POV. Katherine

   Na manhã seguinte acordei mais feliz que nunca, essa era a ultima semana de aula, depois disso era só Havaí.

Tomei meu café da manha em silencio, eu nao queria conversar com meu pai.

-Kathe, comprei uma coisa para você. –disse meu pai, mas não respondi nada. –Ok, vou mostrar assim mesmo.

Ele pegou uma sacola  da... Gucci e tirou uma bolsa ali de dentro.

-Sua mãe disse que você queria muito essa bolsa, então comprei para você.

-Ai Deus! –falei. –Posso tocar? –pergunto e ele ri.

-Claro que pode, é sua a bolsa! –diz me entregando ela.

A bolsa era dourada e bem grande, pelo que dava no commercial cabia qualquer coisa ali dentro.

Mas ai eu meu lembrei que eu estava irritada com meu pai. E agora o que eu faço? Eu nao quero devolver essa bolsa, mas se eu devolver eu vou ficar sem essa belezura que eu esperei minha vida toda!

-Valeu. –falei me levantando e indo pro meu quarto. Guardei a bolsa junto com as outras quinze que eu tinha e peguei minha mala. –Vamos mãe?

-Seu pai vai te levar para a escola hoje. –diz e arqueio as sobrancelhas.

-Olha, não que só porque eu agradeci por você tem me dado uma bolsa que você pode ficar me levando para a escola, ok?

-Pare de pirraça Katherine, hoje eu não posso te levar e seu pai se ofereceu! –diz e suspiro.

-Ok, vamos logo então. –falei saindo da cozinha e indo para a garagem.

Entramos no carro e meu pai começou a dirigir, coloquei meu fone de ouvido e fiquei a viagem inteira até a escola com ele no ouvido.

-Quer conhecer seu namorado pessoalmente. –diz e balanço a cabeça.

-Nem pensar, não quero que ele conheça o pai que tenho. –falei enquanto escolhia outra musica para escutar.

-O que você quer Katherine? Quer que eu pague tudo o que devo da pensão para você?

-Seria uma boa ideia! Mas você nao cumpre com suas promessas. E acabou o assunto!

                                               ***

   Vinte minutos depois chegamos na escola, desço do carro sem ao menos me despedir de meu pai.

Encontro Matt no caminho e vou em sua direção.

-Última semana de aula! –falei abraçando-o.

-Sim, e daqui a uma semana estaremos no Havaí, à casa que eu e Alisson escolhemos é demais!

-Estou louca para chegar lá. Falando em férias hoje é a entrega do boletim final, acha que Thomas passou?

-Sei lá, depois que ele começou a namorar a Meredith ele começou a querer estudar mais. –disse enquanto subíamos as escadas.

-Vamos saber das notas daqui a pouco. –falei subindo para a ala das meninas e ele para a dos meninos.

Entrei no quarto e encontrei Rebeca e Sarah.

-Kathe! Última semana de aula! E depois… ZUM para o Havaí! –disse Sarah me abraçando e sorrio.

-Quero muito ir para lá, mas para isso precisamos que Thomas passe! –falei jogando minha mala em cima da cama.

-Todos estão fazendo pressão para cima dele, e ele sabe que se não passar, acabou a viagem. –disse Rebeca e respiro fundo.

O sinal toca e saímos do quarto. Encontramos Santana, Alisson e Meredith no caminho.

-Bom dia meninas! –falei abraçando cada uma delas.

-Ainda não sabemos se é um bom dia, só saberemos quando Thomas receber o boletim dele. –disse Santana.

Chegamos na sala e nos sentamos em nossos lugares, o diretor entrou na sala com a pasta com as notas, e foi entregando para cada aluno.

Vi um  sorriso no rosto de Matt, John e Antônio quando viram as notas. Ok, eles já haviam passado. Olhei para o outro lado e Santana, Rebeca, Alisson, Meredith e Sarah também comemoravam.

O diretor entregou o meu e o abri rapidamente.

-ISSO! –gritei e todos olharam para mim. –Passei. –falei e todos riram. A nota mais baixa foi 6.5.

O diretor suspirou e entregou o ultimo boletim para Thomas.

-Boa sorte garoto. –disse assim que Thomas pegou o papel.

Todos da turma encaravam ele, ele olhou envolta e respirou fundo abrindo a folha.

Ele olhou atentamente todas as notas e mordeu o lábio.

-Eaí Thomas, passou ou repetiu? –pergunta Antônio.

-Sinto muito dizer isso gente, mas… EU VOU PRO HAVAÍ COM VOCÊS! –grita e todo  mundo começa a gritar igual desesperados na sala.

Outro idiotas estavam ajoelhados na frente de Thomas quase beijando seus pés.

-Parabéns, todos passaram para o segundo ano do ensino médio! –disse o diretor.

Matt me abraçou e me girou.

-Vamos para o Havaí!

-Sim! E tudo isso por causa de Thomas! –falei e ele assentiu me colocando no chão.

-Alunos, sentem-se. Vocês passaram de ano, mas as aulas ainda não acabaram! –disse o professora de francês que já estava na sala.

Todos se sentaram em seus lugares, mas ninguem podia controlar a felicidade que a turma estava.

                                                     ***

POV. Thomas

   Depois de várias aulas chegou a hora do almoço.

-Cara eu sou muito nerd! –falei e Meredih riu. –Eu vou mandar plastificar esse boletim e botar em uma moldura na sala da minha casa.

-Meu Deus! No segundo bimestre você também tirou nota azul. –disse segurando minha mão.

-Na verdade, não foi bem assim que aconteceu. Eu tinha tirado 5.6 mas a professora arredondou para 6. –falei e ela riu. –Mas nesse último bimestre a minha nota mais baixa foi 7! A minha nota mais alta foi maior do que a da Katherine!

Eu estava tão feliz que estava com vontade de socar todas as paredes da escola, ou esfregar o boletim na cara dos professores que acharam que iam me ver no primeiro ano de novo.

Chegamos na cantina e Meredith foi arrumar sua bandeja enquanto eu ia comemorar minha nota junto com John e Antônio.

-Graças a você, agora vamos para o Havaí! –disse John batendo nas minhas costas.

-O diretor colocou até um textinho no boletim. –falei e eles riram.

-O que está escrito?

-Sr. William, eu não acreditava que você ia conseguir passar de ano. Por incrivel que pareça uma menina fez com que você queresse estudar. Vejo você ano que vem no Segundo ano!

-Caraca, só você mesmo para conseguir uma cartinha dessas do diretor. –disse Antônio e ri.

-Falando em férias, que dia que é o voo para o Havaí? –pergunto enquanto mordia um pedaço do folhado.

-As aulas acabam na sexta e o voo vai ser no domingo. –diz John. –Sabe uma coisa que eu lembrei agora?

-O que?

-Estamos em dezembro e estamos no inverno.

-Ai não. –falei jogando a cabeça para trás e fechando os olhos. –Eu não acredito que a gente vai viajar para o Havaí no inverno!

-Calma cara, talvez quando a gente chegar lá, a temperatura resolva ser legal com a gente a gente e de uma esquentadinha. –comenta Antônio.

-Na hora a gente vê.