The Wrong Place escrita por Hada Maller


Capítulo 7
Capítulo 7 - O acidente


Notas iniciais do capítulo

lalalalala desculpa a demora, desculpa mesmo, te amo e só u.u boa leitura



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Passaram alguns dias, e não tive notícias de Adriano. Fui na sua casa, não tinha ninguém. Ligava no seu celular, desligado. Nunca online. Nenhum sinal de vida na escola. Fui perguntar ao diretor onde ele estava.

– Não temos nenhuma notícia dele.

Eu estava preocupada. Como uma pessoa - ou a família - podia sumir assim. Ele não me contara sobre nenhuma viagem. Alguma coisa estava estranha.

Depois de exatos quinze dias, recebi uma ligação de um numero bloqueado.

– Senhorita Paola?

– Sim, quem fala?

– Isso não importa. Adriano está no Hospital Reaclei no quarto 342. 14:30 de hoje você pode ir ver o garoto.

E desligou.

Ta, é óbivio que eu iria lá.

Falei com Dani e perguntei se poderia ir nesse horário, ela falou que não tinha problema algum.

Deu 14:20 e fui até o tal hospital de taxi. Quarto 342, fui para lá. Bati na porta e ouvi a voz dele.

– Entre.

Quando abri a porta não acreditei no que vi. Comecei a chorar, Adriano era o único que podia me ver chorar. Lá estava ele, deitado na maca, com a perna e o braço engessado.

– O que aconteceu? - perguntei enquanto sentia as lágrimas escorrerem pelo meu rosto.

– Senta aqui - disse ele arrumando um cantinho pra mim sentar do seu lado.

Me sentei, e ele começou:

– Nunca te contei antes, mas acho que já está na hora. Faço parte de um grupo de luta. Com o Vitor, infelizmente. O professor mandou começarmos a lutar em duplas, e eu tive que lutar com ele. No meio de tudo isso, ele me perguntou se eu era teu amigo. Eu disse que sim. Ele mandou eu parar.

– Como assim?

– Vitor é o menino mais forte de lá - continuou, ignorando minha pergunta - , ele disse que se eu continuasse a te defender ele acabaria comigo. Eu já não estava passando muito bem, até que ele me deu um soco e eu desmaiei. Quando acordei, estava com meu braço e minha perna doendo. Ele provavelmente fez alguma coisa, sem o professor ver, porque é uma sala dividida entre muitas outras. Gritei, e me trouxeram para o hospital. Minha mãe e meu pai ficaram comigo durante todo o tempo. Pedi para que não te falassem nada, até eu ter certeza que eu ficaria melhor. Falei com o professor também, ele não acredita que foi Vitor. Ninguém acredita. Ele não levou nenhum castigo, porque quando acordei, ele nem estava por lá.

Eu comecei a chorar mais ainda, não sabia se era tristeza, dor ou raiva. Os três. A única coisa que pude fazer foi abraça-lo e não soltar nunca mais. Eu não sabia o quanto era abençoada por tê-lo comigo.

Liguei para Rafael, e expliquei onde estava e que voltaria só mais tarde. Ele teria alta no outro dia.

Fui para a casa só a noite, quando Rafa e Dani vieram me buscar. Contei para Adri sobre a viagem, e torci para que ele estivesse bem até o dia. Não faltava muito. Apenas 10 dias...

Quando cheguei em casa, havia uma carta em cima da minha cama.

– Chegou pelo correio, não tem endereço do remetende, nem nome. Só tinha o seu. Não me pergunte como conseguiram mandar isto.

Quando abri o envelope, li as primeiras palavras.

"Olá Paola, você provavelmente já está grande né? escrevo essa carta, com você no meu colo nesse momento. 3 meses de idade apenas. Que benção de ter uma filha tão linda como você."



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