The Love That Is Born Of A Friendship escrita por my world
Nessa noite não pensei muito no assunto mas na manhã seguinte decidi fazer o teste. Mesmo antes de o Steve acordar eu já sabia o resultado.
Sentei-me no sofá da sala e esperei que ele descesse.
- Bom dia...- disse meio ensonado assim que me observou.
- Bom dia.- respondi confusa olhando para o teste
- Tudo bem?
- Não vais ser pai.- respondi com um sorriso confuso e ele apenas ficou a olhar para mim. Pensativo. Sem saber o que dizer.- Eu vou tomar um banho e depois vou ter com a minha mãe..-continuei perante o seu silêncio.
- Kath, só quero que saibas que estou aliviado, mas...como estás? estás bem?
- Aliviado Steve? Imagina eu...eu sinto-me bem, fantástica, não me imaginava a ser mãe a esta idade. Mas queres saber? Sinto-me horrível, porque cada vez tu estás mais distante e não entendo o porquê de quereres que eu fizesse esta porra de teste o mais rápido possível. E queres saber? Vou ter com a minha mãe, não tenho cabeça para estar aqui...
- Katherine? Kantherine?- Steve chamava enquato eu subia as escadas o mais depressa que conseguia.
(...)
- Estás triste...o que aconteceu?- a minha mãe perguntou assim que se sentou á minha frente.
- Steve...discutimos...- respondi aéria.
- Porquê?
- Não sei bem...tem sido tudo tão confuso.
- Pensaste no que eu te disse? Tu podes..
- Não estou grávida mãe, não insistas nessa parvoice! - interrompi aos gritos.
- Acalma-te, por favor... tu não o podes afirmar se ainda não fizeste o teste.
- Mãe, eu fiz o teste hoje. Enquanto o Steve ainda dormia. Quando lhe dei a noticia de que ele não ía ser novamente pai, sabe o que ele me disse? Que estava aliviado. Mas nem me perguntou como me sentia com as mudanças de humor depois de estar grávida não ser o motivo...
- E o que vais fazer agora?
- Tenciono procurar um médico...- respondi calma
- Porque não falas com o teu pai? Ele sabe quem era o meu médico. É muito profissional, vai saber animar-te.
- Assim o farei...mas e tu? Como te sentes?
- Mal. Já estou presa á tantos meses por algo que eu não cometi...
- Tenho medo que não consiga provar a tua inocência.
- Querida, Kath, olha para mim...tu estás a lutar, a fazer tudo o que podes e tentas aquilo que não podes... o Steve está a ajudar-te. Tudo vai correr bem? Está bem?
- Está bem..
- Agora vai. Vai lá cuidar da tua vida que eu tenho um jogo de cartas marcado.- sorriu
- A fazer amizades?- sorri.- Parece-me bem. Até á próxima
- Bye.
(....)
- Podemos falar?- estava a acabar de lavar a loiça do jantar quando Steve chegou a casa.
- Do que queres falar?- respondi calma.
- Do que se passou de manhã. Antes de saíres de casa.
- Eu vou dormir.- O meu pai decidiu dar-nos algumas privacidade.
- Boa noite pai.- respondi enquanto lhe dava um beijo- amanhã preciso do número do médico da mãe.
- Estás doente?- Steve perguntou preocupado
- Não, está tudo bem. Não te preocupes.
- Ok. Amanhã de manhã eu vejo isso Kath.- o meu pai respondeu enquanto fechava a porta da cozinha.
- Pronto. Podemos falar...- disse enquanto arrumava o último talher e me sentava em frente ao Steve.
- Eu queria pedir-te desculpas.
- Porquê?
- Por tudo. Por ultimamente estares com um péssimo humor e eu nem me esforçar para te entender. Por...tu sabes, eu não queria que fizesses o teste rápido por...sei lá...eu só queria ter a certeza se podia já festejar por ter um filho com alguém como tu ou se a festa tinha de esperar. Entendes? Nunca foi minha intenção magoar-te nem fazer-te pensar...
- Que só te querias sentir aliviado...- interrompi.
- Isso.
- Quando voltas para Yang?
-Daqui a duas semanas. Mas tenho trabalhado no caso da tua mãe, tenho ido a casa do teu padrinho e já descobri coisas interessantes.- ele respondeu com um brilho no olhar que eu reconheci, ele estava empolgado em libertar a minha mãe.
- E o que foi?
- O teu padrinho estava infiltrado na Máfia. Lembras.te disso, certo?
- Sim.
- Então, para garantir a segurança dele colocou câmaras de filmar por toda a casa, caso algo acontecesse ele teria registos do que aconteceu, como aconteceu e quem o fez...
- Passa para a parte que eu não sei por favor...
- A PSP, GNR, e todos os corpos policiais envolvidos na investigação encontraram apenas as câmaras visiveis, e culparam a tua mãe. No entanto na divisão onde ele foi assassinado não deram com nada. Mas aqui o teu namoradinho deu...- ele sorriu triunfante
- Com o que deste?
- Para começar analisei os salpicos de sangue na parede. A tua mãe era muito pequena em comparação ao teu padrinho, os salpicos deveriam estar numa certa rota, mas segundo eles, os salpicos, o assassino era ou da altura do teu padrinho ou um pouco maior.
- Só descobriste isso?-perguntei um pouco desiludida
- Não. Tem calma, deixa-me dizer tudo. Eu pensei, se eu fosse o teu padrinho e quisesse ter mesmo segurança caso algo me acontecesse eu não teria apenas câmaras á mostra,mas sim escondias. Impossíveis de alguém dar com eles, tapar e enfim...procurei por todo o lado. No quarto dele haviam duas. Uma dentro de um dos quadros e a outra dentro do relógio de pulso que ele levava para todo o lado. O problema é que ainda não tive tempo de as ver...
- Tu tens noção do que me estás a dizer? Isso é maravilhoso!- sorri enquanto me levantava e o ía abraçar.- Isso não é grave, eu vejo-as. Será...não sei como te agradecer, isso vai provar a inocência da minha mãe!
- Eu sei...
- Obrigada.-sorri
-Eu amo-te. Vou fazer tudo pelo teu bem estar...agora vais dizer-me porque queres o contacto de um médico?
- Oh...eu quero descobrir o porquê de estar com este humor ultimamente. Tem sido dificil...
-Eu sei...mas agora vamos dormir, está bem?
- Está certo.
Steve deu-me a mão e finalmente eu adormeci em paz, sobre o seu peito. Com uma estranha sensação de que tudo iria ficar bem.
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