Daredevil escrita por SebbyKitten


Capítulo 7
Capítulo 7 - Merrymaking


Notas iniciais do capítulo

olha, a inspiração é tanta que atualizei rapidinho.
nota: percebi que uma coisa em especial vem confundindo a cabeça de muita gente. Resumindo, sim, eu recomecei a história. É como um "universo alternativo", onde eu estou recontando a história de kuroshitsuji da minha maneira. Nada dos acontecimentos do manga/anime aconteceram aqui nessa fanfic, apenas o que está escrito nos capítulos.
agora chega de bla bla bla e leiam.



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O sol parecia estar mais forte que o usual. Espreguiçou-se na cama, bagunçando os lençóis em seus pés. Pela primeira vez em certo tempo, acordara com um sorriso no rosto. Sentia-se confuso, sim, mas principalmente completo.

Abriu os olhos, então. A luz forte o atacou as pupilas e o garoto foi obrigado a fechar o olho direito. Colocou a mão sobre ele, com o que o sol machucava sua sensível íris.

Porém, por que apenas o olho direito?

Deu de ombros, e se levantou. Decidiu fechar as cortinas, para poder abrir os dois olhos. Suspirando aliviado, foi se arrastando até o espelho de seu quarto. Coçando os olhos com os punhos, levantou a cabeça para ver seu reflexo.

SEBASTIAAAAAN

O grito pelo nome do mordomo ecoou pela mansão. O mesmo estava a preparar o café de seu amo, colocando uma tulipa recém retirada do jardim em um canto de seu prato. Com o que o grito ecoou, Mey-Rin deixou os pratos caírem e Baldroy acabou queimando o almoço com seu lança chamas. O adulto mal queria saber que estrago Finny havia feito no jardim.

Em um piscar de olhos, o mordomo já se encontrava à porta do quarto de Ciel, batendo delicadamente para receber a permissão de entrar.

– Entra logo, porra.

O moreno se alarmou rapidamente. Não era do feitio de seu amo usar palavras tão impróprias.

– Bocchan, algo errado?

– Por que você não me responde? – disse o garoto, girando em seus calcanhares para ficar frente a frente com Sebastian. Com os dois olhos redondos bem abertos, estava na cara o problema.

Bom, na cara literalmente.

Seu olho esquerdo continuava o mesmo de sempre. Uma grande íris verde esmeralda, envolvendo uma pupila negra. Porém, seu olho direito já era outra história. No lugar de sua íris e pupila, agora havia penas um círculo roxo vivo. Quase como se desenhado dentro da forma, havia um símbolo que Sebastian facilmente reconhecia.

O garoto bufou insatisfeito e foi se sentar em sua cama. – Achei que você teria a resposta para isso. Eu não estou o culpando, só quero saber o que houve. Você sempre tem a resposta para tudo...

– É minha culpa –

Ciel ficou parado, olhando para baixo. As mãos juntas, suas unhas curtas perfurando as costas uma da outra. Limpou a garganta, antes de falar, com a voz frágil:

– Como?

Sebastian andou até a borda da cama em passos lentos, se sentando devagar. Com as costas retas, olhava para o rosto do garoto, que continuava a encarar o chão.

– Minha... raça, possui uma cultura diferente. Quando nós achamos a nossa alma em um ser humano, nós comprometemos nossa eternidade na proteção desse ser. Antes, há muito tempo, sérias brigas aconteciam entre nós, que encontrávamos o mesmo humano. Guerras, mortais assassinados. Nada muito... bonito – o mordomo tirou suas luvas, deixando o garoto ver, pela primeira vez, a marca que possuía nas costas de uma das mãos. A mesma que se encontrava estampada em seu olho.

– Isso mudou, há algumas décadas. Com medo do mal que poderia acontecer no futuro, nós fomos encarregados de marcar nossos humanos. Fazer-nos, oficialmente, deles. Entenda, minha raça não possui ninguém. Nós pertencemos, somos feitos escravos do que vocês humanos chamam de... amor. – Ciel deixou um pigarro escapar, quase se engasgando.

– Eu me achei em você, Bocchan. No poder da sua alma, na força da sua personalidade. Durante toda a sua vida, até agora, você era tratado como um garotinho indefeso. Porém, eu sempre o vi como o grande magnata que viria a ser. Sempre vi esse lado forte e venenoso, que me encanta tanto. Veja, eu venho o acompanhando faz muito tempo. Porém, esperei o tempo certo. Não, não queria que tivesse sido desta maneira. O que mais me dói a ver o senhor machucado. Porém, me satisfez ganhar a chance de poder, finalmente, me apresentar ao senhor. De poder cuidar do meu amo, me fazer presente e evitar sua tristeza. – o mordomo abria um sorriso discreto, porém sincero, enquanto seus olhos encaravam as janelas fechadas.

– E, o beijo de ontem, foi a minha certeza. A minha certeza que eu quero pertencer ao senhor. E está aí. A marca. A marca que prova que eu lhe pertenço. – Sebastian assentiu para si mesmo, virando o rosto para encarar o perfil de seu amo.

–... Raça? – foi a primeira palavra frágil que escapou os lábios de Ciel.

– Demônios, senhor.

O menino finalmente levantou o rosto. Seus olhos estavam marejados, e se via o visível esforço que o impedia de chorar. O mordomo esticou a mão para lhe acariciar o rosto, porém o menino apenas se desviou do toque. Sebastian engoliu em seco, a dor nos olhos de seu mestre o doendo o coração.

– Por favor, Bocchan, eu nunca faria nada para machucá-lo... – disse o demônio, com a voz fraca.

– Eu estou com raiva de você! – exclamou o menino, colocando os pés na cama e abraçando seus próprios joelhos – Você me enganou esse tempo todo... Mentiu para mim! E eu que achava que você era o único verdadeiro comigo... – o menino fungava baixinho, já falhando em segurar as lágrimas -... Talvez a Lizy tivesse razão, afinal...

Sebastian respirou fundo, olhando para baixo. Ciel ficava encarando seus próprios joelhos, a cabeça apoiada entre eles. – E o que mais me traz raiva... é o fato de isso tudo não me assustar.

O mordomo levantou a cabeça, agora finalmente encarando os olhos de Ciel. Os dois se olhavam profundamente, em um silêncio pesado.

– Você me... ama? – perguntou baixinho o menino.

– Desde o primeiro momento em que o vi. –

O punho do garoto bateu forte contra os lençóis, as lágrimas caindo mais forte de seus olhos. Ele agarrou seus travesseiros, os tacando do outro lado do quarto. Sebastian apenas o observava em silêncio, esperando pelo melhor.

Ofegando, o menino finalmente parou de tacar as peças da cama pelo quarto, e ficou sentado entre os lençóis, em silêncio, as lágrimas escorrendo por suas bochechas pálidas.

– Se o senhor quiser... é só uma palavra. Uma palavra e eu sumo. Para sempre –

Ciel levantou o rosto, suas feições franzidas em desespero. O corpo frágil e pequeno do garoto se tacou em direção do demônio, seus braços envolvendo o pescoço do mordomo.

– Não. Não me largue – seus olhos eram urgentes, sua respiração pesada. As lágrimas escorriam mais pesadas, sua expressão dividida entre a raiva e a paixão. – Não me largue nunca –

Seus lábios colidiram, o aperto de Ciel envolta do pescoço do demônio aumentando. Os braços longos do mordomo envolveram sua cintura delicadamente, porém com urgência. Os lábios do menino beijavam delicadamente os do adulto, seu corpo delicado envolvido pela larga postura do alto. A boca de Ciel se abriu devagar, sua língua tímida encontrando a do moreno. Em um beijo desesperado, porém devagar, eles se entregavam. Esqueciam a raiva e rancor e deixavam a única palavra os consumir.

Eu te amo



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Notas finais do capítulo

OH MEU DEUS sim eu me diverti muito escrevendo esse capítulo. Tive a ideia cinco horas da manhã e acordei pronta para escrever. Não, nos capítulos anteriores o Ciel não possuía seu charmoso tapa olho. Porém, agora ele irá!
Sim, na minha fanfic o Sebastian é sentimental. Me deixem em paz ;_;
E eu inventei todo esse negócio de demônio, amor e etc. Minha fic eu faço o que eu quero
e ficou até bonitinho
espero que tenham gostado!
NOTA: Eu escrevi esse capítulo escutando Luminous - Jedward. A música para mim e muito SebaCiel, e é muito linda ;_; se quiserem ouvir, seria excelente.
comentem, favoritem, façam o caralho a quatro.
NOTA2.0: http://images6.fanpop.com/image/photos/32700000/Ciel-ciel-phantomhive-32739209-500-190.gif http://images6.fanpop.com/image/photos/32800000/Ciel-Phantomhive-GIF-Kuroshitsuji-anime-32826546-400-225.gif EU FICO CONFUSA CARALHO, O GAROTO MUDA DE COR