No dia seguinte decidi ver as gravações. Acordei cedo e desci para a cozinha. Preparei o pequeno almoço do Steve e sentei-me na sala, pronta a ver a realidade.

Coloquei as cassetes e pus play, quando ía começar a ver Steve colocou-se á minha frente.

- Bom dia boneca. De certeza que queres ver isto?

- Bom dia. Sim, chega de a minha mãe estar pronta.

- Então eu fico por aqui contigo, não te vou deixar ver isto sozinha.- Steve respondeu enquanto se sentava ao meu lado, no sofá.

(...)

- PÁRA!- gritei na altura em que o atirador matava o meu padrinho e Steve colocou em pausa.- Tu viste?

Steve sorria.

- Vi pois. Temos aqui a prova em como a tua mãe é inocente. O atirador era homem, era mais alto que o teu padrinho e de certeza que que o corpo de polícias nesta investigação o vai reconhecer de algum lado.

- Porquê?

- Ora, depois conto...um dia mais tarde, quem sabe?- Steve estava verdadeiramente feliz. 

- E como fazemos agora?

- Eu trato de tudo. Dá-me as gravações eu vou entregar ao tribunal. Eu faço tudo.

- De certeza que não te importas?

- Sim. Tenho a certeza.- eu sorri.- A tua mãe deve sair dentro de 2 ou 3 dias, eles apenas têm de confirmar se as provas são ou não verdadeiras. 

- Obrigada.

- Por quê?

- Por estares cá, por me ajudares e por estares do meu lado.

- Depois de tudo o que passamos eu ainda criei umas surpresas para ti.- ele sorriu animado.- agora vou tratar da inocência da tua mãe.

- E o teu pequeno almoço?

- Eu tomo qualquer coisa quando vier, ou pelo caminho. Não te preocupes comigo.

(...)

Steve tratara de tudo e dois dias depois a minha mãe saía da prisão por inocência. 

- Obrigada por não terem desistido de mim....- a minha mãe chorava de emoção á saída.

- Seria impossivel. Aqui a sua Kath sempre acreditou na sua inocência e como ela estava tão convicta não foi dificil convencer-me de que era inocente. 

- É mãe...o Steve fez muitas coisas nas minhas costas. Com este meu mau humor....

- Já passou...- ela acalmou o choro e abraçou-nos a ambos.- O teu irmão já sabe da minha saída?

- Nop. Eu tentei falar com ele mas ele esteve sempre incontactável. 

- Vamos para casa?- a minha mãe pediu

Steve conduziu-nos de volta e depois pediu desculpa mas não ficou. O que é que ele haveria de fazer? 

Não interessa...eu tinha a minha mãe de volta. Inocente. Era o que eu mais queria. Depois- o regresso da meu irmão!