Polícia - O Início escrita por judy harrison


Capítulo 21
Por Bruce, Meu Herói


Notas iniciais do capítulo

Agradeço a quem acompanhou essa fic, Fraan e Solemn Hipnotic, em especial, que me prestigiaram com seus comentários ricos!
Quero só avisar que POLÍCIA se tornou um seriado, sendo aqui colocado do começo ao fim. Outros episódios de Polícia têm como objetivo contar a trajetória de Bruce dentro dos 5 anos, entre São Francisco e New York , com muita ação romance e drama.
Espero que curtam também. Obrigada de coração!



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Os dois agentes apontaram para ela, ma ela advertiu:

_ Soltem as armas, ou Bruce já era!

_ Bruce! – Laurence quase foi em sua direção.

_ Fique onde está, seu cretino! – ela gritou - Joguem suas armas nas madeiras, eu falo sério!

Os agentes obedeceram ao comando de Laurence, e ele disse:

_ Deixe Bruce em paz, Grace, e nós a deixaremos fugir. Não terá chance de escapar...

_ Cale a boca, “Rato” maldito! Quem disse que eu quero escapar? – olhou ao seu redor rapidamente, mas manteve seu revolver nas costas de Bruce e segurando a blusa dele – Jamie! Apareça, desgraçada traidora! Você quis que eu pensasse que queria Bruce morto tanto quanto eu, mas a tocaia que você inventou foi pra mim, não é? – ela gritava, e Bruce ficou aliviado e orgulhoso por saber que Jamie fora tão esperta – Apareça aqui para ver seu amiguinho ser morto!

Era ativou o gatilho da arma.

_ Pare, Grace! Vamos negociar! – disse Laurence apavorado.

Bruce fechou os olhos, achou que fosse seu fim. Quantas vezes driblou a morte, e quantos homens ele matou! Era insensível e frio. Somente uma dor o incomodou naquele momento em que ouviu aquele barulho que apreciava tanto. Betsy. Olhou para Laurence.

_ Diga a minha mãe que eu a amo!

Mas de repente Jamie apareceu, e como se mandasse na situação, foi na direção de Bruce.

_ Menina, afaste-se! – gritou Laurence

_ Jamie, não! – Bruce disse, mas por alguma razão, confiava nela, viu em seus olhos a menina que com ele riu tanto e brincou tanto. Ele acreditou que ela o amava ainda.

Jamie se aproximou de Grace e a encarou com um sorriso. Foi estranho até para ela.

_ O que você é? Suicida? – perguntou confusa, Jamie mostrou-lhe um papel – Não me venha com recadinhos!

Mas não era um recado. Era um saquinho, e Jamie despejou seu conteúdo, as balas do revolver de Grace.

Entendendo o que ela fez, Bruce virou-se rapidamente, deu um soco forte em Grace e ela caiu.

Os agentes foram procurar por suas armas enquanto Laurence estava preocupado em tirar Bruce de perto de Grace, pois ela se levantou de novo.

Porém, Jaime afastou Bruce para trás, dando a entender que a enfrentaria. Consentindo, Bruce foi para perto de Laurence e retirou outra arma de sua cintura. Tinha seus nervos abalados, e se pegasse Grace, talvez a matasse com suas próprias mãos, mas atiraria nela se Jamie perdesse a luta.

Grace pegou uma madeira comprida e jogou na direção de Jaime, mas ela conseguiu se desviar e a rendeu, depois deu-lhe um soco. A briga não durou, pois, Grace já estava debilitada desde a pancada nas costas. Então, depois de outro soco, ela caiu e não se levantou mais.

Jamie se virou, respirando forte, e os homens a encaravam, admirados.

Mas ela só via Bruce. E ele só via Jamie.

Num gesto antigo, Bruce abriu seus braços e Jamie correu para ele. Foi um abraço longo, apertado, molhado pelas lágrimas.

Laurence pegou Grace do chão e a fez ficar em pé. Mas Bruce, deixou Jamie por um instante e foi até eles.

_ Deixe comigo, Capitão! – ele segurou os braços de Grace e os colocou para trás, tirando dela um forte gemido – Você está presa, Grace Wayne, por tentativa de homicídio.

Antes de Bruce levá-la, Jamie tirou um papel do bolso de sua blusa, mostrou a Grace e sorriu. Estava escrito: “Te peguei!

Bruce riu com ela.

Quando estava cuidando dela, eles brincavam de pega-pega, e quando Bruce a segurava dizia a mesma coisa, tirando dela muitas risadas.

Grace foi para um presídio local, e lá ficaria até a sua transferência para a Califórnia.

Jamie foi deixada por Bruce em sua casa na companhia de Betsy, ele tinha que falar com algumas pessoas para garantir que Grace nunca mais ameaçasse sua família, que fosse julgada com urgência e tivesse a sentença merecida.

Enquanto aguardava no escritório para fazer as ligações necessárias, ele falava com Laurence.

_ Eu tenho que esperar um pouco. Não chegaram ainda.

Laurence o encarou e sorriu.

_ Sabe, Bruce, quando eu vi você aqui, mandando e desmandando num pessoal tão grande, eu me lembrei daquele soldadinho lá de São Francisco, querendo colocar “o carro na frente dos bois” e tentando mudar o mundo.

_ É? – sorriu também – E qual sua conclusão?

_ Eu não sei, mas ver você alcançando um cargo em quatro anos, e onde eu levei dez para chegar, acho que tem coisa errada ai! – era só uma brincadeira, mas Bruce riu com Laurence e o impressoionou – Sei que não está rindo da piada! Você ficou feliz por prender aquela maluca, e por reencontrar... Jamie. Ela é a única que tira de você o ar de dureza e superioridade.

Bruce suspirou, concordava com ele.

_ Esses dias foram estranhos, Laurence. Talvez, lá no meu íntimo eu sabia que podia reencontrar Grace. Ela me ameaçou de morte, e isso nunca saiu da minha cabeça. Mas Jamie... Eu nunca pensei que fosse encontra-la de novo.

_ Jamie salvou a sua vida. E pelo que vimos, não se esqueceu do que você fez a ela. – Bruce olhou para o lado, como se a visse ali – Você gosta dela como mulher, Bruce?

Ele o encarou e apenas sorriu.

Na casa dele, Betsy fazia mais do que perguntar. Deixou que ela escrevesse tudo que fez por Bruce desde que começou a seguir Grace.

Depois de ler, Betsy a abraçou com ternura.

_ Eu não cheguei a ver você quando esteve em minha casa, Jamie. Mas sei que Bruce te amava, foram sete dias de amor, e ele nem se preocupou com minha saída. Você se lembra da despedida? – ela abaixou a cabeça, era mais do que um sim, e Betsy acariciou seu rosto – Nunca vou saber te agradecer pelo que fez ao meu filho. – mas Jamie a deixou emocionada ao escrever a palavra “Mãe”, e com seus olhos cheios mostrou a ela com a mão no coração – Quer que eu seja sua mãe?

Jamie a abraçou. Era uma afirmação de ambas as partes.

Quando Bruce chegou com Laurence, Jamie estava tomando um banho, E Betsy já havia colocado a janta na mesa.

_ Bem, ai estão os meus policiais preferidos! - fingia estar brava - Eu sugiro que vocês se troquem, tomem seus assentos e comam um pouco, estão horríveis.

Laurence a beijou. Mas Bruce o repreendeu.

_ Não faça isso na minha frente, ok? – era um pedido, Bruce tinha ciúmes da mãe – Ainda não te perdoei! - mas sorriu e retirou sua mãe para abraçá-la e ela riu.

_ Você está certo, eu tomarei cuidado. – Laurence correspondeu.

_ Onde está Jamie, mamãe?

_ No banho.

Quando ele saiu, Laurence a beijou de novo varias vezes sem fazer barulho.

_ Beijo ela quando eu quiser, pirralho! – disse baixinho, tirando uma gargalhada de Betsy.

O banheiro estava vazio, Bruce percebeu que Jamie estava no quarto se trocando. Então ele tomou um banho rápido, colocou sua melhor roupa de casa e esperou que ela saísse.

_ Jamie! - ele a encontrou na porta – Vamos conversar um pouco?

Ela voltou para o quarto e sentou-se na cama, era o lugar onde Betsy e Laurence pernoitavam.

Bruce notou que os cabelos de Jamie estavam compridos e bonitos, havia notado desde que a viu na sala dois. Não resistiu e os acariciou. Ela tinha a pele morena e seus olhos castanhos.

_ Lembra-se de quando dormíamos juntos, e eu alisava seus cabelinhos, tão ralinhos e finos? – ela sorriu, seu sorriso fez com que ele se lembrasse da pergunta de Laurence, então ele ficou sério. Tinha tanta coisa pra dizer a ela que não sabia por onde começar – Eu... sei que se lembra de tudo que fizemos, e do quanto te amei. Mas agora você me deu outra razão para te amar de outra forma, Jamie.

Jamie entendeu o que ele quis dizer, e para sua surpresa, tentou falar.

Sua voz estava fraca e ela não pronunciava nenhuma palavra desde que gritou por sua mãe naquele dia em que a perdeu. Mesmo com todos os esforços que seus pais adotivos fizeram, inconscientemente ela não permitia que o som saísse. Mas ali, com Bruce, tudo mudou.

_ Meu... herói! – ela sussurrou apenas, mas era um começo.

Bruce ficou maravilhado com aquilo e a abraçou. Pensou no quanto quis ser o seu herói, e quantas vezes disse isso a ela sem achar nenhuma reação, pensava que ela não entendia. A verdade era que ela foi sua heroína, mas ele queria deixar assim.

Jamie afastou-se um pouco e deu um beijo em seu rosto. Bruce correspondeu e a beijou igualmente, mas ela não era mais uma menininha, era uma mulher. Ele procurou sua boca e a beijou devagar, e ela correspondeu segurando seu ombro.

Foi sublime para Bruce, que apertou seu corpo contra si.

_ Se eu viver até a velhice, - disse olhando em seus olhos bem de perto - esse será o momento que eu me lembrarei até lá, para sorrir e encher minha alma de felicidade.

Mas naquele instante, tudo que ambos queriam era sentir e sentir, não pensar.

Bruce deitou Jamie na cama e se recostou ao seu lado, perguntou se queria fazer amor com ele. Jamie o agarrou e disse “sim” sussurrando em seu ouvido.

Como se ainda não fosse a hora, a porta se abriu de repente. Era Laurence.

Os dois se levantaram.

_ Me desculpe! – disse segurando a porta aberta - Eu ia pegar minha roupa para tomar banho.

Ele não saiu do lugar, e Bruce puxou Jamie para fora.

_ É sua vingança... Capitão? – disse ao passar por ele, mas sorria, estava muito feliz para ficar bravo, e Laurence riu.

Depois do jantar, Betsy e Laurence fecharam-se no quarto. Eles não tinham uma noite de amor desde que chegaram a New York. O amor que um tinha pelo outro era intenso, um exemplo para Bruce que, mesmo “rosnando” para Laurence, gostava muito dele.

Em seu quarto, Bruce descobria seu amor também, que pretendia tornar igualmente intenso.

Jamie soltou um pouco sua voz enquanto se perdia nos braços de seu herói, conhecendo seu lado masculino, e tinha certeza de que não havia mais razão para o silêncio.

_ Bruce, eu te amo! – ela disse depois de sentir seu corpo vibrar de prazer pela primeira vez.

Eles prometeram nunca mais dizer adeus um ao outro.

FIM.

(Bilhete que Jamie escreveu para Betsy nas notas finais)


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Notas finais do capítulo

{{{Grace estava em frente a casa, e eu vi uma mancha de sangue em sua roupa. Eu me lembrei dela, quando foi à casa de Bruce para pedir a ele que matasse seu pai. Bruce achou que eu estava dormindo, mas eu acordei com o barulho da gaveta, ele pegava algo lá. Eu vi tudo até o momento em que ela foi presa, e quando ele rasgou a foto dela. Naquele momento, em frente a casa, eu sabia que ela queria mata-lo, o jeito como falava, a risada... Eu havia deixado mais cedo um bilhete para ele dizendo que o encontraria, não deixei meu nome por que achava que ele saberia que era eu. É, eu fui tola. Eu queria saber o que houve com meus pais de verdade, por isso procurava por ele, me lembrava de seu rosto, o jeito como ele me tratou... Eu o amei desde a primeira vez que o vi. Não queria que nada de mal acontecesse com ele por que se não fosse por ele eu teria ficado em um orfanato qualquer, e nunca fui tão feliz com alguém como fui com ele.
Eu a segui, desde o taxi, peguei o mesmo avião, e a segui por todas as ruas, mas queria achar Bruce antes dela para avisá-lo. Ai fui pega, ouvi quando ele disse que a queria em suas mãos, e quis fazer isso por ele. Eu procurei por ela de novo, sabia como ela estava, e a encontrei numa loja de roupas.
Eu fiz com que ela pensasse que eu tinha ódio de Bruce e queria me juntar a ela naquela vingança, e como eu tinha dinheiro e o dela havia acabado, foi fácil convencê-la. Grace é perversa e merece apodrecer na cadeia. E eu quero que Bruce seja feliz.}}}}
Ao seu lado ele será, Jamie!



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