Eu... Você... Nós. escrita por Isa Shimizu


Capítulo 1
Primeiro dia de aula


Notas iniciais do capítulo

O primeiro capitulo, ainda tenho mais uns para postar.Espero que gostembjsXD



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"É simples, você me completa."

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– Marcela! Acho melhor irmos logo, não acho certo chegarmos atrasadas. – Eu disse depois de 30 minutos na casa dela esperando-a terminar de se arrumar.

– Espera! Tá com pressa? Primeiro dia de aula meu bem, tenho que ficar linda! – Disse minha melhor amiga Marcela.

– Estou com um pouco de pressa sim, pois nunca me atrasei na vida!

– Amiga porque não aproveita e se arruma mais um pouco – disse ela enquanto colocava um arco rosa com um laço gigante.

– Não acho necessário! A escola não nos quer arrumadas e sim estudando! – Disse já me encostando à parede de tanto tédio.

Marcela, uma garota popular, todos os garotos babavam por ela. Ela é uma garota linda com sua pele branquinha, suas roupas de grife importadas, seu cabelo liso loiro natural, seus olhos verdes, nariz empinado, suas unhas enormes e bem feitas. Já imagino a pergunta de vocês! E, sim! Ela é uma patricinha. Apesar disso tudo, ela é uma grande amiga, pronta para ajudar em tudo o que fosse necessário.

Ainda me lembro do dia em que começamos a nossa amizade. Foi em uma segunda feira no primeiro dia de aula, ela já chegou fazendo os meninos da 5ª série babar, se bem que não me admira muito, e eu, como sempre, quieta na minha. Ela foi a única, ÚNICA que veio falar comigo e a partir daí nossa amizade cresceu e viramos melhores amigas, desde então ela cisma de que eu me arrume mais e tal, mas sinceramente? Não ligo muito para a aparência. Ela sabe de tudo sobre mim, absolutamente tudo, até o meu segredo mais íntimo. Meu Deus! De repente levo um susto! Era a Marcela gritando e me tirando de meus pensamentos.

– GABRIELA!

– QUE? – respondi no mesmo tom.

– Você que manda eu me apressar para irmos para a escola, mas você está totalmente desligada! Acorda menina! Vamos logo.

Desencosto-me da parede, pego a minha mochila e acompanho a Marcela. O tempo estava nublado, então, fomos correndo para o ponto de ônibus antes que chovesse. O ônibus passa e fazemos sinal, ou melhor, várias pessoas fizeram sinal! “Aff” já vi que hoje vai ter tumulto para entrar. Não falei? Assim que o ônibus parou todos queriam entrar ao mesmo tempo foi um empurra, empurra, mas finalmente passamos. Pagamos as passagens e, quando achava que não podia piorar, não havia lugar para sentar e com um cheiro horrível de sovaco mal lavado.

Após sairmos do fedorento ônibus, andamos mais um pouco a pé. Finalmente chegamos à escola. Mal pomos os pés na escola e todos os garotos reparavam a beleza de Marcela, assumo: senti uma pequena, bem pequena mesmo, pitada de inveja, mas já estou acostumada a ser invisível.

– Marcela. Vou indo na frente! – disse já me dirigindo a escada.

– TÁ! - diz ela.

Subo os quatro lances de escada e chego ao corredor da minha sala. De repente, alguém esbarra em mim, me fazendo cair ao chão com o impacto.

– Desculpa! – diz uma voz masculina.

– Tudo bem! – digo recolhendo as coisas que caíram no chão com o esbarrão.

– Deixe- me te ajudar! – diz ele já se abaixando para pegar o último papel.

– Não precisa! – digo sendo ágil e pegando o papel rapidamente.

Vejo uma mão se estendendo para me ajudar a levantar do chão, aceito a ajuda e pego em sua mão, o que é engraçado é que eu senti uma coisa estranha, um choque, não sei explicar, isso fez com que eu soltasse a mão dele o mais rápido possível e com que me levantasse sozinha, observo que ele me olha e eu resolvo encara-lo, nossos olhos se encontram, fico envergonhada, o olhar dele me deixou assim? Ah, bobagem, eu fico envergonhada atoa mesmo, deve ser coisa da minha cabeça. Algo em mim se modificou de uma maneira que nunca se modificou antes, resolvo desviar o olhar e ir diretamente a minha sala.

Todos começam a entrar e como se é de meu costume já estava na sala antes de todos. Marcela como sempre senta do meu lado. Adivinha quem entra logo depois dela? Ele mesmo! Olhemo-nos por um curto período e ele resolve sentar do meu lado, percebo que Marcela nos olha atentamente. No primeiro tempo foi o de sempre, permaneci em silêncio e só falei quando necessário, ou seja, para falar “presente” na hora da chamada, mas no segundo tempo o meu silêncio foi quebrado!

– Oi. – disse o menino ao meu lado.

Deu um simples oi com as mãos e um minúsculo sorriso.

– Perdeu a língua? – disse ele tentando me fazer falar, e não é que funcionou?!

– Não. – tentei falar o menos possível.

– Eduardo!

– O que?

– Meu nome é Eduardo!

– Ah, tá, desculpa, é que você não foi muito específico nas suas palavras! – disse enquanto levantava meus óculos.

– Ah, entendi! Você se dá de inteligente! – disse ele me deixando irritada.

– Eu não me dou de inteligente! Eu sou inteligente! – fui bem específica não?

– Desculpa! Não quis ofender! – disse ele, por incrível que pareça me fez ficar “estranha”.

– Não ofendeu! Não sou mulher que se ofender fácil. – e com isso acabou nossa conversa. Curta não? É, mas não sou de falar muito! Ai que droga! Esqueci-me de falar meu nome! – Ah, tinha me esquecido! Gabriela! – disse o mais curto possível para não puxar assunto.

– Não entendi. – disse ele tentando me fazer falar de novo, há entendi o joguinho dele rapidamente, mas não tive escolha tive que responder.

– Gabriela. – Fui curta com minha explicação né?

– Ah, sim. Seu nome é Gabriela. Muito prazer em conhecê-la. – ele deu um sorriso muito lindo que fez meu coração disparar. Por quê? Eis a questão. Enquanto rolava essa minúscula conversa percebo que Marcela nos olha atentamente. Ela olha para o Eduardo e diz:

– Oi! Eu sou a Marcela, a melhor amiga desta aqui. – disse apontando para mim! Uma pequena decepção tomou conta de mim na hora. Eu sabia que ele ia babar por ela o que me deixou um pouco mais quieta que o normal.

– Eduardo! – Meu deus! Ele falou sem ao menos olhar para ela! – E então, Marcela, essa aqui não é de falar muito né?

– Não! Ela mal fala! Só fala comigo! – Ele sorri! Ele sorriu? Por quê? Qual a graça disso? Bom, seja qual for, não ligo. Depois deste belo diálogo passamos até o 5º tempo sem muitas conversas.

O sinal toca e como sempre espero todos saírem primeiro para arrumar meu material e sair. Algo chama minha atenção, o Eduardo não sai da sala. Que seja! Ele deve ser igual a mim! Uma pessoa que não gosta de tumulto.

– Amiga te espero lá fora. – diz a Marcela, já pegando seu espelho para olhar mais uma vez a maquiagem e fazer os retoques necessários.

– Tá! – com essa minúscula resposta, ela sai da sala passando seu blush.

Levanto-me, pego meu caderno e enfio na minha mochila, o mesmo faço com minhas apostilas e com o meu estojo.


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Notas finais do capítulo

Espero review, bjs.



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