The Love That Is Born Of A Friendship escrita por my world


Capítulo 48
Freedom




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POV Steve

Quando Kath entrou fixou o seu olhar no meu tronco. Notei que ela ficou meio que surpreendida pela minha forma física e não posso negar que isso me alegrou e me tornou um pouquinho convencido naquele momento.

– Tudo bem?- perguntei enquanto procurava o casaco da farda.

– Por enquanto...só vinha mesmo avisar de que estou de volta e estou pronta para te pedir, mais uma vez, ajuda.

– Sabes quando é que as aulas acabam?- perguntei animado

– Não. Com tudo isto fiquei um pouco sem noção do tempo.

– No mês que vem já não há aulas. Se tu quiseres e se os teus tutores aceitarem, claro, voltamos para o teu país e vamos ajudar a tua mãe.

– Obrigado por acreditares que ela é inocente.

– Depois de criar uma filha com a tua personalidade só pode ser uma boa mulher e eu acho que matar alguém da família não está no sangue da tua mãe.- sorri

– O que procuras?- perguntou no meio de um curto mas amigável sorriso

– O casaco. Não o viste por aí?

– Não...mas também não precisas dele...- respondeu antes de morder o lábio inferior e de sair do balneário.

>Mas o que foi isto exactamente?< pensei.


POV KATH

O primeiro dia desde que tinha regressado correu normalmente e graças a deus eu não era o assunto da hora.

(...)

Já duas semanas tinham passado e faltavam apenas 2 dias para as aulas acabarem e eu voltar com Steve para ajudar a minha mãe.

As coisas entre nós tinham ficado um pouco estranhas. Mantínhamos encontros fora do horário escolar; tínhamos treinos em horas irregulares e bastava um simples olhar para sentirmos ciúmes um do outro. Ao longo dos comandantes superiores já havia o boato de que estávamos apaixonados.

Mas, e se aquele boato fosse verdade? Eu tinha a certeza de que com estas duas semanas eu me tinha apaixonado por ele, mas será que ele também se tinha apaixonado por mim? Se ele sentisse o mesmo, isso significava que as coisas iam mudar.

Naquele dia eu tinha acordado com uma sensação estranha. Algo me dizia que as coisas iam mudar.

– Bom dia...- Filipa cumprimentou-me logo após o toque da alvorada com um sorriso na cara

– Bom dia.- sorri.- É de mim ou cada vez andamos a acordar mais cedo?

– É verdade, também já reparei nisso.

– Meninas, daqui a 10min no refeitório!- um dos comandantes gritou do lado de fora da porta.

– Estamos a caminho!- gritei de resposta.

– Estamos a caminho? Temos de tomar banho, comer o pequeno almoço, e blá blá blá...

–Filipa? Cala-te e vai tomar banho!- respondi animada enquanto lhe atirava as almofadas que estavam em cima da minha cama para cima da cara dela.

– Sua besta! Vou mesmo tomar banho porque estar aqui a aturar-te não tem animação nenhuma!

– Já devia ouvir a água a cair!

(...)

– Meninas e meninos. Hoje é um dia muito importante para todos vocês. Hoje decidimos que alunos queremos aqui connosco no Verão e que alunos devem voltar para casa. Começaremos o dia com testes de aptidão física e como comandante, eu prometo que não vão gostar nada!- o homem que dirigia a escola naval falava enquanto comíamos o pequeno almoço.- Temos algumas excepções. Quatro alunos e dois comandantes deixarão de fazer parte das nossas responsabilidades porque vão para um país estrangeiro, mas para isso, Steve vai explicar.

– Bom dia, antes demais. Não vou explicar aquilo que já foi explicado por isso vou passar para a parte que ainda está misteriosa. Então..é assim...eu e um colega vamos para solo estrangeiro. Eu em missão pessoal e ele em missão do exército. Com a minha missão vou ter de levar uma colega vossa comigo. Mas isso são outras histórias. O facto é que estando em solo estrangeiro não temos direito a reconhecimento nem a protecção. Temos de agir pela nossa conta....volto a passar a palavra.


Depois de toda aquela conversa Steve dirigiu-se até mim e pediu que assim que eu terminasse para ir ter com ele ao exterior. E eu assim o fiz.

– Precisamos de falar, mas não aqui. Como tu és uma das excepções faremos assim. Quando eles começarem os testes tu não vás com eles. A maior parte deles já sabe que ficarás comigo e eu dei uma desculpa qualquer....

– Vou ter a onde?- interrompi

–Não precisas de andar muito. Do outro lado da estrada existe um caminho de terra batida, segue-o. Vai dar a um pequeno lago rodeado de árvores. Espera lá por mim se eu ainda não estiver lá, pode ser?

– Pode.- respondi um pouco confusa.

Steve deu um sorriso curto e saiu a correr para juntos dos colegas.

– O que é que ele te queria?- Filipa perguntou assim que eu me voltei a aproximar.

– Nada de mais. Mas pelos vistos já não vou fazer os testes de aptidão física, tenho outra missão para fazer.

– Mas sabes o que é?

– Steve preferiu guardar segredo. Espero que seja algo fácil e que não seja grave...

– Algo me diz que não é.- Filipa sorriu animada.

(....)

Quando todos tinham saído eu corri até fora dos portões. Encontrei o caminho, tal como Steve tinha dito. E pelo caminho fui passando por vários tipos de vegetação até chegar ao tal pequeno lago que de pequeno não tem nada.


(lago)

Steve já estava lá á minha chegada.

– Obrigado por teres vindo...- disse um pouco nervoso quando me aproximei

– Isto aqui é muito bonito.- sorri enquanto a luz da água reflectia-se na minha cara.

– Sim...eu costumo vir para aqui quando quero pensar. Aliás, quando estavas ausente eu estava sempre aqui.

– Isto é como um lugar especial, então.

– Sim, algo como isso...

– E...porque me pedis-te para vir até aqui?- fui directa

– Por uma razão simples. Durante estas semanas eu descobri que quando me casei com a mãe do meu filho, aquela que tu infelizmente conheces-te, eu estava errado em relação ao amor.

– Como?- perguntei confusa

– É que eu conheci uma mulher faz alguns meses. E nestas últimas semanas eu tenho sentido algo muito forte por ela,mas tenho medo de lhe dizer. É como se eu fosse um adolescente. Quando estou com ela...sei lá...o que eu sinto não dá para explicar.

– E posso saber quem é ela?- perguntei normalmente, mas por dentro estava cheia de ciúmes.

– Queres mesmo saber?

–Quero.

– A mulher que eu estou a falar é mais nova do que eu... e bem, é a única mulher que aqui está comigo.

Quando ele disse aquilo senti que ele ficou ainda mais nervoso e eu fiquei sem reacção.

– Mas...Steve...o que é que era suposto nós fazermos agora?

– Isso quer dizer que...

– Sim, quer dizer que eu sinto o mesmo. Sinto que os nossos olhares se procuram durante as aulas, sinto que os nossos treinos têm sido mais conversas pessoais do que esforço físico. Eu já tinha notado uma pequena diferença e os rumores também...mas pensei que fosse só invenção da minha cabeça.

– Mas...e agora?

– Agora? Agora tudo depende de ti...não foste tu que me disseste que não podias? Que era contra as leis da escola? Agora decides...

– Kath?- Steve aproximou-se e agarrou os meus pulsos junto do seu peito.- Eu da primeira vez fui um cobarde. Tinha medo mas...eu estou disposto a lutar a favor desta relação. Tu queres ter alguma coisa comigo?

– Isso ainda se pergunta?- falei calmamente enquanto me soltava dele e colocava as minhas mãos no seu pescoço.

Então, as mãos dele procuraram a minha cintura e os seus lábios os meus. Podia ter recusado, mas naquele momento não era isso que me interessava.

Quando o beijo terminou, encostei a cabeça no peito dele.

– Desta vez não vou ser cobarde. Vou lutar até ao fim, para que isto dê certo e não me importa o que os outros vão pensar ou as consequências disto!- Steve disse enquanto me fazia carinhos.

POV Steve

Quando Kath apareceu ao fundo do caminho, o meu coração acelerou. Eu tinha a certeza que ía ser a dedicação de amor mais aldrabada que eu tinha feito em toda a minha vida.

E assim foi, mal comecei a falar as palavras ficaram bloqueadas e eu não disse nem metade daquilo que sentia. Mas de uma coisa eu tinha a certeza: ela era o amor da minha vida e eu estava disposto a lutar por esse sentimento.

Quando nos beijamos, os meus nervos tinham-se dissipado, e dei por mim a pensar alto.

– Desta vez não vou ser cobarde. Vou lutar até ao fim, para que isto dê certo e não me importa o que os outros vão pensar ou as consequências disto!- disse enquanto lhe fazia carinhos.

– Tem apenas cuidado. Não estragues tudo a dois dias do fim.- pediu

– Vou ter cuidado pequena, prometo.

– Obrigado por teres ganho coragem para me dizeres isso...ainda que tenha sido de uma forma tosca. Eu percebi a mensagem.- sorriu.

– Sim...também tenho de te agradecer. Ajudas-te a criar essa coragem!

– Pronto..isto é muito bonito. Mas temos de voltar!- ela disse com um pouco de desilusão na voz.

– Pois temos. Mas não te preocupes, ainda cá havemos de voltar.

– Prometes que ainda voltaremos juntos?- perguntou enquanto largava o abraço.

– Claro que sim...- sorri.

– Então vamos.


Todo o caminho de regresso foi feito entre risos, corridas, abraços... enfim, coisas que apenas os apaixonados fazem...

O problema foi quando chegamos animados e o sr. Yang, o homem que geria a escola, se dirigiu a nós.

– Posso saber a onde é que estiveram até agora?

– Pode.- Katherine falou rapidamente

– E onde foi que estiveram?

– Numa missão pessoal,logo não nos pode perguntar onde é essa missão.- sorriu vitoriosa

– Ainda hei-de descobrir...

– Esteja á vontade...- respondi animado com a resposta de Kath.



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