Youll Be In My Heart escrita por Akimi chan


Capítulo 2
Capítulo 2




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/272636/chapter/2

Capítulo 2


      Alfred era um herói.


      Estados Unidos da América era o maior herói de todos.


      Era por ele ser um incrível herói que ele não estava deitado junto com o inglês mais fofo do mundo e sim no chão frio ao lado da cama. Desde o acidente à três dias atrás  que Alfred estava dormindo no chão. Não que o pequeno inglês o tivesse colocado para fora da cama, muito pelo contrário, na cabeça de Arthur ele e Alfred dividiam a cama todas as noites.


      Alfred não conseguia fingir que ele e o inglês deitado confortavelmente na cama  eram namorados, por que era mentira. Arthur o odiava, e o americano se sentiria sujo se se aproveitasse do estado mental do outro, afinal ele era o herói! E heróis não se aproveitam de pessoas debilitadas mentalmente! Heróis como ele, fingem que dormem com tentadores ingleses, esperam uma hora até terem certeza de que o pequeno está  dormindo e vão se deitar no chão. E de manhã voltam para cama, uma hora antes do tentador inglesinho acordar!


      Pelo menos alguém tinha se dado bem essa historia de cama, os gatos Hambúrguer e Scone esperavam ele sair e iam se deitar perto do único ocupante da cama.


      Gemeu, era melhor tentar dormir, de acordo com o seu relógio ele só tinha mais três horas de sono, antes que tivesse que voltar pra cama, espantar os gatos, se esquentar e fingir que esteve a noite inteira ao lado do Inglaterra.


 ***



      Bacon, ovos, leite e café... E alguma coisa queimada que o inglês fez para si próprio. Esse era o café na casa, agora, do americano e do inglês.


      Alfred e Arthur estavam morando juntos, pelo menos até o inglês voltar ao normal, e todos esperavam que fosse rápido. Como eles eram “namorados”, Inglaterra havia ganhado férias por ter se machucado para ficar mais tempo com seu “namorado”...  Ali estavam eles.


      Alfred parou no último degrau da escada, ele temia ter que descer agora até a cozinha e ver o que Inglaterra estava fazendo lá. Talvez ele tivesse recobrado a memória e estava esperando para brigar como ele. Ou talvez a memória dele estivesse ainda pior, e alem de abraçá-lo ele iria querer ir mais longe. Ou pior! Ele poderia ter feito seu café da manhã por conta própria ao invés de esquentar a porção que estava prontinha na geladeira.


      Hambúrguer miou e se esfregou em sua perna carente de atenção mas antes que América pudesse se baixar para pegar o gato, Inglaterra surgiu no pé da escada e o olhou curioso.


 – O que você esta fazendo parado aí? O seu café está esfriando.


      América se forçou a descer a escada, cada degrau parecia mais difícil que o anterior.  Ele tinha certo receio do que esse Arthur iria fazer e ele não sabia lidar com essa pessoa  na sua frente.


 – Você esta bem Alfred? Você tem andado estranho ultimamente. – comentou Arthur preocupado ao notar o silêncio do americano. Ele se aproximou e Alfred estava começando a hiperventilar.


 – É claro que eu estou bem, Inglaterra! O herói não adoece. – disse energético, se recuperando rapidamente. O inglês levantou uma grossa sobrancelha, se abaixou e pegou o gato que requisitava atenção.


 – Seu gato está gordo como você, América.


      Alfred, que estava seguindo o menor de perto não pode deixar de pensar que aquele era um traço da antiga personalidade de Inglaterra voltando. E Hambúrguer não estava gordo, ele era fofo, isso sim!


 – Ele não é gordo Arthur, ele só é fofinho. E saiba você que eu não sou gordo, são músculos!


      Ao ouvir aquilo Inglaterra largou o gato ao chegar à cozinha e olhou para o americano que fazia pose e flexionava os braços. Puxou de leve a gordurinha que não deveria estar ali no abdômen americano.


 – O que me diz disso ein? É o que? Músculos? – sorriu de lado o inglês, enquanto Alfred olhou horrorizado para o sorriso perverso que o menor tinha no rosto.


 – Você é tão mal comigo England...


      Ele riu suavemente, e sentou ao lado do americano, Alfred podia se acostumar com a rotina matinal.


 – Eu só me preocupo com você Al, não quero que você tenha diabetes, pressão alta, triglicerídeos e-


 – Já entendi Arthur! Vou cuidar mais da minha alimentação, ok mamãe?


      América sabia que não tinha a alimentação mais saudável do mundo, mas como ele disse para China uma vez, se deve comer o que gosta.


 – Não quero que você se zangue comigo, só não quero que você fique mal.


      Alfred enfiou uma tirinha inteira de bacon na boca para impedir de falar alguma tonteira para o pequeno inglês. Dedos longos e pálidos seguraram seu rosto, e lábios rosados foram postos sobre o seus.


      Arthur o havia beijado. Na boca!


 – Eu te amo. – disse Arthur carinhosamente.


      Alfred sentiu os olhos se encherem de lágrimas, e para Arthur não notar ele o abraçou e escondeu o rosto na curva do pescoço dele. Ele sempre quis ouvir essas palavras, não no sentido fraternal que ouvia quando era criança, mas no sentido carnal.


      Quando ainda era colônia de Inglaterra, havia se declarado e sido rechaçado. Todas as suas declarações ao inglês foram palavras jogadas ao vento, e agora ele ouvia aquelas palavrinhas que ele sempre quis ouvir, num momento seu coração se encheu de alegria, e no outro estava se quebrando ainda mais por saber que aquilo era tudo uma alucinação cruel, que dentro de pouco tempo o seu pequeno inglês voltaria ao normal, e tudo evaporaria.


      Apertou com força o corpo menor que o seu,aquilo tudo o estava matando,era como estar dentro de um dos seus sonhos mais lindos, e saber que estava preste a acordar!


 – Eu também te amo, Iggy.


      América sentiu aos poucos o corpo do inglês ir se afastando, e Arthur olhar para ele e sorriu, as bochechas coradas e os olhos verdes brilhando de felicidade. Os dedos timidamente se entrelaçando.


 – Tome seu café da manhã agora ou vai se atrasar.


      Alfred olhou para os ovos que permaneciam intocados, e por incrível que pareça ele não queria mais comer. Tomaria só o suco de laranja, se sentisse fome comeria algo no trabalho.


 – O que você vai fazer hoje?


      Arthur, que tomava chá calmamente e olhava para os dois gatos brigando, olhou para o americano.


 – Vou sair para comparar livros, e talvez eu vá ao cinema...


      Alfred desviou o olhar para o relógio pregado na parede, ele tinha que ir trabalhar. Pela primeira vez se arrependeu por não ter aceitado os quinze dias de férias que seu chefe estava disposto a lhe dar, ele queria ficar essa manhã com Arthur, nesse ambiente caseiro e confortável.


      Levantou, a cadeira fazendo barulho ao ser empurrada para trás bruscamente. Mais agora América sabia porquê não tinha aceitado esses dias, porque isso tudo era uma farsa.


      Arthur não o amava.


      Se soltou do aperto inglês na sua mão e se dirigiu para cima. Sem dizer mais nada subiu a escadas em direção ao seu quarto.


      Aquilo era uma farsa.


      E Alfred só torcia para que quando ela tivesse fim ele não saísse com o coração ainda mais quebrado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

gente aqui em santa catarina ta tao frio que os meu dedos estam congelando!!!
bem desculpe pelo erros de portugues!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Youll Be In My Heart" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.