Polícia - O Início escrita por judy harrison


Capítulo 20
O Confronto




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Bruce acordou para mais um dia de busca. Mal tomou o seu café e se arrumou para sair.

_ Bruce, querido, Por que não desiste? Ela talvez nem esteja mais aqui no país. – disse Betsy, preocupada, pois Bruce tomou aquela missão como prioritária e pessoal.

_ Não, mãe, ela não saiu daqui, está a minha procura, se lembra?

Betsy não quis falar, estava cansada de rezar pedindo proteção.

_ Não acha que está se arriscando? – Laurence também estava tenso com tudo aquilo, pois sua vida mudou, ele tinha que ficar em New York por causa de Betsy e lidar com um lugar que mal conhecia.

_ Eu só vou desistir quando ela estiver atrás das grades. Ela está esperando um momento para me pegar, mas eu estou preparado para ela.

Preparado para Grace, Bruce estava certamente.

Em uma delegacia do BronKs, Jamie entrou com um bilhete.

Na recepção ela deu o bilhete à agente que atendia as ocorrências daquela manhã.

_ Você quer encontrar o senhor Bruce Warwick? – disse lendo o papel - Se refere a Warwick, o investigador?

Jamie assentiu e deu a ela outro bilhete. Para que Bruce soubesse que era ela mesma, uma informação era importante. Jamie gostava muito do desenho “A Pequena Sereia” e eles assistiam juntos, tomando chocolate quente com biscoitos. Ele se lembraria daquilo.

A Agente ligou para o escritório e falou com ele mesmo que já estava lá.

A notícia junto à informação que confirmava que era mesmo Jamie o deixou contente.

_ Diga a ela que não saia daí! Eu estarei ai em alguns minutos.

Ele saiu logo, e no caminho para o local, as lembranças de quando ela era uma menina se projetavam em sua cabeça, mas aos poucos vinha outra imagem, ela já grande. Mas ainda havia a dúvida de não saber quem ela era.

Na delegacia do BronKs, ele já recebia outra notícia.

_ Ela pediu que você fosse a este local. – entregou o endereço escrito.

Depois de pedir detalhes de como ela era, Bruce teve certeza de que se tratava de Jamie. Sua desconfiança, porem, aumentou ao ler o papel que ela escreveu, percebeu que a letra era idêntica a do bilhete que sua mãe recebeu em São Francisco.

_ Ela me procurava quando foi encontrada!

Confuso, ele seguiu para o endereço, pensava se Jamie pudesse ter alguma ligação com Grace. Não viu sentido algum.

Mesmo assim, por precaução, chamou através do rádio uma viatura com três colegas, e pediu que Laurence estivesse entre eles.

Quando chegou, ele viu um lugar vazio em ruínas, era uma fábrica desativada. Com a arma na mão, ele entrou cauteloso.

_ Jamie? – chamou com a voz alta, mas insegura.

Lá dentro era um galpão com muitas pilhas de madeira sobre “palets” espalhadas em sua extensão. Jamie saiu de uma delas estava a dez metros dele.

_ Jamie! – ele sorriu. Almejou tanto vê-la de novo que esqueceu o risco que corria, e guardou a arma na cintura.

Então ele viu sair de trás da pilha que Jamie estava uma arma sendo apontada para a cabeça dela. E Grace se revelou em seguida, fazendo com que Jamie se afastasse um pouco para o lado.

_ Olá, Bruce! Finalmente nos encontramos! Jogue sua arma fora! Ou os miolos dela vão voar!

Bruce estava paralisado, não acreditava no que seus olhos estavam vendo. A mulher que ele mais odiava tinha nas mãos e sob sua ameaça a pessoa que ele amava.

Ele não teve outra escolha se não fazer o que ela mandou, e jogou sua Magnum em um monte de madeiras que tinha ao seu lado.

_ Uma diligência está vindo para cá, Grace! Você não vai escapar! Deixe Jamie ir. – ele tentava se controlar, estava tremendo, por Jamie.

Grace riu, e apontou a arma para ele. Jamie ficou no mesmo lugar, encarando-o fixamente.

Então Bruce ficou surpreso.

_ Jamie! Você armou pra mim? – disse com a dor da decepção, sentia-se tolo, estúpido.

Grace riu de novo.

_ Você matou os pais dela, arrancou a única coisa que ela tinha. Achou o quê? Que ela ia te amar? Cair em seus braços?

_ Eu não os matei!

_ Matou! E matou meus pais também.

_ Você é louca, sempre foi. – ele começou a observar Jamie ao lado dela, que parecia querer dizer algo a ele.

Grace se aproximou um pouco, deixando Jamie para trás de si.

_ Não sente medo de me ofender na posição que está, sabendo que seus minutos estão contados?

_ Eles vão te prender novamente, e você agora não terão as regalias que teve antes. Cela especial, propinas...

_ Acha que eu fui feliz? – ela gritou assustando-o, ainda apontava a arma para ele numa distancia de 5 metros – Não sabe o que eu passei naquele lugar! Você me colocou lá. – sua voz ficou macia – Podia ter me amado, podia ter ficado ao meu lado. Eu não quis matar a minha mãe, mas ela gritou, ia chamar a polícia!

Enquanto ela falava, Bruce sentia seu coração adoecer, ele a amou enquanto não a conhecia, desperdiçou seu tempo suspirando por ela, e noites acordado ouvindo música e falando seu nome, e até seu corpo chamava por ela. Nunca mais ouviu música depois daquilo.

_ Eu teria ficado se soubesse que era isso que você queria. Teríamos seguido juntos...

O riso dela agora era de tristeza.

_ Pra onde você me levaria? Pra onde uma “Patricinha” drogada vai? – Bruce viu então quando Jamie pegou uma taquara no chão – Responda! – ela gritou.

_ Eu não sei! – ele disse, estava apavorado, Jamie ia acertá-la por trás e esperava o momento certo, mas ele precisava distraí-la – Talvez se você tivesse me deixado ajuda-la...

_ Como me ajudaria, Bruce? Você matou meu namorado naquela noite. Lá você assinou sua sentença de morte. Era você que eu queria matar e não meu pai.

Atrás dela Jamie ia levantar a taquara e Bruce segurou-se ao máximo.

_ Olhe bem pra mim, Grace! – ele deu um sorriso atordoado, e imaginava o que Jamie ia fazer – Eu sempre amei você desde que éramos crianças! – Grace enfim estava chorando, mas não deixava a arma, ainda apontava para ele, decidida – Teríamos sido um lindo casal... Mas o destino nos levou pra caminhos diferentes! – Jamie levantou a madeira sobre a cabeça de Grace – Eu sinto muito!

Com uma força insuficiente, Jamie bateu a taquara nas costas de Grace, ao tempo em que Bruce se afastou. Ela gritou e caiu em seguida e a arma saiu de sua mão antes que ela puxasse o gatilho.

Naquele momento, a viatura chegou.

Bruce estava escondido, assim como Jamie, e Grace se recuperou da dor, na verdade estava drogada e nem se importou com o sangramento em suas costas causado por uma farpa. Se escondeu também, depois de pegar a arma.

Os policiais entraram e verificaram o lugar apenas com os olhos, Laurence estava com eles, e imaginou que Bruce estivesse em perigo.

_ Não tem ninguém aqui, Capitão! – disse um dos agentes.

_ Eu sei que tem algo estranho. Bruce não ia dizer que viria para cá se não viesse mesmo. Vamos vasculhar tudo.

Antes que ele acabasse de falar, Grace apareceu com Bruce com as mãos levantadas. Ela o havia surpreendido abaixado, pois ele estava à procura de Jamie e não percebeu sua aproximação.


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