The Curse - Red Apple escrita por Miss Stilinski


Capítulo 14
capítulo treze




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— Narrador —

Setembro passou e logo já era trinta e um de outubro. Todo o castelo estava sendo enfeitado para a festa do Dia das Bruxas naquela noite; a decoração era magnífica: abóboras encantadas se espalhavam pelo Salão Principal, haviam morcegos voando pelo céu encantado, teias de aranhas com pequenas aranhas na mesma... tudo brilhava no castelo para o Dia das Bruxas. E Angelina ainda não havia dado uma resposta à Tiago que, pelo menos, voltara ao seu normal.

Todos estavam sentados à mesa da Grifinória. Tiago lançava olhares a Angelina e sorria toda vez que esta lhe retribuía. Aprecia que era uma reunião familiar; à mesa estavam: Tiago, Alvo e Lily; Rosa e Hugo; Victoire, Teddy, Fred II, Molly II e Louis; fora da família estavam: Angelina, Escórpio, Jared e Marcus. Eles se divertiam enquanto tomavam café da manhã. Tudo estava bem. O único que estava receoso era Hugo, que olhava para as aranhas ao teto, com certo medo.

Marisa Dare sentava-se à mesa dos professores e olhava para família Potter e Weasley com os olhos carregados de raiva. Ela vira os olhares que Angelina e Tiago trocavam. Aquilo não podia estar acontecendo. Mas, naquele momento, uma revoada de corujas adentrou o Salão Principal. Ela observou que uma coruja pousava em frente a Angelina.

Black Eyes parou, trazendo um pacote bem maior que ele. Angelina franziu o cenho, fez carinho na pelagem de sua coruja e pegou o bilhete preso ao pacote. Desdobrou o papel e leu.

Querida Angelina,

este vestido foi feito com carinho e chama-se vestes a rigor. Creio que você precisará usá-lo esse ano. Você vai ficar linda nele. Sua mãe o usou quando você ainda não havia nascido.

Aproveite o presente.”

As mãos de Angelina tremiam tanto, que a carta era só um borrão. Tiago franziu a testa e pousou a mão na de Angelina. Ela parou de tremer na hora, ao sentir o toque dele e uma corrente elétrica perpassar seu corpo.

— O que é isto, Angel? — indagou Lily, olhando curiosa para o pacote. Angelina estendeu-lhe o bilhete.

Lily o recebeu e, a media que lia o pergaminho, seus olhos se arregalaram. Ela olhou para Angelina, assombrada. Rosa olhava para as duas.

— O que houve, gente? — perguntou Rosa; Lily entregou o bilhete para a prima.

Quando Rosa terminou de ler, olhou para Angelina igualmente atônita.

— Quem... como...? — Rosa tentou dizer, mas as palavras simplesmente não lhes saiam. Tiago estendeu a mão para o bilhete e Rosa lhe passou sem protestar.

Os olhos de Tiago percorreram o pequeno bilhete. Quando terminou de ler, olhou para Angelina, abalado. Como poderiam saber da sua... Quem sabe sobre sua família?

Angelina balançou a cabeça, negando. Ela não sabia quem mandara o pacote com o bilhete. Quem saberia sobre sua mãe? Ela pensava em uma pessoa.

Alvo observava Tiago e Angelina. Os dois pareciam ter uma conversa silenciosa. Enquanto ambos estavam distraídos, Alvo pegou o bilhete das mãos de Tiago.

— Severo, devolva isto já! — exclamou Tiago furioso. Mas Alvo já havia lido e devolveu o bilhete para Angelina.

— Quem foi que mandou isto? — indagou Alvo.

— Eu não sei, sei? Está sem remetente — respondeu-lhe Angelina. Os olhos verdes de Alvo eram penetrante e indagadores. Angelina olhou para Rosa, Tiago e Lílian; suspirou e disse. — Depois eu lhe explico. Agora temos que ir, Rosa. Herbologia.

Rosa assentiu e levantou-se junto com Angelina. Acenaram para os outros e saíram do Salão Principal com o pacote nas mãos.

— Vamos primeiro ao dormitório para guardar isso aqui — disse Angelina à Rosa.

— Ok. — E subiram a escadaria de mármore.

— Você vai ficar tão linda naquele vestido! — exclamou Rosa em júbilo. Elas estavam nas estufas junto com os quintanistas da Lufa-Lufa.

— Senhorita Weasley — a repreendeu o professor Longbottom, com o olhar severo mas divertido ao mesmo tempo. Angelina ouviu os pensamentos do professor: ele adorava Rosa e a família.

— Desculpe, professor — pediu Rosa. O sr. Longbottom semicerrou os olhos para a garota entre o divertimento e a irritação de ser interrompido.

Rosa virou-se para Angelina, sorrindo.

— Não se preocupe — disse ela a Angelina, enquanto envasava uma planta com tentáculos —, ele é gente fina. Um dos amigos do papai.

— Eu sei — respondeu Angelina imitando Rosa e envasando uma planta igual.

— Ah, é.

— Então — sussurrou Angelina —, para quê vestes a rigor?

— Ninguém lhe contou, não é? — Angelina balançou a cabeça. — No Natal eles farão um baile, sabe. Há muito eles não fazem... desde o Torneio Tribruxo, onde meu tio viu o Lord Voldemort retornar — sussurrou Rosa. — Suponho que eles queiram amenizar as coisas e meio que fazer um memorial a um garoto que morrera naquele dia. Em todo saco, ele morreu depois no Natal, o que é meio estranho; fazer uma festa no Natal e...

— Respira, Rosa. — Riu-se Angelina no mesmo tom que a amiga. — Já entendi: vai haver uma festa.

— Foi mal... Ei, você faz isso muito bem — Rosa apontou para a planta que Angelina envasara. Angelina olhou para a de Rosa, que plantara quase com a mesma perfeição de Angelina.

— Você também — aprovou Angelina. Rosa corou.

— Mas você faz tudo tão... bem, que nem parece que entrou agora — disse Rosa. Dessa vez, foi Angelina que corou.

— Ah, bem, eu... — ela abaixou a voz — eu não consigo controlar os meus poderes. Fico tão envergonhada por isso. Você se esforça tanto para ser a melhor e eu só... trapaceiro — resmungou Angelina num sussurro.

— Pelo menos você tenta parecer que se esforça e, por isso, aprende — respondeu Rosa muito vermelha.

— Obrigada, Rosa.

Elas voltaram a atenção para as outras plantas que deveriam envasar. O professor Longbottom passeava por entre os alunos, observando quem havia envasado direito ou não. Quando passou por Angelina e Rosa, elogiou o trabalho das duas e perguntou como Angelina aprendera fazer aquilo em menos de um mês.

— Aulas extras, professor — respondeu Angelina.

— E quem seria este professor? — indagou ele. Angelina lhe lançou um sorriso ofuscante, que o professor recuou.

— Foi a Rosinha aqui.

O professor Longbottm pisou e sorriu para Rosa.

— Vinte pontos para Grifinória — disse o professor. — Sabe, eu era da Grifinória — sussurrou ele. — Fico feliz por vocês horarem a nossa Casa, por mais que eu, agora, seja o diretor da Lufa-Lufa. — E se virou para a turma: — Estão dispensados — mal acabara de dizer a frase e a sineta tocou.

Depois de lavarem as mãos, todas saíram das estufas se dirigindo para a próxima aula. Os alunos da Lufa-Lufa seguiram para as masmorras, enquanto os da Grifinória iam para a aula de Transfiguração.

Rosa e Angelina andavam pelas grandes corredores de Hogwarts, um vento gélido começou a soprar, anunciando uma tempestade.

— Rosa, para esse baile precisa de um par? — perguntou Angelia, olhando para um grupo do sexto ano, onde Tiago se encontrava.

— Quê? Ah, sim, precisa — respondeu Rosa, que estivera arrumando a mochila, distraída. Ela acompanhou o olhar de Angelina. — Suponho que você e Tiago vão juntos.

Angelina corou fortemente.

— Ah, eu não sei...

— Vão sim! Vocês ficam bem juntos — disse Rosa animada.

— E você, Rosa? Vai com quem? — Angelina desviou a atenção para Rosa, que corava.

— Eu não sei. Provavelmente sozinha? — respondeu depressa. — Isso é só em dezembro. Falta muito ainda.

•••

Depois de longo discurso sobre os N.O.M's, o professor Chase encheu a classe com deveres sobre o feitiço de Desaparição.

— Essa matéria, com certeza, cairá em seus N.O.M's. Então, prestem bem a atenção ao fazer sua lesma desaparecer — avisou o professor, andando na frente da turma.

De todos os professores de Hogwarts, Taylor Chase era o mais bonito. Seus cabelos eram lisos e castanhos até os ombros, seus olhos eram de um azul profundo e suas vestes eram da melhor qualidade. Aparentava ter, no máximo, vinte e oito anos.

Todas as garotas suspiravam ao ver o professor: seja quando ele estava parado ou jogando os cabelos. Angelina ficava enjoada com tantos pensamentos melosos e tão... platônicos; ele nunca olharia para uma aluna.

Mas o interesse dele por Angelina aumentou desde a última aula. O professor Chase lançava olhares furtivos para a garota, que se negava a olhá-lo. Como acontecera com a professora Dare, Angelina não conseguira ler os pensamentos do professor de Transfiguração. E isso a frustrava.

Por mais que Angelina se sentisse estranha perto dele, o professor era bom e profissional. Rosa respondia a todas as perguntas que este fazia, concedendo à Grifinória quarenta pontos em quarenta e cinco minutos de aula.

A sineta tocou e quase todas as garotas se demoraram na sala. Angelina, Rosa e os garotas, porém, saíram da sala, comentando sobre a aula e o dever de casa que o professor Chase havia pedido. As únicas que não receberam dever de casa foram Rosa e Angelina, que fizeram suas lemas desaparecerem.

Angelina ainda pensava nos olhares do professor. Aquilo não era certo; os olhares que ele lançava era de interesse e outra coisa, que fazia os pelos dos braços se arrepiarem. Não era um arrepio bom, era mais de... Ela não sabia. Apenas tinha a consciência de que não gostava.

— Ele é bonito, não é? — comentou Rosa inclinando a cabeça. Angelina, que estivera presa em seus devaneios, precisou de um segundo para saber de quem a amiga estava falando: o professor Taylor Chase.

— É, mas o Tiago é mais — respondeu Angelina com firmeza. Rosa sorriu.

— O que eu sou mais? — indagou uma voz bem conhecida às usa costas. As duas se viraram e se depararam com Tiago, de Príncipe Encantado.

Angelina e Rosa trocaram olhares significativos, abafando um risinho. Tiago cruzou os braços diante do peito; com a expressão raivosa.

— Ah, parem vocês duas! — exclamou. — Sabem muito bem que são quatro Casas e a megera quer falar sobre os Contos de Fadas — ele imitou uma vozinha de garota e depois voltou com o tom de voz normal — com todas elas. Estou dando louvores que essa detenção vai acabar semana que vem.

— Ah, mas você fica uma graça assim, Sirius! — disse Rosa. — Na verdade — acrescentou ela, olhando para Angelina —, você é muito mais bonito do que o professor Chase. De acordo com o critério...

— Não fala isso, Rosa — sussurrou Angelina, ficando igual a um tomate.

— ... de Angelina — continuou como se não tivesse sido interrompida.

Tiago a olhou, sorrindo. Adorava saber deste fato. Ele chegou mais perto de Angelina.

— Mesmo? — perguntou Tiago e Angelina assentiu. O sorriso de Tiago se alargou, se é que isto era possível. — Então você sabe o que eu estou pensando?

— Sim e você sabe que está errado — respondeu a garota. Nunca ela seria mais bonita do que todas as garotas da escola.

— Você não se olhou direito, então — disse Tiago, parando uma garota do terceiro ano da Corvinal. — Tem um espelho para me emprestar?

A menina arregalou os olhos. Estava surpresa por Tiago Potter estar falando com ela. Ainda estupefata, a garota vasculhou a mochila e tirou um espelho grande dali.

— Obrigada — sorriu Tiago. — Daqui a pouco eu lhe devolvo.

— Pode me entregar na hora do almoço — a menina, sujo o nome era Ana, lançou um olhar de cobiça a Tiago. Angelina ergueu uma das sobrancelhas para a garota, que saiu andando sem olhar para Angelina. Angelina sabia que Ana se incomodava com o fato de ela estar ali.

— Olhe aqui — pediu Tiago a Angelina, totalmente alheio da garota atirada. Relutante, Angelina olhou para o espelho.

Ficou um tempo se olhando, mas sem nada ver.

— Ok, o que você quer que eu veja? — perguntou Angelina por fim. Tiago suspirou impaciente.

— Olhe com mais atenção, Angelina. Veja você.

Angelina revirou os olhos e faz, mais uma vez, o que Tiago pediu. Ela nunca havia reparado, pois nunca gostou de espelhos, mas agora via o que jamais reparara: uma garota de olhos mel perfeitos, com uma boca tão carnuda e vermelha que nem precisava de batom, uma pele tão branca que, se não fosse os cabelos negros como a noite perfeitamente lisos e bem cortados, poderia facilmente se camuflar com a neve.

Ela arfou e desviou o rosto para Tiago, que sorria triunfante.

— Esta não sou eu — disse Angelina. Tiago pegou o rosto da garoto nas mãos.

— Queira você ou não, essa é você. Linda como é — falou ele intensamente.

— Eu tenho que ir, Trato das Criaturas Mágicas — Angelina desviou os olhos de Tiago, procurando Rosa.

— Sim, sim — respondeu Tiago. — Eu tenho que tirar essa roupa horrorosa. Até mais, Angel.

— Até, Sirius — e Tiago riu.

Angelina atravessou os jardins indo até a cabana de Hagrid, ainda pensando em sua imagem refletida no espelho. Ela era tão... bela, que nem se reconhecia.

Chegou até a cabana de Hagrid e todos estavam ali. Inclusive a turma da Sonserina, que resmungavam impacientes. Os únicos que estavam calmos eram Alvo e Escórpio.

Ao se aproximar da turma, ouviu um garoto reclamar:

— Hagrid, essa aula não vai começar nunca? Que chatice. Começa logo essa aula; ficar esperando uma qualquer, uma Sangue-Rium...

— Cala a boca, Julius! — exclamou Alvo furioso, antes que Hagrid dissesse alguma coisa. — Chame mais alguém dessa palavra e vai levar...

— Não apenas uma azaração, como duas — completou Escórpio calmamente, mas com a ameaça verdadeira na voz.

Angelina viu o rosto de Rosa, que tinha saído de fininho enquanto falava com Tiago, iluminou-se com o comentário de Escórpio. Não precisava ler os pensamentos de Rosa para saber o que a amiga pensava.

Angelina parou entre Alvo e Rosa. Hagrid, notando a garota com o rosto vermelho pelo comentário de Julius, exclamou:

— Ah, Angelina! Você chegou. Vamos começar a aula, então. Senhor Tenison, depois vamos conversar. — O rosto do garoto que levou duas ameaças ficou vermelho e cruzou os braços, com raiva.

Rosa a olhou, com um sorrisinho nos lábios.

— Está atrasada, hein — e piscou para Angelina.


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Notas finais do capítulo

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