Outono Em Paris escrita por alebazi


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Prontas para dizerem ADEUS ?



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Amar=Verbo intransitivo. Não precisa de complemento.

Quem ama apenas ama, sem mais delongas.

Será que eu a amo? Qual o sentido do amor? E o contrario do amor? Como eu posso amá-la se a conheço a tão pouco tempo? Afinal pra que serve o amor?

_Dona Juliana?

_Oi? – Acordei dos meus pensamentos.

_A senhora pode responder a minha pergunta?

_Eu te respondo depois, agora precisamos ir atrás de uma certa mulher.

Conrado sorriu.

Peguei meu casaco e fomos até a torre.

_Ela estava ali! – Conrado apontou para um banco.

Olhei ao redor para ver se a encontrava. Ela já não estava mais por ali.

_Ela deve estar no hotel – Disse o menino – Vamos até lá.

_Não sei se devo.

_A senhora não deve, precisa – Disse o garotinho querendo me dar lição de moral. – Como disse não se deve magoar pessoas principalmente mulheres.

_Tudo bem, Vamos até o hotel.

_Boa tarde – Disse ao recepcionista.

_Boa tarde, o que a senhorita deseja?

_Eu gostaria de falar com Eloise Hasting.

_Só um minuto- disse ele mexendo em uns papéis – lamento, mas a senhorita Hasting, encerrou sua conta a pouco tempo atrás.

‘’Encerrou a sua conta’’ quer dizer que ela foi embora? !

_Temos que ir – Puxei Conrado pelo braço.

_Para onde? – Ele perguntou preocupado.

_Para o Aeroporto.

Estava com tanta pressa que parecia que nenhum taxi aparecia.

Depois de alguns minutos conseguimos arranjar um.

_Aeroporto, por favor. – Falei antes que o motorista me perguntasse.

_Sim senhora.

O taxi parecia uma tartaruga.

_O senhor não pode ir mais rápido? – Perguntou Conrado ao motorista.

_Desculpe garotinho, mas estou na velocidade máxima permitida.

Tentei ligar para Eloise, mas só caia na caixa- postal.

Alguns minutos depois entramos em um engarrafamento.

_Parece que vamos ficar aqui por algum tempo. – Disse o taxista.

_O aeroporto não fica muito longe daqui – Conrado me alertou.

Tirei o dinheiro do bolso do casaco e entreguei ao moço.

_Obrigada – Disse a ele antes de descer do carro com Conrado.

O menino saiu correndo na frente mostrando o caminho.

...

Tinha tanta gente naquele aeroporto que seria impossível encontrá-la.

_Boa tarde, a senhora trabalha aqui? – Perguntei para uma moça que parecia estar de uniforme.

_Sim, o que deseja?

_Qual é o próximo avião para o Brasil?

_Acabou de decolar um, o próximo está previsto para as 20 horas.

Acabou o que nem tinha começado. Ela devia estar naquele avião. Como eu fui idiota.

Burra! Burra! Burra!

_Você está bem dona Juliana?

_Vamos, não há mais nada a se fazer. – Disse ao menino que também parecia decepcionado.

Fomos caminhando até o hotel, ninguém ousou nenhuma palavra antes de chegarmos.

_Bom, Dona Juliana, a senhora precisa ficar um pouco sozinha. – Disse Conrado quando chegamos ao meu destino.

_Acho que preciso – Disse sem animo – Nos vemos depois?

_Claro que sim, tenha uma boa noite – Disse o menino.

_Vou tentar, Durma bem.

_Também vou tentar- Ele esboçou um sorriso e foi embora.

_Senhorita Juliana? – chamou um recepcionista quando me viu chegar.

_Não, hoje não, por favor. – Disse sem nem mesmo parar os meus passos.

_Mas... - Disse ele recuando.

Na verdade, não ouvi essa aversão dele, já tinha pegado o elevador.

Cama! Eu só podia pensar em dormir depois de tudo aquilo.

_Eloise! – Levei um susto quando a vi – O que faz aqui? – Na verdade não estava muito interessada na resposta, o importante é que ela estava ali.

_Desculpa, o recepcionista me deixou entrar.

_Achei que você tinha ido embora.

_Na verdade eu ia, mas desisti com aquele engarrafamento.

Ela ia realmente embora sem me dizer adeus?

_Você precisa me ouvir – Comecei a falar –Eu não sei o que sinto por você e esta tudo tão confuso,Sabe quanto tempo eu fiquei com Heloisa ? Doze anos! E não vai ser tão fácil esquecê-la nem sei se vou conseguir fazer isso; mas isso não importa porque hoje eu me vi com medo de te perder, e olha que não faz nenhum mês que eu realmente te conheço. Mas eu não suportei o fato de te imaginar longe. E sabe o dia o dia que eu fui embora às pressas do seu quarto? Eu estava com medo, sim medo, de me magoar de te magoar de magoar Heloisa. Mas, hoje eu percebi que também tenho medo de te perder; Eu sei que eu não tenho muita coisa pra te oferecer e eu ainda me encontro aos cacos e eu não sei se eu realmente amo, mas acho que você também não sabe o que sente.

Eu estou disposta a tentar se você também estiver disposta a tentar me compreender, eu sei que não vai ser fácil porque às vezes nem eu me entendo; mas, por favor, promete que vai tentar?

_Prometo com uma condição, Cala boca e vem me dar um beijo? – Ela disse antes de selar nossos lábios.



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Notas finais do capítulo

BEM GENTE ACHO QUE CHEGAMOS AO FIM DA HISTORIA.
Curiosidades:
Depois de três anos Juliana e Heloísa foram moram juntas.
Elas resolveram adotar Conrado.
Tempos depois resolveram fazer uma inseminação artificial para dar um irmão ou irmã para Conrado.
Elas tiveram uma menina no qual colocaram o nome de : Heloísa
...
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