O mar estava batendo naquele dia. Era a primeira vez que isso acontecia. O vento estava forte. Calypso acordou durante a noite, com medo do barulho forte que vinha do mar. Sentou encolhida, tremendo de frio.

                Ficou nessa posição durante horas, mas então o mar se acalmou, o vento cessou e o Sol voltou a brilhar. No mar surgiu uma balsa pequena e de madeira. Seu tão conhecido Hermes desceu da balsa, vestindo sua roupa de trabalho.

                Calypso se levantou e correu até Hermes, que a recebeu com um abraço fraternal. Ele se afastou e seu rosto estava sorridente.

- Ganhamos? – ela perguntou.

                Hermes fez que sim com a cabeça e Calypso soltou um grito de entusiasmo. E então ficou séria:

- E quanto a Percy?

- Se provou um herói. – o deus falou, com um sorriso.

                Ela sorriu de volta. Estava feliz. Cronos havia sido derrotado, então seu pai também.

- E quanto ao mar e ao vento? – ela perguntou. – O que aconteceu?

                Hermes sorriu e a segurou a mão de Calypso entre as suas. As mãos do deus eram quentes e eram conhecidas por ela.

- Você está livre. – ela falou.

                Por sorte Hermes era forte, porque Calypso desmoronou. Ele a segurou quando estava a milímetros do chão e quando a garota se firmou, Hermes apontou para a balsa. Calypso entendeu, mas antes precisava dar uma última olhada naquele lugar. Olhou ao redor e pronto. Subiu na balsa, acompanhada de Hermes.

- Por quê? – ela conseguiu perguntar, quando a balsa começou a se mover lentamente.

- Foi um pedido de certo herói. – Calypso o encarou, esperando mais informações. – Quando vencemos a batalha, Zeus concedeu a Percy um desejo, por ter se mostrado capaz. Ao contrário do esperado, ele não escolheu a imortalidade. Ele é um garoto justo, o Percy. Pediu o devido respeito aos deuses menores e pediu algo para você. – tudo ao redor dos dois tremulou, mas a balsa continuou firme. Calypso fechou os olhos e, quando abriu, não estava mais no mar que ela tanto conhecia.

                Hermes segurou a mão de Calypso e então estalou os dedos. A garota sentiu um puxão na barriga e fechou os olhos, sentindo cócegas. Quando voltou a abri-los, estava em um lugar completamente diferente de qualquer outro que ela já havia estado.

- Bem vinda ao Olimpo, querida Calypso. – Hermes falou.