“Garoto confuso” pensou Karol “me faz seguir ele, mas nem ao menos me espera”. Esse seu pensamento foi devido ao fato de L a ter deixado para trás, enquanto andavam a caminho do edifício onde estavam liderando o caso Kira. Era um horário de movimento intenso nas ruas e as pessoas frequentemente esbarravam na garota, que andava com pressa para alcançar L.

A garota finalmente conseguiu alcançá-lo, somente porque o horário de movimento havia acabado, assim, deixando Karol mais livre para correr atrás de L.

—Consegui! —falou Karol tentando recuperar o fôlego —Você me fala pra te seguir, mas me deixa para trás! —seu fôlego já estava mais recuperado e sua voz ganhou um tom de raiva —Eu podia muito bem ter te deixado andando e ter ido pra casa!

—É —disse L com convicção —Mas não foi.

E mais uma vez seus olhares se encontraram. “Droga!” a garota sentiu o rosto quente novamente “O que nos olhos desse garoto que me prende tanta a atenção?”. Ela prontamente desviou o olhar e abaixou o rosto, ela não queria que L visse a sua expressão.

—Então... —falou Karol voltando a andar —...falta muito para caminhar?

—Acho que não será mais necessário —disse L dando um leve sorriso.

Um carro preto luxuoso estacionou ao lado deles. Da porta do motorista, um homem com cabelos brancos e terno impecável saiu, com certeza poderia dizer que se tratava de um mordomo.

—Ryusaki! Onde o senhor estava? Fiquei te procurando desde a hora da saída da universidade —o tom da voz do homem engomado era de preocupação.

—Não precisava ter se preocupado. Eu estava com a Karol —L apontou a garota com um movimento de cabeça —Nós estávamos justamente indo para o prédio, ainda bem que você chegou Watari, pois estou ficando demasiado cansado para caminhar.

—Pois bem, então —Watari abriu a porta dos passageiros —Só da próxima vez que você ir a algum lugar que eu não tenha consentimento, lembre-se de me avisar.

—Tá bom —L disse em um tom indiferente, entrando no carro.

Karol estava meio insegura se deveria ou não entrar no carro, mas o olhar do garoto de “você vai entrar ou não?” e sendo que Watari ainda segurava a porta do carro a disseram para entrar.