A Última Chance escrita por BailarinaDePorcelana


Capítulo 64
Parte IV - Capítulo 64 - Plano


Notas iniciais do capítulo

Oia eu aquiiii!
Sorry pela demora, mas estava com alguns problemas, sabe... Ainda estou, mas com um esforço consegui terminar o capitulo FINALMENTE.
Espero que gostem.



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Capitulo 64

Plano

Quando Rick voltou o carro estava com um enorme suprimento de variadas armas e munições, o que no momento nos deu uma enorme esperança de que poderíamos vencer. Mas, em mim, essa esperança se foi tão rápida quando veio. Se - quando - o Governador viesse com certeza seu ponto principal seria acabar com todos ali dentro, e precisaria de um forte armamento para isso. Algo mais forte do que o que tínhamos. Pessoas acabariam morrendo e então pessoas colocariam a culpa em outras - experiência própria - e finalmente começaríamos a nos dividir. Não que isso realmente fosse acontecer, mas não deixam de existir possibilidades.

Fiquei remexendo nas armas tentando me lembrar dos nomes de algumas que não consegui reconhecer de primeira, até encontrar algo que me chamou a atenção. Era um daqueles walk talks mais antigos, e fiquei curiosa do porque ele estaria ali; não nos ajudaria a ganhar de Woodburry. Peguei-o e apertei o botão para falar querendo ver quem estaria com o outro, e ouvi o chiado. Mas um chiado duplo.

Remexi na caixa de onde vinha o segundo chiado até encontrar o outro walk talk e fiquei encarando os dois, pesando-os em meus dedos. De alguma maneira, eles pareciam muito importantes, mesmo não aparentando ter valor. Olhei em volta garantindo se alguém estava me olhando e os coloquei dentro da minha blusa. Corri direto para a cela - que dividiria com Damen - e os deixei sob meu travesseiro. Voltei mais depressa ainda para onde estava antes, tentando fingir que nada tinha acontecido. Caminhei um pouco tentando despistar e me sentei ao lado de Charlie, que lia o que parecia um caderno de anotações.

– O que é isso?

– São minhas anotações da pesquisa. Essa é a única coisa que consegui salvar de tudo o que encontramos. - falou folheando as páginas.

– Pode me falar um pouco sobre isso? - pedi ansiosa. Estava louca para saber mais sobre as tais pesquisas.

– Se tiver paciência para me escutar falar por horas e ter a mente aberta, sim. Mas não tenho muita paciência para explicar.

– Sou uma boa ouvinte. - sorri de lado esperando que começasse.

Charlie respirou fundo e fechou seu bloco de anotações, com os olhos longes, com se lembrasse de algo.

– Bem, durante todas as pesquisas os pacientes com mais de um dia desde que... morreram... não apresentaram mudanças. O mais perto que chegamos de fazê-los voltar ao normal foi um dos soros que conseguimos criar matou a coisa. Isso nos fez chegar á conclusão de que não há uma cura para os que já se transformaram há muito tempo porque o corpo para todas as atividades que não fazem parte do sistema nervoso.

– Então a cura é a morte. - repeti a frase que meu pai havia dito no vídeo que assisti meses antes.

– Isso. - respondeu parecendo feliz por eu entendê-lo - Então começamos a procurar uma cura para os que já estão infectados e que foram mordidos. Mas não acha estranho o fato de já estarmos infectados e uma mordida ainda sim poder nos transformar? A partir dessa pergunta conseguimos descobrir que não é o vírus "zumbi" que está na coisa que nos mata, mas sua mordida. Você provavelmente já ouviu aquelas histórias sobre vírus, bactérias ou protozoários que se desenvolvem em cadáveres e podem ser passadas para os vivos, certo?

– Claro. - concordei - Por isso não era aconselhável abraçar um corpo ou beijá-lo em funerais.

– Isso mesmo. Esses zumbis tem as mesmas doenças mais as que os vivos possuem. Os vírus e bactérias identificam os zumbis como vetores, suas "casas", e quando um zumbi nos morde passa tudo isso para nós. Essa é a causa da febre, dor no corpo, alucinações e os outros sintomas, que são só a junção de todas essas doenças, além de também poder morrer por perda de sangue, dependendo da mordida. Mas o fato é: o vírus zumbi não mata, ele é uma doença oportunista. Espera até que o sistema esteja completamente baixo e assume o controle, e o vírus que já está me nós só está esperando o momento em que nosso sistema se desligue completamente.

Fiquei um bom tempo parada ali, a respiração pesada e descompassada enquanto absorvia tudo o que tinha ouvido. Apesar de confuso, aquilo fazia total sentido. Mordi os lábios contendo a ansiedade que crescia em meu peito enquanto pensava no assunto.

– E o que precisa para continuar a pesquisa?

– Basicamente um laboratório. - falou com um suspiro cansado.

Já esperava por isso, e sabia que seria impossível montarmos um laboratório na prisão, mesmo com todo o desempenho do mundo. Era um lugar inapropriado e seria complicado colocar todas as coisas que precisaria ali.

– Viram alguma das meninas de Woodburry? - Glenn perguntou.

Nesse momento, uma luz se acendeu na minha cabeça. Como estava sendo estúpida a ponto de não ver isso! Era nossa chance. Uma chance de resolver dois problemas de uma só vez. Claro, seria perigoso. MUITO perigoso. Mas o que é a vida sem alguns perigos, certo?

Quando voltei para o presente, Glenn já não estava mais ali e Charlie voltara á sua análise das anotações. Ponderei por alguns instantes contar ou não minha ideia a ele, e resolvi contar. Confiava nele, apesar de que se fosse pego de surpresa por meu plano não teria como escapar de me ajudar.

– O que? Está maluca? - perguntou indignado quando terminei.

– Claro que não! É uma maneira perfeita, e resolve a vida de todos.

– Ou talvez não. Já pensou que pode dar errado e você acaba morrendo se isso acontecer?

– Pensei. Mas vou morrer de qualquer maneira. - dou de ombros.

– Bem... - ele parece hesitante, como se estivesse numa discussão interna sobre falar ou não - Eu posso fazer isso.

– Não. Se for você tem mais chances de dar errado. Você será uma carta na manga, e uma esperança se tudo for por água abaixo.

Com um suspiro resignado, ele parece entender meu ponto de vista e apenas faz um sinal com a mão para que eu fale sobre os detalhes, e ele acrescenta outras coisas que podem ajudar muito.

○○

Um novo dia começava quando um barulho foi ouvido do lado de fora. Parecia que nos últimos dias as pessoas tinham ânsia por entrar na prisão durante essa hora. Quando corremos para verificar, encontramos uma mulher loira, que o grupo de Rick já parecia reconhecer. E que vinha de Woodburry.

– Andrea? - Rick a reconheceu depois de jogá-la no chão.

– Oi, Rick. - ela falou numa mistura de emoção com irritação por ter sido jogada no chão.

Depois de explicar como enganara o Governador para chegar ali e se aliviar por ver Isabela, Isadora e Hannah vivas, chegou ao assunto que parecia louca para falar.

– Uma trégua.

– O que? Não acho que o um olho vá concordar. - Daryl falou calmamente, e eu ri baixo pelo apelido que deu ao Governador.

– Mas qual os sentido disso tudo? Só vão arranjar mais mortes. Não podem se dar ao luxo de achar que pode apostar todas as suas fichas. Ainda mais com um bebê para cuidar.

Ok, tenho que concordar com ela. Nesse ponto Andrea estava certa.

Olhei instintivamente para Charlie, que me observava inexpressivamente, e entendi o que se passava por sua cabeça. Seria um bom momento para contar nosso plano, mas colocaria tudo a perder se os outros soubessem. Então simplesmente neguei com a cabeça de modo discreto e voltei minha atenção para a conversa que, por fim, levou a um lugar: Andrea conseguiu convencer Rick a se encontrar com o Governador, no dia seguinte, para tentarem resolver isso civilizadamente.

– Civilizadamente. - Hannah ironizou - Fala isso como se essa palavra existisse naquele droga de lugar.

– Mas afinal, o que é essa Woodburry? - minha mãe perguntou, seu olhar analítico que tomava quando o assunto era sério vindo á tona.

Expliquei toda a história para ela, desde Melissa - que nunca a agradou muito -, pulando apenas as partes desagradáveis, como as mortes que essa confusão acarretou. Ao final, ela estava perplexa, com uma sobrancelha levantada demonstrando sua indignação.

– Isso não é uma cidade, é um hospício! Que tipo de lugar faz coisas como essas com as pessoas?

– O tipo de lugar administrado por um louco. Tanta gente legal para sobreviver e ele tinha que ficar vivo! - Ethan amaldiçoou, balançando a cabeça inconformado.

A discussão sobre como algumas pessoas deviam ser trocadas por outras se estendeu de uma reunião familiar para uma conversa grupal, com direito a risos e frases estranhas como "Imaginem a Lady Gaga zumbi!". Essa foi de longe a conversa mais civilizada em uns bons meses, e por esse pouco tempo o peso que me atormentava o corpo e a mente pareceu diminuir consideravelmente. Mas toda essa conversa me deu outra ideia, para incluir ao plano inicial. E para isso teria que procurar uma "ajuda profissional".

○○

A manhã chegou novamente, mais gelada que o normal. Os dias até então vinham sendo escaldantes, mas desde a noite anterior o tempo havia esfriado bastante. E era a hora de levantarmos, para colocar tudo em ordem. Rick iria se encontrar com o Governador para uma "tentativa de trégua" - que todos sabíamos que não levaria a nada - e aproveitaria isso para colocar o plano em prática.

Rick saiu quando o sol já tinha nascido, devia ser umas oito da manhã, juntamente com Herschel e Daryl. Na minha opinião devia ter levado mais pessoas, mas esse foi o combinado. Troquei minha roupa por uma mais delicada e os tênis por sapatilhas - que troquei com Isadora -, arrumando os cabelos de lado como se minha mãe tivesse feito isso por mim. Estava quase na hora de entrar em ação.

– Lia? - Damen entrou na cela.

– Diga.

– Você vai sair? - perguntou se sentando ao meu lado.

– Vou, tenho que Buscar algumas coisas com Merle.

– Você confia nesse cara? Ele parece estranho. - franziu o cenho; sabia que não estava realmente preocupado com isso, apenas queria saber porque estava saindo sozinha com ele.

– Confiar não, mas preciso da ajuda dele. - sorri passando os braços por sua cintura num abraço de lado.

– Tudo bem. Mas volte logo. - beijou minha bochecha - Ah, e fique com isso.

Damen colocou algo em minha mão e saiu. Olhei bem para o pedaço de papel grosso onde a foto de dois bebês gorduchos estava estampada, os dois sentados na grama e com as roupas amarelas combinando. Sorri ao lembrar de quantas vezes pedi para que tirassem aquela foto do álbum de fotografias da família por não gostar dela, e quão importante ela era para mim no momento. Queria dizer ao meu irmão que não nos veríamos por um tempinho - novamente -, mas não teria coragem para isso e simplesmente não podia contar.

Coloquei a foto no bolso traseiro e saí dali. Nas grades, Savannah brincava com o molho de chaves que fazia um barulho irritante.

– Boa sorte, Delilah. - falou levantando o olhar para mim - E não haja como se não tivesse nada. Todos aqui podem ser bobos de não ter percebido, mas eu não sou. E fique tranquila, não vou contar para ninguém.

– Obrigada. - sorri com uma ponta de surpresa e alívio.

Saí finalmente da prisão sem nenhum encontro a mais e entrei no impala azul onde o Dixon mais velho me esperava.

– Pensei que fosse desistir, ruiva. - sorriu.

– Nunca. - respondi com um sorriso irônico.

– Você sabe exatamente o que deve fazer, não é?

– Sim. Mas tem certeza que isso vai funcionar? - perguntei por precaução, pensando que talvez o plano que ele me deu não fosse tão confiável.

– Tenho. Agora se concentre e lembre que se desistir não estarei lá mais para levar a princesa de volta ao castelo. - falou lenta e sarcasticamente.

– Eu não estou desistindo, e nem vou desistir. Não sou covarde como você. - revirei os olhos irritada.

Como o habitual, Merle simplesmente riu e continuou concentrado na estrada, e em pouco tempo chegamos ao nosso destino. Paramos uns bons cem metros á frente para que ninguém ouvisse e desci do carro, o estômago revirando á ideia do que aconteceria á seguir.

– Lembre-se de onde vou deixar aquilo. Boa sorte, ruiva. - Merle falou enquanto manobrava o carro e então desapareceu na curva metros á frente.

Respirei fundo e me coloquei a caminhar pensando que o que estava fazendo era para o bem de todos, e desejava ter conversado com o resto do pessoal pelo menos um pouco antes de partir, mas me sentia bem por ter falado com Savannah, mesmo que rapidamente.

Cheguei ao local certo e avistei os carros parados. Herschel estava entretido numa conversa com um homem que devia ser de Woodburry e Daryl observava o lugar enquanto outro fazia a mesma coisa com o mesmo olhar calculado. Com os quatro ali na entrada não conseguiria passar por ali, então devia achar outra entrada por outro lado. Eu precisava dessa entrada. Rodei o lugar até acha ruma porta de madeira caindo aos pedaços e a abri, sem me importar de estar fazendo barulho. Era bom que soubessem que estava entrando ali.

– Olá. - falei casualmente, como se estar ali não fosse nada de mais.

– O que é isso? - o Governador (que devo dizer, ficava engraçado com aquele tapa olho) parecia tentar conter sua indignação.

Ignorei o olhar questionador de Rick e cheguei mais perto, parando entre ele e o "homem de um olho", as mãos espalmadas na mesa.

– Bem, eu tenho uma proposta a fazer e duvido que possa recusar. - iniciei.

– Então diga. Estou curioso. - Governador lançou um olhar divertido a Rick.

– Eu também. - Rick devolveu um olhar lascivo a mim. Revirei os olhos.

– É simples. Eu te dou a cura e você deixa todos em paz.

O sorriso desdenhoso do homem se foi e ele se inclinou sobre a mesa com um olhar que para mim era o de um homem á beira do desespero.

– E o que te faz pensar que preciso da cura?

– Todos precisamos. Você quer manter sua cidade segura, certo? Se manter a salvo?

Pela primeira vez, olhando ao redor daquele lugar imundo e com cheiro de carne podre, notei Andrea no canto olhando para mim confusa, chocada.

– E você a tem? - perguntou o Governador se inclinando mais ainda em minha direção.

– Sei como fazê-la, mas preciso de meios para isso. Se é que me entende. - sorri o mais inocentemente possível.

– Então você quer trocar a cura por trégua e recursos. - falou pensativo - Acho que não.

– É melhor pensar direito. Não vou oferecer isso de novo.

O homem me avaliou por um momento e em um segundo jurava ter visto algo em seus olhos algo, um sentimento estranho. Estava funcionando, pensei na esperança de que a segunda parte do plano estivesse começando a surtir efeito. "A aparência certa pode ajudar", Merle disse quando lhe pedi ajuda. E ele tinha razão.

– No que isso me dá vantagem? - perguntou interessado.

– Ter a cura já não é uma vantagem?

O Governador se levantou e pensei que fosse reagir, e pela sua enorme altura senti por um momento um calafrio de medo descer por minha espinha.

– Cinco minutos. - avisou e saiu, sendo seguida por uma Andrea inexpressiva.

Assim que os dois saíram, Rick se levantou e andou de um lado para o outro com passos duros e rápidos.

– Qual é o seu problema? - explodiu de repente.

– Estou tentando ajudar, não está vendo?

– Ajudar como? Indo direto para as mãos de quem quer matar todos nós?

– Por favor, Rick, pare de drama! Estou apenas tentando conseguir tempo para vocês, não pretendo ficar lá para sempre. Acha mesmo que iria se não tivesse uma ajuda interna? - diminui o tom de voz para que não nos ouvissem.

– Ajuda interna. - repetiu.

– Isso ai. E pare de choramingar, que estou tentando dar mais um tempo de vida não só a você, mas aos seus filhos também. Pense neles pelo menos uma vez! Eles estarão seguros por um tempo, e use bem isso.

Respirando fundo, passou a mão pelo rosto num claro impasse. Com certeza minha proposta era tentadora.

– Temos pouco tempo. E os outros não vão gostar nada. Vamos logo.

O segui em silêncio para fora me preparando para ser repreendida, xingada e provavelmente quase arrastada de volta para a prisão. Quando Rick saiu acompanhado por mim, Daryl e Herschel nos olharam confusos.

– O que é isso? - Daryl perguntou olhando para mim, mas claramente era a resposta de Rick que queria ouvir.

– Temos um acordo. - falou simplesmente me olhando pelo canto dos olhos.

– Um acordo? - Herschel perguntou se apoiando com um pouco de dificuldade nas muletas - Como?

– Eu vou para Woodburry. - depois de me preparar com uma longa respiração.

O silêncio que se instalou ali foi tão sepulcral que parecia que todos tinham congelado no tempo.

– Está brincando, certo? - Daryl me olhou incrédulo.

– Não brincaria com isso.

– O que está fazendo? Ficou maluca?

– Mas que droga, ninguém entende que estou tentando ajudar não? Vai dar tudo certo. - assenti tentando acreditar em minhas próprias palavras.

– Acabou o tempo. - Governador falou em alto e bom som.

Me afastei deles e fui em direção ao Governador, que me olhava ao mesmo tempo desconfiado e com o mesmo sentimento estranho que tinha visto anteriormente, mas isso logo desapareceu.

– Reviste ela. - ordenou para o homem que tinha observado, e que tinha o mesmo ar irritante que Daryl.

Suas mãos passaram por minhas pernas, minha cintura, revistaram meus bolsos e pararam por fim no meio das costelas, na base das costas de onde estava meu sutiã, puxando levemente a beirada dele por cima da blusa. Fechei os olhos suspirando irritada esperando pelo que viria a seguir.

– Abra a blusa. - falou rudemente e continuei na mesma posição, apenas abrindo os olhos para encará-lo - Eu disse para abrir a blusa.

Sabendo que não teria escolha, segurei minhas mãos em punho - tentando me convencer de que bater naquele homem no momento não seria de grande ajuda - e abri botão por botão da minha blusa encarando o homem inexpressivamente, cerrando os dentes para tentar me controlar; o momento ficaria ainda mais humilhante se ficasse vermelha (de raiva e de vergonha). Assim que terminei de abrir os botões suas mãos passaram por ela e tiraram habilidosamente a faca que estava presa no meu sutiã. Ele a passou na frente dos meus olhos, como se dissesse que aquilo era inaceitável e a entregou ao Governador que me olhou divertido.

– Ops? - dei de ombros, como se aquilo fosse algo banal.

O homem me pegou pelo braço num aperto forte e me arrastou em direção ao carro, e pelo canto do olho pude ver os três homens por uma ultima vez, mas nada que desse algo a que me agarrar. Entrei no carro ficando entre Andrea e o outro homem que conversava com Herschel, o que usava óculos e camisa engomada, fechando os botões da blusa.

– Como se chama, garota? - o homem, capanga do Governador, perguntou enquanto ligava o carro.

Respirei fundo reunindo toas as forças para continuar com o plano mesmo sabendo que o que diria a seguir mudaria tudo para um direção desconhecida, que poderia ser um terreno mais perigoso que o habitual. Mas me forcei a abrir a boca e dizer exatamente o que estava planejado:

– Penny.


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Notas finais do capítulo

*O que o Merle vai deixar para ela?
*Qual é a ajuda interna?
*Qual é o verdadeiro plano?
Respostas para essa pergunta no próximo capitulo!

Beijos e até o próximo capitulo, amorecotecos! ♥