Asuka e Lili acordaram depois de 30 minutos, o gás que estava naquele lugar já não existia mais.

–Ah, Asuka... -Lili.

–Huh? O que foi? -Asuka.

–Me desculpe. -Lili.

–O QUE? QUEM É VOCÊ, O QUE VOCÊ FEZ COM A LILI? -Asuka gritou.

–É sério, eu... -Lili.

–Huh? -Asuka se assustou.

–Bom, a verdade é que eu não quero morrer com um peso nas costas, então quero te contar isso... -Lili.

–Que peso? O que você vai me contar? -Asuka.

–É que, por todo esse tempo em que eu venho te perseguindo... -Lili fica com medo de falar, mas depois resolve soltar tudo de uma vez. -É que eu não te perseguia porque estava revoltada com a minha derrota, eu te perseguia porque eu tinha inveja de você. -Lili terminou.

–C-como? Você? Com inveja de mim? -Asuka pensou que estava dormindo.

–É que você tem sorte... Sorte por poder lutar sem se preocupar com o que seu pai pode fazer com você. -Lili.

–Eu ainda não entendo, Lili... -Asuka.

–Escute Asuka, a sua vida é uma aventura, você pode proteger outras pessoas e seu pai nunca te deu uma bronca por isso, mas eu... Eu fui condenada a ficar presa em casa, sem puder lutar como você faz, tendo que fugir de casa toda hora... -Lili.

–Olha, não é uma vida tão ruim. As vezes eu queria fugir do meu pai pra fazer o que você faz, mesmo sabendo o que pode acontecer comigo. -Asuka.

–Asuka... -Lili.

–É verdade Lili, eu também quero contar... Eu também tenho inveja de você, acredite. As vezes eu queria sair dessa vida e ter tudo nas mãos como você tem. Você tem um motorista particular pra te levar aonde você quiser, as vezes eu também queria ter um motorista particular. É difícil subir muros com uma bicicleta. -Asuka.

–Ah, Sebastian... Aquele Bruter... -Lili olhou pro chão com raiva.

Enquanto isso Bruter entrou numa sala onde Heihachi estava descansando. Bruter soltou um espirro na porta.

-Mais educação, idiota! -Heihachi.

–Desculpe senhor... Senhor Heihachi, o senhor Shinjiki já está aqui... -Bruter.

–Ótimo, diga que ele pode entrar. -Heihachi.

–Tudo bem, senhor Shinjiki... -Bruter.

–Eu já escutei. E também já estou dentro. -Shinjiki.

Quando todos percebem, Shinjiki já estava olhando pra Heihachi em um lado escuro da sala.

–He, você demorou Shinjiki. -Heihachi.

–Demorei? Eu disse que viria as doze e meia, agora são doze e vinte e nove. -Shinjiki.

–Tudo bem, não importa. Onde estão as pedras? -Heihachi.

–Onde estão as garotas? -Shinjiki.

–As duas vadias? Estão presas. -Heihachi.

–Você não machucou elas, não é verdade? -Shinjiki.

–Eu tive que botar elas para dormir, mas não, não estão machucadas. -Heihachi.

–Então me leve até elas para que eu possa te dar as pedras. -Shinjiki.

–Ótimo, siga-me. -Heihachi.

Enquanto isso, no depósito...

–Me desculpe Lili, se eu não tivesse ido pra sua casa provavelmente nada disso teria acontecido... -Asuka.

–Não Asuka, de qualquer jeito Heihachi iria capturar nós duas. E além disso... -Lili.

As portas do depósito começam a se abrir...

–...Já é tarde para arrependimentos... -Lili.