POV Lilian

Eric Phills. Mesmo em meu estado bêbada eu não esqueci aquela cena, sabe, aquela cena da briga Scorpius e Eric em qual o Scorpius me arrastou, me levou pra salinha e a gente, BEM, é eu lembro tudo muito bem.

Mas infelizmente a cena em si, a qual por um momento eu estava prestes a fazer a maior besteira da minha vida não foi esquecida, por um momento eu estava prestes a beijar o Eric que além de sonserino é como se fosse o melhor amigo do Scorpius, ou no caso, era. Eu tinha minha desculpa, estava bêbada, carente, em um ataque de ciúmes por Scorpius.

Mas e Eric? Qual é sua desculpa? Pelo jeito é isso que eu estava prestes a descobrir enquanto ia com Eric para qualquer lugar do castelo. Eu estava cruzando os dedos para não encontrar Scorpius no caminho, duas brigas em um mesmo dia seria azar demais, até para a pobre Lilian Potter azarada. No caminho do lugar que Eric estava me levando estamos em silencio. É engraçado pensar, mas eu não me arrependo pelo o que quase aconteceu porque foi isso que fez eu e Scorpius nos falarmos, há males que vem para o bem certo?

– Potter. - Eric diz ao mesmo tempo em que me empurra para a sala que guarda coisas perdidas, Eric é tão gentil quanto uma porta

. - Seja lá o que você tem pra falar seja rápido Phills, eu tenho coisas pra fazer.

–Bla, bla, bla, Potter você já disse isso, mas pare um momento, você precisa me ouvir. - Eu fico quieta esperando que ele fale. Eric suspira e passa as mãos no cabelo andando de um lado pro outro. Depois ele olha pra mim, de um jeito estranho, como se estivesse apreciando um quadro. Um olhar tão-não Eric. Ele anda em minha direção e olha em meus olhos, tipo, diretamente em meus olhos. Isso tudo esta ficando muito mais do que estranho. – Por que você tem que ser tão bonita Lilian? Tão bonita e destruidora ao mesmo tempo? Você destrói tudo ao seu redor Lilian, tudo. - Eu fico sem responder, e sei que nem deveria, pois Eric parece estar no meio de uma grande confissão, uma confissão que deixa meu estomago embolado de uma maneira ruim. – Você tem esse seu jeito meigo, preocupado e faz com que as pessoas gostem de você e você faz com que elas acreditem que você gosta delas também. Mas é mentira, não é Potter? Você não gosta de ninguém, você gosta de ter-las por perto para alimentar esse seu ego.

– Você não esta falando sério esta?Eric eu entendo seu ódio típico de sonserino por um grifinória, mas...

–Ódio por isso? Por Merlin Lilian, eu estou nem aí para isso. Sempre te provoquei com isso para disfarçar meu ódio de você ser... Você, simples assim. Droga Lilian, você me enganou tão direitinho. Eu acreditei que você fosse verdade, que seus sentimentos por mim eram reais.

–Sentimentos? Eric do que você esta falando eu... - Meu coração tava acelerado de uma forma frenética, Eric estava com os olhos verdes arregalados, suor escorrendo na sua testa, ele estava... Maluco, só pode ser isso, maluco. Ele me olhando daquele jeito, eu não sabia o que fazer, parecia que as palavras haviam sumido pra responder aquela loucura.

–Não negue Lilian, acha que nunca percebi os olhares que você me mandava quando estava com o Scorpius e com aqueles outros amiguinhos? Mas você preferiu ficar com ele. – Eric enfatizou no ele quase cuspindo, eu sinceramente não entendia. – Scorpius Malfoy isso, Scorpius Malfoy aquilo... Eu já estou cansado dessa atenção melosa que ele recebe, mesmo sendo filho de quem é. – Os olhos dele que antes estavam arregalados, agora estavam semicerrados e carregados de ódio, eu ainda não sabia se ele ainda falava comigo ou só estava despejando seu ódio ao Scorpius ao ar livre.

– Não fale assim dele, ele não tem culpa da escolha da família! Como pode falar essas coisas dele Phills? Ele sempre foi um amigo tão leal a você!

– Como se você entendesse de amizade e lealdade não é Potter? – Uma voz gélida vindo da porta me arrepiou inteira. Louise Ryan. É claro que ela tinha que estar metida nisso. – Magoou e humilhou o Hugo, seu amigo, seu primo! Ele ingênuo e caidinho por você, claro, não percebeu, e mesmo que percebesse, não faria nada. Mas eu não sou assim Lilyzinha. Eu me vingo de quem humilha as pessoas que eu amo. – Ela respirou fundo. – Vamos logo Phills, eu não tenho o dia inteiro pra ser desperdiçado por essa Potter nojenta. – Eu estava em choque, não sabia o que dizer ou sentir, mas eu não precisei pensar muito no caso, porque logo após que ela disse isso para Eric que estava atrás de mim, eu sinto um feitiço atingir as minhas costas e tudo fica negro.

POV Scorpius

Olhei ao redor pela milésima vez á procura de uma cabecinha ruiva e nada. Será que o moleque não entregou o bilhete a Lily? Eu paguei alguns bons galeões a ele, se ele não entregou, ele veria o que é bom. Mas e se ele entregou? Lily poderia estar fazendo algo e não tinha como vir? Tantas hipóteses.

Esperei mais um pouco, mas logo quando senti alguns pingos de chuva bufei e sai. E lá se ia meu jeito romântico de se encontrar escondido com Lily, eu teria que sair procurando e perguntando por ela. Avistei algumas garotas de sua turma e perguntei se Lily estaria em alguma aula, mas elas negaram dizendo que não estavam em aula.

Perguntei a um grifinorio se ela estava no salão comunal e ele disse que não tinha visto. Droga o bendito castelo é enorme, Lily pode estar em qualquer lugar. Eu até procurei mais, mas logo teria aula de Historia de Magia e por mais que eu ame a Lily eu tenho um pouco de amor a minha vida também e não estava muito a fim de levar bronca daquela professora.

Enquanto ia para a sala pensava nela, que novidade, em Lily. Em como tudo mudou em um único dia. Eu fui para o Baile derrotado, sem esperanças de muita coisa. E aí vejo Lily mais linda do que nunca, quase beijando Eric, o filho da mãe que pensei ser meu amigo, e falar no filho da mãe nem havia o visto ainda. Eu só não lhe dava um soco porque afinal tudo serviu para meu ciúme surgir efeito e eu ter ido até Lily e tudo aquilo ter acontecido, apenas por isso.

Quando finalmente estava chegando à aula, que graças a Merlin seria a ultima do dia, eu esbarrei numa Dominique insana.

– Ei Malfoy, agora que você e a Lily estão no maior amor, você poderia dizer por misericórdia onde essa ruiva se encontra? Ela tinha prometido me ajudar para a prova de DCAT de amanhã, e como você vê, eu estou tendo problemas de achar.

– Infelizmente Dominique, eu estava agorinha mesmo procurando ela e ninguém tem sinal dela. Pensei que ela poderia estar com você. – Agora começou a me preocupar, Lily já havia sofrido um ataque de balaço, mesmo que tenha sido direcionado a mim, agora ela some? Isso não me cheira bem.

– Não Scorp, como você pode ver, eu não to com esse chaveirinho ruivo. – Ela bufou. – Onde ela pode ter se metido?

– Eu não sei Domi, mas eu vou achar ela – Justo quando eu digo isso a professora entra na sala – Mas antes meu dever como aluno exemplar me chama. - Dominique ri e se despede de mim. Enquanto eu entro na sala, um pressentimento ruim me percorre, mas ignoro.

POV Lilian

Acordo totalmente dolorida, e eu sinto que estou num lugar molhado e escuro. Abro os olhos e entro em pânico. Estou na Floresta Proibida, mas não na borda dela, onde nós temos aulas com o Hagrid. Não. Estou dentro dela, onde se encontra todas aquelas criaturas horripilantes que ouvia meu pai contar aos meus irmãos. Tento me erguer, para correr o mais longe possível daquele lugar, mas sinto uma dor absurda nas minhas costas, que não estavam cem por cento recuperadas do acidente. Não consigo me mover.

Estou presa na Floresta Proibida.

Quero gritar de desespero, pedir para que alguém venha me buscar, que sintam minha falta, que coloquem mil aurores a minha procura. Mas sei que gritar só pioraria, pois chamaria a atenção das criaturas.

Sinto lagrimas de desespero e raiva escorrendo pela minha face. Pois é só isso que posso fazer. Ficar deitada e chorando, esperando que alguém sinta a minha falta e me tire daqui.

Mas antes de cair no sono, faço uma promessa a mim mesma.

Eric Phills e Louise Ryan irão me pagar caro pelo que fizeram comigo.

Ou eu não me chamo Lilian Luna Potter.