A Filha De Poseidon escrita por Abbs


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo ficou grandinho, por isso fiquem feliz e não me matem semana que vem.



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Amanheceu e iriamos esperar os outros acordar. Frank foi o primeiro, conversamos um pouco, ele era um garoto tímido, mas muito legal. Assim que todos acordaram perguntei para Jully onde Nico estava.

- Ele está em um galpão, está machucado, mas nada que uma filha de Apolo não possa resolver – ela sorriu para Becca.

- A onde é esse galpão? – perguntou Hazel.

- Não é bem um galpão. Antigamente foi uma loja, vendia estatuas.

- Medusa – disse Percy.

- Amor, você matou a Medusa, lembra? – falou Annabeth.

- Não é isso, Empório de Jardins da Tia Eme, a toca da Medusa.

- É claro! Rápido, Percy chame Blackjack.

         Meu irmão assobiou e logo apareceram cinco pégasos. Eles relincharam e pararam perto do meu irmão. Um deles era maravilhoso, todo preto.

Ei, chefe! – falou o pégaso preto. Eu lembrei que Poseidon tinha criado os cavalos, por isso, eu poderia entendê-los.

- Blackjack, eu já pedi para você não me chamar assim – ralhou Percy.

Eu prometo parar algum dia, chefe.

- Olá, Blackjack, posso? – eu disse pedindo permissão para acaricia-lo.

Claro, garota bonita – e ele se aproximou.

- Você pode me fazer um favor? – pedi enquanto o acariciava.

É só pedir.

- Vocês podem nos levar até Nova Iorque?

Claro, só não vai ser legal levar elas – disse se referindo a Jully e Hazel.

- Eu tenho vários Donuts aqui – Percy se manifestou – e iremos precisar de mais um pégaso, tudo bem?

Ok, sobre aí, chefe – concordou Blackjack.

- Na verdade, eu vou no outro pégaso com a Annabeth. Alicia vai contigo, você é o mais rápido aqui. 

         Ficou decidido que eu iria com Jason no Blackjack. Annabeth e Percy em outro pégaso que se chamava Guido. Frank e Hazel em um cor de caramelo. Jully e Becca em um branco e Nikki e Grover no marrom.

         Assim que todos subiram nos pégasos eles começaram a voar. A sensação era ótima, sempre tive medo de voar (e agora eu entendi o porquê), mas não a palavras para descrever a sensação de voar em um pégaso.

         Já tínhamos saído de L.A. quando percebi que estava tudo fácil demais. Fui tirada de meus pensamentos por Jason, que perguntou:

- Ansiosa?

- Preocupada, na verdade – admiti.

- Ele está bem – Jason tentava me tranquilizar.

- Não é apenas com ele que estou preocupada.

- Com quem mais?

- Com todos, mais ainda com ele.

- Nós estamos bem e daqui a pouco Nico vai estar junto de você.

- Você não acha que está fácil demais? – questionei antes que eu ficasse doida.

- Eu também estava pensando nisso – admitiu ele triste.

- Nove meio-sangues, sendo cinco deles filhos de um dos três grandes, deveria ter sido pelo menos mais difícil – ele assentiu e eu decidi que deveria falar com outra pessoa sobre isso – Blackjack, preciso falar com Annabeth, você pode se aproximar deles?

Pode deixar! – respondeu ele indo para perto de Guido.

         Assim que chegamos perto deles, eles pareciam discutir. Como o que eu tinha que perguntar era muito importando eu comecei logo.

- Vocês não acham que está tudo muito simples demais? – olhei para minha cunhada e vi que ela tinha chegado à mesma conclusão que eu.

- Eu e seu irmão estávamos discutindo isso – disse ela séria – minha mãe te disse que sequestrar Nico foi uma armadilha e uma distração. Seria uma armadilha para pegar quem? Você. Devemos chegar lá preparados – disse ela pegando sua faca.

         Eu sabia que Annabeth estava certa. Avisamos os outros e logos podíamos ver o “Empório de Jardins da Tia Eme”. Jason desceu primeiro do pégaso e me ajudou a descer.

- Grover, tem algum monstro ali dentro? – perguntou Annabeth.

- Você nem faz ideia – respondeu ele comendo a própria blusa.

- Então, faremos o seguinte. Percy, Jason, Alicia, Hazel, Frank e eu vamos entrar. Alicia e Jason vão atrás de Nico. Os outros, sempre em pares, vasculhem o local, quaisquer emergências gritem e saiam correndo. Ou os dois. Grover, você Nikki, Becca e Jully ficam aqui.

         Todos começaram a se preparar. Percy destampou sua caneta e ela se transformou em espada. “Clicou” em seu relógio e o mesmo se transformou em um escudo. Annabeth pegou sua adaga e se postou ao lado de meu irmão. Hazel preparou sua lança e Frank seu arco. Jason pegou sua moeda e a girou e automaticamente ela se transformou em uma lança. Girei meu anel e Amor Eterno apareceu em minhas mãos.

         Cada par foi por um caminho, estava prestes a ir quando Jason segurou meu braço.

- Onde é o seu calcanhar de Áquiles? – perguntou ele preocupado.

- Por quê? – estranhei sua pergunta.

- Não quero que nada aconteça.

- É na palma da minha mão esquerda – vi a expressão em seu rosto e continuei – eu sei que é um lugar estranho, mas de difícil acesso em uma batalha direta.

         Ele segurou minha mão e eu o olhei questionando.

- Não quero que nada aconteça – ele repetiu.

         Sorri e fomos em direção ao caminho que Annabeth disse que deveríamos seguir. Vimos várias estatuas com olhares aterrorizados. Ouvimos algumas risadas, mas logo pararam.

- Alicia – era a voz de Nico – me ajuda, por favor!

         Se não fosse por Jason, que ainda estava segurando minha mão, eu teria ido correndo em direção ao lugar da onde vinha a voz.

- Não é ele – sussurrou.

- Como você sabe?

- É um ciclope, eles podem imitar a voz de qualquer pessoa, desde que a tenha ouvido antes. Veja.

         Ele apontou e pelos espaços que tinha entre as estatuas eu pude ver dois ciclopes. Eles se mexeram e eu pude ver Nico. Ele respirava com dificuldade, tinha um olho roxo e vários machucados cobrindo seu corpo. Fiquei com raiva de vê-lo assim.

- Você tem que tirar ele de lá – sussurrava Jason – eu distraio eles.

- Você ficara bem?

- Eu consigo me virar, mas não por muito tempo.

- Ok, vou deixar ele com Grover e volto aqui para te ajudar.

         Ele assentiu e derrubou algumas estatuas chamando a atenção dos ciclopes. Eles seguiram em direção ao som e eu dei a volta para eles não me verem. Fui em direção a onde estava Nico.

         Me aproximei a ajoelhei-me ao seu lado. De perto ele estava pior ainda. Meu coração doía por vê-lo assim. Passei a mão pelos seus cabelos e beijei de leve seus lábios. Apesar de estar machucado e provavelmente com dor, ele sorriu e disse:

- Não sabe o que senti sua falta – sua voz estava rouca e cansada.

- Vou te tirar daqui, meu amor.

         O ajudei a levantar, passei seu braço ao redor do meu pescoço e coloquei meu braço na sua cintura. Estava saindo daquele lugar e pude ver Jason lutando contra os dois ciclopes, por hora, ele estava bem.

- Onde você pensa que vai? – disse uma voz conhecida.

         Virei e vi os três monstros que tinham tentado atacar a mim, Percy e Quíron no orfanato.

- Trocaram os papeis hoje, não? – perguntou o outro monstro se referindo a mim e Nico.

- Acho melhor lanchar o filho de Hades primeiro – falou o terceiro monstro.

- Vocês não tocaram nele! – minha voz saiu carregada de raiva.

         Coloquei Nico no chão e me preparei para atacar. Investi contra um e quando o outro tentou me atacar me abaixei e passei minha espada por sua perna, o transformando em pó, que veio todo na minha cara. Argh!

         Um dos monstros veio para cima de mim e o outro foi em direção á Nico, como ele estava distraído e o ataquei, ele se transformou em pó. Eu sabia que o outro estava atrás de mim, uma fenda abriu no chão e de lá saíram vários soldados mortos. Olhei para Nico, mas ele estava inconsciente, mas atrás dele estava Jully.

- Precisavas de ajuda – justificou-se.

- Jully, você pode ajudar Jason? Se você for ajudar ele, eu o levo até Becca.

- Tudo bem, vou ajuda-lo – disse contente consigo mesma.

         O ajudei a levantar e como antes o apoiei em mim e continuamos a caminhar. Não demorou muito e já estávamos fora. Grover trotou a nosso encontro e me ajudou a carregar Nico até onde estava Becca e Nikki.

- Preciso que você o ajude – eu falei olhando para Becca.

- Não sei se consigo – disse ela me olhando triste.

- Faça uma prece a Apolo e ele vai lhe ajudar!

- Ok, vou tentar – ela fechou os olhos e começou a fazer a prece.

         Eu deitei a cabeça de Nico nas minhas pernas e fiquei passando a mão em seus cabelos e também fiz minha prece a Apolo. Logo Nico estava bem e eu pude me sentir mais aliviada.

         Jully e Jason já estavam voltando e eu sorri me desculpando.

- Jason, me perdoe, eu sei que prometi voltar, mas Jully seria mais útil que eu.

- Tudo bem, alias, aqueles soldados são fodas – disse ele sorrindo para Jully que retribuiu.

         Assim que todos voltaram, começamos a nos preparar para voltar ao acampamento. Percy e Jason me ajudaram a colocar Nico em cima de Blackjack. Como ele ainda estava dormindo, me sentei atrás dele e o abracei para que não caísse.

         Fomos em bora logo depois. Jason e Becca foram no pégaso que Blackjack tinha chamado, Hazel e Frank no cor de caramelo. Nikki e Jully no marrom, Percy e Annabeth no Guido e Grover no branco.

         Estávamos no meio do caminho quando Nico acordou. Olhou para trás e disse:

- Você não deveria ter ido.

- Ta bom, na próxima vez vou deixar você lá – brinquei um pouco.

- Entendesse o que eu disse. Você poderia ter se machucado.

- Agora, a única coisa que pode me machucar é você... E um pequeno corte nas mãos – sabia que ele não tinha entendido – depois eu te conto tudo – falei e beijei seu pescoço.

         Fiquei abraçada com ele o resto do caminho. Blackjack mal tinha pousado e eu já estava no chão. Ajudei Nico a descer, ele podia estar bem, mas ainda estava fraco.

         Todos os campistas estavam ali, já eram quase meia noite do dia 27 de dezembro.

- O que todos vocês fazem aqui? – perguntei surpresa.

- Quíron acha que Nix vai atacar essa noite, por isso, estão todos aqui desde que anoiteceu – respondeu Travis Stoll, filho de Hermes.

- Ele está certo – disse Annabeth – se eu não me engano lá pelas 3 horas.

- Por quê? – perguntou Leo Valdez.

- É a hora que está mais escuro.

         Todos murmuraram concordando, se ela estivesse certa, pelo menos teríamos umas três horas, eu precisava falar com todos, devíamos organizar tudo o mais rápido o possível.

- Percy, eu sei que você é o “líder” do acampamento, mas eu sei o que devemos fazer.

- Você é quem manda, maninha – disse ele piscando para mim.

- Alguém tem um megafone? – gritei.

- Só um minuto – falou Leo, ele olhou para o seu sinto de ferramentas e murmurou algo e tirou dali um megafone e entregou para mim, eu liguei e falei.

- Ok, chalé de Ares – disse olhando para a líder do chalé, Clarisse – vocês fiquem mais a frente, não se esqueçam de se defender também. Os melhores arqueiros de Apolo procurem os lugares mais altos para ter uma melhor visão. Fiquem alguns para cuidar dos feridos. Chalé de Hefesto preparem as melhores armadilhas que conseguirem. Os outros fiquem atrás e ajudem os filhos de Ares. Alguém tem algo a acrescentar?

- O mar – falaram Nikki e Annabeth juntas.

- Eu cuido disso – disse Percy.

- Não – falei – Os chalés de Hécate e Íris podem cuidar disso, eu preciso de sua ajuda. Filhos de Atena se reúnam com Annabeth e Nikki para rever a estratégia. Boa sorte e se cuidem. Leo, Piper, Travis, Jason, Jully, Percy e Becca, por favor, fiquem aqui – eles fizeram o que eu pedi e eu continuei – Leo, preciso que você os atinja com aquele negocio legal do fogo. Piper tente convence-los a irem embora.

- Ok – Leo disse sorrindo.

- E Leo, tente não queimar nada, só os monstros!

- Tudo o que você quiser, gatinha – disse piscando para mim.

         Nico, que estava com o braço ao redor do meu pescoço, pigarreou.

- Sabe que eu to brincando, né cara – disse ele rindo.

         Desviei minha atenção deles e olhei para Jason e Becca.

- Jason, preciso que você ataque ao mesmo tempo em que protege Becca. Ela deve ir ajudar todos que estão feridos no meio da luta. Tente ajudar os que mais precisam de ajuda.

         Eles assentiram e foram em direção aos campistas do chalé de Apolo.

- Travis, essa é Jully, filha de Hades, ela é muito, mais muito especial. Você precisa proteger ela! E Jully, você pode convocar os soldados, mas não se canse – ela olhou para mim e me abraçou, achei estranho, mas retribui.

         Assim que eles se foram, olhei para Percy.

- Precisamos de um terremoto.

- Amor, acho que isso não é uma boa ideia – disse Nico olhando para o meu irmão.

- Pois é, da ultima vez que eu tentei, não saiu muito bem.

- Temos que tentar – eu fiz cara de pidona.

- Ok. – concordou Percy.

- Eba! – beijei sua bochecha – vou cuidar do Nico e dormir um pouco.

- Você falando assim parece que eu sou um bebê – resmungou Nico;

- Ta bom, agora você precisa comer – dei um selinho nele – se fosse por mim, eu deixaria você descansar, mas Atena disse que você será útil.

- Então normalmente eu sou inútil?

- Totalmente inútil! 

         Já tínhamos chegado ao chalé de Hades, ajudei ele a deitar e dei um pouco de néctar dos Deuses e peguei um pouco de comida que eu ainda tinha na mochila. Eu deitei com ele na cama e o abracei. Logo estava dormindo. 


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