Annabeth de súbito estranhou o convite feito diretamente por Zeus para que ela e Nico fossem visitar o olimpo, afinal o que o Deus mais poderoso do olimpo iria querer com eles dois? É isso o que foram discutindo durante o trajeto até lá. Quando finalmente chegaram ao Olimpo – depois de passar pelo elevador e jardins – a sala dos tronos estava vazia, na verdade tudo parecia solitariamente vazio.

–O que será que querem falar conosco? – Indagou Annabeth, vendo que ninguém iria vir á procura dos dois.

–Eu não sei. Você é a inteligente aqui. – Ele disse dando de ombros. Annabeth não poderia negar que gostava quando as pessoas valorizavam seu intelecto.

–Mas ninguém sequer veio falar con... – A garota logo se calou ao ouvir passos firmes vindo da sala ao lado. Segundos depois a cabeça de Zeus apareceu no batente da porta.

–Ah! Aí estão vocês. – Ele disse entrando no cômodo – Pensei que não viriam mais.

Os dois ficaram calados. Não é muito comum semideuses verem sequer seus pais divinos. Mais estranho que isso somente se Zeus o chamasse para uma visitinha íntima ao olimpo sem ao menos dizer os motivos.

–O que foi? – Rosnou – O gato comeu a língua de vocês?

–Não, senhor. – Respondeu Annabeth apressada.

–E você? – Ele disse olhando para Nico.

–Estou bem. – Ele respondeu com cara de quem estava desafiando o professor a dar uma suspensão.

–Garoto insolente. – Bufou Zeus – Só perde para o pai...

–Então! – Cortou Annabeth antes que Nico começasse a terceira guerra mundial com um Deus. – Para que exatamente nos chamou aqui, senhor?

–Ah, sim! – Ele disse desviando o olhar de Nico para Annabeth, parecendo esquecer a discussão que estava prestes a começar. – Me acompanhem, por favor.

Os dois assentiram e seguiram calados até uma área que parecia um estacionamento, depois atravessaram até o lado oposto do pátio e deram de cara com não só um, mas sim três incríveis... Espetaculares... Super-especiais... Pégasos.

–Oh. – Nico soltou um muxoxo de desaprovação. – Então, você quer que a gente limpe os estábulos?

–Se bem que é uma boa ideia. – Respondeu Zeus , avaliando a proposta – Montem nos pégasos. Vamos dar um passeio.

Annabeth e Nico se entreolharam. Definitivamente Zeus não estava em seu juízo perfeito, talvez devessem lhe indicar um psicólogo divino ou algo do gênero.

–O que estão esperando? – Ele perguntou já montado no seu cavalo alado.

–Ãh... Para onde vai nos levar? – Perguntou Annabeth timidamente.

–Vou levar vocês para honrar o sangue dos deuses, agora podem fazer o favor de colaborar? – Esbravejou indicando os pégasos com a cabeça. Com mais uma troca de olhares os semideuses montaram os pégasus. Eles pareciam já saber o que fazer, pois assim que decolaram os três voaram na mesma direção deixando um rastro de poeira onde uma vez estiveram.

Depois de – pelo que pareceu para Annabeth – uma hora eles chegaram a um galpão de aspecto abandonado e sujo. Os pégasos pousaram suavemente sobre a terra lamacenta e todos desmontaram deles. Zeus deu uma boa cafungada* e disse satisfeito:

–Sinto o cheiro da vitória!

–A é? Bom, eu estou sentindo cheiro de estrume de cavalo. – Disse Nico, tampando o nariz com uma das mãos e fazendo Annabeth reprimir uma risadinha. Zeus somente o fuzilou com o olhar e seguiu em direção ao galpão.

–Ele está esperando que entremos lá? – Perguntou Annabeth em um tom que só Nico pôde ouvir.

–Não sei. Do jeito que as coisas estão indo, acho bem capaz de ele querer fazer algum tipo de ritual dos deuses com nossas entranhas.

–Urgh! – Exclamou Annabeth dando um soco de leve no ombro do garoto, mas logo começou a rir junto com o mesmo. Em um acordo silencioso decidiram seguir o Deus para dentro do galpão. Mas ao entrarem lá tiveram a súbita impressão de que tinham sido tele transportados para um universo paralelo onde o interior do lugar era do tamanho de um campo de futebol e estava ornamentado com os mais luxuosos móveis e aparelhos eletrônicos.

–Wow! – Exclamaram os dois em uníssono. Por um momento os dois ficaram pasmos demais para verbalizar qualquer palavra, mas logo em seguida quatro adolescentes que pareciam ter a média de idade deles entraram na sala. Todos se encararam por um momento constrangedor, que foi interrompido quando dois outros homens entraram no galpão para se juntar á eles, um com aparência jovem e o outro um pouco mais velho.

–Vejam, já estão todos aqui! – Falou o homem mais jovem com um sorriso no rosto, e uma garota com mechas azuis o fuzilou com o olhar.

–Bom, então vamos apresentar os campeões. – Disse Zeus sem enrolações. Campeões? Annabeth perguntou á si mesma. Será que ela tinha participado de alguma competição e não se lembrava? Ficou divagando em pensamentos até que a voz do homem mais velho chamou sua atenção.

–Bom, para começar vocês são os mais novos campeões do torneio tribruxo. – Assim que ele isso um garoto loiro e uma menina morena se cabelos armados se entreolharam, mas logo desviaram a atenção cada uma para um lado diferente do ‘galpão’

–Torneio truxo? – Perguntou Nico.

–Urgh! Gregos... – Murmurou o homem de aparência mais velha, revirando os olhos.

–Ãh... Gregos falam inglês? – Perguntou a garota com mechas no cabelo, ela tinha um forte sotaque britânico.

–Bom... Argh esse não é o ponto. – Disse Zeus balançando as mãos no ar.

–Vocês ainda não explicaram esse tal de torneio truxo. – Disse Nico impaciente.

–É tribruxo. – Disse o homem com aparência jovem. – Permitam-me me apresentar. Sou Hórus, o deus egípcio dos céus.

–Zeus. – Apresentou-se simplesmente – deus GREGO dos céus. – Ele disse, dando ênfase na palavra grego.

–E eu sou Merlin – Disse o homem mais velho – Somente um mago poderoso.

Annabeth teve a impressão de que de todos os presentes, ele era o homem mais humilde. Diga-se de passagem.

–Bom, continuando – Disse Hórus – Vocês foram selecionados pelo cálice de fogo para competir no torneio tribruxo, que – ele disse abruptamente quando viu que seria interrompido novamente – vai testar todos vocês e dar a glória e o prêmio de 1.000 galeões (N/a: era essa a quantia né?) ou dólares para o vencedor.

–Uma vez que foram selecionados não poderão desistir. – Disse Merlin – O torneio é formado por três tarefas, onde vocês serão testados em seus talentos específicos. Iremos informar o local e data da primeira tarefa agora mesmo, e com o passar tempo iremos informar as restantes.

–A primeira tarefa irá acontecer no dia sete de outubro, daqui a exatamente um mês. – Disse Zeus. – Ela irá acontecer na escola de Magia e bruxaria de Hogwarts, e os campeões irão permanecer lá até a conclusão da tarefa.

–Não vão nos dizer qual é a tarefa? – Perguntou um garoto de pele negra e olhos cor de chocolate. – Quero dizer, precisamos nos preparar, certo?

–Eles não nos informam sobre a primeira tarefa. – Disse a garota de cabelos armados que parecia compulsivamente nervosa. – Ela é feita para testar nossos conhecimentos.

–Como esperam que tenhamos alguma chance sem preparo nenhum? – Questionou Annabeth.

–Bom como a Srtª Granger disse, a primeira tarefa em especial é feita para testar seus conhecimentos e domínio sobre seus poderes. – Respondeu Merlin.

Annabeth notou que todos estavam tão apreensivos quanto ela. Ninguém tinha a menor ideia de por onde começar ou o que fazer.

–Alguma dúvida? – Perguntou Hórus.

–Sim. – Respondeu um garoto loiro de aspecto arrogante. – Onde os hóspedes – Ele cuspiu o nome como se fosse uma ofensa. – irão ficar?

–Não se preocupe com isso. – Disse Zeus – É trabalho nosso cuidar da acomodação dos campeões. Mais alguma dúvida?

–Bem... – Começou a garota de mechas azuis – Vamos poder levar companhia? Quero dizer, alguns amigos.

–Não vejo por que não. – Disse Hórus, e os outros dois assentiram.

–Mais alguma coisa? – Perguntaram. Dessa vez ninguém disse nada. – Ótimo. Annabeth Chase, Nico Di Angelo, Hermione Granger, Draco Malfoy, Sadie Kane e Walt Stone, boa sorte. Vocês irão precisar.

E sem mais nem menos, com um estalo de dedos, cada um estava em seu respectivo acampamento/escola/mansão.