Eu... Você... Nós. escrita por Isa Shimizu


Capítulo 11
O beijo.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!!!

Hugs e kisses



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“Às vezes só precisamos

De alguém que nos ouça.

Que não nos julgue,

Que não nos subestime,

Que não nos analise.

Apenas nos ouça.”

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

Pov. Gabriela

Amanheço com um sorriso enorme no rosto, a imagem do “quase beijo” não saia de minha cabeça. Tomo meu banho e me arrumo para a escola. Saio da minha suíte e encontro minha mãe sentada no sofá.

– Estranho, nunca vi você de manhã. – digo me aproximando de minha mãe. Percebo que minha mãe seca algumas lágrimas me deixando preocupada. – Está tudo bem mãe? O que aconteceu? – pergunto me abaixando ao lado dela e passando minha mão nos seus longos fios de cabelo.

– Nada filha. – diz ela tentando disfarçar.

– TPM? – eu mesmo começo a rir lembrando a pergunta de Eduardo. Ela se espanta com minha risada repentina e sorri junto.

– Não filhota, eu só... – diz ela derramando mais lágrimas. – Estava lembrando-me de sua avó. – diz ela mostrando uma foto dela. Minha avó havia morrido vítima de um enfarto há dois meses. Pego a foto e observo minha avó. – Você se parece com minha mãe sabia filha? – diz passando a mão em meus cabelos. Realmente havia algumas semelhanças entre mim e ela, os cabelos e olhos negros, o sorriso... Fito a foto dela e tento perceber mais semelhanças, mas me lembro de ir para a escola.

– Preciso ir mãe. – digo com um sorriso enorme no rosto ao lembrar que ia ver o Edu.

– Tá – disse ela ainda olhando a foto de minha avó.

Corro para a cozinha, pego uma pera, pego minha mochila na sala e saio de casa. Chego a casa se Marcela, toco a campainha... Nada, toco novamente e ouço passos. A mãe de Marcela atende a porta.

– Bom dia dona Ana. A Marcela já está arrumada? – digo estranhando a mãe de Marcela em casa.

– Não minha flor, ela não vai para a escola hoje, ela tem uma consulta médica. – diz ela com um sorriso simpático.

– O que ela tem? – Pergunto preocupada.

– Nada, é só uma consulta no ginecologista. – diz ela baixinho para que só eu possa ouvir.

– Ah, tá. – fico envergonhada por ter perguntado algo íntimo, mas fiquei preocupada né.

Pego o ônibus, ele estava vazio, sento no lado da janela e sigo viagem comendo a pera que eu tinha pegado em casa. Chego à escola e todos olham para mim, acho que estavam esperando por Marcela que sempre chega comigo. Vou para a sala e encontro Edu.

– Ué, cadê aquela sua amiga? – ele suspira – sempre esqueço o nome dela.

– Marcela! Ela foi ao médico. – digo escondendo a felicidade que me cobria por inteiro.

– Sério? – diz ele levantando de seu lugar e indo a minha direção. – Eu acho muito bom que ela esteja fora hoje. – diz olhando em meus olhos.

– Ah, é? Por quê? – pergunto para provocar. Nossos rostos se aproximam devagar, mas ele foge.

– Porque você não se sente a vontade quando estamos com ela. – diz ele passando as mãos no rosto como se quisesse se controlar.

– É... Então o que era que você estava de cabeça baixa ontem? – pergunto me recordando do assunto.

– N-nada n-não. – responde gaguejando e envergonhado. Por quê? Pergunto-me, mas procuro ignorar.

– Tá né. – ele dá um suspiro e vem em minha direção novamente. – O que vai fazer? – pergunto olhando nos olhos lindos e negros dele.

– Só um... “teste”. – Diz se aproximando mais e tocando meu rosto. Nossos lábios se encostam, nossos olhos se fecham, nossas línguas se entrelaçam e nossas salivas se trocam, me preocupei, pois nunca havia beijado antes, tinha medo de que ele não gostasse, de que ele reparasse minha falta de experiência. Aprofundamos o beijo, realmente beijar é muito bom. A cada toque, a cada troca de saliva, meu coração acelera mais. Não queria desgrudar, não queria parar de receber o toque das mãos dele... Desgrudamos os lábios de olhos ainda fechados, sentimos a respiração próxima um do outro e abrimos os olhos devagar ele sorri morde o seu lábio inferior e vai em direção a mesa para sentar, sento ao lado dele, vermelha de vergonha.

– Foi seu primeiro beijo não foi? – pergunta ele me deixando nervosa.

– S-sim... – olho para o chão e mecho em meu cabelo em sinal de que estou nervosa.

– Hum. Sabe que para uma primeira vez você foi muito bem? – diz olhando para mim e com um sorriso que acelerava meu coração.

– Está dizendo isso só para me bajular né? – digo olhando aqueles olhos lindos.

– Não, estou dizendo por que você foi realmente bem. – diz olhando mais fundo nos meus olhos. Sinto uma vergonha tão grande, com certeza devo ter ficado igual a um tomate.

Passamos o dia inteiro fingindo que nada aconteceu. Eu estava muito envergonhada, mal conseguia olhar para ele.


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Notas finais do capítulo

Reviewzinho???



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