Que você seria melhor

Besides...

Além disso…

Why can't you see this boat is sinking

Porque você não pode ver que este barco está afundando

This boat is sinking

Este barco está afundando

Pouco surpreso com as perguntas, Sasuke respirou, sentindo-se extremamente entediado. Não queria lhe dá satisfações de sua vida, pois não achava que Ino merecia se sentir no direito de encurralá-lo a tal ponto.

–Então você acha que eu vou ser solidário e lhe darei satisfações? – indagou friamente, para o espanto de Ino. –Você não faz mais parte da minha vida pessoal. Lembra-se disso?

–Você está pouco se importando comigo, não é?

–Estou tentando entender o que você quer! – pela primeira vez ele se via exaltado diante dela.

These are the contents of my head

Estes são os conteúdos da minha cabeça

And these are the years that we have spent

E estes são os anos que passamos

And this is what they represent

E é isso que eles representam

And this is how I feel

E é assim que eu sinto

–Não precisa me entender, você nunca vai compreender isso. – respirava profundamente, repelindo as lágrimas que começavam a se formar dentro de si. –Eu pensei que você gostasse de mim, que estava pelo menos um pouco arrependido de ter nos separado. Mas hoje eu percebi que tudo isso era fruto da minha imaginação.

–Eu me arrependi Ino, tenha certeza disso. – confessou sem ter que olhá-la. –A novata que você se refere se chama Sakura, e está morando na minha casa. – Ino surpreendeu-se. –Ela tem a saúde delicada e passou por muitas coisas ultimamente. – olharam-se. –Mesmo eu não querendo, me sinto na obrigação de ajudá-la .

Do you know how I feel?

Sabe como eu me sinto?

–Uma garota que tem a saúde frágil... – deu de ombros. –O prato perfeito para uma coitadinha. – não se importava mais em demonstrar seu ciúme, ele a conhecia muito bem. –Frágil e bonita. Sim, por que você deve ter percebido isso, não?Afinal vocês estavam tão próximos hoje de manhã que eu tive medo de deduzir seus pensamentos. – levantou-se às pressas, ignorando a sujeira atrás da saia.

Sasuke deitou-se sobre a grama e folhas secas, com a cabeça descansada em cima das mãos. Ainda podia ouvir o sapato de Ino pisando fundo no gramado e gravetos, e só pôde relaxar quando a paz finalmente voltou a triunfar o lugar.
Sozinho, agora pensava que faltaram coisas para responder a Ino, como dizer claramente que ele ainda gostava dela. Mas infelizmente ele se esquecera desse detalhe importante. Estava concentrado demais em explicar quem era Sakura e o que ela fazia em sua vida. No fundo, sentindo-se dividido entre não afastar Ino e confundi-la. Sabia que podia ter sido mais enérgico ao falar de Sakura, demonstrando que sua companhia não o afetava em nada, mas se lembrava, claramente, de dizer que se preocupava com ela. Isso não dava para negar, e nem ele sabia o porquê.

You don't know what I feel

Você não sabe o que eu sinto

X*X*X*X*X*X

Cruzara com Naruto ao chegar ali, e teve que recusar seu convite de juntar-se a ele e seus amigos.
Queria ficar um tempo sozinha, distrair-se dos maus pensamentos que, de repente, começaram a se acumular. Não se lembrava da última vez que tivera uma recepção tão fria, e como conseguiu superar isso.
Embora tivesse sentido um pouco de raiva da ruiva extravagante, seu jeito abusivo não lhe afetara em nada, pois sabia exatamente como agir com aquele tipo de garota. Ignorando-a completamente.
Mas, como conseguiria ignorar a namorada de Sasuke?E por Deus!Por que começava a pensar neles novamente?O que havia de errado com ela?

–Novata!

Sakura olhou para frente, deparando-se com aquela que todos chamavam de Karin.

–Precisamos conversar.

Sakura sorriu ao ouvi-la, e ficou de pé esperando-a.

–Você chegou com Sasuke hoje de manhã. Eu não vi, mas é o que comentam. – chegou até Sakura, encarando-a como se quisesse intimidá-la primeiramente.

–Chegamos juntos sim. Sasuke, Naruto e Eu.

–Por quê?

–Você está se referindo o porquê de termos chegado juntos ou o fato de eu ser completamente desconhecida aqui e está ao deles? – ironizou.

–As duas coisas. – disse ela cruzando os braços.

–Olha, não me leve a mal, mas eu não gosto de dá informações sobre minha vida a pessoas desconhecidas. – cheia de atitude Sakura lhe deu as costas, mas Karin segurou-a pelo braço, impedindo-a de sair.

–Eu só quero deixar uma coisa bem clara. – Karin fazia questão de mostrar quem estava por cima ali, enquanto Sakura mantinha-se entediada. –Sasuke e eu temos um lance. – não foi possível manter a mesma expressão ao ouvi-la, pois isso a deixou completamente atordoada. –Não faz meu estilo brigar fisicamente por alguém, mesmo que esse alguém seja Sasuke, mas sou muito boa no que falo e, consequentemente, ajo através disso. Então, se você não quer ser a próxima vítima dos relacionamentos extraconjugal dele, é melhor sair fora.

–Sasuke não é assim...

–Quem te disse? – perguntou colocando a mão no ombro de Sakura. –Você deve se lembrar da garota sentada à sua frente, não? – Sakura nada disse, mas Karin entendeu seu silêncio. –Ino e Sasuke começaram a namorar há algum tempo atrás. Não era um namoro que eu considerava maduro, mas bonitinho. – sorriu. –E, adivinha? – tirou a mão do ombro de Sakura e se posicionou na frente dela, segurando uma mexa de cabelo rosa, delicadamente. –Ele a traiu comigo!