Na hora do almoço Sam não quis ir ao refeitório, andou por corredores desertos e se sentou no fim de uma pequena escada, se encostou na parede cansada, pensando no que iria acontecer quando viu alguém se aproximando.

Ela se levantou sorrindo.

- Kay!! - Disse sorrindo aliviada em ver um rosto amigo.

Kacey se assustou quando a viu, desviou o olhar e saiu andando rápido pra outra direção.

Sam a olhou se afastando sem entender, quando sentiu um balde de água fria em sua cabeça.

E era mesmo, quando virou pra ver quem a molhara, viu Lizzie, Belinda e Hannah, rindo dela.

- Até sua amiga te jogou fora né!! – Disse Belinda tirando sarro

- É porque você sempre foi um incómodo aos outros! – Disse Lizzie a olhando de cima.

- Uma pessoa comum feito você se atrevendo a estudar num colégio como esse. – Disse Hannah a desprezando.

- Apresse-se e saia logo daqui! - Disse Lizzie com a voz mais firme.

- Sua Pobre! – Disseram as três juntas e riram.

Sam estava com choro entalado na garganta, mas não iria chorar na frente delas.As três saíram rindo.

Sam viu as três saindo e andou o mais rápido que pôde pro único lugar que ela gostava em toda essa enorme escola.

Em poucos segundos, Sam abria a porta da escada de incêndio e se apoiava nela.

Com choro preso na garganta, quase não respirava direito.

Desceu as escadas pisando fundo.

- Droga!.... Droga!! – Exclamou dando socos na perna.Se sentou no ultimo degrau segurando o corrimão, seus olhos estavam completamente molhados e lágrimas já escorriam por seu rosto. - Droga!! - Ela tirou a mão que segurava o corrimão e deu mais um soco nas pernas.
Ela respirava alto olhando pro chão.

- Pa...re com isso, pode ser?

Sam quase pulou com o susto.Ela olhou em volta mas não viu ninguém.

Tentou olhar pra outra escada e aí sim viu, e pra seu horror era Zander, um dos F4, não sabia se aguentaria mais maltratações.

Ele estava sentado na escada, lendo um livro, não olhou pra ela quando ela colocou a cabeça pra dentro.Sam se levantou cabaleante, ainda continuava a olhar Zander.

- Não fique reclamando por aqui! – Zander lentamente levantou a cabeça e olhou pra ela.

Sam respirava rápido por causa do susto e nao tirava os olhos dele.

- Então era você mesmo!

Ele levantou e foi subindo as escadas até chegar na sacada onde ela estava.

- Como? – Perguntou Sam incrédula.

- Será que você poderia parar de se desestressar aqui também? – Ele encostou do muro e olhava pra ela.
Sam o olhou assustada. Desviou o olhar.

- V...você tem me ouvido... todo esse tempo.?

Ele a olhou e deu uma viradinha na cabeça e que fez,Sam entender que era um sim.

Ela suspirou.

- Sinto Muito!... – Disse Zander indiferente - Mas essa escada de emergência é o meu local!

- Hã?! – Disse Sam nervosa e quase sem voz

- Eu gosto daqui! – Disse ele brusco olhando pra fora de novo - Não quero que você me atrapalhe!

Ele a olhou de novo e depois voltou a ler o livro dando a conversa por encerrada.

Sam continuou olhando pra ele sem saber o que esperar, ele percebeu que ela não tinha ido embora e a olhou sem mexer a cabeça.

Sam finalmente entendeu, virou de costas e foi saindodevagar.

Zander levantou a cabeça e ergueu as sobrancelhas.

- Você é que está com problemas não é?! – Disse ele indiferente, fechou o livro e foi subindo as escadas lentamente

Ela o olhou surpresa.

Sam o viu saindo sem entender nem acreditar no acontecido.

Ela viu que não era nenhuma brincadeira ou nenhuma piadinha, se sentiu aliviada por poder ficar ali e esboçou um pequeno sorriso.

Enquanto ia ao trabalho naquele dia mais tarde, Sam pensou em Zander e em como ele tinha sido gentil com ela e sorriu.

Freddie a olhava de dentro de seu carro altamente luxuoso, ele tinha o costume de verificar se as pessoas a quem ele tinha mandado a tarja vermelha estavam o mais tristes possiveis e se já tinham tomado a decisão de mudar de colégio, e quando viu Sam sorrindo sentiu seu sangue ferver de ódio.

Mansão dos Benson

Já era noite, Freddie estava em sua piscina de muitos metros quadrados e sorria enquanto enfiava a cabeça de uma garoto embaixo d'água. Já tinha outros dois deitados, molhados e que faziam grande esforço pra respirar.

Ele estava do lado de fora, seco envolto ao seu aconchegante , levantou a cabeça do garoto e fez o olhar nos olhos.

- Aquela garota parece não estar atingida. O QUE ESTÁ ACONTECENDO?

- Minhas desculpas - O garoto mal conseguia respirar e nem sabia como tinha conseguido falar - Amanhã sem falta...

-Mas foi interrompido, Freddie empurrou sua cabeça pra dentro d'agua de novo.

- Você sabe as consequências de falhar não é?

Trabalho da Sam

- Eu acho que o melhor seria transferir de colégio. - Carly estava sentada e olhava Sam que trazia os cartazes pra dentro da loja.

- Você acha mesmo! - Disse a loira com ar cansado e se sentou de frente pra amiga em um baquinho.

- Claro. - Carly estava exasperada - Sam...

- Esse Benson é filho de um plurocrata? - Jay surgiu do nada de detras do balcão fazendo Sam e Carly se assustarem com sua repentina aparição.

- Jay, desde quando está nos ouvindo? - Sam mantinha a mão no coração sentindo os batimentos acelerados.

- Então é verdade - Jay levou isso como um afirmativo - Ele deve ter contatos com o submundo. - Ela passou pelas meninas e olhou pra cima com cara de paisagem - Eles fazem qualquer coisa pra te "apagar". - E olhou pra Sam.

- Apagar? - Sam sentiu um frio na espinha e mal conseguiu falar.

- Meu antigo namorado se virou contra esses poderosos... ele era traficante de armas e nem sabia. - Jay virou e olhou pro nada de novo, perdida em pensamentos.

- Ei Jay, que tipo de vida você acha... - Sam estava preocupada com as paranóias da chefa, mas foi interrompida pela mesma e num movimento rápido a olhou séria.

- Sam, aconcelho você a realmente ter cuidado.

Nem precisa dizer que a loira sentiu todos os ossos de seu corpo tremerem, mas se conteve e apenas afirmou com a cabeça.

Na manhã seguinte Sam se aproximou do armário muito cautelosamente, espera de tudo já que vinha de Fredward Benson, poderia até esperar que o armário explodisse.

Parou na frente dele e respirou fundo, estendeu a mão pra abri-lo devagar.

Antes mesmo de poder abrir o armário todo caíram cobras de dentro dele, Sam soltou um grito que percorreu todo o andar, os alunos correram assim que viram as cobras se mexendo em frente ao armário da loira.

Sam tinha caído no chão, agarrou a mochila e se afastou o máximo que pode até sentir um par de pernas em suas costas, olhou quem era e viu 3 garotos, os “capachos” do Freddie (os que ele tinha afogado ontem).

- O que foi? - Ela tentou reunir o máximo de coragem que ainda tinha pra pronunciar aquelas palavras.

Eles a pegaram com força e a arrastaram até o último andar da escola entraram num laboratório aparentemente vazio e enorme.

Sam gritava e tentava se soltar, mas os 3 homens contra ela, não tinha como...

- Cubra a boca dela - Disse o primeiro garoto, cheio dos gritos dela.

- PARE - Foi a ultima coisa que ela conseguiu dizer antes que tapassem a boca dela.

Eles a jogaram no chão e cobriram a boca dela com um pano, um deles pegou um banco e se sentou nele colocando as pernas do banco de um jeito que Sam não pudesse se mexer.

Sam esperneava, estava com medo e não queria nem imaginar o que pretendiam fazer com ela.

O garoto que estava mais atrás tirou uma faquinha do bolso e começou a arrebentar os botões do paletó da Sam, e logo depois abriu a camisa.

Quando o abriu, Sam sentiu ele passar a mão pela barriga dela, seu coração só faltava sair do peito e seu medo só aumentava, tentava se libertar mais não conseguia pelo banco que estava em cima dela e pelo outro garoto que segurava seus braços.

O garoto subiu as mãos e colocou a mão nos seios da Sam a fazendo soltar uma lágrima de desespero.

Sam tentava fazer de tudo pra se soltar mas não conseguia, seus gritos eram abafados pelo pano em sua boca, sentia nojo daquelas mãos em seu corpo, só o que conseguia fazer era rezar.

O menino tirou a mão dela e Sam sentiu que ele não iria parar ali, mas antes de poder pensar mais alguma coisa um voz grossa irrompeu o ar fazendo todos congelarem.

- O que vocês estão fazendo?

Sam ergueu a cabeça e quando viu quem era, seu coração disparou ainda mais ,se é que era possível.

Zander estava deitado em seis ou sete banquinhos que ele tinha juntado pra caber todos seu tamanho e tinha seu livro em cima do rosto.

Ele tirou o livro do rosto e viu a cena, o menino com as mãos no corpo da Sam, o baquinho encima dela a impedindo de sair...

- Bem - O garoto sentado no banco foi o que decidiu falar - é...

Sam continuava olhando Zander, rezando pra que o aparecimento dele fosse bom, afinal ele era um dos F4, vai ver queria se juntar a brincadeira.

Ele se aproximou mais dos 4 e viu melhor a cena, com a aproximação dele o garoto que tinha as mãos encima da Sam as tirou, o que ela agradeceu profundamente.

Zander reconheceu os 3 garotos, eram mandantes de Freddie, ele soltou o ar cansado.

- Deixem ela ir. - Ele olhava pra eles de cima, com voz autoritário mandou eles o obedecerem sentindo nojo da cena que via.

Tanto os garotos como Sam arregalaram os olhos surpresos.

- Mas não... Nós temos que.... - O garoto sentado no banco estava fcando nervoso, se não assustasse Sam, ela não teria medo suficiente pra fazê-la sair da escola, e isso iria dar um castigo muito grande pra eles.

Zander passou a mão na cabeça cansado

- Já disse pra deixarem ela ir. - Ele levantou a voz e encerrou o assunto.

Os três meninos hesitaram por um momento mas depois cederam, Sam tinha o rosto molhados pelas lágrimas que teimavam em cair.

Os garotos se levantaram e saíram logo sob o olhar mortífero do Zander.Quando eles saíram Sam deixou as lágrimas caírem, ela sentia pesadas lágrimas deixarem seus olhos, não queria chorar na frente do Zander, mas não conseguia se conter.

Zander tirou o banco que ainda estava em cima dela e assim que o fez, Sam puxou as mãos pra perto do corpo pra se cobrir.

Ele colocou o banco perto da janela e se sentou olhando Sam que tentava se sentar puxando tudo quanto era pano pra se cobrir.

Seus olhos estavam vermelhos, e seu rosto também, mal conseguia respirar em meio aos soluços. Zander a olhou sentindo um pouco de pena, afinal ninguém merecia passar por aquilo.

- A mulher da limpeza... Está limpando - Disse ele sem olhá-la.

Sam o olhou soluçando sem entender, ele a olhou nos olhos.

- A escada de emergência. - Explicou, Sam não disse nada, apenas o olhava - E eu achei que tinha arranjado um lugar calmo.

Sam o olhava com os olhos alargados e Zander não conseguiu manter seu olhar por muito tempo.

- O-obrigada! - Sam se esforçava pra dizer, mas as palavras saiam embargadas, ela ia repetir mas Zander já tinha entendido e não queria nenhum agradecimento.

- Não me entenda mal ok? - Se levantou- Eu só não gosto disso.

Passou por Sam e saiu da sala.

Ela ainda estava muito nervosa, ainda chorava muito mas estava agradecida por Zander tê-la ajudado.

- Zander? - Freddie falava no telefone com um dos garotos que tinha agarrado Sam na escola

- Sim... Ele apareceu no último minuto - O garoto tentava argumentar, não queria sofrer as consequências.

- COMO VOCÊS NÃO CONSEGUEM SE LIVRAR DELA? - Gritou irritado e desligou o telefone.

Freddie estava indignado, aquela garota estava começando a irritá-lo, não conseguia se livrar dela de jeito nenhum...

De repente Freddie pode ouvir uma voz de mulher falando em inglês atrás da porta de seu quarto.

- Eu voltarei pra Nova York assim que resolver os negócios com a M&A.

Freddie olhou pra porta e no mesmo instante uma mulher muito bem vestida entrou falando no celular seguida de uma dezena de seguranças parecendo pinguins com óculos escuros.

- Qual foi a resposta do banco de Manhattan? - Ouve uma pausa e ela parou de andar quando chegou perto da mesa redonda no centro da sala - Não, cancele o acordo! - ouve mais uma pausa - Eu disse cancele, agora mesmo. - Sem esperar resposta ela desligou o celular enquanto dava a volta na mesa.

Se aproximou de um do segurança que segurava sua bolsa e quando a pegou, reparou na presença de Freddie.