The Curse - Red Apple escrita por Miss Stilinski


Capítulo 16
capítulo quinze




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— Narrador —

As semanas se passaram e a quantidade de deveres para o quinto ano não diminuíra. Só haviam feito uma pausa, pois o baile — que haveria dali uma semana — estava próximo.

Havia, também, o próximo jogo de quadribol (Grifinória contra Corvinal), que todos aguardavam. E Angelina caminhava com Alvo pelos gramados da escola enquanto Tiago fazia um treinamento de véspera. Ela não havia ido vê-lo treinar porque este, toda vez que a olhava, se distraía. Angelina só iria no dia do jogo, que seria no sábado.

Angelina e Alvo falavam sobre a visita à Hogsmead e o chá que tiveram com Hagrid há umas semanas; riam enquanto se lembravam de Tiago e Teddy pregando uma peça em Escórpio, que não gostou muito e errou — por pouco — o feitiço que lançara em Tiago, fazendo a lareira de Hagrid soltar labaredas de fogo. Se não fosse por Rosa, com quem Escórpio começou a falar quando esta o defendeu, a cabana de Hagrid teria sucumbido às chamas. Depois disso, Hagrid tomou cuidado para não convidar nem Escórpio nem Tiago para tomarem chá no mês mo dia. Lily ainda dava boas gargalhadas com Tiago e Teddy ao se lembrar da cena.

Os dois se sentaram debaixo de uma árvore, se abrigando sob uma sombra que a mesma fazia. Angelina olhou para o lago e viu o túmulo de Dumbledore sendo rodeado por uma lula gigante.

— Não conte a ele que eu rio disso, está bem? — disse Alvo com um sorriso no rosto.

— Ah, claro que não. — Respondeu Angelina solene. — Alvo — chamou-o Angelina depois de alguns minutos de silêncio; o garoto a olhou —, por que você não joga quadribol também?

Alvo ficou parado, olhando para a lula gigante tomar um pouco de sol, antes de responder:

— Bem, eu sou um ótimo apanhador, como o meu pai... Desculpe se eu fui metido ao dizer isso. — Ele olhou para a garota.

— Sem problemas — replicou Angelina. Alvo poderia ser tudo, menos metido ou convencido. E Angelina sabia bem disso. — Sei que não é.

Ele sorriu.

— Como Tiago é mais velho que eu, e já estava na escola quando eu entrei, combinamos de não jogar um contra o outro. — Alvo olhou para Angelina. — Sabe como é, sou da Sonserina e ele da Grifinória. Eu não me importo de jogar, sinceramente. Eu treino com Tiago em casa. É bem legal e sem pressão. Mas nós preferimos assim. Se nós dois jogássemos, as duas Casas perderiam.

— Tiago gosta de você — comentou Angelina. — De verdade. Ele gostaria que você estivesse na Grifinória junto dele e o resto da família. Por mais que ele implique com você...

— Ou com o resto da escola — completou Alvo rindo. — Legal saber disso. — E suspirou.

— Só não diga a ele que eu lhe contei isso — disse Angelina.

— Claro que não — negou Alvo ainda sorrindo.

— Como você torce quando é Sonserina contra Grifinória?

— Eu não torço. Sei que deveria torcer para Sonserina, como vários colegas meus mencionaram; mas se Grifinória ganhar, o que vem acontecendo com muita frequência, eu vibro. Se a Sonserina ganhar, eu vibro também — respondeu Alvo calmamente, quando um grupo de garotas da Grifinória passaram por eles. Os dois olharam para os lados e Alvo soltou um suspiro, pois, entre as garotas, estava Rachel Humphrey de aparência desanimada.

As garotas os olharam, curiosas. Depois deram risadinhas e juntaram as cabeças para fofocar, se perguntando se Angelina queria ficar com todos os Potter. A única que não juntara a cabeça com as outras fora Rachel, que observava Angelina e Alvo sem interesse.

Angelina olhou de Alvo para Rachel e desta para o garoto novamente. Estreitou os olhos para Alvo, que pensava em Rachel.

— Convide-a para o baile — sugeriu Angelina, olhando para Rachel que já havia virado o rosto. Com aquela distância toda, era difícil saber o que ela estava pensando.

Alvo a olhou assustado.

— Quê? — exclamou surpreso.

— Convide Rachel para o baile — repetiu Angelina com calma.

— Eu não... eu não... Ah disse Alvo ao ver a expressão da amiga. — Faz tempo que eu... bem, que eu gosto dela.

— Isso eu sei.

— Mas eu não podia fazer nada — suspirou Alvo olhando na direção de Rachel. — Tiago namorava ela, então eu preferia esquecê-la. Só que...

— Agora Tiago terminou com ela e está comigo, eu acho, e cresceu uma esperança em você — respondeu Angelina o pensamento de Alvo. Ela já fazia isso com tanta frequência, que ficara irritada. — Que mania, desculpe — Alvo, contudo, apenas riu.

— Tudo bem, Angel — ele também pegara o apelido que Lílian dera a Angelina. — Mas é isso aí: você disse tudo.

— Então a convide.

— Não posso — insistiu Alvo amargurado.

— Por que não? — indagou Angelina.

— Porque, mesmo sendo eu, ela não aceitaria — falou Alvo com tristeza. — Ela ainda gosta do Tiago. — Ele fez uma pausa, pensando em dias ensolarados ao lado de Rachel. Angelina fez um barulho estranho com a garganta e Alvo a olhou para saber porque Angelina estava daquele jeito. —Ai, que vergonha. Desculpe.

— Você não tem de se desculpar — Angelina dispensou os pedido com um aceno de mão. — Isso é tão irritante! Você tem todo o direito de pensar, de imaginar, o que quer! Eu é que sou uma aberração.

— Não é, não — disse Alvo num tom que deixava claro que não adianta dizer o contrário. — De qualquer jeito, eu vou convidar outra garota — acrescentou, ao olhar para Rachel, tristonho.

Angelina, que estava sendo rodeada de pássaros — incluindo o belo passarinho azul —, levantou-se de repente, fazendo os pássaros voarem assustados. Ignorando-os, a garota lançou um olhar irritado para Alvo que retribuía o olhar surpreso.

— Sinceramente, seria louca a garota se o dispensasse! — exclamou Angelina. — Você é um inteligente, dedicado, um Potter e tão bonito quanto Tiago. Se ela não o quiser, é realmente louca. — Alvo ficou tão vermelho, que desviou o olhar do de Angelina. — Então vá lá e a convide para o baile.

— Você acha mesmo que eu sou bonito?

— Claro que acho. Só porque eu estou... apaixonada por Tiago, não quer dizer que eu não ache você ou outro garoto bonito — respondeu a garota, dessa vez, corando. — Tenho esse direito.

— Eu vou convidá-la... Olha, falando em ciumento... — Alvo apontou para Tiago, que vinha na direção deles já sem as vestes de quadribol, arrancando suspiros de várias garotas ao passar. — E falando em bonitos também — Alvo virou-se para Angelina que, a muito custo, desviou a atenção de Tiago —, sabia que todos já sabem o seu nome? Ah, deve saber, não é?

Angelina negou com a cabeça, confusa. Alvo pareceu surpreso.

— Não sabe? — E olhou para os lados verificando se tinha alguém os escutando. — Achei que soubesse, sabe, por causa do seu... dom.

— Não sei de nada. Quero dizer, no princípio, eu ficava com a cabeça latejando — explicou a garota. — Agora, eu me distraio com facilidade, então dá para bloquear os pensamentos dos outros... Um pouco.

— Ah, bem, sendo assim — ele acenou para o irmão mais velho —, fizeram uma lista... e seu nome foi para nela — disse com ar de divertimento, olhando para Angelina, quando se certificou que Tiago os vira.

— Não — gemeu Angelina, vendo os pensamentos do amigo que riu.

— Sim — confirmou. — E você é a mais bela de Hogwarts. Espera só o Tiago ficar sabend... Ih, acho que já sabe. Olha a cara dele!

De fato, Tiago vinha mais emburrado do que nunca. Lançou um olhar fulminante à uma garota e saiu andando e saiu andando em direção de Alvo e Angelina, segurando com firmeza um pedaço de pergaminho nas mãos. Sua expressão não era muito amistosa.

Parou, então, em frente ao irmão e a Angelina; os dois o olharam, enquanto este respirava com dificuldade. À margem do lago, o grupo de garotas riu

— Que. Merda. É. Essa? — indagou Tiago pausadamente, tal era sua fúria.

— O quê? — perguntou inocentemente Alvo. Tiago pareceu que ia soca o irmão mais novo.

— Isso! Isso! — Ele balançou o pergaminho no rosto de Alvo, que teve de se afastar da brutalidade de Tiago. — Quem foi o idiota?

Alvo pegou o pergaminho das mãos de Tiago e leu. Prendendo o riso, Alvo olhou para o irmão mais velho.

— Quem lhe deu isso?

— Um babaca da sua Casa — respondeu Tiago com o rosto tão vermelho, que parecia que ia soltar fumaça pelos ouvidos. Tiago não viu Alvo fazendo uma careta e continuou: — E parece que todos sabem, que todos participaram. Qual imbecil escreveu esta merda? Foi alguém da Sonserina? Aposto a nossa vassoura...

— Sua vassoura — corrigiu Alvo rapidamente. — Deixe a minha fora disso... Até o nome da Rosa está aqui! E... o quê?, a Lily...?

— Que seja! — berrou Tiago. — Só quero saber quem foi!

— Mas o que é isso, afinal? — perguntou Angelina interrompendo os dois. — Me dê isso aqui, Al. — E papel foi posto em cima de sua palma esticada.

Angelina correu os olhos pelo pergaminho. Era, sem dúvida uma lista, com os nomes das garotas mais bonitas e mais sexy de toda a escola, onde havia um espaço ao lado de cada nome, o número que foram dados. Realmente, o nome de Rosa Weasley, Lílian Potter, Sandy Danis e outras centenas de garotas constava na lista. O nome que continha mais votos era o de Angelina; o segundo — para a surpresa da garota — era o de Lily; Rosa vinha em quarto, depois de uma garota da Lufa-Lufa, chamada Elisa Bell.

Ela não sabia o que isto tinha de tão demais, para Tiago ficar tão maluco. Era só uma lista boba; algo que qualquer garoto faria. Angelina amassou o pergaminho — reduzindo-o a uma bolinha — e o jogou dentro do lago, onde a lula começou a brincar.

Tiago a olhou espantado.

— Você jogou fora a minha única prova! — exclamou ele, incrédulo.

— Que prova, Tiago? Era só uma lista idiota — replicou Angelina, fazendo-o sentar-se.

— Você não entende? — Tiago a olhou, recusando-se a sentar-se. — Não era só uma lista: era A lista. Todos estão falando de você. Você é minha de mais ninguém.

Angelina riu e passou as mãos no rosto de Tiago.

— Se eu já sou sua, por que esse desespero todo? Sou sua, Tiago, e de mais ninguém — ao ouvir aquilo, Tiago pareceu se animar mais um pouco. Sentou-se no gramado e Angelina o imitou, se recostando nas pernas de Tiago.

Alvo olhava para onde Rachel estava. A garota os observava por algum tempo e agora estava se afastando. Angelina acompanhou o olhar do amigo.

— Vai falar com ela, bonitão. — Disse a garota sem rodeios. Alvo lançou-lhe um olhar envergonhado e saiu em direção ao castelo. Tiago voltou-se para ela, com uma das sobrancelhas erguidas.

— Bonitão? — perguntou.

— Ah, deixa de ser bobo, Sirius — falou Angelina sorrindo. — Já reparou que vocês dois têm o mesmo tipo e cor de cabelo? Contando os narizes, também? Bem, eu reparei.

— Então, você o acha bonitão igual a mim? — quis saber Tiago. Mas Angelina balançava a cabeça, refletindo.

— São belezas diferentes, porém parecidas. Mas não se preocupe — ela olhou para Tiago —, prefiro os Príncipes Encantados. Ah, considere isto como a minha resposta. — Sorriu e beijou os lábios do garoto.

•••

Angelina estava com dor de cabeça. Latejava tanto, que parecia que sua cabeça ia rachar ao meio. Comemorando as pausas do deveres de casa, os alunos da Grifinória resolveram dar uma festa na sala comunal. Tiago e seus capangas, Jared e Marcus, contrabandearam doces da Dedosdemal, cervejas amanteigadas dos Três Vassouras entre outras coisas. Conseguira tudo isso com um mapa — que Tiago tinha com todas as passagens para fora de Hogwarts — chamado o Mapa do Maroto. Angelina sabia que Tiago roubara o mapa do pai e que este sabia do furto.

Todos conversavam animadamente, mas Angelina estava a um canto, sozinha, com todas aquelas gritarias e todos aqueles pensamentos ecoando em sua mente. Doía tanto que a garota se afastara de propósito. Não sabia como se livrar daquela falação toda; não queria ir para o dormitório, então, sem que ninguém percebesse, Angelina atravessou o buraco do retrato na Mulher Gorda.

Ela caminhou pelo castelo silencioso, sua cabeça parava de doer aos poucos, já que não estava sob toda a agitação da sala comunal. Nunca reparara que o castelo era belo em sua essência: no escuro da noite, a lua (agora brilhando no céu sem nuvens) lançava sua luz prateada em todo o corredor que continha janela, os quadros dormiam profundamente e não havia nenhum sinal de Pirraça. Gostava dali, um lar que ela nunca teve.

Os únicos sons que se ouvia era os passos de Angelina, que ecoava pelos corredores desertos. Ela não sabia aonde estava indo, apenas seguia para longe dos gritos de seus amigos. Ao virar mais um corredor, Angelina deparou-se com uma figura branca perolada, mas transparente, flutuava a uma pequena distância da garota. Olhar para a fantasma, a fez se lembrara de Danica, que não aparecia há alguma tempo. De certa forma, Angelina se acostumara com as aparições da fantasma. Gostava da forma como Danica respondia ela; era a única fantasma com que flava em toda a sua vida sem ter medo.

Por fim, decidiu não passar pela fantasma e rumou para as escadas que se moviam. Quando estas pararam de se locomover, Angelina se viu diante do final da escadaria de mármore, onde o portão do Saguão de Entrada estavam encantadamente trancado. Sem prestar atenção aonde ia, Angelina andou andou para uma escada escondida, que dava para a sala comunal da Sonserina. Se aproximando mais, a garota ouviu um barulho de vestes farfalhando. No mundo onde Angelina vivia, quando se ouvisse um barulho desconhecido, era melhor empunhar a varinha.

Lumus — sussurrou e, da ponta de sua varinha, um raio de luz iluminou todo o lugar. Ela desceu os degraus lentamente.

Mas, ao chegar no último degrau, a sua varinha iluminou duas figuras se beijando: o garoto tinha cabelos louros e a garota tinha os cabelos meio castanhos, meio ruivos. Angelina soltou um gritinho, de tal era a sua surpresa. Não era duas pessoas quaisquer: eram Escórpio e Rosa!

O grito de Angelina pareceu despertar os dois. Eles se separaram e olharam para a amiga, que estava estupefata no mesmo lugar, com a varinha em punho. Ambos tinham pensamentos envergonhados — os de Escórpio nem tanto assim — por terem sido pegos.

Angelina, parecendo se recuperar da surpresa, corou fortemente ao ver que tinha interrompido os dois.

— Eu... hã... eu não... Desculpe — gaguejou Angelina. — Eu já... vou indo... eu vou deixá-los a sós. — E virou-se para a escada de onde tinha vindo, mas ouviu passos a seguindo depois.

Angelina olhou para trás e viu Rosa em seu encalço, com os cabelos ligeiramente armados, as vestes desarrumadas e as bochechas rosadas. Angelina fingiu não ter reparado.

Elas caminharam por um tempo em silêncio. Angelina via os melhores momentos do amasso dos dois na cabeça de Rosa; era tão irritante, quase sentir o gosto do beijo de Escórpio. Angelina daria tudo para não ver e nem sentir o que Rosa sentia.

Ao virarem um corredor, Rosa pareceu finalmente recobrar os sentidos.

— Er... me desculpe pelo o que você viu — disse Rosa num tom de voz estranho.

— Eu não devia ter entrado assim. Só me assustei um pouco — replicou Angelina; mas Rosa estava balançando a cabeça.

— Ah, eu realmente lamento que você tenha descoberto desse jeito — Rosa ajeitou as vestes, ainda encabulada. — Mas não conte a ninguém está bem? Tiago morreria.

— É claro que eu não vou vou contar a ninguém — falou Angelina encarando Rosa. — Isto é uma decisão sua. Eu apenas... topei com vocês.

— É, mas você ia descobrir de qualquer jeito, não é? — sussurrou Rosa. — Meus pensamentos devem estar gritando agora. Já os de Escórpio, eu não sei bem...

— Ele gostou, acredite — confirmou Angelina. — Os pensamentos dos dois estão gritando. E é algo totalmente feio, ficar sabendo as coisas dos outros.

— Não ligue para isso, Angel... Ei — e fez sinal para Angelina parar —, está ouvindo isso? — sussurrou Rosa.

Elas estavam perto de uma sala de aula, com a porta fechada. E, com certeza, havia gente lá dentro.

— Quê? — exclamou Angelina no mesmo tom de voz.

— Vozes, Angelina — respondeu Rosa ainda sussurrando. Angelina apurou os ouvidos e, com um gesto de mão, fez Rosa se aproximar mais da porta trancada, escutando a metade da conversa.

— ... quero que a faça voltar com o namoradinho — ia dizendo uma voz que Angelina reconheceu pertencer à Marisa Dare, a professora de Estudo dos Trouxas.

Rosa, que reconheceu a voz também, exclamou baixinho:

— É a professora Dare!

— Shh, eu sei! — devolveu Angelina querendo escutar o resto da conversa.

— Por quê, Majestade? — indagou uma voz masculina desconhecida.

— Porque aquela garotinha não pode ir ao baile com ele! — exclamou a professora com uma pontada de raiva na voz. — Eu preciso que ela esteja vulnerável para você persegui-la, se é que me entende.

— É claro que eu entendo, Majestade? — respondeu o homem solene.

Angelina trocou um olhar significativo com Rosa. Embora seus pensamentos gritassem, não era difícil saber o que ela queria dizer: Por que raios ele a estava chamando de Majestade?

— O baile será a oportunidade perfeita — Angelina podia ver o sorriso diabólico deformar o rosto da professora Dare. — Todos estarão distraídos e ela de coração partido. Ela vai querer morrer — Rosa olhou chocada para Angelina. — Por isso quero que você traga aquela fedelha até a mim. Ela tem de voltar para o Potter.

Angelina e Rosa se olharam. O coração de Angelina batia tão forte contra sua caixa torácica, que chegava a doer; afora o enjoo que sentia só de ouvir a voz de Marisa.

— É melhor você não falhar — ameaçou Dare. — Já estou farta de falhas. Farta. Há séculos quero acabar com ela e todos vocês falharam. Dessa vez, quero perfeição. Dessa vez, eu quero o coração dela.

— Sim, minha Majestade — disse o outro sem emoção.

— Não me obrigue a matá-lo — replicou Dare, com a voz irritantemente doce. — Seria um desperdício...

Angelina e Rosa tiveram a horrível sensação de que Marisa estava beijando o homem desconhecido. Elas tiveram apenas dois segundos para saírem dali quando Marisa disse:

— Agora pode ir.

As duas voltaram correndo para a sala comunal antes que alguém as pegassem andando àquela hora pelo castelo.

Antes de atravessar o quadro da Mulher Gorda, Rosa virou-se para Angelina, que ainda estava enjoada.

— Por que tenho a terrível impressão de que a professora estava falando de você?


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem e...
Comentem!



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