Eu... Você... Nós. escrita por Isa Shimizu


Capítulo 6
Manias de querem me mudar.


Notas iniciais do capítulo

Espero que meus leitores gostem beijos.



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"Se alguém não encontra a felicidade em si mesmo, é inutil que a procure noutro lugar."

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Subimos as escadas e fomos para o quarto dela conversar em particular. Falamos muitas besteiras por um longo período de tempo de repente me vem a Marcela com uma pergunta.

– Gabriela... Quer ir ao shopping amanhã? - me surpreendo com tais palavras.

– Puxa Marcela, nunca fui ao shopping, mas mesmo assim não quero. – digo envergonhada por ter recusado, mas o que poderia fazer? Não gosto de shopping.

– Mas você nunca foi ao shopping, lá tem muitas coisas legais, tem cabeleireiro, tem lojas de roupas, tem... – antes que ela terminasse a interrompo, já certa de seus objetivos.

– Entendi o seu joguinho! Agora que a resposta é um “não” fixo. – digo me aborrecendo. Ela sempre insiste em que eu me arrume, mas não quero me arrumar e nem ela nem ninguém vai me convencer a mudar minha aparência.

– Mas amiga voc... – diz ela tentando insistir.

– Mais nada Marcela! Não quero me aborrecer com você! – disse com raiva.

– Está bem, mas guarde o que digo! São seus últimos dias que você será assim! – diz em tom de ordem me fazendo dar gargalhadas sem sentido no meio do quarto.

– Tá mamãe! – disse entre gargalhadas. Ela me olha com cara de sapeca e entra na gargalhada junto. – Que horas são? – digo me surpreendendo com a imagem que vinha da janela, um céu escuro de noite e prédios com luzes acesas.

– São 19: 36. – diz ela espantada.

– Meu Deus minha mãe deve estar preocupada comigo! – digo me levantando da cama rapidamente e arrumando minhas roupas que estavam amassadas.

– Corre menina! – diz ela me apressando. Abro a porta rapidamente e desço as escadas correndo, abro a porta da sala fecho a mesma. Corro em direção a minha casa.

Abro a porta com cautela, a cada estava com as luzes apagadas suspiro e penso “Será que foram dormir cedo?”, adentro a casa na ponta dos pés e fecho a porta. Tiro meus sapatos para eles não fazerem barulho e coloco-os no chão. Na ponta dos pés dou passos rápidos e silenciosos, de repente uma voz vem de traz de mim, uma voz que reconhecia muito bem.

– E sabia que este dia iria chegar. – diz minha mãe acendendo a luz da sala.

– Que dia? – saio das pontas dos pês e me viro em sua direção.

– Você estava até esta hora com quem mocinha? – diz ela com cara fechada e com tom repreendedor. Suspiro e respondo:

– Estava lá na casa da Marcela, perdi a noção do tempo. – disse verdadeiramente.

– Filha não precisa mentir para mim! – diz ela me fazendo ficar confusa.

– Mas eu não menti para a senhora – digo sem entender nada.

– Qual o nome dele? – diz ela orgulhosa sem motivo.

– Ele quem mãe? A senhora está inventando coisas já. – disse perdendo a paciência com as palavras sem sentido de minha mãe.

– Ainda não tem namorado né? – diz minha mãe com cara de decepção.

– Por que faz tanta questão de que eu tenha algum namorado, mãe? – digo tentando entender. Ela suspira e diz:

– Filha, você já está com 16 anos e até hoje nunca se quer namorou ou pensou no assunto, você vive em casa, não sai com amigos, não gosta de dialogar, não se diverte com ninguém... Sempre presa aos estudos, está certo estudar é importante, mas nunca vi ninguém ficar só nisto, você precisa viver minha filha, a vida não é só estudos. – diz ela. Ela sempre usa esse discurso.

– Simplesmente não sei por que vocês cismam com que eu mude! Já cansei com isso, é Marcela, é meu pai, é você... – paro por um instante e lembro- me do que tinha acontecido hoje cedo, mas decido deixar para lá para não aumentar a confusão entre minha mãe e eu. – Chega tá? Cansei mãe, cansei de vocês acharem que eu não vivo, se eu não estudar o que será de mim? Já parou para pensar? Se eu tiro uma nota baixa acabou a oportunidade de uma bolsa de estudos, ou de ir para uma ótima escola! – digo alterando um pouco a voz, mas não chego a gritar. – Por que vocês sempre querem me mudar? Já pensaram que eu posso não querer mudar? É todo dia a mesma coisa! Que saco! Sempre as mesmas coisas, nunca mudam! – digo já com lágrimas nos olhos, mas forçando-as para não cair. Viro, vou para o meu quarto, tranco a porta e volto as únicas coisas que me entendem, os livros.


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Notas finais do capítulo

Review? Nem que seja unzinho? u.u deixa pra lá



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