A Última Chance escrita por BailarinaDePorcelana


Capítulo 58
Parte IV - Capítulo 58 - Resolvido


Notas iniciais do capítulo

Ooi meus amores! *-*

Antes de tudo, queria dizer que TODOS os que colocaram que eu ia fazer 16 anos é pra me mandar MP com o que querem, ok?
Bem, agora que a confusão toda aqui acabou, estou postando e agora vou tentar postar mais rápido (mesmo começando um curso agora) porque resolvi escrever nas aulas chatas (vou ter 5 horários EEEEEH!)
Capitulo pequeno e sem muito conteúdo, mas é porque estou tentando seguir a linha da série, e acho que vocês já sabem o que vai rolar logo kkkkkk' então tenham um pouquinho de paciencia, ok?
Espero que gostem mesmo assim ♥



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Capitulo 58

Resolvido

O dia estava no fim e Rick ainda não tinha voltado. De acordo com Glenn ele estava matando os zumbis que tinham entrado no bloco parecendo descontrolado, e, de acordo com Ariane, Glenn devia ter lhe dado uma surra para que acordasse logo. De certa maneira concordava com ela. Todos os que estavam ali tinham perdido alguém. Não uma ou duas pessoas, mas várias. Família, amigos, vizinhos, todos. Tinha minhas condolências por sua perda, nunca é fácil perder uma pessoas, principalmente quando é alguém que amamos. Mas a diferença era que agora Rick tinha responsabilidades a mais: uma filha, recém-nascida, o esperando, querendo conhecê-lo. Não havia tempo para enlouquecer.

Agora Carl carregava a pequena bebê e a ninava com um sorriso fraco observando seu rostinho, mas seu olhar parecia distante, em outro lugar. Talvez estivesse lembrando de Lori. Com certeza era estranho carregar a criança por quem a mãe deu a vida, e mais ainda depois de ver tanta coisa acontecer, tantas pessoas morrerem. É como ver a esperança nascer junto com ela, o sonho de uma vida nova. Mas o problema era até quando isso duraria.

Me equilibrei na grade do segundo andar das celas e deixei minhas pernas penduradas, as balançando como uma criança, olhando o sol se por pela janela de vidros embaçados pela sujeira. Toda aquela beleza de um céu azul e sem nuvens, do vendo fresco e do barulho das folhas havia acabado. Tudo parecia mais triste e sem vida, e num canto Beth lamentava num choro silencioso o sumiço de Matt. Queria poder ajudá-la, mas não sabia o que fazer. Um fato sobre mim é que eu sou ótima em lamentar, mas péssima para parar com isso e ainda mais para ajudar outra pessoa a fazê-lo.

- Quem vai cuidar dela durante a madrugada? - Maggie perguntou - Bebês novos não dormem a noite toda, e ela precisa de algum lugar para dormir. E não temos um berço.

- Eu cuido. - falei (implorei).

- Tem certeza? - Ethan levantou uma sobrancelha - Não é tão fácil quanto parece.

- Ah, por favor Eu tinha cinco irmãos mais novos. - revirei os olhos - Nada é tão complicado quando ter que cuidar de todos eles sozinha, como fiz durante toda a minha vida. Sua falta de fé em mim me comove.

Cruzei os braços e joguei minhas pernas para o alto, descendo da grade. Fui até Beth e a puxei pelo braço para que levantasse, e ela me olhou confusa.

- Não pode ficar ai para sempre. Tem que se levantar e lutar pelo que você tem. Matt não está morto, tenho certeza. 

Ela sorriu fraco e limpou a lágrima solitária em sua bochecha. Desci as escadas e então senti falta de alguém.

- Onde está Herschel?

- Foi tentar colocar sanidade na cabeça do Rick. Ele precisa. - falou Rachel numa seriedade misturada com ironia.

Sem responder, saí dali e caminhei pelos corredores cheios de corpos jogados e cheiro de sangue e carne podre. Não fazia a mínima de onde Rick estaria, mas se estava daquele jeito pela morte da esposa, devia estar onde ela morreu, mas não sabia chegar naquele lugar novamente. Quando o achamos, estávamos perdidos - pelo menos eu estava - e  o momento era mortal demais para eu ter prestado atenção em algum ponto de referência. Mas, depois de andar por dez minutos tentando abrir todas as portas de ferro, finalmente achei uma, por onde podia ouvir as vozes de Rick e Herschel. 

- Herschel, posso falar um segundo com o Rick? - pedi descendo as escadas.

- Claro. - respondeu já começando a se levantar com dificuldade, apoiando nas muletas.

- Não precisa sair. É bom que tenha mais alguém aqui para espalhar o motivo da minha futura morte, porque depois disso eu com certeza serei enterrada viva.

- O que vai fazer? - perguntou preocupado, mas o deixei sem resposta.

Simplesmente andei até Rick, que me olhava como se eu não estivesse ali realmente, e dei o tapa mais forte em sua face, que estalou alto em sua bochecha e ecoou naquele lugar.

- Acorda pra vida, Grimes. Lá em cima tem duas crianças esperando pelo pai que devia estar cuidando deles, mas não. Ele está aqui embaixo enlouquecendo por alguém que já partiu. Ela não está mais aqui, Rick. Sinto muito pela sua perda, mas sua luta não acabou. Então, faça alguma coisa que preste. Levante sua bunda dessa cadeira e vá ajudar quem realmente precisa de consolo! Teve sorte de não ter sido você mesmo a ter que atirar na Lori, mas foi o seu filho! Tenha um pouco de respeito até mesmo por ele e pare de lamentar, porque você não é o único aqui que perdeu alguém que amava.

Antes de Rick ter a chance de falar alguma coisa - ou me matar - subi as escadas correndo e caminhei para  voltar para onde os outros estavam. Mas novamente estava perdida. Ainda teria que fazer um mapa do lugar, ou me perderia constantemente. 

Andei por alguns minutos até que ouvi um grunhido vindo do fundo do corredor e me virei assustada, apontando a faca que estava presa em minha cintura. Mas não tinha nada. Ouvi novamente o barulho, e este já estava mais para um gemido doloroso. Dei alguns passos lentos na direção de onde eles vinham: um pilha de corpos na virada do corredor. Algum deles estaria "vivo"? Se estivesse não acho que fariam um gemido como aquele. Era humano demais. 

- Olá? - sussurrei chutando o cadáver que estava por cima, mas não tive resposta, então me virei para o corredor lateral - Tem alguém aqui?

- Eu. - a voz saiu abafada e dolorosa, e uma mão surgiu do meio dos corpos me fazendo pular de susto.

- Ah, céus. - comecei a puxar os zumbis mortos pelos macacões ta prisão, e logo consegui encontrar o dono da mão, com as roupas cobertas de sangue podre e seco e de arranhões - Matt, ainda bem que está vivo.

- E completamente sujo de sangue. Estou me sentindo um morto vivo. - olhou para os braços com um expressão enojada - Preciso de um banho.

- Venha, deixe-me ajudar. - estendi minha mão e peguei a dele, o ajudando a levantar.

- Torci meu tornozelo. Não consigo andar direito. - avisou, apoiando na parede.

- Vou tentar ajudar. 

Passei meu braço magro por sua cintura, e quase não aguentei seu peso quando desencostou da parede. Cambaleei e firmei meu pé no chão.

- Não coloque seu peso todo sobre mim, ou vamos cair. 

- Tudo bem. - resmungou desanimado.

Matt passou o braço por meu pescoço e fomos lentamente ao encontro dos outros, que se assustaram ao vê-lo pendurado em mim.

- Você está vivo! - Mellany correu para abraçá-lo, e quase jogou nós dois no chão.

- Cuidado, Mel. - reclamou colocando a mão no tórax - Acho que quebrei uma costela também.

- É, menos uma cova pra cavar. - Rachel falou sem emoção, mas logo tratou de sorrir e foi lhe dar um abraço também - Não sou tão insensível assim.

- Onde está Beth?

- Eu aqui dizendo que não sou tão insensível, praticamente dizendo que fiquei triste por ele ter sumido, e não dá a mínima. Vai se foder, Matt. - Rachel cruzou os braços irritada. 

- Cala a boca, Rae. Ela é minha namorada, não você. 

- Não me chame de Rae, cretino energúmeno.

- Parem vocês dois. - reclamei, tirando meu braço da cintura de Matt e ele tirou o braço do meu ombro, mas logo foram substituídos por outros.

Não entendia o porque de Jamie ficar tão grudado em mim. Tudo bem que eu era a namorada dele antes de tudo, e nunca terminamos porque não nos vimos mais, mas depois de tanto tempo ele ainda pensava que estávamos juntos? Talvez estivéssemos. Nada foi terminado, não tivemos nenhuma conversa sobre isso. A outra noite foi só fingimento e ele sabe disso. Eu acho. Mas, para o caso de ainda estarmos juntos justamente porque não terminamos, as duas noites que passei com Daryl foram traição? 

Esfreguei a testa com os olhos fechados, confusa. A vida é uma caixinha de surpresas, e eu odeio surpresas. Pelo menos não gostei dessa. Por um momento quis que Jamie tivesse realmente morrido.

- Pare com isso, Valentine, pare. Não vire uma assassina. Você só está confusa. - falei para mim mesma irritada - E não converse consigo mesma, não é normal.

- Está falando sozinha? - Jamie franziu os lábios.

- Não, estava falando com você. - menti.

- Ah, me desculpe. O que disse?

- Que bom que o Matt está vivo, a Beth vai ficar muito feliz.

Ele apenas assentiu e eu respirei aliviada. Estava me tornando uma ótima mentirosa, só não sabia se isso era bom ou ruim.

- Não acha estranho ficar na cela ao lado de dois prisioneiros? - perguntou incomodado, olhando para Oscar e Axel num canto. Desde a confusão eles estavam do nosso lado, e permitiram que ficassem conosco depois que Oscar matou Andrew (dessa vez pra valer).

- Não. No momento somos todos prisioneiros, e ninguém aqui é exatamente santo. Eles nunca atacariam com tantas pessoas contra.

- Pode ter razão. - assentiu pensativo.

Me sentei na escada e Jamie ficou de pé apoiado no corrimão. Todos conversavam normalmente, como se o dia tivesse sido extremamente produtivo e não tivessem perda nenhuma. Mas Carol ainda estava desaparecida, Rick provavelmente com sua sanidade ainda abalada, e Lori completamente morta. Pelo menos agora tínhamos a Little Kick ass.


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Notas finais do capítulo

Lia dando chilique! EEEEEEEEEEEH! :3
E então, oque acharam?
E não esqueçam de mandar MP, quem acertou minha idade!
E obrigada ás linduxas que disseram que sou madura ♥
E aceito recomendações como presente.

Eeeee... Até a próximaaa
Beijos ♥