Fallen In Love escrita por MatheusSouza


Capítulo 9
Capitulo 9. Explicações


Notas iniciais do capítulo

Finalmente dei um fim no dilema de Nora sobre o passado de Patch. Ei, senti falta de vocês nas review, sei que fiquei muito tempo longe, mas "Fallen In Love" voltou, pessoal!



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“Ainda estou esperando pela sua explicação...” Eu disse, reprimindo-me logo em seguida por ser tão rude com ele. “Desculpe, é que eu quero mesmo saber.”

“Eu sei, anjo, no seu lugar eu também ficaria nervoso. Há muita coisa da qual eu preciso lhe contar, mas, esse segredo vai além de mim. Envolve pessoas que você conhece, tem certeza que quer mesmo saber?” Seu olhar era compreensivo e sua voz cuidadosa e carinhosa.

Eu estava sentada de frente para ele na cama. Se ele era perigoso ou não eu não sabia, mas eu não sentia isso. Estar com Patch sempre me fazia sentir extremamente protegida.

“Sim, eu quero.” Eu não tinha mais tanta certeza. Como assim “pessoas que eu conheço”? Ele conhece alguém que eu conheço, por acaso? Fiquei com uma expressão de curiosidade no rosto, porém me mantive paciente, o que quer que ele fosse contar, não deveria ser fácil, se fosse tão grave assim como eu imaginava.

“Eu já conhecia você. Antes mesmo de nos conhecermos, err, pessoalmente, eu já conhecia você.”

“O que você quer dizer com isso?”

“Antes mesmo de você me conhecer, eu já sabia que você era Nora Grey, que tem uma mãe chamada Blythe, estudou na Coldwater High School, que nasceu em Coldwater, tem um pai que morreu logo cedo.”

“Como?” Comecei a ficar assustada ao ouvi-lo falar aquilo, ao ler o livro, eu já sabia sobre a riqueza de detalhes que ele tinha, mas ouvir de sua voz fazia tudo parecer real. Não era uma simples coincidência, disso eu tinha certeza.

“Porque eu também era de Coldwater, eu estudei na Coldwater Elementary School, junto com você, até os 10 anos.”

“Eu não me lembro disso...”

“Isso é porque você não se lembra de nada.”

“Claro que não, eu lembro-me muito bem do colégio. Do meu melhor-amigo...” Lembrei-me do Scott Parnell, meu amigo desde a infância e primo de segundo grau, eu pouco tinha o visto desde então, ele decidiu ficar no Maine e eu decidi ir atrás do meu futuro. Provavelmente, Scott ainda trabalhava no velho Parnell’s Bar que pertence à seu pai.

“Tente lembrar-se de algo em especial, de uma feira de ciências, do nome das suas professoras...”

“Como você quer que eu me lembre? Já faz uns 300 anos que não vou àquela escola, provavelmente nenhum dos professores leciona lá mais...” Patch parecia estar transtornado, eu queria acreditar na sua história. Mas é que era tão impossível, eu me lembrava daquela época, não especificamente como ele queria, fazia muitos anos...

Ele levantou-se da cama e meu coração gelou. Será que ele tinha desistido?

“Patch, por favor, não vai, é só que... Eu ainda não estou completamente convencida disso, talvez tenha mais alguma coisa que você possa me falar e talvez possamos resolver isso, acho que não se passa de um mal entendido, você deve ter me confundido com outra pessoa ou algo assim.” Eu sabia que isso era impossível, também. Como ele saberia tanto sobre mim? Minha cabeça estava dando nós, eu tentava fazer o que ele pedia e era como se eu tivesse tendo acesso à um DVD arranhado, só conseguia focalizar as mesmas imagens, extremamente superficiais, nada realmente importante que pudesse confirmar a presença dele lá.

Patch foi até a cadeira da escrivaninha e acendeu a luz, pude ter uma visão geral do seu quarto. Era maior do que eu imaginava, tinha um grande guarda-roupa e uma televisão de LCD imensa presa à parede. Ele abriu o zíper da mochila, fazendo aquele barulho característico, pegou alguma coisa e depois fechou. Ele estava com sua jaqueta em mãos (aquela que o deixa extremamente sexy) e pegou dali uma foto.

Ele veio até a mim e a deu em minhas mãos. Meu coração estava à mil naquele momento. Virei a foto com cuidado e quase desmaiei assim que a vi.

Lá estava eu, Patch e Scott, abraçados no antigo refeitório da minha escola. Eu comecei a chorar, descontroladamente. Patch veio e me abraçou, eu me sentia tão segura naqueles braços, finalmente eu entendia o porquê.

Como ele poderia ter sumido assim da minha mente?

“Como eu fui te esquecer?” Disse, entre soluços.

“Calma, anjo, eu vou lhe explicar.” Ele esperou mais um pouco, até que eu me recompusesse. “Quando estava grávida de você, sua mãe descobriu que seu pai teve um caso com a minha mãe. Ela ficou grávida e daí eu nasci, apesar da minha mãe negar sempre que eu fosse filho do seu pai, ela sempre teve desconfiança, porém sempre me tratou com igualdade, assim como tratava todas as crianças, apesar de tudo, ela ainda era muito amiga do meu pai, e foi a minha madrinha. Meu pai era um homem extremamente bom, mesmo depois da traição, ele me assumiu como seu filho.”

“Como você sabe que não é filho do seu pai?”

“Antes de ele morrer, nós fizemos um teste de DNA e deu negativo, eu não contei a minha mãe, ela já estava arrasada demais com a morte dele. Antes do DNA, e antes de eu saber que era um filho bastardo, criei um laço de amizade muito forte com você, assim como o Scott, o seu primo. Aos 10 anos, nós começamos a namorar, o seu primo não gostava disso, porque eu acho que... Ele meio que gostava de você também. Quando sua mãe descobriu, ela pediu que eu desistisse de namorar você. Sem motivos, eu não cedi. Foi então que Scott me disse, que você podia ser a minha irmã. Você acabou contando a mim e arrasados, nós combinamos de fugir. Nós só tínhamos 16 anos, mas nada importava. Peguei o carro do meu pai, nós íamos pro outro lado do país.” Ele falava nós, mas era como se aquela não fosse eu. Não me lembrava de nada. “Mas nós sofremos um terrível acidente, eu acabei perdendo o controle. Eu saí quase ileso, fora um braço ou perna quebrado, mas você... Você teve sequelas.” Ele deu uma pausa, agora era eu quem o consolava.

“Calma, você não teve culpa.”

“Claro que tive, anjo, era eu quem dirigia o carro naquela noite.”

“Você fez o que eu pedi, só estava me ajudando.” Patch ficou mais alguns minutos chorando, eu o beijei no rosto, pois não sabia quais eram os meus sentimentos depois daquelas revelações. E se nós realmente fôssemos irmãos?

“Você perdeu a sua memória, tudo o que você sentia por mim foi perdido naquele acidente. Eu tinha causado a minha ruína, você nunca mais poderia me conhecer.”

“Não, eu estou aqui...” Disse, colocando minhas mãos no rosto dele, segurando-o.

“Eu fiz uma promessa, anjo. Para a sua mãe, ela me fez prometer que eu nunca mais te veria, para que você esquecer de vez quem eu fui e todos os problemas que você me causou. Eu fiquei apenas observando-a por anos, eu vi a fase em que você entrou em depressão, eu sabia que você tinha problemas, uma vez, eu a segui em um jantar de aniversário da sua mãe, quase fui pego, mas acabei descobrindo sobre seus distúrbios alimentares devido à suas constantes idas ao banheiro e a outros sintomas. Conversei com a sua mãe e ela me repreendeu, eu deixei o país por um ano e voltei, querendo vê-la. Mas eu não podia...”

“Você fez o que devia.”

“Eu então decidi começar devagar, eu fiz aquilo para chamar a sua atenção, ver se você ainda se lembrava de alguma coisa. Inventei a história em que nós ficávamos juntos e coloquei a situação do filho bastardo e a irmã postiça em outros personagens, Clara e Charlie.”

“Sim, claro.”

“Mas, você não se lembrou. Porém, foi atrás de mim, e aqui estamos. Eu entenderia se você decidisse me deixar, sua vida estava ótima até que eu chegasse, eu não deveria tê-la contado esta história...”

“Não, eu não era nada até agora. Eu sempre senti um vazio depois que saí de Coldwater, mesmo com toda a realização profissional, eu sabia que tinha algo errado. E era você, você era a peça que faltava.” Eu acaricio o cabelo dele.

“Eu posso ser o seu irmão...”

“Eu te amo.” Eu disse beijando-o, e logo em seguida, fizemos amor.

Naquele momento, nada importava, mas eu tinha certeza, tudo entre nós ficaria diferente a partir de agora.


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Notas finais do capítulo

Vejo vcs nas reviews!