The Curse - Red Apple escrita por Miss Stilinski


Capítulo 8
capítulo sete


Notas iniciais do capítulo

Vamos, gente! Quero saber o que acham!



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— Narrador —

Quando os horários chegaram aos alunos, Angelina viu que haveria algumas aulas com o pessoal da Sonserina. E mais as aulas extras. Eram as matérias que ela perdera; pois ela não havia estudado ali desde o primeiro ano. Suspirou, largando-se em um banco ao ar livre.

As aulas começariam no dia seguinte. Angelina não sabia o que esperar. Só havia estudado apenas um ano no orfanato, mas não se lembrava de muita coisa, porque, logo em seguida, a perseguição dos Caçadores aumentara. Então, ela não sabia o que aconteceria.

Ela estava sentada em um banco do lado de fora do castelo. Pássaros voavam em torno da garota, que pousavam ao seu lado. Pensava nas aulas e nas amigas que fizera; pensava em Tiago e se perguntava o por quê de achá-lo tão... interessante. Ainda não conseguia tirar da cabeça o olhar penetrante do garoto; estava gravado em sua retina.

Angelina sabia que tinha de tirá-lo da cabeça, mas não conseguia —não queria fazê-lo. Com todos os garotos do castelo inteiro (até Alvo, que se encontrava nessa lista), o coração da garota escolhera Tiago Sirius.

Um pássaro, do azul mais vibrante, pousou ao lado de Angelina. Ela sorriu para o pequeno animal diferente e belo, sem perceber que alguém a observava de longe.

A pessoa que olhava para a garota, sentindo raiva e nojo para saber que ela voltara mais uma vez. Ela se afastou, então, ao ouvir passos apressados ecoando pelo corredor vazio, em direção ao banco onde Angelina se encontrava em sua nostalgia.

Os passos ficaram mais fortes, mais altos, a medida que uma garota se aproximava. Aqueles passos fizeram o pássaro azul voar para o horizonte cinza daquela manhã. Angelina ficou triste em vê-lo partir; mas sabia que, uma hora ou outra, ele iria embora. Olhou para o corredor e soube — mesmo sem ver — que era Rosa. Angelina a esperou no mesmo lugar.

Então, a garota apareceu, ofegante. Angelina aguardou a amiga recuperar o fôlego, sabendo o que Rosa queria antes mesmo da garota falar.

— Ah! — Rosa falou e fez uma pausa, se curvando com a mão na barriga. — Você está aí. — Angelina sorriu para a Rosa.

— O que houve? — perguntou Angelina, querendo parecer normal, sob todos os aspectos.

— Bem — Rosa respirou —, tenho um aviso e um pedido.

— Vá em frente — assentiu Angelina. Rosa caminhou e sentou-se no banco ao lado de Angelina. Seus cabelos estavam revoltos e seu rosto estava corado pela corrida.

— Então, o aviso é da diretora McGonagall. Ela... ela disse que suas aulas de reposição — ela revirou os olhos — vão começar amanhãs, às oito horas da noite. E, bom, o pedido é... meu.

— E o que é? — Angelina perguntou, mas sabendo exatamente qual era a resposta.

Faz a aula de Estudo dos Trouxas comigo?

— Faz a aula de Estudo dos Trouxas comigo? — Rosa verbalizou a pergunta. — É que... Não é que eu esteja sozinha, mas... — respirou fundo. — Mas eu... eu não tenho tantos amigos assim.

Angelina sorriu, embora seu estômago revirasse um pouco. A professora a assustava; algo nela deixava Angelina enjoada, mas, mesmo assim, a garota aceitou o convite.

— Claro que faço — disse Angelina sorrindo.

O rosto de Rosa iluminou-se, fazendo-a sentar-se ereta. Angelina sabia o quão Rosa era... inteligente, por assim dizer. E muitas garotas — e garotos — a achava metida por isso. Só Angelina sabia que, ter a amizade de Rosa, valia ouro. Pois Angelina conseguia enxergar o coração da pessoa. E o coração de Rosa, era o mais puro que ela já vira.

Rosa a abraçou, fazendo Angelina assustar-se, já que não esperava esse gesto. Lentamente, Angelina envolveu a cintura da amiga, ainda surpresa.

Mas, ao abraçar Rosa, Angelina viu algo que nunca acontecera antes. Uma floresta se estendia à sua frente; aprecia ser outono, as folhas cobriam o caminho sinuoso à frente.

Algo naquela floresta era diferente. Não era aquela floresta que ficava atrás de Hogwarts (escura, com animais sombrios), e sim uma floresta mais clara, mais aberta, onde dava para ver o céu azul brilhando acima de sua cabeça, quase parecendo... encantada. Não que esse mundo fosse mágico. Só era uma magia diferente; uma magia que, ninguém, nem mesmo os bruxos, conhecia. Era brilhante e ofuscante, convidando-a a entrar. Como se fosse o seu lar, como se, ali, fosse o lugar certo para se estar. O lugar certo para ela estar.

A visão durou apenas alguns segundos. Mas foram tão poucos segundos! Ela queria voltar para aquele belo lugar, que parecia seguro. Seus olhos se abriram e viram que sus braços ainda estavam envolvendo a cintura de Rosa. Elas se afastaram. Rosa suspirou.

— Obrigada, Angel — disse Rosa. — Eu... eu não sei o que faria sem você.

— Tudo bem — Angelina sorriu, contudo, sem estar satisfeita. Será que, se abraçasse Rosa novamente, a floresta voltaria? — Quando são as aulas?

— Ah — Rosa tirou uma mecha de cabelo dos olhos. — É só amanhã. — Ela fez uma pausa. — É melhor irmos. Você não vai querer ficar sozinha aqui. — E se levantou.

— Como funciona essa coisa de... Estudo dos Trouxas? — perguntou Angelina, levantando-se também e seguindo Rosa pelos corredores. — É obrigatório?

— Não — respondeu Rosa. — Nós podemos escolher matérias extracurriculares. E eu escolhi Estudo dos Trouxas. Sabe, é bem menos complicado.

— Você conhece alguém... trouxa? — tornou Angelina, curiosa. Ela sabia de tudo, mas gostava de ouvir a resposta; mesmo que fosse repetido. Ela não se importava, na verdade. Parecia menos bizarro — e menos inconveniente, também — ouvir a pessoa falar.

Rosa balançou a cabeça.

— Ainda não. Meus avós por parte de mãe, são. Mas estão desaparecidos. — Rosa fez uma pausa. — Minha mãe, meu pai e meu tio, os estão procurando. — Ela suspirou. — Esse é um dos motivos que eu gosto dos Estudos dos Trouxas. Eu os acho fascinantes. Têm histórias maravilhosas.

— Entendi — respondeu Angelina.

As duas continuaram a andar, mas, dessa vez, ficaram em silêncio. Angelina fazia de tudo para se concentrar na imagem da floresta que vira e não escutar os pensamentos de sua amiga. Ela queria ter uma maneira de bloquear aquilo e ser uma pessoa normal, uma adolescente comum.

Como Rosa tinha sorte.

 

•••

 

No dia seguinte, Angelina acordou — novamente — com Rosa falando ao seu ouvido. A garota se levantou e colocou suas vestes. Hoje seria um dia cheio: aulas de manhã e de noite, Estudos dos Trouxas com aquela professora assustadora... Só havia um ponto positivo. Ela veria Tiago. Ele ficava em sua cabeça; a imagem do sorriso malicioso no canto dos lábios, os cabelos rebeldes em volta de seu rosto emoldurado... Seu coração de acelerava de um modo tão absurdo, que chegava a doer.

Mas seus pensamentos eram confusos para Angelina. Uma hora ele a olhava de maneira intensa e na outra, ele a olhava de modo malicioso, pensando nos lábios da garota.

Angelina caminhou para fora do dormitório, com a cabeça latejando. Não sabia o por quê, mas alguma coisa dizia que não seria um dia muito bom. Fora que ouvir os pensamentos embaralhados dos outros a deixava ainda mais com enxaqueca.

— Pelo visto, alguém acordou com o pé esquerdo — uma voz feminina chegou aos ouvidos de Angelina. A mesma virou-se, procurando a dona da voz, até que encontrou Danica flutuando ao seu lado.

— Ah, é você. — Disse Angelina com os dedos indicadores apertando as têmporas.

— Obrigada por me receber assim — reclamou Danica,

— Me desculpe. Não acordei muito bem — Angelina sussurrou. — Como entrou aqui?

— Atravesso as paredes, lembra? — Ela revirou os olhos.

— Ah, claro. Faz um tempo que eu não a vejo — Angelina suspirou, ainda com a cabeça latejando. — Onde você estava?

— Quem? Eu? — Tiago surgiu do nada, atrás da garota, a sobressaltando. Angelina olhou para os lados, à procura de Danica. Mas esta desaparecera.

— Não, não era com você que eu estava falando — disse a garota. Tiago ergueu uma das sobrancelhas. Então com quem estava falando?, pensou ele. Angelina suspirou. — Eu não estava falando com ninguém.

— Você é estranha, Angelina — Tiago cruzou os braços. — Parece que esconde alguma coisa de mim... Quero dizer, de nós — ele balançou a cabeça.

— Olha, eu não tenho que lhe dizer nada sobre a minha vida. — Angelina seguiu em frente. Tiago, porém, a segurou pelo braço e algo estranho aconteceu.

Novamente, aquele bosque apareceu à sua frente. Só que o ligar não parecia cheio de vida como antes. Algo acontecera, deixando Angelina com medo e raiva. Como alguém poderia fazer aquilo?

Como antes, a visão terminou em apenas alguns segundos. E, dessa vez, Tiago sentira algo. Os dois cambalearam para trás, esbarrando em algumas pessoas.

— O que... o que foi isso? — indagou Tiago, assombrado.

— Eu não sei — e saiu pelo buraco do retrato da Mulher Gorda, sem esperar Rosa, que havia sumido.

Angelina correu dali, com lágrimas nos olhos. Não sabia o por que de querer chorar; não sabia se era por causa da floresta parcialmente morta ou por causa de Tiago. Seu coração batia contra suas costelas, fazendo-a querer desaparecer.

Ela corria para longe de Tiago e de tudo que lembrava a ele. Angelina sentia algo por ele, disso ela não tinha dúvidas. Mas ela nunca poderia ficar com ele. Não quando Angelina não sabia se estava segura; não quando Tiago tinha uma namorada. Bem, por enquanto estava segura e isso era o que importava. Por tantos anos Angelina vivera fugindo e, pela primeira vez, ela estava segura... Ainda.

A garota passou por vários alunos rindo e conversando, indo em direção ao Salão Principal, a fim de tomar o café da manhã antes das aulas e ninguém viu quando Angelina seguiu em frente, para fora do castelo. O dia estava claro, porém um pouco nublado. Parecia que ia chover.

Seguiu até o lago e sentou-se à margem do mesmo. Precisava de um tempo sozinha, sem ter de ouvir os pensamentos alheios, sem ter de saber os segredos que escondiam. Angelina abraçou as penas e colocou a cabeça entre os joelhos. Por que ela achara que tudo mudaria? Por que ela ainda esperava algum milagre em sua vida solitária? Ela nunca seria normal, nunca se encaixaria em nenhum desses mundos. Nada iria mudar?

Olhando para o gramado, algo reluziu, fazendo brilhar sua corrente. Angelina levantou a cabeça para procurar o local de onde vinha aquele brilho. Era algo dentro do lago. Mas... o que era? Angelina apoiou-se nas mãos e se levantou do chão, chegando mais perto do lago. O que era aquilo bem lá no meio?

Passos abafados se aproximavam de Angelina, que ainda se curvava para o lago, tentando decifrar o que havia ali.

— O que você está fazendo? — A voz de Rosa era curiosa e apressada ao mesmo tempo. Angelina pulou pelo susto que Rosa lhe dera.

— Hã... o que é aquilo? — apontou Angelina para o meio do lago. Rosa apertou os olhos e depois voltou ao anormal.

— Ah. Aquilo é o túmulo onde o maior bruxo está enterrado. Alvo Dumbledore — respondeu Rosa.

— Nossa. — Admirou-se Angelina. Rosa sorriu.

— É bem impressionante, sim. Mas temos que ir, Angel. — Rosa disse num tom preocupado. Ela não gostava de se atrasar.

— Oh, claro.

— Vamos? — indagou Rosa. Angelina assentiu e acompanhou Rosa, refazendo seu caminho para entrar no castelo novamente.


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Notas finais do capítulo

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