The Love That Is Born Of A Friendship escrita por my world
Notas iniciais do capítulo
"Luz do Sol"
POV Thomas
Assim que o Nathan me contou da conversa com a Katherine eu fiquei ainda mais feliz. Eu sempre desejei que ela fosse feliz e se isso significava corresponder ao amor de Nathan era perfeito. Mas depois, por outro lado, havia Filipa a interromper esse caminho quase perfeito.
- Tudo bem?- Anne perguntou do lado de fora do meu quarto.
- Sim. Tudo bem.- sorri
- Se precisares de alguma coisa, estou lá em baixo na cozinha com a tua mãe.
- Obrigado.
Deixei que ela desse uns dois ou três passos e corri para a porta do meu quarto, que estava aberta. Já por isso ela me tinha visto pensativo a olhar para o computador desligado.
- Anne?
- Sim- a rapariga virou-se de frente para mim curiosa
- Não foste ver a tua irmã?
- Não...eu não a quero ir ver. A tua mãe disse que não foi assim tão grave e eu não quero que ela me veja. Não é isso que eu quero dizer é...
- Tens medo de ter uma recaída, é isso?- perguntei confuso
- Sim...acho que era isso que eu tentava dizer...
- Não há problema. Mas dentro de uma semana no máximo ela volta para casa...- sorri
- Eu sei. Aí eu falo com ela. Não te preocupes, a sério. Agora é melhor eu descer, a tua mãe está á minha espera.
(...)
Cinco dias depois...
POV Katherine
- Bom dia.- Gutten- o enfermeiro de aspecto maravilhoso que cuidava de mim naquela manhã entrou no quarto com um sorriso.- Parece que esta é uma das últimas vezes que nos vemos.
- O que queres dizer com isso?- perguntei enquanto tomava o pequeno almoço.
- Daqui a algumas horas tens alta. Isso é bom..
- Isso é bom? Isso é fantástico. Já alguém sabe?
- Sim. O teu irmão, amigo, namorado...nunca percebi bem o que ele era.
- Han?- perguntei confusa
- Thomas.
- Ah! Somos amigos. Quase irmãos....estou ou melhor, estava a viver com ele e com a mãe. É uma espécie de família de acolhimento enquanto eu estou a tratar da minha vida profissional.
- Fazes tu muito bem.- sorriu
- De qualquer das formas podemos sempre ver-nos por aí...- sorri de resposta
- Sim, pode ser que sim...Agora toma o pequeno almoço. Daqui a pouco eu venho recolher a loiça e depois aviso-te quando estiver na hora de ires embora.
- Sim senhor!
Pois é...tinham-se passado cinco dias desde o meu internamento, entretanto eu tinha recuperado a memória. Já sabia quem era Steve, Nathan, Filipa...infelizmente eu estava de volta à vida real e isso era muito fácil de aceitar depois de dar uma oportunidade à amizade compartilhada com o Nathan.
Durante esses cinco dias eu tinha estado com Han todos os dias e tínhamos criado uma amizade bastante forte. Quando pensei nela decidi que me iria despedir dela e que depois, iria várias vezes visitá-la.
Horas mais tarde Gutten apareceu com o médico e ele próprio me disse que estava pronta para ir para casa. Tive apenas de ligar a Nicole para me trazer algumas roupas.
-Sempre maravilhosa...- Nicole comentou assim que terminei de me vestir.
- Parece que sim...
- Pronta para irmos?
- Nicole? Importa-se de esperar um bocadinho?
- Não..., mas porquê?
- Eu conheci uma amiga aqui, é uma longa história...eu depois conto tudo, gostava de me despedir dela.- respondi
- Vai lá...se quiseres eu desço já e fico á tua espera no carro.
- Como preferir sorri.
- Então, nós vemo-nos lá fora.
Sorri. Olhei uma última vez para aquele quarto e ao passar pelo "quartinho" dos enfermeiros deixei dois beijos sobre a face de Gutten.
- Obrigado por teres cuidado de mim...
- É o meu emprego.- respondeu um pouco envergonhado por todos os seus colegas nos olharem.
- Não te esqueças, a gente vê-se por aí...- sorri
- Sim. A gente vê-se por aí...- suspirou quando virei costas.
Continuei a andar até chegar ao quarto de Han.
- Estás tão gira...isso quer dizer que vais embora não é?- Han disse assim que entrei no quarto.
- Sim Han...eu vou para casa.
- Porque vieste aqui?- a mãe dela perguntou de forma bruta.- Não podias simplesmente ir embora? Tinhas de lhe vir esfregar na cara que tu vais e ela não?
- MÃE? SAI!- Hannah gritou
- Desculpa Han, não vim fazer nada disso. Eu tinha que me despedir.
- Eu sei, a minha mãe está apenas com medo.
- Medo?- perguntei confusa
- Medo da morte. Ela sabe que eu já não tenho muito tempo.
- Não digas isso! Nunca! Tu és forte e vais superar isto, eu tenho a certeza.
- Não te iludas amiga, por favor. Mas não há problema, eu não tenho medo. A Morte vai trazer-me um pouco de paz.
- Não vamos falar disso, por favor... eu queria prometer-te uma coisa.
- O quê?- perguntou com um sorriso
- Vou embora,mas prometo-te que te venho visitar. Prometo mesmo.
- Não te esqueces?
- Não.- sorri
- Então agora vai-te embora... deves ter pessoas á tua espera.
- Sim, tenho. Mas eu venho, han? Prometido.- sorri antes de lhe depositar um beijo na testa.- cuida-te.
- Cuidarei.
Olhei uma última vez para ela e saí com um sorriso. No corredor encontrei a mãe dela abraçada ao pai dela, mas nem por isso lhe dirigi uma palavra.
- Finalmente, vida real.- suspirei em voz alta e uma das enfermeiras que caminhavam atrás de mim riu.
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