The Curse - Red Apple escrita por Miss Stilinski
— Narrador —
Angelina foi acompanhada pela professora/diretora McGgonagall até a porta que se abria para o Salão Principal. Não havia percebido, até ali, que estava faminta. Quando a garota fez menção de entrar, a diretora pousou a mão no ombro da mesma. Angelina a olhou. A professora estava dando o seu primeiro sorriso.
— Eu era da Grifinória e depois fui a diretora da Casa. — A professora abriu mais o sorriso. — Me orgulhe, senhorita White. Agora pode ir juntar-se aos seus amigos. — E dizendo aquilo, saiu, entrando em uma pequena porta.
Angelina entrou sem ser notada e se dirigiu para a mesa da Grifinória. Viu a cabeça ruiva de Lily e a cabeleira meio castanho e meio ruivo de Rosa. Tentou não correr até elas, passando por várias pessoas.
Quando chegou às amigas, escutou Rosa comentar:
— A seleção está demorando esse ano.
— Receio que seja minha culpa — disse-lhe Angelina. — O Chapéu demorou em escolher uma Casa para mim.
As duas olharam para trás e se levantaram, abraçando-a. Sentiu o choque por todo o seu corpo: viu a vida de suas amigas passar diante de seus olhos, fazendo parte dela agora. Engoliu em seco e tentou sorrir.
— Me diz — pediu Lily —, em que Casa você ficou?
— Grifinória — sorriu Angelina enquanto Rosa e Lílian comemoravam.
Ambas a fizeram sentar-se. Lily voltou-se para Angelina, colocando as mãos em cima da mesa, entrelaçando-as, fazendo com que ela ficasse séria.
— Agora — disse —, vamos às apresentações. — Rosa riu e balançou a cabeça. Lily pegou o braço de Angelina. — Está vendo aquele garoto ali, na ponta? — perguntou à Angelina que assentiu. — Aquele lá é o meu irmão do meio, Alvo. Ele é muito legal e só um pouquinho irritante, mas doido.
— Por quê? — quis saber Angelina. Lily riu e revirou os olhos.
— Ele pediu ao Chapéu Seletor para ficar na Sonserina — respondeu Lílian. — Por isso ele é doido. Sabe o que ele me disse, quando eu perguntei o por quê?— Angelina balançou a cabeça, negando, mas sabendo exatamente o por que.— Ele me disse que queria provar que a Sonserina podia, sim, ter alguém bom. — Lily balançou a cabeça e apontou para um garoto de cabelos brancos como a neve. — Aquele é o melhor amigo de Alvo, Escórpio. Sonserina, também. Na minha humilde opinião — sussurrou Lily para Angelina —, eles dois são os únicos daquela Casa que são bons.
— É mesmo? — Angelina perguntou. — Por quê? — E olhou para Lily, mas a resposta veio de Rosa.
— Veja aonde eles estão sentados. Eles são os únicos que fazem isso. Eles quebraram todas as regras. — Angelina os olhou, percebendo que eles estavam à mesa da Grifinória. — A diretora McGonagall já brigou com eles, acredite.
— Ah — disse a garota.
— Sinceramente, eu gosto disso. Que meu irmão fique à mesa conosco, mesmo estando longe — suspirou Lily, porém, não demorou muito para retomar seu tom de voz normal. — Está vendo aquele garoto de cabelo bagunçado, que parece não ter sido penteado há dias? — Angelina assentiu. — Aquele é o meu outro irmão, o capeta do Tiago e seus capangas Jared Milles e Marcus Dano. Dois idiotas.
— Quanto amor — riu-se Angelina.
— O pior é que elas os ama mesmo — falou Rosa fazendo Lílian revirar os olhos.
— Fique quieta, Rosa. Muito mal amo Tiago. Isso é só porque ele é do meu sangue — respondeu Lliy. — Voltando, aquele ruivo lá, que tem a minha idade, é o Hugo. Irmã da Rosa. Meu primo. — Depois fez Angelina virar-se para a extrema esquerda. — Aquele lá é o meu, em termos, primo. Papai é padrinho dele. — Ela fez uma pausa. — Não se deixe enganar pelas aparências, ele é da turma de Tiago, o Teddy. O legal nele, é que pode mudar a cor dos seus cabelos ou seu rosto. Alvo dizia que, às vezes, ele não conseguia se controlar e a cor do cabelo dele mudava para um rosa berrante — riu-se Lily.
— Ah — disse Rosa. — Aquela é nossa prima mesmo. Victoire. — Rosa balançou a cabeça, ponderando. — É... é ela é metida. Mas até que melhorou bastante, não é, Lily?
Lily assentiu.
— Verdade. Ela era insuportável e acho que o tio Gui... — Lily parou. — A seleção vai começar!
Angelina voltou seu olhar para Tiago, que conversava animadamente com seus amigos e irmão. Algo nele chamava a atenção da garota. Desviou o olhar, quando este percebeu que estava sendo observado, corando.
A professora Minerva pediu silêncio. Imediatamente, todos ficaram quietos e um homem, de cabelos castanhos claros até os ombros e de feições bonitas, apareceu de uma pequena portinha, com um grupo de alunos novos.
— Esse é professor Chase, de Transfiguração — murmurou Lily para Angelina. — Lindo, não acha? Rosa tem uma queda por ele.
— Lílian! — Rosa exclamou, corando absurdamente.
Ele colocou o Chapéu Seletor em cima de um banquinho e este começou a cantar. Infelizmente, Angelina não prestou atenção na canção, pois, cada palavra que o Chapéu dizia, ficava mais claro que era sobre ela. A razão para Angelina não estar prestando atenção, era que ela estava admirando aquele teto encantado, imitando o céu verdadeiro lá fora, com velas flutuantes, iluminando todo o salão. E aquilo era realmente incrível.
Olhou, então, para a mesa dos professores. Uma mulher de cabelos castanhos e olhos cinzentos chamou a atenção de Angelina. Ela a olhou, com uma das sobrancelhas erguidas. Angelina desviou os olhos do olhar penetrante da mulher, com uma sensação estranha no estômago.
Quando a canção do Chapéu Seletor terminou, todos bateram palmas, despertando Angelina, fazendo-a bater palmas também. Soou falso, mas era melhor do que não fazer nada. E, então, começou a seleção dos primeiranistas ali presentes. Angelina observou os rostos assustados de algumas crianças; não podia culpá-los, sentira a mesma coisa. Só que menos pior.
O primeiro nome foi chamado pelo professor Chase: Olsen, Mary, Corvinal. Dale, James, Grifinória. Goodwin, Carrie, Sonserina. E assim foi, até o último nome fosse chamado e sido escolhido para uma Casa (Pirce, Ellen, Lufa-Lulfa). Houve aplausos em todas as quatro mesas, celebrando os garotos e garotas que foram para sua Casa.
O professor Chase enrolou o pergaminho, onde ele leu o nome das crianças, pegou o banquinho com o Chapéu Seletor estava e entrou para a mesma portinha que tinha saído, enquanto a professora McGonagall foi até um pódio. Ela olhou para todos e disse:
— Antes de servirmos o jantar, devo dar-lhes alguns avisos, como de praxe. — Ela fez uma pausa, olhando diretamente para a mesa da Grifinória. — Está terminantemente proibido a entrada de alunos — olhou para Tiago e seus amigos, que abafavam os risos — na Floresta Proibida. Os alunos que forem pegos lá, receberão uma detenção severa. Esse ano, teremos uma nova professora no nosso corpo docente. Jane McClain — e se virou para uma mulher de cabelos louros e sorriso afetado, ao lado da mulher magra de olhos cinzas. Houve palmas em todas as mesas.
— Quem é aquela mulher de olhos cinzas? — perguntou Angelina à Rosa. Esta olhou para a mesa dos professores e seus olhos focaram na mulher.
— Ah. — Rosa olhou para Angelina. — Aquela é a professora de Estudo dos Trouxas, Marisa Dare.
— Ela me assusta — disse a garota olhando para a professora. Rosa riu.
— É, um pouco.
A professora McGonagall terminou de dar seus avisos e bateu palmas. No mesmo instante, comidas de vários tipos apareceram nas mesas: ensopados, pastéis de carne, escondidinhos de frango, peru assado, entre outras comidas deliciosas. Angelina havia esquecido que estava com fome e quando viu todas aquelas comidas... Bem, pensou que estava no paraíso.
Quando o jantar acabou, as sobremesas também apareceram do nada. Se o jantar tinha sido bom, nada se comparava às guloseimas: torta de maçãs e pêssegos, sorvetes de todos os sabores, balas, pudins... Angelina ficou encantada; sempre amara doces e frutas. Principalmente maçãs.
A hora da sobremesa acabou e todos se sentiam cheios e sonolentos. Os monitores das Casas levantaram-se para guiar os alunos do primeiro ano.
— Se quiser me seguir... — tentou dizer Rosa, mas Lily a interrompeu.
— Credo, Rosa. Acompanhar os primeiranistas? — balançou a cabeça. — Até parece que eu não sou da Grifinória. Ela vem comigo — e piscou para Angelina.
Rosa revirou os olhos e falou um "Tudo bem, Lily" e saiu com um garoto de cabelos grandes. Lily se virou para Angelina e sorriu.
— Vamos, Angelina?
— Claro — respondeu a garota.
As duas andaram em meio aquela multidão, fazendo com que Angelina enlouquecesse. Seus olhos estreitavam a todo minuto, lacrimejando. Aquilo ia acabar explodindo a cabeça da garota. Lílian ia na frente, puxando a mão da outra, conseguindo fazê-la esbarrar em todos que passavam.
Então, Angelina tropeçou e algo e sua mão soltou-se da de Lily. Todos os alunos avançavam para suas respectivas salas comunais, a fim de chegar em seus dormitórios. A única pessoa perdida naquela multidão, era Angelina. Ela não sabia aonde estava Lily, mas torcia que esta a estivesse procurando.
Angelina olhava para todos os lados, com o peito subindo e descendo por causa da respiração acelerada. Estava co medo de ficar sozinha. E se os Caçadores a pegassem? E se eles estivessem ali? Nenhum lugar era seguro. Engoliu em soco e olhou para trás. O que viu a fez gritar e cambalear para trás, derrubando alguma coisa e caindo sobre ela.
Um fantasma estava flutuando, a olhou com o cenho franzido. Angelina tinha os olhos arregalados pelo susto e pela surpresa. E foi aí que ela sentiu que, aquela coisa em que esbarrara, se mexia.
Olhou para baixo e viu que estava em cima de um garoto, que tentava livrar-se dela. Angelina cambaleou um pouco para o lado e se virou para o fantasma e depois para...
Tiago?!
Engoliu em seco e, não se importando com quem era, perguntou:
— Você... você o está vendo? — apontou para o fantasma. Tiago olhou para o fantasma e depois seu olhar se voltou para Angelina, que estava assustada.
— É claro que eu o vejo — respondeu o garoto. — Olá, Nick. — Cumprimentou Tiago.
— Olá, Tiago Potter — disse o fantasma chamado Nick. — Você está bem, senhorita?
Angelina assentiu.
— Que bom! Bem, é melhor eu ir. Até mais, crianças. — E flutuou para longe. Tiago a olhou.
— Pode sair de cima de mim? — indagou ele. Angelina levantou-se e se afastou do outro. Este a lançou um olhar estranho:
Louca.
— Eu não sou louca! — exclamou Angelina ofendida. Tiago se afastou da garota.
— Ei, como...? — Mas Angelina já estava correndo. Olhar para Tiago não era algo que ela gostasse de fazer; poderia perder-se nos olhos amendoados do garoto. E ela não queria isso. Poderia ver o que ele estava pensando sobre ela e não seria algo agradável, não depois do que ele pensara.
Angelina estava perdida. A maioria dos alunos já haviam se dispersado e a garota estava no meio do castelo gigante, sem saber aonde ir. Aonde estava Lily?
— Eu posso ajudá-la — ofereceu Danica, aparecendo do nada. Angelina gritou e sua voz ecoou pelo amplo espaço vazio. — Ei, vai com calma, Assustadinha. Eu sei aonde é a sala comunal da Grifinória.
— Como você sabe que eu seu da...?
— Posso ficar invisível — respondeu Danica interrompendo Angelina. — Sou uma fantasma, lembra?
— O que me faz lembrar... Por que todos vêem esses fantasmas, mas não vêem você? — indagou Angelina.
— Eles escolheram ficar aqui — disse Danica a guiando pelo castelo. — Ei, ei. Espera. — Angelina parou enquanto as escadas mudavam. — Isso é perigoso, essas escadas. Podem levá-la ao lugar errado, portanto, preste atenção nelas. — Advertiu e Angelina assentiu. Danica continuou. — Enfim, eu ainda não escolhi; então eu aqui.
— Por que você ainda não escolheu?
Danica não respondeu imediatamente. Parecia estar escolhendo as palavras certas para dizer. Por fim, ela se virou para Angelina e disse:
— Longa história. Depois ei lhe conto — ela parou. — Chegamos. Opa, não sei a senha.
Angelina olhou para Danica, incrédula.
— Você é uma fantasma! — exclamou exasperada. — Você pode atravessar paredes. — Danica arregalou os olhos para Angelina.
— Mas não sei ler mentes — retorquiu a fantasma que logo se calou e, de repente, desapareceu. Angelina olhou, totalmente impressionada, para o lugar em que estivera Danica.
— Quem pode atravessar paredes? — indagou Tiago às suas costas. Angelina virou-se para encará-lo. Droga, pensou ela.
— Er... ninguém — respondeu Angelina, nervosa. — Ninguém pode atravessar paredes.
— Claro que não... — Ele estreitou os olhos e depois sorriu maliciosamente. — Está perdida?
— Não — disse Angelina. — Apenas não sei a senha. — E apontou para o quadro de uma mulher gorda adormecida. Tiago ergueu uma das sobrancelhas.
— Você é da Grifinória? — perguntou e Angelina assentiu. — Como eu nunca a vi aqui antes?
— Por que eu entrei esse ano — explicou a garota. — Pode me dizer a senha?
Tiago, porém, não a estava escutando. Havia várias perguntas que o jovem queria fazer à Angelina. E a garota conseguia saber de todas elas, antes mesmo de ele as proferir, mas continuou de boca fechada.
Ele a olhou desde os cabelos negros caindo em cascatas nas costas de Angelina até seus sapatos. Seus olhos percorriam as curvas marcadas pelas vestes e depois parou nos olhos mel de Angelina e permaneceu ali, parecendo enxergar a alma da garota. Por incrível que pareça, agora, ele não estava pensando em nada.
— Olá? — falou Angelina, agitando as mãos na frente do garoto. — A senha! — Tiago piscou, saindo do transe.
— Ah, claro, a senha — disse ele. Ele acordou a Mulher Gorda, que ficou irritada por a terem tirado de seu sono.
— A senha é...
— Ah, Angel! — gritou Lily, vindo correndo na direção de Angelina, interrompendo seu irmão. — Você está aí! Eu lhe procurei por toda a parte e... O que você está fazendo aqui? — perguntou ao irmão.
— Ajudando uma dama perdida — e sorriu para Angelina. — E eu sou da Grifinória também, se não se lembra. — Lily revirou os olhos.
— Ah, sim — disse a ruiva e depois virou-se para uma Mulher Gorda impaciente. — A senha é: coragem. — A mulher girou o quadro, revelando uma entrada. Os três entraram e uma garota de cabelos castanho avermelhados lançou-se em cima de Tiago, dando-lhe um beijo — entusiasmado — nos lábios do garoto.
— Ah — sussurrou Lily para Angelina —, esqueci de comentar que o meu irmão tem uma namorada? E que ela é irritante?
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Oh, Deus. Comentem :)