Equinocio escrita por Ana Carolina Correia


Capítulo 7
Delírios


Notas iniciais do capítulo

Bem meninas mais uma vez me desculpem pela demora... Fim de ano, ferias isso tudo me deixa bem léza rsrs
Eu gostaria de pedir pra v6 que se dão ao trabalho de marcar a historia em seus acompanhamentos e até pra v6 que favoritaram a fic que comentem... Eu não sei a opinião de metade de v6 e assim fica difícil.
É só por um gostei o até mesmo um odiei... não precisa de muito.
Bem reclamações a parte eu gostaria de agradecer as lindas que favoritaram a fic! Kah Moon e Ketri Madelenny obrigada!
A e agradecer a CAmilaMoroli que tem me ajudado muito!
Meninas ela realmente é brilhante super indico qualquer historia que ela escreva rsrsrs
bem é isso, Até la embaixo



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– Olá, Allie! É bom vê-la novamente.

O choque fez com que Allie se fixasse no lugar. Ela simplesmente não sabia se corria para pegar uma toalha para se cobrir ou se avançava na direção de John para esbofetear-lhe a cara.

Ela, por fim, decidiu pegar a manta que estava sobre uma das poltronas do quarto e se enrolar na mesma.

– O que Diabos você está fazendo aqui? Ficou louco por acaso? Ou veio cumprir sua ameaça e me matar...

– Bingo! Vim cumprir minha promessa e lhe dar o que você merece – disse John, cortando a moça. – Já chega. você não acha? De apenas prometer? Hein?

– Eu já disse que não sei o que fiz pra você me odiar tanto! Eu não sei o que você quer! – ela destacou cada palavra da frase.

– Mas eu não já te disse que quero te matar? Achei que já tivesse deixado isso bem claro...

– O motivo...

– O motivo não importa. – John a cortou de novo. – Escute muito bem o que eu vou lhe dizer... – ele a pegou pelo braço de forma brusca, fazendo com que ela ofegasse sem querer. – Eu vou entrar nesse seu joguinho. Esse de quem não sabe de nada, mas eu já aviso que pra mim não faz diferença.

Ele pegou o pulso de Allie e o virou para cima para que uma listra grossa, a marca de uma queimadura, ficasse à mostra.

Você é a mesma Allie. E eu ainda vou me vingar.

– Você tem mesmo a doença da vaca louca? Ou foi infectado por outro ser unicelular desconhecido? – provocou Allie. Ela já tinha decidido que o contra ataque, no caso de John, era a melhor defesa. – Ou você simplesmente vai me matar por eu ter uma marca de queimadura?

– Adivinha? Não importa. Você vai morrer de qualquer forma.

Allie sentiu suas pernas cederem enquanto caía lentamente sobre o chão frio do dormitório. Sua mente viajou e ela se sentiu flutuar como quando era medicada e sua mente criava imagens engraçadas, mas dessa vez não era mais uma das imagens desconexas que preenchiam sua mente. Era o rosto de John. O rosto do infeliz flutuava, e cada vez mais Allie perdia o foco.

De repente, Allie não estava mais em seu quarto.

Ela sentiu o calor sufocante e a fumaça que ela inalava fazia com que seus olhos lacrimejassem. Tentou se situar e tudo que conseguiu perceber era que algo lhe feria o pulso. Ela estava presa. Presa por um grilhão que a prendia em um tronco como o que era usado para açoitar escravos. O metal estava em brasa e feria sua pele.


Olhando em volta, viu que não estava sozinha. A multidão que a cercava gritava ofensas e coisas absurdamente ruins. Allie experimentou olhar a si mesma e viu que não estava mais enrolada em sua manta velha e tampouco estava com a lingerie que há minutos usava. Ela vestia uma camisola de algodão branca que muito mais parecia uma burca do que uma camisola.

– Queimem! Queimem as malditas...

– Queimem no fogo do inferno!completou uma velha gorda e com uma cara tanto rechonchuda quanto encardida.

Só então Allie viu que não estava só em seu tormento. Junto dela, na fogueira, estavam outras duas moças que agonizavam.

Allie estava tão intertida absolvendo os detalhes da cena, e a confusão era tão grande, que ela tinha quase esquecido da dor. Quase. Afinal, onde ela estava? Que roupas eram aquelas? Quem eram aquelas pessoas?

Estava tão atordoada que mal notou a presença de alguém conhecido.

Quando olhou em frente, viu o pivô de todos os seus atuais tormentos. John.

– John! – gritou a moça.

E foi com esse grito que ela despertou.

Amber a amparava como uma mãe ampara seu filho.

– Acalme-se, Allie! O que houve? – a voz de Amber beirava o pânico

O rosto de Allie estava coberto de lagrimas e suor. Sentindo algo que começou como uma fisgada no braço, ela se levantou do chão, levando a mão direto ao pulso.

– Ah!

– O que foi? – perguntou Amber.

– Meu pulso! Olhe – disse Allie, erguendo o pulso para que amiga pudesse ver com clareza.

– Ah, meu Deus, Allie! Como você fez isso? Foi por isso que desmaiou? Não era onde você tinha aquela queimadura horrorosa do verão de 2002? – Amber falou rapidamente, deixando Allie sem saber o que responder.

– É. Eu não fiz nada, eu também não estava desmaiada. Acho que estava só delirando...

– É possível, já que você acordou com esse grito pavoroso, chamando por nosso querido, amado e gato professor de anatomia. Levante-se, nós vamos até a enfermaria...

– Não! Você pode me fazer um curativo, Amber, eu posso me fazer um curativo! Somos quase médicas...

– Ah, é? Mas quase médicas não receitam medicamentos. Ande, Allie, não banque a lesada!

– Eu não quero medicamentos, Amber! E também não quero ninguém questionando como consegui essa coisa!

– É mesmo, como você conseguiu reabrir a queimadura?

– Eu sei lá! Eu...

– Ora, Allie! Você é minha melhor amiga, eu também sou sua melhor amiga. Qual é? Vai guardar segredos de mim?

– Não estou guardando segredos, Amber! Eu realmente não sei.

– Bem, se você não sabe o que aconteceu, não precisa explicar o que houve.

E dessa forma, Amber conseguiu levá-la até o ambulatório.

Eu sempre conto o que ocorreu com Allie e suas irmãs. Bem, então vamos sair dessa mesmice e vamos tratar de outro ponto de vista.

John havia acabado de sair do quarto de Allie. Ele a deixou estatelada no chão de seu dormitório.

Agora seu plano estava começando a sair do papel. Fazer Allie provar do próprio veneno ia ser muito bom e também seria uma ótima forma de fugir do tédio e se manter intertido.

Já fazia muito tempo desde que a conhecera. Ainda se lembrava da primeira vez que pôs os olhos nela. Lembrava-se também de como era feliz, de como se apaixonara perdidamente. E lembrava-se mais ainda de como se sentiu quando soube que tudo não passava de uma armação. Tudo para conseguir o que queria.

Alliendry era assim. Suja. Inescrupulosa.

As virtudes que tinha visto nela a princípio, deixaram de existir quando soube de toda a verdade. Quando descobriu que ela o tinha usado para completar o seu maldito ritual. Quando soube que não passou de uma ferramenta em suas mãos.

Muito tempo tinha se passado desde então.

Ele mudara. E apesar de sua aparência, não era mais um jovem tolo. Não deixaria que as lágrimas dela o convencessem. Era apenas mais uma de suas armadilhas. Assim como ter se escondido entre sua descendência. Sua não! De sua irmã mais nova. A que realmente fora apaixonada por John.

Pobre Coraline. Allie tinha destruído a vida da própria irmã.

Mas isso era passado e ela pagaria por tudo.

Já tinha começado. Tê-la feito reviver a sensação de ser queimada na fogueira de Silent Hill foi o ápice de seu dia. Com sorte, a cicatriz da queimadura abriria novamente.

Mas ele tinha que bolar o próximo passo de seu plano. Tudo tinha que sair de forma tão perfeita quanto havia saído desta vez.

Viram só, humanos? Eu disse que seria interessante ter outro ponto de vista.

Enfim. Quantas vezes eu tenho que lhes dizer que as aparências enganam? Aposto como todos classificam o nosso nem tão querido senhor Morrison como louco, quando na verdade ele não passa de um pobre coração partido.

Mas vocês não devem julgar nenhum dos lados ainda. Esta é apenas uma parte da história. Não devemos tomar conclusões precipitadas.

As mentes de John e de Allie são muito confusas. Isso acontece com consciências muito antigas.

Vamos a mais uma reflexão moral.

Vocês acham que todo o sofrimento do mundo está ligado ao mal?

Eu posso lhes dizer que não.

Até mesmo as consciências mais antigas, como eu, precisam do espaço que vocês nos dão para agirmos.

Isto se aplica às forças malignas também.

Vocês, humanos, foram agraciados com uma coisa chamada livre arbítrio e isso lhes dá o direito de decidir o rumo das coisas.

Acontece que fatos são desencadeados desde sempre e esses fatos os levam a determinadas circunstâncias. Circunstâncias que não são totalmente imutáveis.

Há sempre mais que um caminho, e a escolha sempre será sua!

Então pare de pensar coisas como: “eu não tive escolha” ou “eu não posso fazer nada a respeito”. Você pode. Só precisa decidir.

Vejam o que aconteceu no caso de Allie e John. No começo as coisas eram de uma forma, mas as circunstâncias mudam! O tempo passa.

Lembra o que eu disse sobre a vida de vocês, humanos, ser totalmente circunstancial?

Era isso que eu queria dizer. As coisas mudam e se você não for capaz de acompanhar essas mudanças, pode acabar perdendo as melhores coisas.

Enfim! Acordem! Parem de se lamentar e comecem a viver as mudanças em suas vidas miseráveis!

Vamos voltar para a história. No momento é o melhor a se fazer.

Allie estava saindo da enfermaria, amparada por Amber.

Ela estava tonta como alguém que acabou de ser dopado. É, faz sentido, já que era o que tinha acabado de acontecer.

Amber a estava questionando para saber o que tinha acontecido e as únicas formas de fazer a amiga se calar eram: entupi-la de chocolate ou contar toda a verdade, e como Allie não tinha chocolate, disse à amiga que quando chegassem ao dormitório, lhe contaria o que aconteceu.

Elas chegaram ao quarto e logo que entrou, Allie se jogou sobre a cama. Estava exausta e com a sensação de que logo apagaria. Não tinham muito que fazer, já tinham perdido metade das aulas do dia, então decidiram que não voltariam para a ala universitária. Allie porque estava dopada, e Amber porque estava curiosa.

– Anda logo! Me diz o que aconteceu. Como você reabriu sua cicatriz? – questionou a moça. Ela sabia que algo errado estava acontecendo.

– O senhor Morrison esteve aqui...






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Notas finais do capítulo

iai? o que vocês acharam?